ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Procura por vacina contra febre amarela continua alta, em Goiânia
Pacientes enfrentam fila e problemas para marcar exames no Cais do Bairro Goiá, em Goiânia
Quase 2 mil casos de conjuntivite foram atendidos em janeiro durante surto em Caldas Novas
Mulher morre com suspeita de reação à vacina contra febre amarela
Ministro garante que não faltará vacina contra febre amarela
Presos suspeitos de desvio de remédios de alto custo
Insônia versus depressão
Falta medicamentos no Juarez Barbosa
Banco de Sangue do Hugol precisa de doadores de fator Rh negativo
Secretaria de Saúde afirma que não há falta de insumos
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Procura por vacina contra febre amarela continua alta, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/procura-por-vacina-contra-febre-amarela-continua-alta-em-goiania/6466529/
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Pacientes enfrentam fila e problemas para marcar exames no Cais do Bairro Goiá, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-enfrentam-fila-e-problemas-para-marcar-exames-no-cais-do-bairro-goia-em-goiania/6467311/
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G1 GOIÁS
Quase 2 mil casos de conjuntivite foram atendidos em janeiro durante surto em Caldas Novas
Quase 2 mil pessoas foram atendidas com sintomas de conjuntivite no mês de janeiro em Caldas Novas, na região sul de Goiás. De acordo com a coordenação da força-tarefa que apura o surto da doença, amostras de água de várias piscinas da cidade foram recolhidas para análise do Ministério da Saúde, e o resultado deve ficar pronto dentro de 20 dias.
"Nós estamos tomando todas as medidas para alertar a população para a higiente pessoal, os cuidados preventivos contra a conjuntivite, para garantir que Caldas Novas tenha um carnaval tranquilo para os turistas e os próprios moradores", disse o secretário de comunicação de Caldas Novas, Cláudio Alvarenga.
Conforme a coordenador da Vigilância Epidemiológica de Caldas Novas, José Custódio Pereira Neto, foram atendidas 1990 pacientes com sintomas da doença. No período mais crítico do surto, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) chegou a atender 80 pacientes em um único dia. Agora o número caiu para uma média diária de 30, mas ainda existe a preocupação com os turistas que vão passar o carnaval na cidade.
A assessora parlamentar Cleonice Martins Pereira Souza está passando férias na cidade e afirma que ir até UPA com sintomas de conjuntivite não estava no roteiro turístico da viagem. "Começou no meu filho de 11 anos, agora eu, e hoje amanheceu meu pequenininho de sete anos. Mas já estamos tratando e já está ficando bom", contou.
A UPA de Caldas Novas orienta as pessoas com sintomas da doença a procurar atendimento médico para ter o devido atendimento.
Casos da doença
A Secretaria de Saúde de Caldas Novas explicou que o número de casos aumentou 30% em relação ao ano passado. Só a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estava registrando, no início do mês de janeiro, cerca de 50 casos da doença por dia. Além dela, os turistas podem procurar outros 17 postos de saúde e o Centro Médico de Especialidades.
A conjuntivite dura, em média, até 15 dias. A doença é caracterizada por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. Os tipos mais comuns são o viral, o bacteriano e o alérgico.
Segundo Ana Cristina, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) forneceu material para coleta de secreção ocular. A coordenadora explicou que a Secretaria Municipal de Saúde colheu e enviou, na última semana, cinco amostras.
“O objetivo é identificar qual o tipo de bactéria. Estamos aguardando o resultado, que deve demorar de cinco a sete dias. Provavelmente, mais exames serão feitos. Por enquanto, ainda não identificamos vírus como causador”, explicou.
A grande concentração de turistas facilita a transmissão. O coordenador da Vigilância Epidemiológica de Caldas Novas, José Custódio Pereira Neto, disse que os hotéis e espaços turísticos da cidade receberam algumas orientações. “Para que tenham nas suas recepções algum álcool gel ou algum tipo de assepsia mais intensificada para a gente diminuir o impacto dessa doença”, disse.
Porém, alguns turistas reclamam de não terem sido informados sobre o surto. "Fiquei sabendo a partir de agora, né? Infelizmente, a gente já está acometido dessa enfermidade", disse um turista.
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O POPULAR
Mulher morre com suspeita de reação à vacina contra febre amarela
Uma mulher de 57 anos morreu no último domingo, 28, dez dias depois de ter tomado a vacina contra a febre amarela, em Jaú, interior de São Paulo. O caso é tratado como suspeita de reação à vacina. A paciente teve histórico de meningite quando criança e recebia acompanhamento médico. O óbito suspeito foi registrado pela Santa Casa de Jaú, onde a paciente permanecia internada. Ela tomou a vacina no dia 18 de janeiro e, no dia seguinte, começou a passar mal. O quadro evoluiu para febre alta e inchaço no coração.
Na segunda-feira, 29, o hospital registrou um boletim de ocorrência fazendo menção à morte suspeita por reação à vacina e transferiu o corpo para o laboratório de Patologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, para investigação da causa da morte. As amostras ainda passam por análise. Órgãos da Secretaria da Saúde do Estado foram notificados.
Até esta terça-feira, 30, foram registradas três mortes causadas por reação à vacina no Estado de São Paulo. Outros seis casos ainda estão em análise, conforme o boletim epidemiológico mais recente.
Em Jarinu, a Secretaria de Saúde do município confirmou o segundo caso de febre amarela em humanos na cidade. A vítima, um homem de 42 anos, mora na zona rural e chegou a ficar internada no Hospital São Vicente, em Jundiaí, mas recebeu alta. Nesta terça-feira, 30, após a confirmação da doença, equipes da prefeitura tentavam localizar o paciente para as medidas de bloqueio à doença. Em seu cadastro na rede pública de saúde, consta que o homem reside no bairro Soares, o mesmo onde foi constatada a morte de uma mulher de 54 anos por febre amarela, no início deste ano.
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Ministro garante que não faltará vacina contra febre amarela
Ricardo Barros afirma que a população em área de risco será vacinada sem nenhuma dificuldade e na maior velocidade. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta quarta-feira, 31, que há estoque de vacinacontra a febre amarela para toda a população brasileira que ainda não foi imunizada.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Presos suspeitos de desvio de remédios de alto custo
A Corregedoria Geral da Ad¬ministração (CGA) do Es¬tado de São Paulo e o Gae¬co (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, deflagraram ontem a Operação Medlecy II, que prendeu nove pessoas investigadas por desviar medicamento de alto custo para o tratamento de câncer, entre eles, um servidor público. Dois empresários foram presos em Goiás suspeitos de desviar remédios de alto custo de hospitais e repassá-los para empresas de São Paulo.
Foram cumpridos três man¬dados de busca e apreensão e se¬questro de um carro de luxo. Um dos empresários tem 33 anos e foi detido em Goiânia. Já o outro pre¬so tem 36 anos, mora em Apare¬cida de Goiânia, mas possui uma empresa em Senador Canedo, ci¬dades localizadas na Região Me-tropolitana da capital. Ele também já foi funcionário de um hospital.
Durante a ação, os agentes de polícia apreenderam medicamen¬tos de alto custo em uma empre¬sa e em duas residências, além de R$ 8.450,00 em espécie, escondi¬dos dentro de uma capa de terno dobrada em uma das residências. Houve também o sequestro judi¬cial de um veículo de luxo.
De acordo com as investiga¬ções, os dois presos de forma pre¬ventiva seriam fornecedores de medicamentos de origem ilícita e abasteciam os demais membros da organização criminosa sedia¬dos na cidade de Bauru, em São Paulo, para onde enviavam os me¬dicamentos via Correios. Eles fo¬ram delatados por outros mem¬bros do grupo presos durante a primeira fase da operação.
Ambos passarão por exames no Instituto Médico Legal (IML) e depois por interrogatório no Mi¬nistério Público de Goiás. Ainda hoje serão levados para a Casa de Prisão Provisória, onde fica¬rão à disposição da Justiça do Es¬tado de São Paulo.
A Operação Medlecy II é des¬dobramento das investigações ini¬ciadas em abril de 2015. De acordo com esta primeira investigação, os criminosos conseguiam medica¬mentos de alto custo de origem ilí¬cita, como furto, roubo e desvio de órgão público, para, em seguida, promover a venda desses medica¬mentos a clínicas e hospitais.
Ao final da investigação, o Gae¬co de Bauru ofereceu denúncia contra 15 pessoas residentes em Pi¬ratininga, Bauru, São Paulo, Cam¬pinas, Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, além de Goiânia, em Goiás, por organização criminosa, crime contra a saúde pública e re¬ceptação dolosa qualificada.
Na época, junto com o ofe¬recimento da denúncia, foram cumpridos 12 mandados de pri¬são preventiva e efetuadas bus¬cas em 37 endereços, além do se¬questro de bens. Deflagrada em 19 de maio de 2016, a ação rece¬beu o nome de Operação Medle¬cy, nome da empresa de fachada, criada para atuação do esquema. Os investigados da primeira ope¬ração encontram-se respondendo a processo crime perante a 3ª Vara Criminal de Bauru, sendo que oito continuam presos.
Após a primeira ação do Gae¬co, novos elementos surgiram a partir do trabalho realizado pela Corregedoria Geral da Adminis¬tração, que identificou que caixas dos medicamentos de alto custo recuperadas durante a operação, inicialmente tinham sido vendi¬das à Secretaria de Estado da Saú¬de para o tratamento de câncer. Pe¬los valores de aquisição, cada caixa custava cerca de R$ 8 mil.
Foi assim que a Corregedoria detectou que um dos investigados é um funcionário público do Esta¬do de São Paulo e trabalha como motorista no Instituto de Infecto¬logia Emílio Ribas. Investigações indicam que entre abril e maio de 2016, o servidor teria recebido R$ 125 mil em depósitos bancários.
As novas provas reunidas deram origem a esse outro procedimento investigatório, que culminou com a deflagração da Operação Medle¬cy II. O exame dos novos elemen¬tos de prova, em conjunto com as obtidas no curso da investigação anterior, permitiram a identifica¬ção de novos 11 membros ligados a mesma organização criminosa, sendo que dez deles ocupavam a função de fornecedor de medi¬camentos de origem ilícita.
A investigação aponta que o gru¬po criminoso, por meio das vendas desses medicamentos a clínicas e hospitais, obteve faturamento de cerca de R$ 16,5 milhões entre se¬tembro de 2014 e maio de 2016
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Insônia versus depressão
A privação do sono causa problemas motores e cog¬nitivos e pode até mesmo afetar o coração e outros órgãos a longo prazo. Por essa razão, em nenhuma situação a insônia pode trazer benefícios ao organismo. Entretanto, isso se aplica apenas a corpos e mentes saudáveis, pois num indivíduo depressivo, o efeito de uma noite em claro ou maldor¬mida é diferente. Pesquisadores estudam esse efeito desde a dé¬cada de 50, e agora novas aborda¬gens utilizando a privação do sono como um de seus “ingredientes” estão ajudando a melhorar a vida de alguns pacientes.
A jornalista Linda Geddes, do site científico Mosaic Science, con¬versou com especialistas sobre o assunto e mostrou como uma téc¬nica que envolve não só a privação do sono, mas também o elemento químico lítio. Ela conta que, durante duas décadas, Francesco Benedetti, líder da unidade de psiquiatria e psi¬cobiologia clínica do Hospital San Raffaele, em Milão, na Itália, vem investigando a chamada terapia de vigília, em combinação com exposi¬ção a luz brilhante e lítio, como meio de tratamento da depressão.
“A privação do sono realmen¬te tem efeitos opostos em pessoas saudáveis e com depressão”, diz Be¬nedetti. “Se você estiver saudável e não dormir, pode perceber imedia¬tamente como isso afeta seu hu¬mor. Mas se você está deprimido, não dormir pode provocar uma melhoria imediata do humor e das habilidades cognitivas. O problema é que, quando você dorme para re¬cuperar as horas de sono, há 95% de chance de uma recaída”, expli-ca. Mas é importante salientar: os especialistas dizem que ninguém deve tentar fazer isso sozinho, sem acompanhamento médico.
O efeito antidepressivo da pri¬vação do sono foi publicado pela primeira vez em um relatório na Alemanha em 1959. Após isso, um pesquisador alemão chama¬do Burkhard Pflug deu sequência às análises ao investigar o efeito em sua tese de doutorado e em estudos subsequentes na década de 1970. Ele confirmou que, ao privar siste¬maticamente as pessoas deprimi¬das do sono, ficar uma única noi¬te acordado poderia ter um efeito abrupto contra a depressão.
Benedetti se interessou por essa ideia quando começava na psiquia¬tria no início dos anos 90. O Prozac havia sido lançado apenas alguns anos antes, causando uma revolu¬ção no tratamento da depressão, mas sem ser realmente testado em pessoas com transtorno bipolar. Be¬nedetti diz que aprendeu desde en¬tão que os antidepressivos são em grande parte ineficazes para pes¬soas com depressão bipolar.
Benedetti, em sua entrevista à Linda Geddes, contou que seus pacientes precisavam desespera¬damente de uma alternativa, e o supervisor de Benedetti, Enrico Smeraldi, teve a ideia de testar as teorias da terapia de vigília. “Sou¬bemos que funcionou. Pacientes com essas terríveis histórias esta¬vam ficando bem imediatamen¬te. Minha tarefa era encontrar uma maneira de fazê-los permanecer bem”, relata o cientista.
ANTIDEPRESSÃO CONTÍNUA
A partir desses resultados positi¬vos que o lítio entra na história. Be¬nedetti e seus colegas passaram a procurar por formas de potencia¬lizar e estabilizar esse corte na de¬pressão. Alguns estudos americanos sugeriam que o lítio poderia prolon¬gar o efeito da privação do sono, en¬tão eles investigaram isso. Eles des¬cobriram que 65% dos pacientes que tomavam lítio apresentavam uma resposta sustentada à privação do sono quando avaliados após três meses, em comparação com ape¬nas 10% daqueles que não estão to¬mando o medicamento.
Uma vez que uma pequena so¬neca poderia prejudicar a eficácia do tratamento, eles também come¬çaram a procurar novas maneiras de manter os pacientes acordados à noite e se inspiraram na aviação. Luzes brilhantes eram usadas para manter os pilotos alertas. O uso de luzes similares também ampliou os efeitos da privação do sono, em uma extensão similar à do lítio.
No final da década de 1990, eles estavam tratando rotineiramente pacientes com as três armas que ti¬nham em mãos: privação de sono, lítio e luz. “Nós decidimos dar-lhes todo o pacote, e o efeito foi brilhan¬te”, diz Benedetti na matéria. As pri¬vações de sono ocorriam de duas em duas noites durante uma se¬mana, e uma exposição à luz bri¬lhante por 30 minutos por manhã continuaria por mais duas sema¬nas – um protocolo que eles con¬tinuam a usar até hoje. “Nós po¬demos pensar nisso não como pessoas que privam o sono, mas como uma modificação ou am¬pliação do período do ciclo sono¬-vigília de 24 a 48 horas”, diz Bene¬detti. “As pessoas vão para a cama a cada duas noites, mas quando elas vão para a cama, podem dor¬mir o tempo que quiserem”.
O Hospital San Raffaele introdu¬ziu pela primeira vez esse tipo de tratamento em 1996. Desde então, tratou cerca de mil pacientes com depressão bipolar, muitos dos quais não respondiam aos antidepres¬sivos. De acordo com os dados do hospital, 70% das pessoas com de¬pressão bipolar resistente a medica¬mentos responderam à cronotera¬pia tripla na primeira semana e 55% apresentaram melhora sustentada em sua depressão um mês depois.
O tratamento com a privação do sono tem outro efeito colateral positivo: diminui os pensamentos suicidas. Quando os antidepressi¬vos funcionam, eles podem levar mais de um mês para ter um efeito e podem aumentar o risco de sui¬cídio. A cronometria geralmente produz uma diminuição imedia¬ta e persistente dos pensamentos suicidas, mesmo após apenas uma noite de privação de sono.
ORGANISMO COM DEPRESSÃO
A matéria deixa claro que ain¬da não se sabe exatamente como o simples fato de permanecer acordado age sobre a depressão, muito em função do fato de que ambos os mecanismos – tanto a depressão quanto o sono – não são completamente entendidos pela ciência, já que abrangem vá¬rias partes do cérebro. Porém, es¬tudos recentes começaram a pro¬duzir algumas ideias a respeito.
A atividade cerebral de pes¬soas com depressão é diferente durante o sono e a vigília do que a de pessoas saudáveis. Durante o dia, os sinais que promovem o despertar do sistema circadiano – nosso relógio biológico interno de 24 horas – existem para nos aju¬dar a resistir ao sono. À noite, es¬ses sinais são substituídos por ou¬tros que nos estimulam a dormir. Nossas células cerebrais também funcionam assim: elas ficam cada vez mais excitadas em resposta a estímulos durante a vigília e essa excitabilidade se dissipa quando dormimos. Mas em pessoas com depressão e transtorno bipolar, essas flutuações aparecem amor¬tecidas ou ausentes.
A depressão também está asso¬ciada a ritmos diários alterados de secreção hormonal e à tempera¬tura corporal. Quanto mais grave a doença, maior o grau de ruptu¬ra com a normalidade. Como os si¬nais de sono, esses ritmos também são conduzidos pelo sistema cir¬cadiano do corpo, que por sua vez é conduzido por um conjunto de proteínas que interagem, codifica¬das por genes que são expressos em um padrão rítmico ao longo do dia. Elas controlam centenas de proces¬sos celulares diferentes, que as per¬mitem permanecer sincronizadas e possam ligar e desligar.
Um relógio circadiano está em todas as células do nosso corpo, e estes mini-reloginhos são coor¬denados por uma área do cérebro chamada núcleo supraquiasmáti¬co, que responde à luz. “Quando as pessoas estão seriamente depri¬midas, seus ritmos circadianos ten¬dem a ser muito contínuos. Eles não recebem a resposta usual de melatonina aumentando a noite e os níveis de cortisol são consistente¬mente altos em vez de cair à noite”, explica Steinn Steingrimsson, psi¬quiatra do Hospital Universitário Sahlgrenska em Gotemburgo, na Suécia, que está atualmente execu¬tando um teste de terapia de vigília.
A recuperação da depressão está associada a uma normalização des¬ses ciclos. “Eu acho que a depres¬são pode ser uma das consequên¬cias desse achatamento básico de ritmos circadianos e homeostase no cérebro”, diz Benedetti. “Quan¬do privamos pessoas deprimidas de dormir, restauramos esse pro¬cesso cíclico”, acredita. A privação do sono faz outras coisas para o cé¬rebro deprimido, como provocar mudanças no equilíbrio de neuro-transmissores em áreas que ajudam a regular o humor e restaurar a ativi-dade normal em áreas de processa¬mento emocional do cérebro, forta-lecendo conexões entre eles.
SEM REMÉDIOS
Uma das maiores vantagens des¬ta abordagem é o fato de não utilizar drogas que, no caso desta doença especificamente, possuem efeitos colaterais alarmantes, como o au¬mento nos pensamentos suicidas. O problema é que isso também é uma grande desvantagem do pon¬to de vista do investimento.
Se a privação do sono faz com que o sistema se reinicie, o lítio e a terapia de luz parecem ajudar a manter a melhora. O lítio tem sido usado como um estabilizador de humor durante anos sem que ninguém realmente compreen¬da como ele funciona. Só o que sabemos é que ele aumenta a ex-pressão de uma proteína, chama¬da Per2, que impulsiona o relógio molecular nas células.
Já a luz brilhante é conhecida por alterar os ritmos do núcleo su-praquiasmático, além de aumentar a atividade em áreas de processa¬mento emocional do cérebro de for¬ma mais direta. A Associação Ame¬ricana de Psiquiatria afirma que a terapia de luz é tão eficaz quanto a maioria dos antidepressivos no tra¬tamento da depressão não sazonal.
Mas apesar de seus resultados promissores contra o transtorno bipolar, a terapia de vigília não é muito divulgada ou incentivada justamente por não ter apoio da in¬dústria farmacêutica. “Você pode ser cínico e dizer que é porque você não pode patenteá-la”, brinca Da¬vid Veale, consultor psiquiatra na South London e Maudsley NHS Foundation Trust.
Benedetti nunca recebeu finan¬ciamento farmacêutico para reali¬zar seus estudos de cronometria. O pesquisador dependia, até re¬centemente, do financiamento do governo, que geralmente é escas¬so. Sua pesquisa atual está sendo financiada pela União Europeia. “Se eu tivesse seguido a rota con¬vencional de aceitar o dinheiro da indústria para executar ensaios de drogas com meus pacientes, prova¬velmente não moraria num apar¬tamento de dois quartos e nem di¬rigiria um Honda Civic de 1998”, ironiza o pesquisador.
O viés voltado para soluções far¬macêuticas, diz a matéria, mante¬ve a cronoterapia abaixo do radar para muitos psiquiatras. “Muitas pessoas simplesmente não sabem sobre isso”, diz Veale. Também é di¬fícil encontrar um placebo adequa¬do para privação de sono ou expo¬sição a luz brilhante, o que significa que ensaios randomizados e con¬trolados com placebo de cronote¬rapia não foram realizados.
Por isso, há um certo ceticismo sobre o quão bem esta abordagem realmente funciona. “Embora haja um interesse crescente, não pen¬so que muitos tratamentos basea¬dos nesta abordagem sejam roti¬neiramente utilizados, as evidências precisam ser melhores e existem al¬gumas dificuldades práticas na im¬plementação de coisas como a pri¬vação do sono”, diz John Geddes, professor de psiquiatria epidemio¬lógica na Universidade de Oxford.
Mesmo assim, Geddes diz que o interesse nos processos que sus¬tentam a cronoterapia está come¬çando a se espalhar. “Novas ideias sobre a biologia do sono e os siste¬mas circadianos agora estão forne¬cendo alvos promissores para o de¬senvolvimento do tratamento. Isso vai além dos produtos farmacêuti¬cos, visar o sono com tratamentos psicológicos também pode ajudar ou até mesmo evitar transtornos mentais”, conclui o especialista.
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O HOJE
Falta medicamentos no Juarez Barbosa
Na última terça-feira (30), diversos pacientes denunciaram a falta de medicamentos na Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (CEMAC), no Centro da Capital. Alguns pacientes afirmam estar com tratamento comprometido há meses. De acordo com funcionários, alguns medicamentos estão em falta há mais de um ano.
Na última semana, uma mulher denunciou a falta do anticoagulante enoxaparina, medicamento utilizado principalmente no tratamento de isquemias e infarto do miocárdio. Na época, a Secretaria Estadual de Saúde, órgão responsável pela administração do Juarez Barbosa, confirmou a falta do medicamento e afirmou que a medicação estava em falta devido a um atraso por parte do fabricante. A Secretaria ainda afirmou que a situação deveria se regularizar apenas na primeira metade do mês de fevereiro.
Nesta terça-feira (30), até pacientes que já conseguiram na Justiça o direito de receber gratuitamente enfrentam dificuldades. Pacientes que lutam contra o câncer afirmam que estão sem medicação a cerca de quatro meses.
Um dos pacientes, de 58 anos, afirmou que desde outubro do ano passado não consegue o medicamento para o tratamento de um câncer e que todo o processo de luta contra a doença depende da medicação, que custa cerca de seis mil reais por mês. “A minha vida depende desse medicamento, minha saúde, tudo. Se eu não tiver ele, a tendência é ele se alastrar pelo corpo inteiro”, relatou.
Central
A Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac) é a única unidade pública de distribuição de medicamentos para tratamento de doenças raras e crônicas como Alzheimer, Parkinson e enfermidades renais crônicas.
Segundo o Governo do Estado, na unidade, são distribuídos cerca de 115 medicamentos para o tratamento de 84 doenças que fazem parte do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). Os medicamentos são distribuídos após o diagnóstico, indicação e tratamento dos pacientes contidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.
Ainda segundo o Governo, até setembro de 2017, cerca de 310 mil pacientes haviam sido atendidos na unidade de distribuição de medicamentos. Sendo gasto, tanto do Governo Federal quanto do Estadual, cerca de R$ 133.4 milhões.
A reportagem do jornal O Hoje questionou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a falta de medicamentos no centro, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Atendimento
A Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (CEMAC) interrompeu o atendimento na tarde de ontem (31) devido a uma atualização do sistema. Com isso, não foi possível realizar atendimentos que dependam do Sistema de Dispensação de Medicamentos de Alto Custo. A troca do sistema visa melhorar o atendimento ao usuário. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)
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Banco de Sangue do Hugol precisa de doadores de fator Rh negativo
Doadores de todos os tipos sanguíneos são necessários para a manutenção dos estoques do Banco de Sangue do Hugol – Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira. Entretanto, a unidade iniciou uma campanha específica para pedir doações de fator Rh negativo, como O negativo (O-), A negativo (A-), B negativo (B-) e AB negativo (AB-), devido a um estoque crítico desses tipos.
Localizada na Região Noroeste de Goiânia, na Avenida Anhanguera, 14.527, Setor Santos Dumont, a Unidade de Coleta e Transfusão do hospital tem capacidade para atender 100 doadores por dia e possui um horário especial de funcionamento: todas as semanas, de segunda a sexta-feira, das 07 às 18h30, e no sábado, das 7 às 12 horas, exceto em dias de feriados.
Para passar pela entrevista pré-doação, os requisitos básicos são: estar saudável, ter peso acima de 50 kg, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 69 anos, sendo que antes de completar 18 anos é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis e, se acima de 60 anos, já ser um doador frequente. Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para ser doador.
Pacientes graves, politraumatizados ou acometidos de doenças necessitam de reposição sanguínea, por isso o Hugol mantém o estoque de bolsas dentro de um limite satisfatório para uma assistência segura aos pacientes da unidade de saúde. De julho de 2015 a dezembro de 2017, 30 meses, o HUGOL – Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira realizou mais de 4,3 milhões de procedimentos, dentre internações, ambulatório, urgência e emergência e equipe multidisciplinar (3.073.538), procedimentos cirúrgicos (36.094), exames (1.181.200), transfusões (25.780) e coletas de sangue (19.476).
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Secretaria de Saúde afirma que não há falta de insumos
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, não existe falta de medicamentos análogos à insulina Lantus (Glargina), Humalog (Lispro), Levemir (Determir) e Novorapid (Aspart). Ainda de acordo com o órgão, os pacientes devem se cadastrar no sistema de fornecimento da SMS para receber os medicamentos necessários para o tratamento da doença que são oferecidos pela rede municipal de saúde.
Em 2016 o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) entrou com ação para obrigar o Município de Goiânia a fornecer os análogos de insulina a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Prefeitura de Goiânia, seguindo com a determinação da Justiça do Estado, o fornecimento de medicamentos já está normalizado nas unidades de saúde pública.
A prefeitura ainda informou que a rede pública de saúde sofre com a falta de investimentos e ressalta a necessidade da divisão dos custos com o Estado para que os pacientes com diabetes tenham tratamento adequado. "Os custos desses medicamentos não podem ser custeados apenas pela Prefeitura que não tem recursos suficientes e cumpre o cumpre o papel de ajudar a fornecer tratamento digno aos pacientes diabéticos cadastrados em Goiânia.", completa o órgão pelo seu portal de notícias.
A reportagem questionou a falta de medicamentos na rede pública de saúde junto a Secretaria de Saúde da Capital que afirmou não haver falta de medicamentos relacionados à insulina Lantus.
Controle
Em novembro do ano passado a atual secretária de Saúde do município, Fátima Mrué, admitiu que o órgão não consegue manter o controle da entrada e saída de medicamentos. Ela afirmou que o sistema de gestão de informática da prefeitura está defasado e não permite uma gestão completa.
Na época, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi instaurada para analisar os casos. O relator da CEI, vereador Elias Vaz (PSB), questionou a demora de se agir. "Se constatado desde o início do ano que poderia ter a possibilidade do medicamento não estar chegando efetivamente ao paciente, isso causa estranheza que só agora tenha tomado essas medidas. O que fica claro é que a situação é grave e as medidas são muito tomadas são muito lentas", critica.(Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação