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SAÚDE BUSINESS WEB
Cade acolhe denúncias de cartel contra hospitais e clínicas
São 23 instituições de saúde que teriam se juntado para negociar um aumento de preços com planos de saúde e, caso não se confirmasse, as instituições se descredenciavam
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) encaminhou denúncia de cartel em serviços hospitalares de quatro estados ao tribunal do próprio conselho. As instituições de saúde teriam se juntado para negociar um aumento de preços com planos de saúde e, caso não se confirmasse o aumento, as instituições se descredenciavam.
No total, são 23 instituições de saúde, entre hospitais e clínicas médicas nas cidades de Londrina (PR), Vitória (ES), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA). Todas tiveram garantia de ampla defesa na investigação movida pela superintendência-geral e terão novamente no Tribunal do Cade. Caso sejam condenadas, as entidades investigadas estarão sujeitas ao pagamento de multa, além de outras penas previstas em lei.
A Superintendência também sugeriu a condenação de quatro entidades representativas – duas na Paraíba e duas na Bahia – por terem influenciado a prática de conduta uniforme entre suas associadas. Segundo o colegiado, o consumidor estava sendo prejudicado tanto pela falta de atendimento, provocado pelos descredenciamentos simultâneos de diversos serviços médicos, quanto pela possibilidade de acréscimo nos custos do atendimento, em razão do potencial repasse, pelos planos de saúde, dos aumentos de preços exigidos pelas clínicas e hospitais.
A prática foi identificada por meio de denúncias feitas pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) do Paraná e da Paraíba, bem como pelo Ministério Público da Bahia e instituições de planos de saúde da Bahia e do Espírito Santo. Foram abertos processos administrativos pela Superintendência-Geral do Cade, que concluiu pela formação de cartel e sugeriu a condenação ao tribunal do conselho, que vai analisar o caso.
Detalhes
Em Londrina, quatro estabelecimentos médicos foram acusados de impor reajuste dos serviços à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (CAAPSML). Elas teriam ameaçado e posteriormente descredenciado os atendimentos pelo plano de saúde. O processo administrativo foi instaurado a partir de denúncia do Procon do Paraná.
Na Paraíba, o processo também teve início a partir de representação do Procon de Campina Grande contra oito hospitais e clínicas do município. Além de negociação coletiva, as instituições promoveram boicotes a planos de saúde no município. Foi verificado ainda que a Associação Paraibana de Hospitais e o Sindicato de Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Paraíba influenciaram a prática dessas condutas por suas associadas.
Também apuraram-se negociações e boicotes contra planos de saúde praticados por oito estabelecimentos de Feira de Santana, na Bahia. As empresas receberam o apoio da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (AHESB) e do Sindicato de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (SINDHOSBA). O caso começou a ser investigado a partir de denúncias do Ministério Público da Bahia, Norclínicas, Sul América Saúde e União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas).
Em Vitória, três clínicas foram acusadas de impor preços e condições de contratos homogêneos a planos de saúde. Elas foram denunciadas ainda por terem descredenciado o atendimento aos consumidores de diversas operadoras. O processo administrativo também foi instaurado com base em representação realizada pela Unidas.* com informações da Agência Brasil e da assessoria de comunicação do Cade
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Sírio-Libanês reduz glosas em 30% com Lean
Metodologia implantada há cerca de um ano pela consultoria Everis ajudou instituição no relacionamento com operadoras de saúde; tempo para recebimento do convênio caiu 25%
Há dois anos, o superintendente comercial e de marketing André Osmo e o CFO Carlos Marsal, ambos do Hospital Sírio-Libanês, sentiram a necessidade de rever os processos da cadeia de faturamento de contas e recebimento dos cerca de 50 planos de saúde atendidos pela instituição. Na revisão também entraram as contas geradas por pacientes particulares – que são cerca de 20% do faturamento do hospital.
A ideia dos executivos era reduzir a glosa e o tempo de recebimento das cobranças e melhorar a ponte com as auditorias. Depois de avaliar algumas consultorias do mercado, a escolhida foi a Everis, consultoria espanhola que atua há cerca de um ano e meio no setor de saúde brasileiro. Os executivos André Osmo e o sócio da área de saúde da Everis no Brasil, Vicente Olmos conversaram com o Saúde Web durante o Saúde Business Forum 2013.
O projeto da consultoria identificou o fluxo do trabalho e os indicadores de eficiência, qualidade do processo e o potencial de melhorias. Com o diagnóstico dos gargalos em mãos, a consultoria começou a sugerir melhorias e aplicar a metodologia Lean, que enxuga os processos reduzindo os custos.
Tal mapeamento envolve a conta do paciente desde a entrada no hospital (seja de operadora ou particular), até o repasse para a operadora e o recebimento pelo hospital. Ou seja, a partir deste momento, todos os processos que envolvem determinado paciente (procedimentos, remédios, internações) e que resultará na sua conta de cobrança, são rastreados e colocados na sua conta hospitalar.
Implantação
Na implantação deste sistema foram necessárias 20 pessoas do Sírio-Libanês e quatro consultores da Everis. “A ideia do Lean é não documente, faça”, explica o executivo da Everis. Ele afirma que com o lema, os processos são absorvidos rapidamente pelos profissionais, o que acaba por resultar em melhoria contínua.
Para a Everis, o projeto ajudou a conhecer todo o hospital e ajudou a ter uma visão de integrar o hospital e a implementação das ferramentas não atrapalharam o processo assistencial “, garante Olmos. O Sírio-Libanês já contava com a metodologia Lean- que tem sido implantada por vários hospitais no País, na área de diagnóstico por imagem, mas segundo Osmo, há ineditismo na implantação das contas hospitalares, o que gerou grandes melhorias.
Os resultados, que começaram a ser apurados desde o começo da implantação são: a redução de 30% nas glosas e 25% na redução de tempo para o recebimento do convênio. “As reclamações dos pacientes particulares também reduziram, pois afinal, isso nada mais é ‘que a glosa do paciente’ ”.
Osmo também ressalta a importância do projeto para o relacionamento com as próprias operadoras. No sistema de saúde onde impera o “custo da desconfiança”, que é composto entre outros itens pelas enormes equipes de auditorias tanto nas operadoras quanto nos hospitais, onde cada lado investe nestes departamentos para não ter prejuízos com contas não faturadas ou cobradas erroneamente. “Houve uma integração da equipe comercial com a financeira [dentro do próprio hospital] e melhorou o relacionamento com as operadoras”.
Além disso, o superintendente aponta uma mudança de cultura dentro do próprio hospital.
“ Gerou uma cultura de melhoria contínua de processos onde as pessoas trabalham em conjunto”. Hoje, com a metodologia rodando na instituição, algumas coisas são feitas pelos próprios funcionários de maneira autônoma.
Frutos
Como principais frutos do projeto, além dos resultados já citados acima, está a manutenção e a busca por aprimorar os processos. Foram mapeadas 138 iniciativas de melhorias que estão agrupadas em 16 projetos presentes no planejamento do Hospital Sírio-Libanês. No momento três deles estão em operação pela equipe do hospital e a quarto, mais complexo, está sendo feito com a ajuda da Everis, pois se trata da revisão total do sistema de lançamento das contas hospitalares.
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O POPULAR
Artigo – Hospital tem de ter UTI?
Sempre me fascina quando estou lendo uma revista ou assistindo ao noticiário na televisão e alguém afirma de forma categórica que a moda agora é isso, e automaticamente quem faz aquilo, que até ontem era o correto, passa a estar irremediavelmente errado. A pergunta imediata é: quem determinou isso? Normalmente a resposta que ouço é: “Porque essa afirmação faz sentido e a outra não” ou “isso é resultado de um estudo sério e os resultados estão aí para comprovar”. O que, diga-se de passagem, quase ninguém verifica, mas faz bem saber que “existem estudos”. É da natureza humana perguntar o porquê. Precisamos dar sentido às coisas. O aleatório nos assusta e nos agarramos a uma definição que nos parece lógica e/ou justa, e a grande dificuldade é quando ninguém ainda definiu o objeto de nosso interesse de forma convincente, ou vários o fizeram, e não conseguimos decidir qual é a mais lógica ou justa.
Digite no Google “o que é hospital” e prepare-se para ler pouco mais de 30 mil respostas (em português). Definições históricas, etimológicas, governamentais (de todas as esferas de governo), religiosas e culturais. Não conseguimos ler todas ainda, mas até o momento não achamos algo que nos dê resposta às seguintes indagações: hospital é uma evolução de clínica? O que difere um do outro é a complexidade, o tamanho, a área ou número de especialidades que cada um comporta? Por que em algumas regiões usa-se o termo casa de saúde para definir um hospital e em outra prefere-se instituto? Se é uma cadeia evolutiva, aonde se posicionam os institutos e casas de saúde?
Cientes desta dificuldade, nós da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) criamos a nossa definição de hospital. É o nosso marco zero, nossa base de sustentação. Para o nosso grupo, hospital é uma instituição com o propósito maior de tratar o paciente com todos os recursos disponíveis. Só para citar alguns critérios, tem de ter Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pronto-socorro, radiologia e laboratório 24 horas, salas cirúrgicas equipadas de acordo com a complexidade do que se propõe operar, pessoal treinado multidiciplinar e na quantidade adequada. Não existe a pretensão de impor a nossa verdade a ninguém, mas sim termos uma baliza, um parâmetro de qualidade lógico que seja uma referência na busca constante da qualidade hospitalar e da segurança do paciente.
Projeto de lei que aguarda apenas sanção do prefeito Paulo Garcia (PT) vem ao encontro desse anseio e traz três vertentes extremamente importantes. A primeira é que trará um aumento no número de leitos de UTI na cidade, que em determinadas especialidades e áreas se tornam necessários. A segunda seria uma segurança maior aos pacientes que se submetem a procedimentos invasivos em clínicas que hoje não dispõem dessa retaguarda, e quando complicam, têm de ser transferidos às pressas para uma unidade de maior complexidade, expostos a toda sorte de riscos que essa manobra acarreta. Por fim traz a tona essa discussão de definição de hospital que é extremamente democrática e salutar à população goianiense.
Haikal Helou é médico e vice-presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
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Cartas dos Leitores – Mais Médicos
O serviço de oftalmologia veterinária que criei na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (UFG) iniciou-se em 1986 e prevaleceu até 2010, quando me aposentei. Acumulei mais de 8 mil atendimentos e mais de 3 mil cirurgias e procedimentos. Fui professor da disciplina de Oftalmologia Veterinária Avançada nos programas de pós-graduação e oferecia a mesma disciplina para a graduação. Supervisionei livros, orientei pós-graduandos e graduandos, publiquei centenas de artigos e trabalhos científicos, fui consultor e palestrante. Participei do grupo que fundou o Colégio Brasileiro de Oftalmologia Veterinária, na década de 1980.
Mesmo assim, quando fiz pós-doutorado no serviço da Faculdade de Veterinária da Universidade Autônoma de Barcelona, único serviço autorizado pelo Colégio Europeu de Oftalmologia Comparada na Espanha, não fui reconhecido como oftalmologista veterinário, porque não era credenciado pelo Colégio Europeu. Participei de todos os eventos do serviço, mas não me deixaram colocar a mão.
Agora médicos cubanos vêm ao Brasil num programa mal esclarecido, para trabalhar sem o Revalida e obtendo registro por decreto. É a banalização das profissões. Começou com a medicina e agora a presidente partiu para cima do direito. Parece ódio contra os que lutaram para chegar onde chegaram.
Nilo Sérgio Troncoso Chaves – Vila Itatiaia III – Goiânia
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Ambulâncias
Secretário desmente denúncia de servidores
(Janda Nayara)01 de outubro de 2013 (terça-feira)
O secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Fernando Machado, desmentiu as denúncias de servidores, de que as nove novas ambulâncias de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), recebidas na sexta-feira, estariam paradas por falta de maca ou de socorristas. De acordo com o secretário, todas as ambulâncias já são entregues equipadas pelo Ministério da Saúde. Elas só não vêm com remédios, estetoscópio, equipamento para medir pressão arterial e o colar cervical, que segundo ele, está em processo de compra pela secretaria.
Machado afirma que com as novas ambulâncias, que estão aguardando apenas documentação, o serviço passará a contar com 18 viaturas, sendo 13 Unidades de Suporte Básico (USBs) e 5 de Suporte Avançado (USAs). “A SMS espera que em mais ou menos 20 dias elas estejam com a documentação regularizada. Assim que estiverem em condições de circular, os profissionais para compor o serviço estarão admitidos, capacitados e prontos para atuar”.
Segundo Machado, o quadro de veículos será o suficiente para atender a população de Goiânia e da região metropolitana. Das nove viaturas novas, cinco irão substituir as que já estão inservíveis para o serviço de socorro, mas que poderão ser reaproveitadas para o transporte intra-hospitalar de pacientes.
Atualmente, o Samu possui cerca de 340 funcionários, entre médicos, motoristas, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Essa equipe é suficiente para manter 15 ambulâncias ativas”, afirma o secretário. Ele acrescenta que já foram convocados nove técnicos de enfermagem, oito motoristas e um enfermeiro. Quanto ao fato de um ofício que proibiria os servidores de prestarem entrevistas sobre os eventuais problemas do Samu, Machado explica que a proibição se limita apenas a responderem em nome do órgão.
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Rio Verde – “Estrangeiros” lotam Cais
Cidade com 180 mil habitantes tem 324 mil usuários do SUS cadastrados como moradores da cidade
Fernando Machado
Com 324 mil usuários cadastrados do SUS para uma população de 180 mil habitantes, a rede municipal de Saúde de Rio Verde, no Sudoeste do Estado, experimenta uma eclosão de filas cada vez maiores para o agendamento de consultas e exames médicos. Na esperança nem sempre correspondida de conseguir atendimento, todos os meses centenas de pessoas passam a madrugada ao relento esperando a abertura dos portões do Cais Edsel Emrich Portilho, no Centro da cidade.
Por volta das 22h da última segunda, dia 24, já era possível encontrar na calçada gente como o aposentado Cezar Barreto, 83, que procurava consulta para o filho diabético de 62 anos, ou a desempregada Bertolina Batista Pereira, 48, disposta a conseguir um encaminhamento médico para um vizinho que se comprometera a pagar a sua conta de energia elétrica em troca do “favorzinho.”
Era a terceira vez na mesma semana que ambos passavam a noite estendidos em caixas de papelão e faziam preces para não chover. Passado o tumulto da abertura dos portões, às 7h da terça-feira, dia 25, os dois saíram cansados pela espera de quase dez horas, mas vitoriosos por terem conseguido agendar os serviços. No mesmo horário, o estudante Ivo Rosa, 18, deixava o local revoltado por não ter conseguido consulta com um cardiologista. Desde a meia-noite ele tirava fotos com o celular da situação e manifestava sua fúria em mensagens para os amigos e no Facebook. “O jeito vai ser juntar dinheiro para pagar consulta particular.”
As filas não são formadas somente por usuários do SUS em busca de tratamento médico. Os pacientes acabam tendo de disputar vagas com assessores de vereadores e pessoas que tentam vincular seus nomes à assistência social. Na madrugada do dia 19, um homem embriagado oferecia um posto por 20 reais para os grupos que chegavam depois da meia-noite. Os pacientes reclamam que a prática já virou costume também de usuários de crack.
FRAUDES
O secretário municipal de Saúde, Leonardo Vieira do Carmo, garante que a rede municipal tem estrutura para atender todos os usuários de Rio Verde, mas reclama que existe uma sobrecarga causada por fraudes em cartões do SUS e encaminhamentos abusivos de outras cidades e regiões.
Leonardo afirma que muitos políticos de cidades vizinhas, em certos casos com a contribuição de funcionários públicos, aconselham seus eleitores a cancelarem os cartões do SUS para fazerem um novo registro como se tivessem domicílio em Rio Verde ou, então, criar um esquema de duplicidade. “Basta apresentar um comprovante de endereço, que muitas vezes a pessoa pegou emprestado de alguém.” Pela quantidade de habitantes, ele calcula que o número esperado de cartões na cidade seria de 120 mil unidades. “No entanto, temos mais de 300 mil usuários cadastrados.”
NOVAS REGRAS
O secretário de Saúde explica que estuda medidas para filtrar os atendimentos. Uma das alternativas que estão sendo analisadas é exigir o título de eleitor para comprovar o domicílio na hora de cadastrar os usuários. “Já consultei o Ministério Público, que disse que não configura crime eleitoral. É uma forma de filtrar os atendimentos.”
Outra possibilidade aventada pelo secretário, a ser implantada até o final deste ano, é criar um sistema de agendamento de consultas por telefone.
Na capital ocorre situação semelhante
Reportagem publicada no último dia 23 mostrou que a situação citada em Rio Verde, da utilização do serviço municipal por moradores de outras cidades, também ocorre em Goiânia, inclusive no teleconsulta, uma das alternativas apontadas pelo secretário de Saúde da cidade do Sudoeste goiano.
O texto diz que o sistema possuía em agosto deste ano cerca de 1,2 milhão de usuários cadastrados. Apesar da capital ter cerca de 1,3 milhão de habitantes, 564,8 mil são cadastrados no Programa de Saúde da Família (PSF), que não utiliza o sistema para o agendamento de consulta eletivas. Segundo a organização social responsável pelo serviço de teleconsulta em Goiânia, o número real de usuários da capital que deveriam utilizar o serviço seria de 737,1 mil.
Assistencialismo virou profissão, diz secretário
O secretário municipal de Saúde de Rio Verde, Leonardo Vieira do Carmo, diz que a dificuldade de encontrar vagas na rede pública é fruto, em grande parte, do assistencialismo dos vereadores. “Os assessores deles chegam aqui na secretaria com mais de 40 exames para depois poderem falar para os pacientes que foram eles quem conseguiram, mas o sistema funciona em rede e não existem privilégios. Só dificultam e tumultuam o nosso trabalho.”
O titular da pasta conta que trabalhou como médico em postos de saúde e que tem consciência de que muitos políticos contam com a conivência de funcionários públicos para favorecer seus eleitores. “Não é de graça que uns três ou quatro vereadores atuais são os ‘Fulanos da Saúde’, pois fizeram disso uma verdadeira profissão”. Ele acredita que em muitos casos também falta boa vontade dos servidores para orientar os pacientes mais pobres e com pouca instrução. “Não existe necessidade de ir para a fila de madrugada, mas o problema é cultural.”
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação