Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 01 a 04/05/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Pacientes pedem atendimento de emergência no Ciams Novo Horizonte, em Goiânia
• Custos das operadoras sobem 17,7%, diz IESS
• Artigo – Saga da família Rassi – centenário de Alberto Rassi
• Secretaria confirma morte de 18 com dengue
• Quando a saúde vai à Justiça
• Unimed deve indenizar paciente que teve negado pagamento de dívida hospitalar
• Obras de reforma empacadas
• Cais Garavelo de portas lacradas

TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Pacientes pedem atendimento de emergência no Ciams Novo Horizonte, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/pacientes-pedem-atendimento-de-emergencia-no-ciams-novo-horizonte-em-goiania/4146733/
(01/05/15)
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SAÚDE BUSINESS
Custos das operadoras sobem 17,7%, diz IESS
Os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cresceram 17,7% nos 12 meses encerrados em junho de 2014. Esse é o segundo maior índice da série histórica do VCMH/IESS, menor apenas do que os 18,24% do período encerrado em março de 2014. O resultado de 17,7% é 11,2 pontos porcentuais superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 6,5% no mesmo período.

O VCMH/IESS é o principal indicador utilizado pelo mercado de saúde suplementar como referência sobre o comportamento dos custos. O cálculo utiliza os dados de um conjunto de planos individuais de operadoras, e considera a frequência de utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos.

Dessa forma, se em um determinado período o beneficiário usou mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com cada um desses fatores. A metodologia aplicada ao VCMH/IESS é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.

Na última divulgação do VCMH/IESS, em agosto do ano passado, o indicador acumulava alta de 16% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2013. Agora, a alta foi intensificada para 17,7% e, na projeção do IESS, o VCMH deve ter encerrado 2014 com uma variação entre 17% e 18%.

Para o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a permanência do VCMH/IESS em um patamar de dois dígitos deve ser fator de preocupação para a sustentabilidade da saúde suplementar brasileira. “Sabemos que as variações de custos da saúde acima da inflação é um fenômeno mundial. Entretanto, o caso brasileiro é muito preocupante, porque o aumento dos custos tem se mantido em patamar muito alto”, argumentou em comunicado. “A diferença de 11,2 pontos porcentuais entre VCMH/IESS e o IPCA é muito relevante.”

Os gastos com Internações registraram alta de 17,3% nos 12 meses encerrados em junho. As despesas com Terapias subiram ainda mais, 21%, no mesmo período. Contudo, entre os grupos de procedimentos analisados, Internações é o responsável pela maior parte dos gastos das operadoras, respondendo por 61% do total. No período, os gastos com Exames subiram 14,1% e, com Consultas, 10,8%. (01/05/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Artigo – Saga da família Rassi – centenário de Alberto Rassi
Anselmo Pereira


“A terra do sonho é distante
e seu nome é Brasil
plantarei a minha vida
debaixo de céu anil”.
Milton Nascimento

Imigração é o movimento de entrada, com ânimo permanente ou temporário e com a intenção de trabalho ou residência, de pessoas ou populações, de um país para outro, definição encontrada na Wikipédia
As guerras e perseguições políticas e religiosas foram o principal motivo dos grandes movimentos migratórios que aconteceram para as Américas entre os séculos  XIX e XX, embora o desejo pessoal por mudanças também tenha um peso significativo neste processo. No caso de muitos países das Américas, houve ainda o incentivo governamental para que ocorressem os movimentos migratórios, como é o caso do Brasil.
O Brasil do século XIX caracteriza-se pelo intenso processo imigratório, que viria atender a uma grande demanda de mão de obra que surgiria após as transformações políticas e econômicas pelo qual o recente criado país republicano passava. Foram centenas e centenas de pessoas, de todas as nacionalidades, que na busca por uma qualidade de vida melhor aportaram no território brasileiro trazendo na bagagem seus tesouros e no coração os mais caros sonhos.
Dentre as nacionalidades que aqui vieram se estabelecer temos a libanesa. Oficialmente, a Imigração Libanesa no Brasil começou em 1880, quatro anos após o imperador Dom Pedro II ter visitado o Líbano. Segundo o historiador Antônio Gasparetto Júnior, “os libaneses constituem um grupo entre a grande imigração dos árabes no Brasil(…) o fluxo migratório dos libaneses pode ser descrito em  quatro fases ou períodos: de 1850 a 1900, marcando o início do processo imigratório; de 1900 a 1918, quando a imigração já se encontra em processo avançado e é possível falar em colônias árabes no Brasil; e de 1918 a 1950, período que associa as duas fases finais e leva os libaneses mais para a região Sul do País em decorrência do notório crescimento econômico.
Segundo a doutora em História Heliane Prudente Nunes, em seu livro A imigração árabe em Goiás, “Os conflitos vividos no mundo árabe levaram e ainda levam muitos a procurar outras terras na Europa, na Oceania e nas Américas. Tendo como causas da emigração fatores políticos, religiosos e pressões demográficas e socioeconômicas, as primeiras correntes migratórias árabes chegaram ao Brasil a partir das três ou duas últimas décadas do século XIX. Em sua maioria, os imigrantes eram sírios e libaneses que, a princípio, eram registrados como turcos por terem passaportes emitidos pelo império turco-otomano que os dominava.”
Ainda nos fala Heliane Nunes que  “a vinda dos árabes para Goiás se deu a partir da última década do século XIX, com um afluxo maior na década de 1920. Os árabes que chegavam a Goiás nessa década procuravam se estabelecer nas cidades ao longo da Estrada de Ferro e, muitos se mudavam quando a estrada avançava adiante para outras localidades. O potencial econômico do Estado ou os laços de parentesco, ou seja, a presença de familiares no Estado são as duas razões mais mencionadas pelos imigrantes pela escolha de Goiás(…), manter-se perto de familiares e patrícios facilitava a estadia no novo mundo, e por isso, procuravam se estabelecer onde os seus se encontravam”.
Dentre os grandes lutadores e sonhadores que imigraram, primeiro para Cuba e depois para o Brasil, posteriormente fixando-se em Goiás, na cidade de Vianópolis e de forma definitiva em Goiânia, estavam  Abrão Rassi e Dona Mariana. E é desse tronco, do mais puro cedro, que nasceram os filhos Leonardo, Alberto, Salvador, Glória, Luiz e Aurora, que iniciariam aqui um registro de contribuição inegável para o desenvolvimento do Estado de Goiás e de forma mais especifica na área da Medicina.
As grandes dificuldades que o casal Abrão Rassi e Dona Mariana passaria, iniciaram-se quando aportaram no Rio de Janeiro e estavam sendo esperados por familiares em Santos. Assim, um pai com mulher, seis filhos, pouco dinheiro e num país estranho, viu-se frente a frente com a primeira grande adversidade em sua nova pátria. Foram para Vianópolis-GO,  última estação da Estrada de Ferro, que abrigava uma comunidade vinda de Cheikn-Taba, no Líbano. Em Goiás nasceriam os  novos filhos:  João, Fued, Raul, Anis e Afif. Depois de um acidente que ceifou, de forma prematura, a vida do filho Salvador, Abrãao resolve vir para a nascente Capital do Estado, no ano do seu Batismo Cultural e aqui fixar residência.
Dentre as grandes contribuições que a Família Rassi legou para os goianos e goianienses, sem dúvida foi a dedicação sem limites aos cuidados com a saúde e bem-estar do povo goiano através do exercício da honrosa profissão de médico. Hoje, os Rassi se destacam no nosso Estado e fora dele, sendo reconhecida como a Família Medicina. O pioneiro na área foi Alberto, que, apesar das grandes dificuldades, formou-se em Medicina em 1940, no Rio de Janeiro. Um ano depois, estava em Goiânia atendendo na Avenida Bahia, em Campinas. Mais um ano e abriu o Instituto Médico-Cirúrgico, depois chamada de Casa de Saúde Dr. Rassi.
Seu irmão Luiz, ajudado por Alberto, também se formara em Medicina, na mesma faculdade. De volta a Goiânia em 1948, marcaria o início de sua trajetória profissional que seria uma das mais brilhantes dentro da Medicina e da sociedade como um todo. Os irmãos  Leonardo e João, também com a colaboração do Dr. Alberto Rassi, se dedicariam à área da saúde através do ramo farmacêutico.
Neste período, trabalhavam na nova Capital menos de 100 médicos que deveriam cuidar de todos os pacientes locais e aqueles vindos do interior. E, mais uma vez, a Família Rassi viria contribuir para a melhoria deste cenário. No ano de 1953 formavam-se Raul e Anis, irmãos do dr. Alberto e dr. Luiz. Por último, Afif, em 1957, totalizando a incrível marca de cinco médicos de mesmos pais.
Não parou por aí a incrível determinação desta família de imigrantes libaneses, quando começaram a se formar os netos de Abrão e Mariana, a Medicina ganhou mais 13 nomes: Alberto Rassi Júnior, Rubens Rassi, Ronaldo Rassi, Luiz Rassi Júnior, Pedro Moura Rassi, Salvador Rassi, João Rassi Filho, Sérgio Gabriel Rassi, Anis Rassi Júnior, Alexandre Gabriel Rassi, Gustavo Gabriel Rassi, Luciana Rassi e Ana Lúcia Rassi. Juntando aos descentes de Abrão, são hoje cerca de 100 médicos e médicas.
Do tronco inicial, para nossa alegria, temos a sorte de conviver com o dr. Luiz Rassi. Ele foi o fundador e presidente da Associação Médica de Goiás, em 1950. Um ano depois realizaria o primeiro evento profissional da saúde em Goiânia, o Congresso Médico do Brasil Central. Foi ainda pioneiro da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás em 1960, e um dos primeiros a atender em Brasília, ainda antes da inauguração oficial da cidade.
A Família Rassi construiu o atual Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi, na década de 50. Não poderíamos deixar de falar um pouco sobre este hospital que, além de imortalizar com justiça um dos nomes mais expressivos da Medicina em Goiás, o de Alberto Rassi, ainda se tornou através das mãos do nosso competentíssimo governador Marconi Perillo um dos grandes hospitais referência em tratamentos humanizados na saúde pública do Brasil. E, ainda, temos o Hospital São Salvador e o Anis Rassi, referência em tratamentos de doenças cardíacas.
Estes seres humanos exemplares, Abraão e Mariana Rassi, construíram sua história e a gravaram em todo o povo goiano através de suas ações, suas lutas e através de seus filhos Alberto, Luiz, Anis, Afif, Leonardo, João, Salvador, Fued, Raul, Glória e Aurora enfim, de todos seus descendentes, filhos e filhas, netos e netas, sobrinhos e sobrinhas. O nome Rassi  está imortalizado em nossa história e gravado fundo na memória dos goianos e especialmente na memória de todos aqueles que por suas mãos generosas obtiveram a cura, a melhora para os males que os afligiam. São milhares de pessoas que reconhecem a importância do trabalho desenvolvido pela Família Rassi na área da Medicina.
A Câmara Municipal de Goiânia não vive apenas de legislar. Leis são fundamentais, mas não mais importantes que os seres humanos que vivem e trabalham em nossa comunidade. E é a estes seres humanos excepcionais que no último dia 27 de abril, às 20h, a Câmara Municipal de Goiânia rendeu homenagens e comemorou o Centenário de Alberto Rassi, o primeiro Rassi a se formar em Medicina.
Nesta honrosa solenidade estiveram presentes muitos médicos e médicas, anjos enviados para cuidar dos nossos sofrimentos com abnegação e amor. A todos, nosso respeito e admiração. Para concluir, utilizo as palavras do dr. Marcos Ávila: “É inegável o papel central desempenhado pela Família Rassi na história da Medicina em Goiás. Com pioneirismo, idealismo e muita dedicação, várias gerações dos Rassi estiveram presentes na trajetória  da Medicina, desde os primeiros passos. Portanto, se hoje Goiás é referência em várias especialidades médicas, devemos, sem dúvida nenhuma, àqueles que abriram caminho e contribuíram para estas conquistas”.
Mais de 100 anos de trabalho e amor dedicados ao povo goiano, fazem de vocês pertencentes à  Família Rassi o foco do nosso carinho, nosso reconhecimento e nossa gratidão.
Felicito a cada um e cada uma que tiveram, têm e terão a honra de carregar este sobrenome: Rassi!

(Anselmo Pereira, advogado, empresário, vereador e presidente da Câmara Municipal de Goiânia) 03/05/15
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Secretaria confirma morte de 18 com dengue
Desde o último dia 18, seis pessoas morreram com a doença e há mais 40 óbitos suspeitos. Desde 2012, o número de mortes já soma 402

Divania Rodrigues Da editoria de Cidades 
A dengue é conhecida e tratada como uma doença simples e que se cura sozinha em cerca de uma semana. Porém, se não for tratada de forma adequada, seguindo as recomendações médicas, pode levar ao óbito. Somente em Goiás durante os quatro primeiros meses desse ano já foram 18 mortes confirmadas e 40 suspeitas. O número de notificações chegou a 91.048, de acordo com o 16º boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na tarde de ontem.
O maior número de mortes confirmadas ocorreu em Goiânia: oito. Outras duas foram confirmadas em Aparecida de Goiânia, parte da Região Metropolitana da Capital. Em Brazabrantes, Crixás, Goianésia, Iporá, Morro Agudo, Rialma, Rio Verde e Trindade ocorreu um óbito respectivamente.
Os óbitos suspeitos só são confirmadas ou descartadas depois de investigadas pelo Comitê Estadual de Óbitos que é vinculado ao Laboratório de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO). O processo pode demorar até 60 dias.
Em Goiânia, 13 mortes ainda necessitam de confirmação. Em Aparecida de Goiânia são quatro. Em Caldas Novas, Goianira, Mineiros e Uruaçu são duas mortes a ser confirmadas por cidade. Já Alto Paraíso, Anápolis, Britânia, Caldazinha, Goiatuba, Jataí, Morrinhos, Nazário, Nerópolis, Novo Gama, Porangatu, Professor Jamil, Rubiataba, São Luís de Montes Belos e Senador Canedo, uma cada.

Mortes
Em comparação com o 16º boletim do ano passado que informava oito óbitos, são dez mortes a mais em 2015, e um adicional de 38.951 notificações. Desde 2010, de acordo com a SES, 384 pessoas perderam a vida por causa da doença, entre complicações e devido a dengue sshemorrágica. Foram confirmadas 93 em 2010, 51 em 2011, 52 em 2012, 95 em 2013 e 93 em 2014.
A dengue clássica e a hemorrágica são causadas por um dos quatro tipos de sorotipos de um vírus do gênero Flavivirus e transmitidos do Aedes aegypti para o homem. O tratamento básico para as formas menos graves da dengue é a hidratação e repouso, isso porque a doença provoca febre alta que provoca a desidratação do corpo. Não existe medicamentos para curar a dengue, apenas para aliviar os sintomas, dos quais é desaconselhado o uso de remédios à base de ácido acetilsalisílico.
E não é somente a forma hemorrágica da doença que pode matar. A dengue clássica se não tratada adequadamente pode evoluir para um quadro clínico mais grave com complicações que também podem levar o paciente a óbito. Por isso é importante procurar o médico aos primeiros sintomas e seguir suas orientações. (02/05/15)
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O HOJE
Quando a saúde vai à Justiça
No país são mais de 392 mil processos com pedidos por medicamentos, tratamentos médicos e outros
Jéssica Torres

“Qualquer pessoa em território brasileiro, pela lei, tem o direito à saúde pública e de qualidade”, garante a Presidente da Comissão de Direito Médico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ana Lucia Amorim Boaventura. Porém, este direito nem sempre é respeitado. Como solução as famílias são obrigadas a recorrer à Justiça. De acordo com o último balanço do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em junho de 2014, 392.921 processos judiciais tramitavam no país com pedidos por medicamentos, tratamentos médicos, leitos em hospitais e outros procedimentos.

Um exemplo entre estes tantos casos que seguem na justiça é do bebê Vitor dos Santos, de nove meses, que possui cardiopatia congênita, e que a Justiça de Goiás determinou que o Estado custeasse a sua operação, avaliada em cerca de R$170 mil. Deferida no dia 3 de fevereiro, a decisão liminar previa que o tratamento fosse providenciado em até cinco dias. No entanto, até agora o menino continua sem a operação que necessita com urgência para viver.
O pai do menino, Marcelo Silva dos Santos, reclamou que mesmo após intimação, com multa de R$ 5 mil por dia, ainda não lhe deram uma posição. “Eu e minha esposa tememos pela vida do nosso filho”, diz. Marcelo explicou que passou pela Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade para a realização de cirurgia cardíaca inexistente no Estado de Goiás e por decisão judicial, a cirurgia foi marcada para o início de abril. Nessa ocasião, a família do menino, através do programa do Serviço único de Saúde (SUS) de Tratamento Fora de Domicílio, foi para o Hospital Policlínica de Pato Branco, no Estado do Paraná, com seu próprio carro.
Embora realizados todos os exames pré-cirúrgicos no local os pais se recusaram a autorizar a cirurgia, quando souberam que não havia o componente óxido nítrico no local, e retornaram a Goiás. A decisão do pai se deve a divergência de opiniões médicas. “Não queria que meu filho corresse esse risco” afirma. A pediatra que atende Vitor em Goiás sugere que a cirurgia seja realizada com óxido nítrico, enquanto a Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade e o Corpo Médico do Hospital Pato Branco, que realizaria a cirurgia entendem que não deve ser realizada com tal produto.
Divergência
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES), disse a decisão de não realizar a cirurgia marcada para o dia 03 de abril foi de responsabilidade única e exclusiva dos pais da criança. Alegando que em 9 de abril, a juíza responsável pelo processo oficiou cinco hospitais de referência do país para averiguar quais utilizam o produto e são públicos ou conveniados com o SUS. Além disso, garantiu que o hospital do Paraná é referência nacional em cirurgia cardíaca de alta complexidade em recém-nascidos e garantiu que não se recusou a cumprir recomendações médicas necessárias à realização do procedimento cirúrgico e que cumprirá a decisão judicial relativa à cirurgia de Vitor.
Para Ana Lucia Boaventura, este é mais um dos vários casos de falta de respeito com os cidadãos. “É lamentável casos como de Vitor que precisam de uma solução urgente e colocam em um estado de sofrimento toda a família”, alertou. De acordo com ela, é possível dependendo de cada caso pedir pela prisão do responsável, por ordem judicial descumprida. “Casos como este chegam todos os dias, com processos contra planos de saúde que geralmente são resolvidos, e contra o Estado, que são os menos cumpridos”, garante. “Todos sofrem com esta falta de dignidade e de estrutura”, conclui. (04/05/15)
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Unimed deve indenizar paciente que teve negado pagamento de dívida hospitalar
A Unimed Anápolis Cooperativa de Trabalho Médico terá de indenizar cliente em R$ 15 mil, por danos morais, por negar o pagamento de uma dívida referente a internação hospitalar. A decisão da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que, por unanimidade, acatou voto do desembargador Olavo Junqueira de Andrade, relator do processo. Em 23 de junho de 2010, ela levou sua filha de cinco meses ao Hospital Evangélico de Anápolis, onde a criança foi diagnosticada com suspeita de apoiração pulmonar, recebendo alta dois dias depois, mas a cooperativa recusou-se a realizar o pagamento da dívida, no valor de R$ 867,56. Em primeiro grau, ela ganhou a causa, mas a Unimed Anápolis recorreu da decisão proferida em 26 de fevereiro de 2013. A empresa alegou que o contrato celebrado não previa a internação da menor. Declarou que a negativa se deu também pela vigência do período de carência expressamente previsto no contrato firmado entre as partes. (02/05/15)

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O POPULAR

Obras de reforma empacadas
Prefeitura não consegue cumprir acordo com Ministério Público e culpa burocracia para atrasos

Eduardo Pinheiro
Uma placa instalada na entrada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Chácara do Governador, na região Sul de Goiânia, indica um projeto de ampliação e reforma. Ao valor de R$ 112,2 mil, as obras já deveriam estar prontas há bem mais de um ano. No entanto, todas as paredes da unidade estão mofadas, com marcas de infiltração, os pacientes abarrotam os corredores em bancos sem encostos, falta iluminação adequada e salas improvisadas servem como consultórios. A UPA não vê intervenção há pelo menos sete anos.
A unidade foi transformada de Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) para UPA a pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), em razão de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2013 pela Prefeitura de Goiânia.
Entretanto, no documento constava a necessidade de reformas estruturais de 55 unidades de saúde da Capital no prazo máximo de três anos, inclusive a da Chácara do Governador.
Alguns dos reparos e reformas deveriam ser entregues ainda neste ano, mas esbarram na ineficiência. A própria Prefeitura admite que não tem como cumprir o TAC.
Risco
O caso da Chácara do Governador não é único, praticamente todos os Cais de Goiânia se encontram em situação parecida com o encontrado pelos Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e do Estado de Goiás na unidade do Garavello, em Aparecida de Goiânia. O Cais foi fechado na noite da última quinta-feira por decisão judicial por falta de condições básicas de atendimento.
O POPULAR percorreu as principais unidades básicas da rede municipal de saúde de Goiânia e constatou falta de condições de salubridade em praticamente todas elas (veja quadro).
A reportagem encontrou estruturas antigas, salas improvisadas, infiltrações, falta de material, corredores mal iluminados, banheiros sem mictórios e papel, salas de urgência e emergência com pouca ou nenhuma condição de uso em quase todas as unidades visitadas.
Excetua dessa lista justamente aquelas unidades, como o Cais de Campinas, ou do Novo Horizonte, cuja reforma é recente – embora ambas não estejam incluídas entre as que o MP-GO recomendou intervenções.
“Entulhados”
A dona de casa Gorete de Jesus, de 56 anos, frequenta o Cais do Jardim Guanabara sempre que precisa. A falta de estrutura física adequada sempre foi uma constante nas suas idas ao local.
“Além do mau atendimento, da falta de remédios (semana passada não tinha nem Dipirona na farmácia), ainda sofremos com a estrutura precária. Somos entulhados pelos corredores, sem ter onde sentarmos, e os médicos e enfermeiros mal tem consultórios dignos”, desabafa.

Secretaria estuda licitação que elimina etapas

Umas das soluções apontadas pela Prefeitura para agilizar o processo de reforma e reestruturação das unidades de saúde de Goiânia seria o Regime Diferenciado de Contratação (RDC). O diretor administrativo de saúde da SMS, Luiz Henrique de Lima, afirma que as dificuldades nos processos licitatórios praticamente barraram todos os avanços das reformas e ampliações nos Cais.
Criado em 2011 com o objetivo de acelerar as obras da Copa do Mundo de Futebol de 2014, o RDC não permite que uma empresa apresente recursos judiciais para cada etapa do processo e a exime das longas análises documentais, o que poderia facilitar a entrega das obras em Goiânia. “Sabemos que nossas unidades estão sucateadas, mas aquelas que conseguimos reformar são consideradas modelo. Estamos pensando tanto no RDC quanto em um contrato de terceirização”, reforça.
As propostas estão em avaliação junto à Procuradoria Geral do Município e deve ser entregue ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) até o dia 15, data estipulada pelo órgão para entrega de levantamento das condições e cronograma das obras.

Prefeitura tem até o dia 15 para entregar novo cronograma de obra

Diante da falta de resposta para as intervenções pedidas, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) estabeleceu, em reunião ocorrida na última quarta-feira com representantes da Mecretaria Municipal de Saúde (SMS), prazo final até 15 de maio para a Prefeitura apresente cronograma das obras. Além disso, o Ministério Público pediu levantamento com classificações específicas das condições das unidades de saúde (que devem ser separadas em excelente, boa, ruim, muito ruim e péssimas).
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado justamente para evitar que as unidades de saúde de Goiânia chegassem na situação que se encontra o Cais do Garavello, em Aparecida. Por isso, foram estabelecidas parcerias entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Secretaria Municipal de Obras (Semob) e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para uma “agilização na execução do trabalho e redução dos custos” das obras necessárias.
A Prefeitura, por outro lado afirma que esbarra na burocracia e no momento econômico para adequar ao que foi estabelecido na TAC. De acordo com o diretor administrativo de saúde da SMS, Luiz Henrique de Lima, as licitações naufragaram por falta de engajamento das empresas. “O dólar está flutuando muito. Quando tentamos contratar uma empresa, entre a assinatura do contrato e a execução das obras, os preços já mudaram. Os contratantes ficam desestimulados e desistem. É preciso simplificar isso”, afirma. Todos as obras estão com aprovação dos projetos da parte elétrica, hidráulica e de infraestrutura prontos, bastando a execução. (03/05/15)
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Cais Garavelo de portas lacradas

O Cais Garavelo, em Aparecida de Goiânia, foi interditado no início da noite de ontem. A medida é em cumprimento à decisão judicial da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás, que alega que a unidade não oferece condições de segurança para trabalhadores e usuários.
As atividades da unidade serão transferidas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do Setor Buriti Sereno, que tem previsão para ser entregue à população ainda em maio, conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. Já resultados de exames que foram feitos no Cais Garavelo serão entregues no Pronto Socorro do Centro de Aparecida de Goiânia.
Até a inauguração da UPA do Setor Buriti Sereno, os pacientes que passavam diariamente pelo Cais interditado terão de se deslocar à UPA do setor Brasicon, ao Cais do Colina Azul e ao Cais Nova Era.
O atendimento de casos de suspeita de dengue serão realizados provisoriamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Buriti Sereno, das 8 às 18 horas. A secretária de Saúde do município, Vânia Cristina Oliveira, informou que os profissionais que trabalhavam na unidade Garavelo serão distribuídos nas demais unidades da região.
A secretária, que esteve na unidade no fim da noite de ontem para fechar as portas e lacrar o Cais Garavelo, informou que, de agora em diante, apenas a guarda noturna será mantida no local. Equipamento, remédios, seringas e demais materiais utilizados na unidade foram retirados e enviados a outras unidades. Vânia Cristina explicou que, com o fechamento da unidade, posteriormente a estrutura física do Cais será demolida e a Praça da Igualdade, onde ficava as instalações, no Setor Garavelo, será restaurada pela prefeitura.
Distância
Com a interdição, os pacientes da antiga unidade terão de percorrer cerca de 10 km a mais em busca de atendimento médico. Esse foi o principal problema citado por Juliana dos Santos, uma das últimas pessoas a serem atendidas na tarde de ontem na unidade.
Segundo ela, as principais unidades de saúde da região estão sempre lotadas e com o fechamento do Cais Garavelo a situação tende a piorar.
“Complicou ainda mais pela distância. Para quem depende do transporte coletivo, então, ficou muito ruim”, reforça. (01/05/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação