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DESTAQUES
Em meio à crise, diretor da Santa Casa de Goiânia pede demissão
Mulher com câncer denuncia que gestão Adib abandonou pacientes em SP
Campanha vai realizar cirurgias plásticas reparadoras em Goiás com redução de custos
Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários
SUS discute retomada do papel de hospitais psiquiátricos; medida é criticada
Estados e municípios defendem postura
JORNAL OPÇÃO
Em meio à crise, diretor da Santa Casa de Goiânia pede demissão
Por Alexandre Parrode
Corpo clínico reclama da falta de condições de trabalho no hospital, que enfrenta procedimento de possível interdição por parte do Cremego
O superintendente técnico da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, médico José Alberto Alvarenga, pediu demissão na noite da última quarta-feira (30/8).
A saída do diretor responsável se deu horas antes de uma manifestação do corpo clínico que aconteceria na manhã desta quinta-feira (31/8), mas foi cancelada. Em crise financeira, a Santa Casa de Misericórdia agora é gerida de maneira interina pelo Dr. José Antonio Lobo, superintendente geral do hospital.
Segundo assessoria de imprensa, ainda não existe data para a escolha de um novo superintendente técnico. As entidades responsáveis pela administração do hospital filantrópico, a Sociedade Goiana de Cultura e a Sociedade de São Vicente de Paulo, devem se reunir em breve para apontar um novo nome.
Há pelo menos dois meses a Santa Casa de Goiânia vive situação crítica com a falta de medicamentos , em especial antibióticos, além de materiais como fios de sutura para cirurgia, sonda, dreno e, em alguns casos, até mesmo luvas e máscaras.
Por causa das deficiências, o hospital enfrenta um procedimento de interdição ética aberto pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). A diretoria da Santa Casa tem um prazo até a próxima terça-feira (5/8) para que apresente um plano de correção dos problemas encontradas sob o risco de que os médicos sejam proibidos de trabalhar no local.
Desde a visita técnica do Cremego, o hospital vem atendendo um número de pacientes muito aquém de sua capacidade para evitar novas baixas nos estoques de materiais e da farmácia. Quase todos os atendimentos da Santa Casa, cerca de 93%, são pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Mulher com câncer denuncia que gestão Adib abandonou pacientes em SP
Por Alexandre Parrode
Segundo Sabrina Remiggi, que faz tratamento em Barretos, motorista a deixou no hospital e não voltou mais
Uma moradora de Catalão denunciou ao Jornal Opção que a gestão do prefeito Adib Elias (PMDB) abandonou, sem nenhuma explicação, pacientes que fazem tratamento de câncer em Barretos (SP).
Segundo Sabrina Remiggi, que luta contra um câncer de mama, a van que faz o transporte dos pacientes a deixou com a mãe no hospital na terça-feira (29/8) e nunca mais retornou para buscá-las.
O combinado, conta, era que a volta acontecesse na quarta (30), quando ela teria realizado os últimos exames. “Deixei avisado que dormiria em Barretos, mas que no dia seguinte precisaria voltar porque deixei meus três filhos sozinhos. No entanto, quando saí, não conseguíamos localizar o motorista”, explicou.
Sem dinheiro e sem onde ficar, a moradora tentou contato com os responsáveis pelo transporte na Secretaria Municipal de Assistência Social, identificados por ela como Idelvam e Neusa, mas sem sucesso. “Ninguém sabia de nada, tive que acionar o promotor Roni [Alvacir Vargas] para pedir socorro. Fomos acolhidos pela assistência social de Barretos senão teríamos dormido na rua”, lamentou.
Sabrina Remiggi afirma, ainda, que ela e a mãe não foram as únicas desamparadas. Outro paciente, Mário Roberto Pereira, que havia recebido alta do hospital e precisava voltar para Catalão, também não foi buscado. Ele estava acompanhado da esposa, Denize Pereira.
“Não pode deixar pacientes abandonados, é um absurdo o que aconteceu. Até a assistente social de lá ligou na Prefeitura de Catalão. Falou com eles, mas não conseguiu”, completou.
“Humilhação”
Denize Pereira se emocionou durante entrevista ao Jornal Opção ao falar da situação pela qual teve que passar. “Fomos humilhados, é uma covardia. Meu marido deitado no banco na porta da casa de apoio, sem dinheiro para comprar remédio. Nos trataram como lixo, um descaso completo”, lamentou.
Segundo ela, o marido recebeu alta e aguardava um carro da Prefeitura de Catalão para poder voltar para casa. Apesar de ter confirmado tanto com Idelvam como com Neusa (apontados como responsáveis pelo serviço na gestão Adib Elias), ficou esperando em vão.
“Eu falei com o motorista que eles me indicaram, um tal de Samuel, que me disse que chegaria em 30 minutos. Nunca apareceu, liguei na prefeitura, falaram que não estavam conseguindo falar com ele, que iam mandar nos buscar, mas aí depois disseram pra esperar. Para voltar hoje [quinta-feira] de manhã. Como? Nós estávamos sem dinheiro, sem onde dormir, meu marido sem remédios”, completou.
Na porta da casa de apoio, Denize Pereira e Sabrina Remiggi tentaram por diversas vezes resolver a situação com a prefeitura, mas foi só após acionarem o deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), filho do ex-prefeito Jardel Sebba (PSDB), que conseguiram chegar em Catalão. O parlamentar mandou um carro particular buscar os quatro na cidade paulista.
O caso será denunciado ao Ministério Público do Estado de Goiás, informam os pacientes. “É um direito nosso ter tratamento digno, está na Constituição. É um absurdo o que fizeram”, arrematou Sabrina Remiggi.
Outro lado
O Jornal Opção tentou contato com a Prefeitura de Catalão, mas o expediente local só vai até as 16 horas. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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Campanha vai realizar cirurgias plásticas reparadoras em Goiás com redução de custos
Por Matheus Monteiro
Ação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás irá levar cirurgias a pessoas que não tem recursos. Saiba como participar
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO) vai realizar, em setembro, a segunda edição da campanha “Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários”. O objetivo da ação é levar a cirurgia plástica a pessoas que carecem de procedimentos reparadores e não têm recursos para arcar com os custos totais das operações.
De acordo com a associação, casos de estética e embelezadores não serão atendidos. Além disso,os médicos (cirurgiões e anestesiologistas) vão abrir mão da totalidade dos honorários, e serão cobrados apenas os custos hospitalares em valores menores.
Lançada em abril do ano passado, a primeira edição somou quase 1,7 milhão de reais em honorários médicos e custos hospitalares economizados pelas pessoas operadas, com cerca de 2 mil pessoas de todas as idades inscritas. No total, cem pacientes foram selecionados e foram operados em junho de 2016. A ação é uma parceria entre cirurgiões, anestesiologistas e hospitais.
De acordo com o presidente da SBCP-GO, Luiz Humberto Garcia de Souza, a campanha faz parte das ações sociais desenvolvidas pela Sociedade com o objetivo de levar atendimento a pessoas de baixa renda. “Campanhas como essa mostram a grande importância social e comunitária da cirurgia plástica, seu compromisso com a população e sensibilidade para com o sofrimento dos mais carentes”, diz.
Ele enfatiza que a campanha é voltada para o atendimento de pacientes que necessitam de cirurgias plásticas reparadoras e que não serão realizados procedimentos exclusivamente estéticos e embelezadores, como cirurgias na face, lipoaspiração, implante de silicone, mamoplastia e abdominoplastia.
De acordo com a Sociedade, as principais cirurgias são: correção de cicatriz, de sequelas de queimaduras, tumores de pele, otoplastia (orelha de abano), casos de pacientes que passaram por cirurgias bariátricas e necessitam de plástica reparadora, reconstrução mamária (pós-câncer), cirurgias de pálpebra e ginecomastia (correção de mama desenvolvida em homens).
A inscrição eletrônica é necessária para a triagem dos pacientes, mas não é garantia de seleção para a cirurgia. “Não é sorteio e os pacientes inscritos e pré-selecionados ainda vão passar por uma triagem socioeconômica por uma triagem clínica e cirúrgica”, ressalta.
Como participar
Homens e mulheres interessados em participar da segunda edição da campanha “Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários” devem fazer sua inscrição por e-mail. Os inscritos serão pré-selecionados para uma triagem socioeconômica, que será feita por assistentes sociais. Os aprovados nesta triagem passarão por uma avaliação clínica. Posteriormente, os selecionados vão ser submetidos a exames e consulta médica e quem estiver apto terá sua cirurgia agendada. As operações vão acontecer em outubro.
Inscrição: 1º a 6 de setembro pelo e-mail plasticasolidaria@gmail.com
Podem participar: Homens e mulheres de todas as idades, que necessitem de cirurgias plásticas reparadoras e não tenham condições de pagar o valor total do procedimento
Como se inscrever: Preencher a ficha abaixo e enviar por e-mail para a SBCP-GO
Nome completo:
Idade:
Endereço:
Telefone:
Renda familiar:
Local de trabalho:
Contato de um parente:
Breve histórico do caso:
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Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários
Começa hoje a segunda edição da campanha “Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários”, realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Regional Goiás
Por Rosane Cunha, de Goiânia/GO
O objetivo da ação é levar a cirurgia plástica a pessoas que carecem de procedimentos reparadores e não têm recursos para arcar com os custos totais das operações. Casos de estética/embelezadores não serão atendidos.
A campanha tem como madrinha a atriz Letícia Spiller e a expectativa da SBCP-GO é que a edição deste ano repita o sucesso da primeira etapa, lançada em abril do ano passado e que somou quase 1,7 milhão de reais em honorários médicos e custos hospitalares economizados pelas pessoas operadas.
Cerca de 2 mil pessoas de todas as idades se inscreveram na primeira edição da campanha e uma criteriosa triagem socioeconômica e clínica selecionou aproximadamente cem pacientes, que foram operados em junho de 2016.
A primeira etapa foi possível graças à participação expressiva dos cirurgiões plásticos e dos anestesiologistas goianos, que abriram mão de 100% de seus honorários, e à adesão de hospitais privados, que cobraram apenas o preço de custo dos procedimentos. A parceria entre cirurgiões, anestesiologistas e hospitais repete-se agora nesta segunda edição.
O presidente da SBCP-GO, Luiz Humberto Garcia de Souza, explica que a campanha “Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários” faz parte das ações sociais desenvolvidas pela Sociedade com o objetivo de levar atendimento a pessoas de baixa renda. “Campanhas como essa mostram a grande importância social e comunitária da cirurgia plástica, seu compromisso com a população e sensibilidade para com o sofrimento dos mais carentes”, diz.
Ele enfatiza que a campanha é voltada para o atendimento de pacientes que necessitam de cirurgias plásticas reparadoras e que não serão realizados procedimentos exclusivamente estéticos e embelezadores, como cirurgias na face, lipoaspiração, implante de silicone, mamoplastia e abdominoplastia.
A inscrição eletrônica é necessária para a triagem dos pacientes, mas não é garantia de seleção para a cirurgia. “Não é sorteio e os pacientes inscritos e pré-selecionados ainda vão passar por uma triagem socioeconômica por uma triagem clínica e cirúrgica”, ressalta.
Como participar
Homens e mulheres interessados em participar da segunda edição da campanha “Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários” devem fazer sua inscrição por e-mail. Os inscritos serão pré-selecionados para uma triagem socioeconômica, que será feita por assistentes sociais. Os aprovados nesta triagem passarão por uma avaliação clínica. Posteriormente, os selecionados vão ser submetidos a exames e consulta médica e quem estiver apto terá sua cirurgia agendada. As operações vão acontecer em outubro.
Inscrição: 1º a 6 de setembro pelo e-mail plasticasolidaria@gmail.com.
Podem participar: Homens e mulheres de todas as idades, que necessitem de cirurgias plásticas reparadoras e não tenham condições de pagar o valor total do procedimento.
Como se inscrever: Preencher a ficha abaixo e enviar por e-mail para a SBCP-GO
Nome completo
Idade
Endereço
Telefone
Renda familiar
Local de trabalho
Contato de um parente
Breve histórico do caso
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AGÊNCIA ESTADO
SUS discute retomada do papel de hospitais psiquiátricos; medida é criticada
Estados e municípios defendem postura
São Paulo – O Sistema Único de Saúde (SUS) vai voltar a discutir a expansão de leitos em hospitais psiquiátricos no Brasil. Representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde defenderam nesta quinta-feira (31/8) a retomada da estratégia, em substituição à política em vigor, iniciada em 2001 que dá prioridade ao atendimento ambulatorial e, quando necessário, à internação de pacientes em hospitais gerais.
O retorno da discussão foi sugerido pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), em uma reunião com Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). O coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, afirmou que a pasta não tomará nenhuma medida de forma unilateral. "Há vários problemas na saúde mental. Desejamos discuti-los", afirmou.
Nem ele nem o ministro da Saúde, Ricardo Barros, quiseram expressar opinião sobre o debate da retomada de credenciamento de hospitais psiquiátricos. Questionado, Barros respondeu apenas que as taxas de ocupação de leitos para saúde mental em hospitais gerais é muito pequena, de 15%. Cordeiro apresentou nesta quinta um estudo sobre a área que está sob o seu comando há seis meses. Uma série de problemas foram relatados. Entre eles, a falta de controle sobre o atendimento que é de fato oferecido para pacientes, ausência de prestação de contas e recursos não aplicados para a construção de centros de atendimento ambulatorial. A verba do programa é de R$ 1,3 bi anual.
De acordo com coordenador, nos últimos seis meses, 284 dos 2.400 Centros de Atendimento Psicossocial não apresentaram dados sobre quantos pacientes foram atendidos. A informação deveria ser repassada mensalmente. O levantamento também indicou que o Ministério da Saúde repassou verba para a construção de 84 centros, que até hoje não foram concluídos.
Gestores serão questionados sobre o uso dos recursos. Mas dentre todas as falhas apontadas, a baixa ocupação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais foi a que concentrou maior atenção de gestores presentes na reunião. Cordeiro afirmou que um grupo de trabalho com representantes de secretários municipais, estaduais de saúde e do ministério deverá ser formado no próximo mês para discutir o programa como um todo. "Não há dúvida de que a volta das vagas em hospitais psiquiátricos é um dos temas mais importantes", afirmou o secretário de Saúde do município de São Paulo, Wilson Pollara.
Ele argumenta que o modelo de reserva de vagas em hospitais gerais para pacientes psiquiátricos não reúne elementos para ser bem sucedido. "Pacientes psiquiátricos precisam circular. Isso não pode ser feito em hospitais gerais. Não há condições para isso, nem segurança", completou Pollara.
Outro argumento apresentado pelos defensores da mudança é o de que, enquanto em hospitais gerais as vagas para pacientes com problemas mentais não são usadas, em 44 hospitais psiquiátricos atuam com toda a sua capacidade. Cordeiro observa, no entanto, ser necessário levar em consideração a lógica de pagamento, que é diferente. Hospitais psiquiátricos recebem por atendimentos realizados. Portanto, quanto maior a produção, maior o rendimento. Já hospitais gerais que reservam leitos para atendimento de pacientes com distúrbios mentais, o pagamento é feito por contrato: eles recebem uma quantia fixa, independentemente de os leitos estarem ocupados. "Talvez seja importante fazer uma análise desses sistemas. Isso poderá ser também ser discutido no grupo de trabalho", disse o coordenador.
Mal foi apresentada, a ideia de expansão de leitos em hospitais psiquiátricos foi duramente criticada por especialistas na área de saúde mental. Roberto Tikanory, ex-coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, afirma que a medida seria um retrocesso. Ele observa que o atendimento que dá prioridade aos hospitais tem alcance limitado. E como exemplo ele cita as estatísticas do próprio ministério.
Em 2002, conta, foram feitos 400 mil atendimentos. Em 2010, foram 20 milhões. "Em oito anos, a assistência cresceu 50 vezes." Para Tikanory, os argumentos apresentados pelos gestores desrespeitam a lógica. "Se há vagas ociosas em um hospital, por que aumentar as vagas em outro? Talvez o leito não esteja ocupado não por problemas de fluxo, por redução da demanda ou até mesmo de referenciamento". "A mudança traria um enorme prejuízo", afirma Pedro Henrique Marinho Carneiro, que também atuou na coordenação de saúde mental do ministério. Ele observa que a redução do uso de leitos de hospitais psiquiátricos não ocorreu à toa. "Há um acúmulo de relatos de histórias de violação de direitos humanos nessas instituições. Isso trouxe para o Brasil até mesmo condenação em cortes internacionais", completou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação