Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 01 A 03/02/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Em Goiás, governo aposta em policlínicas para cumprir regionalização da saúde
Partos normais crescem, mas Goiânia segue sendo a capital das cesáreas
Hugo participa de Workshop de Gestão avançada em serviços de Urgência
CBR se posiciona sobre a realização de exames de ultrassonografia por profissionais não médicos
Número de casos estável no país
Novo coronavírus gera ações sociais, médicas e científicas nunca vistas
Brasil registra 16 casos suspeitos de coronavirus


JORNAL OPÇÃO

Em Goiás, governo aposta em policlínicas para cumprir regionalização da saúde

Por Ton Paulo

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o objetivo é entregar 17 policlínicas até 2022

“Vamos apertar pra valer agora”, disse o governador Ronaldo Caiado em visita ao município de Posse em meados de janeiro deste ano. A declaração se referia à Policlínica, que, em reta final, está prevista para começar a funcionar a partir do final de fevereiro. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Goiás, a inauguração da unidade de saúde marca um processo de regionalização dos serviços de saúde no Estado.
Conforme a pasta, o objetivo é entregar 17 policlínicas até 2022. Por meio da policlínica, Caiado pretende oferecer serviços especializados de média complexidade e alta resolutividade, em articulação com a atenção básica e assistência hospitalar, “oferecendo à população da região o acesso ambulatorial às especialidades médicas diversas”.
De acordo com a Secretaria, o modelo de policlínicas que vem sendo implantado em Goiás está espalhado pelos Estado de São Paulo, Bahia, Ceará e Paraná. Ele oferece um conjunto de ações e serviços para cada especialidade ofertada, conforme os processos clínicos ou problemas de saúde mais relevantes e/ou prevalentes em cada região. Em Goiás, além de Posse, os municípios de Goianésia, Quirinópolis, Formosa, Cidade de Goiás e São Luís de Montes Belos também já estão com as obras em andamento. Segundo o titular da Saúde, Ismael Alexandrino, as unidades de Posse, Quirinópolis e Goianésia
A Secretaria afirma que as policlínicas de Goianésia e Quirinópolis devem ser inauguradas ainda no primeiro semestre deste ano, mas as datas exatas ainda não foram divulgadas. Já as de Posse, Quirinopólis e Goianésia estão com licitação encaminhada para a escolha da Organização Social (OS) responsável pela gestão das unidades.
O governador Ronaldo Caiado também anunciou a construção da unidade em Campos Belos, na fronteira com o Tocantins. Anteriormente, em entrevista ao Opção, Alexandrino havia afirmado que as unidades que ainda não haviam sido anunciadas, à época, provavelmente seriam a de Campos Belos e Porangatu. “São duas cidades que estão praticamente definidas. Pegamos a faixa Norte completa e assistimos o Estado com especialidade, diagnóstico e terapêutica”, declarou.
A entrega da policlínica de Campos Belos está prevista para 2021, com um investimento total de R$ 13 milhões, sendo R$ 8 milhões investidos na obra e R$ 5 milhões em equipamentos.
O secretário informou que Goiás possui 18 Regionais de Saúde agrupadas em cinco macrorregiões. De acordo com ele, 17 terão policlínicas, com exceção da Região Central, que corresponde a Goiânia, por “concentrar maior número de equipamentos e unidades de saúde no Estado”.  Para Alexandrino, o objetivo é o de levar assistência ao interior e “assim evitar que o paciente tenha que ficar se deslocando até a capital”. “Para o Estado, isso significa menos custo. O exame que se faz na capital inclui o custo do transporte. Uma tomografia em Posse em uma unidade privada, a prefeitura paga R$ 500. A tabela SUS paga em torno de R$ 138. O custo da nossa tomografia ficará em torno de R$ 138 ou um pouco mais pelo custo agregado de rateio de energia e outros detalhes. Com o laudo, o valor é pago pelo Ministério da Saúde. É um valor que sai do Tesouro da prefeitura. Direta e indiretamente, o Estado está ajudando o município. A diferença de R$ 500 para R$ 138 o município não tem que pagar mais. Multiplique isso por mil exames”, disse o secretário na entrevista concedida ao Opção.
Policlínica de Posse vai oferecer 19 especialidades e mais de 10 mil consultas mensais
Prevista para ser inaugurada no dia 28 de fevereiro deste ano, a primeira policlínica da “leva” de unidades de saúde a serem entregues à população de Goiás está localizada na Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira, setor Buenos Aires, em Posse. A unidade funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e prestará serviços de consultas, exames e procedimentos médicos em áreas como fisioterapia, laboratório clínico, hemodiálise e exames de imagem, como mamografia, tomografia, densitometria e ultrassonografia. Realizará cirurgias menores ambulatoriais e atuará ainda como serviço de apoio diagnóstico e terapêutico.
São 3.775 metros quadrados de área construída, 26 consultórios, 16 salas para exames, posto de coleta do laboratório, farmácia, posto de enfermagem, central de esterilização de material e salas destinadas à administração. Conforme a Secretaria de Saúde, estarão disponíveis 19 especialidades médicas e 6 não médicas; mais de 10 mil consultas e até 25 mil exames de diagnóstico por mês.
A policlínica pretende oferecer atendimento a uma população de 31 municípios integrantes da Macrorregião Nordeste de Goiás, composta por 1.207.393 habitantes. Serão atendidas as seguintes regiões:
Entorno Norte: Água Fria de Goiás, Alto Paraíso, Cabeceiras, Flores de Goiás, Formosa, Planaltina, São João d’Aliança e Vila Boa;
Entorno Sul: Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Luziânia, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás;
Nordeste I: Campos Belos, Cavalcante, Divinópolis de Goiás, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás;
Nordeste II: Alvorada do Norte, Buritinópolis, Damianópolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Nova Roma, Posse, São Domingos, Simolândia e Sítio D’Abadia.
Entretanto, conforme informado pela Secretaria de Saúde, as policlínicas, como a de Posse, não possuem o sistema “porta aberta”. Os pacientes serão atendidos inicialmente, em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em seguida encaminhados por meio do Complexo Regulador Estadual, com horário agendado.
As vagas são disponibilizadas proporcionalmente ao número de habitantes de cada município que compõem a região de abrangência da policlínica.
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Partos normais crescem, mas Goiânia segue sendo a capital das cesáreas

Por Fernanda Santos

Em estudo divulgado pelo DataSUS, 71% dos procedimentos ocorrem via cirúrgica em Goiânia. Médica acredita na reversão desses números, conforme mulher torna “dona de si” e volta a conhecer melhor sua fisiologia

Aurora levou quase 27 horas para nascer. O parto ocorreu no dia 16 de dezembro, na Maternidade Modelo, em Goiânia. Mesmo com muita dor e contração, a mãe, Jessica Palu, garante que a experiência do parto é maravilhosa. “O corpo é perfeito. Nascemos para isso. É preciso foco e psicológico alinhado com o corpo”, afirmou. Ela conta que sempre planejou ter filhos pela via natural, por ser mais saudável. Quando soube que seria mãe, procurou por uma profissional que respeitaria sua escolha.
“É saudável esperar a hora que o bebê quer sair, a hora que se sente pronto”, falou a mãe que já estava em casa menos de 24 horas após o nascimento da filha. “No outro dia, às 9h, eu já estava liberada. Foi uma recuperação fantástica. Saí do hospital andando”, conta.
“Hoje, com quase 50 dias, respeitei o resguardo, não pegar peso e evitar subir escadas, mas o restante fiz normalmente. Com 30 dias, a médica liberou o uso do DIU, o que não é permitido em uma cesariana. Não tive laceração. Aurora nasceu pequena”, explica Jéssica que só teve de tomar antisséptico e anestésico para ajudar o corpo a se recuperar.
“O fato de não precisar ir para o centro cirúrgico, tomar anestesia e ser cortada foi muito relevante. Nunca havia ido a um centro cirúrgico”, diz a mãe sobre os motivos que a ajudaram a decidir pela via natural.”É saudável, fisiológico e porque como mamíferos, nascemos prontas para parir.”
Ela afirma que hoje existe uma “indústria de cesarianas”. “A cesariana tomou proporção de cem anos para cá. Antes, todas as mulheres, a humanidade, se criou pelo parto normal”, afirma. Além da naturalidade do procedimento, a médica de Jéssica garantiu que o parto também fosse humanizado.
“Eu fiz um plano de parto com tudo o que eu queria. O primeiro banho era meu, eu saí da sala com ela, não quis que aplicassem colírio. Várias coisas estavam no meu plano, tudo foi totalmente respeitado pela minha médica”, contou. “Minha doula também esteve ao meu lado o tempo todo, fazendo massagem, falando coisas legais. Ouvíamos as músicas que eu havia preparado. Tudo isso contribui para a gente ficar bem à vontade e tudo ser bem respeitoso.”
Capital das cesáreas
Goiânia é a capital com maior número de partos cesarianos em todo o país, com 71% dos procedimentos realizados pela via cirúrgica. É o que diz levantamento inédito realizado pelo Fiquem Sabendo, divulgado pelo portal DataSUS. No Brasil, 55% dos partos são cesáreas. Os dados mais recentes são de 2017. O índice constatado pelo estudo está muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma ação do Ministério Público Federal (MPF) tenta desde 2010 obrigar a Agência Nacional de Saúde (ANS) reduzir os partos cesarianos no país. No entanto, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendeu o cumprimento da sentença. Agora, o MPF recorre da decisão.
De acordo com o médico obstetra e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Rui Gilberto, um conjunto de causas são responsáveis por esse número gigantesco de cesarianas no Brasil, bem maior que na maioria dos países do mundo. Ele define como “taxa vergonhosa” a quantidade de partos realizados cirurgicamente em comparação com as vias naturais.
“Vai desde o aspecto cultural, a própria população com esse entendimento de que o cesariano tem menos dor. O modelo de assistência obstétrica do Brasil, centrado no médico e não na equipe. Quando a equipe médica faz o acompanhamento de parto, a disponibilidade do grupo auxilia o aumento do número de partos normais. As baixas remunerações do sistema público de saúde e dos planos de saúde para o pagamento de um parto. Comodidade, tanto do paciente quanto do médico, nesse modelo que temos. Com isso, aumentamos muito o número de cesarianas”, enumerou.
Ou seja, comodidade e a baixa remuneração são fatores que levam diversos profissionais obstetras a preferirem pelos partos cirúrgicos, na opinião dele. “Receber de R$400 reais a R$1000 para acompanhar um normal que dura de 8 a 12 horas, enquanto em uma cesariana com uma hora, uma hora e meia está tudo resolvido”, conta.
Para Rui, a ação do MPF não é uma oposição à cesariana em si, mas ao abuso que é praticado no país. “Eu não entendo que ele [MPF] seja contra, mas é contra o número excessivo das cesarianas, como as universidades e escolas médicas também concordam. Se olharmos a evolução natural de um parto, cerca de 20 a 30% de todos necessitam de uma cesariana. 70%, 2/3, ou até 80% dos partos, podem ser realizados pela via normal. A natureza nos leva a esse tanto de indicação. Em geral, fazemos uma média de 60% de todos os partos cesariana. Em unidades privadas, esse número chega em torno de 90%”, informou Rui.
Já obstetra Poliana Mattedi, especializada em naturais, conta que 90% das suas pacientes já a procuram com o desejo de realizar parto normal. “Algumas ainda chegam querendo cesárea por desconhecimento, mas consigo convencer”, afirma.  A procura pela cesariana, segundo a médica, ocorre quase sempre por “comodidade e desconhecimento da fisiologia”. “É uma questão cultural, sem dúvida”, diz.
“Na época da minha mãe, ela passou por cesárea, método que chegou como salvador. Não precisa sentir dor, é mais rápido, marca e já resolve. Aí as nossas mães passaram por isso e perderam o conhecimento da fisiologia e do que é melhor”, explica. “Hoje, a mulher é dona de si e volta a conhecer sua fisiologia. Eu não acredito que a maioria queira mais cesárea. Estamos chegando a um meio a meio.”
De acordo com Poliana, os benefícios do parto normal vão desde à fisiologia da mãe até a saúde da criança. “A mulher foi feita para isso. No parto normal ela recebe alta em 24 horas, não ocorre corte em sete camadas do abdome. A mulher já está disposta a voltar a rotina de vida normal. O trabalho de parto leva a criança a fazer produção de cortisol, que ajuda a preparar o pulmão e o neném nasce mais saudável”, informa.
Flexibilização
Rui defende que é preciso equilibrar os números de cesáreas e normais. “Forçar um parto normal em uma que tem que fazer cesariana também é um desastre, um risco para a mãe e para o feto”, afirma. Ele ainda explica em quais casos a cirurgia é a melhor alternativa: “Em todos os casos de sofrimento fetal. Os casos em que a cabeça do neném é maior do que o estreito pélvico, o canal. Tem fetos grandes, de mães diabéticas. Insuficiência placentária, infecção ou hemorragias antes ou durante o parto, placentas baixas ou agarradas ao útero e pacientes que rompem a bolsa antes da hora”.
“De um modo geral, o desejo [das mães] é maior pela cesariana”, diz. Segundo ele, é preciso de um envolvimento maior da sociedade, das escolas médicas e dos setores organizados nessa pauta. “Temos que ter educação em saúde para diminuirmos o número excessivo, mas flexibilizar também não vai trazer danos para a população. Precisa baixar, mas não tanto”, opina Rui.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Hugo participa de Workshop de Gestão avançada em serviços de Urgência

Uma equipe do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) participou nos dias 29 e 30 de janeiro, em São Paulo, de um Workshop de Gestão Avançada em Serviços de Urgência. A capacitação ministrada por profissionais do Hospital Sírio Libanês, em parceria com Ministério da Saúde, objetiva a aplicação prática da metodologia Lean para os participantes do 4º Ciclo do projeto, em especial aos Serviços de Urgência por meio de dinâmicas para fixação do aprendizado e exercícios para cada etapa do método, com base de estudos de caso.
A metodologia do projeto Lean visa melhorar a gestão nas emergências e diminuir a superlotação nas urgências hospitalares. Essas ações facilitam o acolhimento e atendimento dos pacientes nos prontos-socorros dos hospitais.
Para a Gerente Assistencial do Hugo, participante do Workshop, Janine de Paula, a capacitação foi uma experiência única para aprender e praticar ações que vão melhorar os fluxos operacionais do hospital. "Nos induz a uma prática que dá certo", explica.
Segundo o Diretor Técnico do Hugo, Eros de Souza, participar do Lean é usufruir de uma metologia que enxuga os processos, aumenta a eficiência, reduz custos e melhora os indicadores do hospital. "O Hugo é um hospital muito grande e cheio oportunidades de melhoria, essa consultoria do Sirio vai tornar o hospital melhor como um todo e criar a cultura de eficiência operacional em todos os setores", avalia
Projeto Lean nas Emergências: redução das superlotações hospitalares
É uma iniciativa desenvolvida pelo Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi) e do Sistema único de Saúde (SUS) e executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. No SUS, o projeto Lean nas Emergências busca organizar fluxos internos para otimizar recursos, espaços e insumos.
Para isso, utiliza-se ferramentas, como o NEDOCS (sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência), que mede a superlotação a partir de parâmetros como taxa de ocupação dos leitos, número de leitos, tempo de passagem pela urgência até a alta.
Os hospitais que participam da iniciativa passam por um processo de intervenção, fase onde profissionais do Hospital Sírio-Libanês visitam os prontos-socorros e se reúnem com gestores e profissionais dos estabelecimentos para identificar dificuldades e implementar ações de melhoria, de acordo com as ferramentas da metodologia Lean, bem como capacitar as equipes.
Essa fase dura, em média, seis meses e, após o término desse período, os hospitais passam por uma etapa de controle, por mais seis meses, para garantir a transformação no gerenciamento dos hospitais e que esses novos hábitos e padrões continuem mesmo após o fim das visitas.
Metologia Lean
O Sistema Lean que pode ser traduzido como produção enxuta é uma metodologia japonesa que após a Segunda Guerra mundial chegou ao ocidente e foi utilizada em praticamente todos os setores produtivos. A partir da década de 90 houve uma adaptação para utilização na área da Saúde com impactos positivos.
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TERRA

CBR se posiciona sobre a realização de exames de ultrassonografia por profissionais não médicos
Instituição faz alerta para o risco desta prática

Após receber denúncias da realização de exames de ultrassonografia por profissionais não habilitados, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) emitiu uma Carta Aberta à População alertando sobre os riscos dessa prática. Confira a íntegra da Carta.

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), conforme seus princípios éticos e estatutários assim como do compromisso e responsabilidade no melhor atendimento à população, vem a público informar que recebeu denúncia da realização de exames de ultrassonografia por profissionais não médicos, portanto não qualificados e/ou habilitados.
– Em relação a esses fatos, o CBR reafirma a sua posição no sentido de que:
A execução, interpretação e emissão do laudo do paciente são da exclusiva competência do médico.
O CBR recomenda ainda que o exame de ultrassonografia deve ser realizado por médico qualificado, que é o profissional treinado para a prática desse ato.
Face ao exposto acima, o CBR comunica que, por intermédio de sua Diretoria, tem adotado as medidas cabíveis com a finalidade de preservar o ato médico visando, assim, sempre o melhor atendimento à população e a maior segurança do paciente, além de defender a relevância do médico devidamente qualificado, com registro no Conselho Regional de Medicina.
Por fim, destaca que está disponível no seu site um canal aberto para denúncias, preservando o anonimato, e para a comunicação direta com seus médicos associados.
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CORREIO BRAZILIENSE

Número de casos estável no país

O número de suspeitas de coronavírus voltou a subir no mundo ontem. No Brasil, por sua vez, ficou estável. De acordo com o Ministério da Saúde, nenhum caso de contaminação foi confirmado, mas 16 pessoas seguem em observação no país.
A metade desses pacientes está em São Paulo. Já o restante, nos estados do Rio Grande do Sul (4), de Santa Catarina (2), do Paraná (1) e Ceará (1). Todos os casos suspeitos apresentaram sintomas e estiveram na China ou mantiveram contato com alguém que passou pelo território chinês recentemente.
Segundo o governo, tudo está sob controle. Mesmo assim, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pode ter que ir ao Congresso detalhar o plano estruturado pelo governo diante do surto do coronavírus. É que o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um requerimento de audiência pública pedindo que Mandetta e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, compareçam ao Congresso para detalhar as medidas de prevenção e tratamento de possíveis casos de coronavírus no Brasil.
Randolfe também quer detalhes da assistência que será oferecida aos brasileiros que estão em situação de risco no exterior — não apenas os que serão trazidos da China –, bem como o risco ao qual o Brasil pode ser exposto se algum caso for confirmado nos países com os quais faz fronteira.
Fake news
Com a disseminação do coronavírus pelo mundo, também aumentaram as fake news relacionadas ao assunto. Só o Ministério da Saúde disse estar recebendo cerca de 300 notícias falsas sobre por dia sobre a doença. São mensagens que falam de métodos não comprovados de transmissão, prevenção e até tratamento.
Por isso, a pasta fechou uma parceria com o Twitter para tentar combater essa desinformação. "Agora, quem buscar sobre a doença no Twitter vai receber uma notificação para acessar o site do Ministério da Saúde, com informações oficiais, atualizadas e confiáveis", informou o ministério, que está listando todas essas fake news no seu site, assim como os reais métodos de prevenção da doença. (MB)
Fique atento!
Como é feita a transmissão?
» Pelo ar ou contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro;
» Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
» Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
» Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença ou que sofrem de infecções respiratórias agudas;
» Lavar as mãos com frequência, especialmente após tossir ou espirrar, e após contato com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
» Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
» Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
» Evitar tocar nas mucosas de olhos, nariz e boca;
» Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
» Manter os ambientes bem ventilados;
» Evitar contato próximo com animais selvagens e doentes;
» Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas. Isto é, máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção.
Quais os sintomas?
» Febre;
» Tosse;
» Dificuldade para respirar;
» Ter estado na China, ou em lugares onde há foco da vírus, ou mantido contato com pessoas que estiveram nesses locais aumenta a suspeita.
O que acontece com os casos suspeitos?
» Exames laboratoriais;
» Isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos.
Qual o tratamento para os casos confirmados?
» Repouso;
» Consumo de bastante água;
» Medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
» Umidificador e banho quente auxilia no alívio da dor de garanta e tosse.
O que deve acontecer com os brasileiros que estão na China?
» Exames;
» Isolamento, em local a ser informado, por pelo menos 14 dias, porque o vírus pode ficar incubado por duas semanas antes de os primeiros sintomas aparecerem.
Fonte: Ministério da Saúde
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FOLHA DE S.PAULO

Novo coronavírus gera ações sociais, médicas e científicas nunca vistas

Coronavírus 2019-nCoV foi o vírus mais rapidamente sequenciado e e provocou a uma quarentena inédita de milhões de pessoas
Cláudia Collucci
São Paulo

Nunca um vírus foi tão rapidamente identificado por sequenciamento genético e seu genoma compartilhado com a comunidade científica internacional. Nunca uma cidade de 11 milhões de habitantes foi colocada em quarentena. E uma nova vacina pode ser desenvolvida em tempo recorde.
No dia 31 de dezembro, o governo da China reportou à OMS (Organização Mundial de Saúde) os primeiros casos de pneumonia em Wuhan, na província de Hubei. Desde então, a epidemia de um novo coronavírus, que até domingo (2) já ca usou 362 mortes, tem reunido uma coleção de fotos inéditos, alguns bem controversos, como a quarentena. Veja a seguir os principais.

1- Rapidez no sequenciamento
Em 31 de dezembro, a China reportou os primeiros casos de uma pneumonia de origem desconhecida à OMS. No dia 5 de janeiro, dez dias depois deter recebido as amostras de pacientes de Wuhan, cientistas do Shangai Public Health Center tinham isolado o vírus. Dia 11, já tinham compartilhado o genoma com a comunidade científica internacional.
No caso da Sars, a janela entre o primeiro caso e a identificação levou 152 dias. "Apesar de muitas críticas, surto tomou corpo em um país com grande capacidade científica. O impacto da ciência feita na Chi na vem acelerando muito, com projeções de se igualar à produção americana em alguns anos", diz o infectologista Esper Kallás, professor da USP Apesar da rapidez, dados sobre a real extensão da epidemia foram mantidos em segredo para o público chinês até praticamente o dia 24 de janeiro, quando foi decretada a quarentena. Com isso, houve atraso nas medidas locais de prevenção e controle.

2- Recorde de estudos
O compartilhamento rápido de informações sobre o sequenciamento genético do vírus tem resultado em grande volume de pesquisas, outro recorde. Segundo da revista Nature, em 20 dias, 54 estudos sobre coronavírus foram publicados, metade deles em sete dias. A maioria dos trabalhos contém dados sobre o período de incubação do vírus, características e sobre o quão rápido ele se espalha.
Um dos estudos, por exemplo, reportou que o vírus tem preferência por afetar a laringe, faringe e traqueia, trato respiratório superior. Já outros vírus da mesma família, como Sarse Mers, preferem o trato respiratório inferior (bronquíolose alvéolos, no pulmão). Outras pesquisas tratam da estrutura ou do sequenciamento genético do patógeno, informação útil para drogas-alvo ou mesmo para vacinas.

3- Maior quarentena da história
O número de pessoas em quarentena na cidade chinesa de Wuhan não tem precedentes na história. "Até onde eu sei, conter uma cidade de 11 milhões de pessoas é inédito na ciência", declarou a médica GaudenGalen, representante da OMS na China, ela mesmo em quarentena em Wuhan. Willian Schaffner, especialista em doença infecciosa da Vanderbilt University, disse que é um experimento de saúde pública sem precedentes. "Logisticamente, é espantoso como fizeram isso tão rapidamente", afirmou ao New York Times. "Se a quarentena é eficaz ou não ainda cabe uma intensa discussão. Os vários exemplos na história mostram que é uma má ideia" diz Esper Kallás.

4- Opções terapêuticas e vacinas a jato
Várias opções terapêuticas começam a ser testadas também em um curto intervalo de tempo. Entre elas, uma combinação de Lopinavir/Ritonavir, antirretrovirais para o HIV. Há discussões no governo americano para testes como as drogas, como Remdesivir, da Gilead, a Galidesivir, da BioCryst, e Saracatinib, da AstraZeneca. Também foi anunciado desenvolvimento de vacinas. Há pelo menos três projetos que já iniciaram a construção de produtos candidatos. Antony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos NIH (Instituto Nacionais de Saúde dos EUA), disse que os estudos clínicos fase 1 devem começar em três meses, tempo recorde para o órgão.
Dois hospitais na China com mais de dois mil leitos devem entrar em operação nesta semana. Um deles, já concluído, levou dez dias para ser construído.

5- Redes sociais e fake news
O que acontece quando uma emergência de saúde internacional é declarada numa era de uso maciço de smartphones e redes sociais? Fake news, que se espalham mais rapidamente do que o próprio vírus.
De óleo de orégano, prata coloidal ao chá de erva doce como tratamentos naturais contra a doença e publicações sugerindo que os EUA criaram e patentearam o coronavírus, o volume de fake news aumenta à medida que a epidemia se ocidentaliza.
O problema levou as gigantes da tecnologia Facebook, Google e Twitter a comunicar novas estratégias para conter a onda de notícias falsas. Especialistas como Renee DiResta, gerente de pesquisa do Observatório da Internet de Stanford, dizem que a epidemia de coronavírus deverá ser grande teste de como essas empresas vão reagir diante das fake news. Situação semelhante já aconteceu em outros surtos, como o provocado pelo vírus da zika há quatro anos, mas o problema foi mais localizado. Agora, a epidemia já alcançou mais de 20 países.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra 16 casos suspeitos de coronavirus

Brasília – O Ministério da Saúde atualizou em 16 o número de casos considerados suspeitos de coronavírus no país. Segundo balanço divulgado às 12h de hoje (1º), já foram descartados outros dez casos.

A unidade federativa que apresenta maior número de casos suspeitos é São Paulo, com 8 ocorrências. Duas suspeitas já foram descartadas no estado. O Rio Grande do Sul registra, neste momento, 4 casos suspeitos; outros três já foram descartados.

Em Santa Catarina, até o momento, já foram levantadas 2 suspeitas; dois outros casos foram descartados.

A lista inclui ainda o Paraná e o Ceará, com um caso suspeito em cada.

Histórico
Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan.

Nesta semana, a OMS declarou estado de emergência global em saúde devido ao coronavírus.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação