Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02/04/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Senado aprova projeto que permite consultas médicas virtuais durante pandemia da Covid-19
Álcool em gel: é preciso cuidado para evitar queimaduras
Com rápida disseminação do vírus, país precisaria do dobro de leitos de UTI
Goiás tem 73 casos confirmados e mais de 2,3 mil suspeitos de coronavírus
Sepultamento sem certidão
Hospitais privados goianos teriam cerca de 250 leitos em UTI disponíveis para atender pacientes de Covid-19
Hospitais e planos podem criar unidade de campanha
Prevent Senior rebate críticas de Mandetta sobre ação na pandemia
Número de mortos covid-19 no Brasil somam 241 e chega a 6.836 casos confirmados.
Há quem trabalha com critérios políticos , diz Mandetta após ser excluído de reunião com Bolsonaro
PUC Goiás produz máscaras para profissionais da área da saúde
Plataforma criada pela UFG permite monitorar covid-19 em Goiás
Especialistas de Harvard apontam que faltará UTI no Brasil ainda este mês
Casos de Covid-19 vão aumentar “exponencialmente” na próxima semana, segundo secretário de Saúde


TV ANHANGUERA
Senado aprova projeto que permite consultas médicas virtuais durante pandemia da Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/8451216/programa/
………………….
TV RECORD
Álcool em gel: é preciso cuidado para evitar queimaduras
https://www.youtube.com/watch?v=Ntv2dm27TNM
……………..
PORTAL G1
Goiás tem 73 casos confirmados e mais de 2,3 mil suspeitos de coronavírus

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, sete mortes são investigadas para saber se há relação com o novo vírus. Mais de 90 pessoas com suspeita de Covid-19 estão internadas no estado.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Goiás tem 73 pessoas diagnosticadas com coronavírus, segundo a atualização da Secretaria Estadual de Saúde divulgada no fim da tarde desta quarta-feira (1º). Uma pessoa já morreu por causa da Covid-19 no estado e outras sete mortes são investigadas para saber se há relação com o novo vírus.
Segundo o boletim, os casos confirmados estão nas seguintes cidades: Goiânia (42), Rio Verde (7), Anápolis (4), Aparecida de Goiânia (2), Valparaíso de Goiás (4), Jataí (2), Itumbiara (2), Catalão (1), Silvânia (1), Luziânia (1), Águas Lindas de Goiás (1), Goianésia (1), Caldas Novas (1), Campestre de Goiás (1), Cidade Ocidental (1), Paranaiguara (1) e Trindade (1).
Até a tarde desta quarta-feira, sete mortes estão em investigação, sendo uma em Araçu, quatro em Goiânia, uma em Mineiros e uma em Valparaíso de Goiás. Já foram descartadas duas mortes por Covid-19: uma em Águas Lindas de Goiás e outra em Senador Canedo.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, há 2.333 casos suspeitos em investigação. Por outro lado, 845 notificações foram descartadas.
O órgão informou ainda que sete pessoas com o diagnóstico de Covid-19 estão internadas em hospitais particulares. Há ainda 92 casos em investigação de pacientes que encontram-se internados. Destes, 26 estão na rede pública e 66 na rede privada.
Antes do boletim divulgado pela secretaria estadual, o Ministério da Saúde havia atualizado os casos em Goiás para 71 confirmados. O relatório da SES-GO saiu logo depois com aumento nos números confirmados e dados sobre as mortes em investigação por coronavírus.
A primeira morte por coronavírus registrada em Goiás é de uma idosa de 66 anos, moradora de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o governo estadual, a mulher era hipertensa, com diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica e teve dengue recentemente.
……………
DIÁRIO DA MANHÃ
Hospitais privados goianos teriam cerca de 250 leitos em UTI disponíveis para atender pacientes de Covid-19
Estimativa é do presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, que concedeu entrevista ao radiojornal O Mundo em sua Casa nesta quarta-feira, 1º

Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 1º, ao radiojornal O Mundo em sua Casa, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, estimou que o setor no Estado teria entre 200 e 250 leitos disponíveis em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para atender pacientes acometidos da Covid-19. “Entretanto, este total não seria suficiente para uma epidemia, se as pessoas não respeitarem o isolamento social“, alertou.
Helou explicou que existem em Goiânia os chamados hospitais de especialidades (de neurologia, cardiologia, pediatria, entre outros), que tiveram um fluxo de atendimento interrompido porque não têm mais permissão de operar e atender pacientes eletivos. Além disso, precisam se adaptar à nova realidade para atender pacientes com sintomas gripais. A Associação está negociando uma nova forma de pagamento com as operadoras (de saúde), para que os hospitais privados possam expandir seus atendimentos.
“Seja lá o que for preciso expandir, não será suficiente. Nós temos um cenário igual na Itália, França e Espanha, e já estamos vendo em São Paulo”, avaliou o presidente da Ahpaceg. Segundo ele, o movimento dos hospitais particulares passou recentemente por três fases. Na primeira, todo mundo que espirrava e tinha febre corria para os estabelecimentos hospitalares e eles ficaram superlotados. Depois, numa segunda fase, os pacientes sumiram, mesmo aqueles que necessitavam de atendimento médico.
Terceira etapa
Agora, conforme Haikal Helou, já é prevista uma terceira etapa, que ocorre hoje na Europa e nos Estados Unidos: as pessoas lotando os hospitais com sintomas do coronavírus numa progressão geométrica. “Esta terceira fase está chegando a Goiânia, aconteceu em outros lugares e deve acontecer aqui”, disse.
“Nossa recomendação é que as pessoas mantenham o isolamento (social). Tenho visto pessoas correndo nos parques, um monte de velhinhos andando com os cachorros. Acho que as pessoas ainda não entenderam a gravidade da situação”, destacou. E lamentou a posição do presidente Jair Bolsonaro. “Quando você vê o presidente sabotando o próprio governo, fica assustado”, complementou.
…………….
O HOJE
Hospitais e planos podem criar unidade de campanha
A ideia está em fase de planejamento. Associação estuda a possibilidade como
forma de aumentar a capacidade da rede suplementar de saúde

O projeto de destinar uma unidade particular exclusiva para atendimento a pacientes com Covid-19 surgiu a partir da necessidade de aumentar a oferta de leitos na rede privada de saúde. De acordo com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), em todas as unidades particulares acompanhadas pela associação existem 500 leitos de atendimentos de terapia intensiva sendo que
apenas 80 deles estão disponíveis para atendimento de pacientes com Coronavírus.

De acordo com o presidente da Associação, HaikalHelou, a possibilidade de destinar um Hospital de Campanha na Capital surgiu de uma série de conversas que vem acontecendo entre a Ahpaceg e as operadoras de planos de saúde. “Ainda é tudo uma hipótese. Estamos em negociação com o Fórum Empresarial. Se, de fato, a unidade de saúde será implantada ou não só saberemos daqui aproximadamente 14dias”, explica Haikal.
O presidente almeja que a estrutura siga a mesma filosófica do Hospital de Campanha feito pelo Governo do Estado. Segundo Haikal Helou, a ideia é que essa seja uma unidade para manter o paciente em observação em melhores condições do que uma
casa, mas não tão completo quanto um hospital.

Para ele, as principais dificuldades da rede privada é que grande parte dos pacientes procuram a saúde particular para atendimentos em especialidades, mas esse fluxo precisou ser interrompido no período de pandemia do novo Coronavírus. “Não estamos atendendo nem operando pacientes eletivos e os médicos especialistas
acabam atendendo pacientes com problemas de saúde que não são compatíveis com a especialidade”, diz.

A rede privada de saúde vem discutindo junto às operadoras de planos de saúde soluções para custear o aumento da oferta de leitos. Segundo  o Presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás, a tentativa é de antecipar as estratégias para os atendimentos aos casos da doença. “E existem outros
160 leitos para atendimento em isolamento e pronto-socorro, além dos que podem ser
adaptados para atendimentos complexos”, explica.
Para ele, o único empecilho para a ampliação dos leitos são questões financeiras. “Estamos fazendo nossos levantamentos de mercado, mas é complicado bancarmos sozinhos, já que não é só equipar o leito com os aparelhos, mas precisamos de equipe treinada.” O presidente explica que para a instalação de um novo leito é preciso desembolsar cerca de R$ 110 mil, sendo que a média calculada para um respirador é de R$ 50 mil.

Estrutura para funcionar
Quando um paciente é internado e apresenta uma situação mais grave, ele precisa
ser entubado e conectado ao respirador, que é um equipamento mecânico, ligado à rede elétrica, que faz os movimentos de inspirar e expirar pelo paciente. “Nesses casos de Covid19, o que temos percebido é que deve ser conectado logo ao aparelho”, diz. Mas ele acrescenta que não é só conectar ao respirar. No leito intensivo ou semi-intensivo, o paciente também é acompanhado por outros aparelhos, como monitores
cardíacos, entre outros.
Nestes leitos, os pacientes podem ser acompanhados mesmo quando estão em coma,
por exemplo. Eles recebem atenção, entre outros profissionais, de enfermeiros, médicos, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.

Goiás conta com aproximadamente 1.200 respiradores artificiais que são essenciais para o tratamento de casos mais graves do Coronavírus. Porém, grande parte dos equipamentos está no Sistema Único de Saúde (SUS). São 280 só nos hospitais estaduais, como os de urgência, além dos que foram encaminhados para cidades do interior do Estado e os que foram adquiridos pelos municípios. Já na rede particular de
saúde, dos 500 leitos que são equipados com os respiradores, apenas 80 estão à disposição para atendimento exclusivo de pacientes que possam ser diagnosticados com a doença.

Goiânia conta com 31 respiradores que foram distribuídos em unidades de saúde, porém esse número tende a crescer, já que no fim da semana a Maternidade Municipal Célia Câmara será inaugurada. A nova unidade de saúde deve atender, em caráter emergencial, apenas os pacientes que apresentarem sintomas de infecção
por Covid-19.

O superintendente de gestão de redes e atenção à saúde da Secretaria Municipal de Saúde da capital, Sílvio José de Queiroz, não descarta a possibilidade de que novos equipamentos poderão ser comprados de acordo com a demanda. (Especial para O Hoje)
………..
A GAZETA
Sepultamento sem certidão

Corpos de pessoas contaminadas podem representar riscos a profissionais funerários
Uma portaria conjunta do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou o se-pultamento e a cremação de corpos antes mesmo da emissão das certidões de óbito por conta da pandemia do novo coronavírus.
As novas determinações, publicadas na última terça-feira, 31, também determinam que os registros de óbito mencionem a possibilidade de acometimento pela doença em casos de morte por doença respiratória suspeita.
A antecipação dos sepultamentos está liberada para casos em que há 'ausência de familiares ou pessoas conhecidas da vítima ou em razão de exigência de saúde pública'.
Corpos de pessoas que foram contaminadas pelo vírus podem representar riscos a profissionais que precisam manuseá-los para procedimentos fúnebres. Esse risco tem mudado rotinas e procedimentos de funerárias e de cemitérios.
Cuidados extras estão sendo exigidos de profissionais do ramo. Assim como para médicos e enfermeiros, equipamentos de segurança, como máscaras e luvas, também são necessários para esses trabalhadores. Por isso, a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário formalizou pedido ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que seja constituída uma reserva técnica desses materiais para que as funerárias não fiquem desprotegidas.
Outra estratégia é evitar abrir os invólucros nos quais os corpos são transportados, com pedidos para que o reconhecimento e a burocracia para as liberações sejam feitas antecipadamente.
Mortos por ação do novo corona-vírus são sepultados sem velório. Embora a carga simbólica de enterros demandem abraços de solidariedade, há no cemitério orientações para que as pessoas se mantenham afastadas.
Números
O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no país subiu para 6.836 na quarta-feira (1°), de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde. O número de mortes por covid-19 chegou a 241. O índice de letalidade ficou em 3,5%.
…………..
VALOR ECONÔMICO
Com rápida disseminação do vírus, país precisaria do dobro de leitos de UTI

Levantamento técnico feito pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) mostra a importância de "achatar" a curva de infecção pelo coronavírus no país. Trata-se de diminuir a taxa de contaminação das pessoas ao longo do tempo para não sobrecarregar o sistema de saúde.
Em 72% das regiões de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), o número de leitos de UTI é inferior ao mínimo necessário, de dez por 100 mil habitantes, mesmo para um ano típico, sem considerar a covid-19, diz o estudo. Na média, o SUS tem 7,1 leitos por 100 mil habitantes. Num cenário de rápida disseminação da doença seria necessário o dobro de leitos no país. Um padrão similar é observado com relação a ventiladores e respiradores, equipamentos essenciais para atender os casos mais graves.
Com a baixa quantidade de leitos para casos complexos, num cenário em que 20% da população é contaminada num prazo de seis meses e 5% dos casos se transformem em situações de emergência, a taxa de ocupação dos leitos do SUS em todas as regiões superaria 200%. Isso considerando que cada doente necessite de cuidados em UTI por cinco dias. A experiência com a covid-19, porém, tem mostrado que esse prazo pode chegar a duas semanas.
Mesmo uma taxa de infecção de 10% em seis meses não aliviaria muito o sistema e causaria superlotação na maior parte dos hospitais do país que atendem o SUS.
Se 20% da população se contaminar ao longo de 12 meses e 5% precisarem de UTI, 53% das chamadas regiões de saúde do SUS teriam que ter ao menos o dobro de leitos para tratar os casos mais críticos. Alongando esse prazo para 18 meses, 40% das regiões teriam que dobrar o número de leitos no sistema público. Ainda um número muito alto, mas menor.
Numa outra conta, para metade das regiões de saúde, uma taxa de infecção de 9% de seus habitantes seria suficiente para ocupar 100% dos leitos de UTI. Para 25% das regiões, uma taxa de infecção de 5,6% ou menos já bastaria.
"Mesmo em um contexto com baixo número de leitos de UTI per capita, uma desaceleração da taxa de infecção populacional pode diminuir consideravelmente a superlotação dos leitos", escrevem os autores do estudo, Beatriz Rache, Rudi Rocha, Letícia Nunes, Paula Spínola, Ana Maria Malik e Adriano Massuda.
Segundo o levantamento estatístico realizado pelos autores, contando os sistemas público e privado, 279 das 436 regiões de saúde do país, ou 64%, têm menos de 10 leitos por 100 mil habitantes, o mínimo recomendável. Se contar apenas o SUS, 316 (72%) das regiões ficam abaixo desse piso, o que corresponde a 56% da população brasileira.
E dessas 316 regiões de saúde com número de leitos de UTI pelo SUS abaixo do mínimo, 142 delas não possuem leito algum. Em termos populacionais, isso significa que 14,9% da população exclusivamente dependente do SUS não conta com leitos de UTI na região em que residem. Essas regiões de saúde se concentram no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
No estudo, os pesquisadores identificaram ainda 133 regiões especialmente vulneráveis, ou seja, não têm o mínimo de leitos de UTI necessários e ainda apresentam altos índices de doenças respiratórias, sem contar com a covid-19. Essas regiões se concentram no Sudeste e no Nordeste.
Os resultados, afirmam os pesquisadores, evidenciam a escassez de recursos na maioria das regiões do país e uma rápida sobrecarga assistencial com a evolução da epidemia de coronavírus. Por isso, a metodologia e os resultados do estudo foram colocados à disposição das autoridades. Os pesquisadores destacam que "a alocação de recursos para ampliar leitos em UTI no SUS deve ser tomada rapidamente, orientada pela necessidade local e coordenada em âmbito regional e nacional".
………………
Prevent Senior rebate críticas de Mandetta sobre ação na pandemia

Cerca de 60% dos leitos na rede da operadora foram alocados para pacientes covid-19
A Prevent Senior rebateu as críticas do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que acusou a operadora de planos de saúde de ter um modelo de negócio inviável, porque concentra um público idoso. Mandetta também afirmou, em entrevista coletiva na terça-feira, que o hospital Sancta Maggiore, pertecente ao grupo, foi contaminado e abordou a possibilidade de uma intervenção.
"Falar de modelo de negócio com quem veio de cooperativa médica, que não paga imposto, é complicado", disse Fernando Parrillo, fundador e presidente da Prevent Senior. Mandetta foi presidente da Unimed Campo Grande (MS), nos anos 1990.
Sobre a ameaça de intervenção, Parrillo disse que esse papel cabe à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que as questões sanitárias estão em ordem. A Anvisa emitiu laudo de aprovação do Hospital Sancta Maggiore, no último dia 19.
O secretário estadual de Saúde, José Henrique Guermann, disse que foram feitas duas visitas à unidade, em conjunto com a Prefeitura de SP e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Covisa). Segundo ele, a ideia é ajustar as condições na unidade, em vez de tirar os pacientes de lá. "O intuito é dar melhores condições para o hospital trabalhar", afirmou Germann, explicando que algumas modificações tiveram de ser feitas, mas nada que justifique o fechamento do hospital.
"Ao invés do Ministro da Saúde questionar a ANS quanto ao modelo da Prevent Sênior, deveria o Ministro questionar a razão pela qual a grande maioria das operadoras, inclusive algumas Unimed"s, cujo sistema ele, inclusive, já fez parte, rejeitarem planos individuais de idosos há cerca de 16 anos, mais especificamente desde 2004 por ocasião do Estatuto do Idoso. Ou seja, não estivessem na Prevent Sênior muito provavelmente estariam no SUS, disse uma fonte.
O ministro da Saúde também disse ainda que as 79 mortes registradas no Hospital Sancta Maggiore ocorreram porque houve uma contaminação. "Já se constituiu um ambiente de transmissão lá dentro", disse Mandetta. Pedro Batista, diretor médico da Prevent Senior, nega. "Os meus pacientes já chegaram infectados, não foi no hospital. Até porque eles chegam primeiro em um dos nossos pronto-socorros, lá mesmo são testados e examinados. Só após isso, é que, se for caso de internação, são encaminhados aos hospitais exclusivos", disse Batista.
O diretor médico da Prevent Senior rebateu afirmando que nem a Secretaria da Saúde nem o Ministério Público estiveram nos hospitais do grupo para analisar prontuários dos pacientes ou outros documentos para se concluir que há infecção nos hospitais.
O diretor médico diz ainda que a taxa de letalidade para o novo coronavírus para pessoas com 80 anos na Prevent Senior é de 12% e média mundial, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 15%.
Cerca de 60% dos 614 leitos da rede hospitalar Sancta Maggiore já estão alocados para pacientes com ou suspeita da covid-19. Nesta semana, a operadora de planos de saúde, que atende basicamente o público com mais de 65 anos, separou seu terceiro hospital para atender exclusivamente esses pacientes.
Desde o dia 9 de março, 830 usuários da Prevent Senior foram internados com ou suspeita do novo coronavírus. Desse total, 79 foram a óbito, o que representa 9,5% do total de pacientes internados nos hospitais Sancta Maggiore. É o maior volume de mortes vindo de um único hospital até o momento.
Numa outra fala, Mandetta questiona Agência Nacional de Saúde Suplementar de permitir que a operadora atue focando no público idoso. "A ANS não deveria ter autorizado isso", disse.
As afirmações de Mandetta ocorrem num momento de queda de braço entre o Ministério da Saúde e a agência reguladora para liberação de R$ 10 bilhões das reservas para as operadoras. A ANS vem colocando uma série de exigências que não tem agradado às operadoras. Segundo fontes, o ministro tem apoiado os pleitos das operadoras, em especial das cooperativas médicas.
Além disso, ainda de acordo com fontes, o ministro da saúde vem tentando esvaziar o poder da ANS que poderia ser substituído pelo Conselho de Saúde Suplementar (Consu).
As críticas de Mandetta foram mal digeridas dentro da agência reguladora de saúde, cujos diretores acompanharam ao vivo. "Inacreditável um ministro da Saúde falar uma atrocidade dessas em rede nacional", afirmou um diretor que preferiu não se identificar. O principal argumento em defesa da Prevent Senior é de que a operadora oferece planos individuais ao público idoso, que geralmente é rechaçado pela maior parte das empresas. "É claro que eles tiveram mais mortes que as outras operadoras, as outras operadoras não têm idosos, eles colocam pra fora", afirmou a fonte.
"Eu tenho dialogado com São Paulo. Hoje, estavam falando em intervenção desse hospital." Essa fala do ministro foi interpretada por alguns como forma de apoio ao governo de João Doria e também para deixar o ônus da pandemia da covid para o setor privado.
…………….
EBC
Número de mortos covid-19 no Brasil somam 241 e chega a 6.836 casos confirmados.

O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no país subiu para 6.836 nesta quarta-feira (1°), de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde. O número de mortes por covid-19 chegou a 241. O índice de letalidade ficou em 3,5%.Ontem, o país contabilizava 201 óbitos e 5.717 casos confirmados da doença. Os novos casos somaram 1.119, um pouco menos do que os 1.138 novos no balanço ontem. As mortes estão assim distribuídas pelos estados brasileiros: São Paulo (164), Rio de Janeiro (28), Ceará (8), Pernambuco (8), Piauí (4), Rio Grande do Sul (4), Paraná (3), Amazonas (3), Distrito Federal (3), Minas Gerais (3), Bahia (2), Santa Catarina (2), Rio Grande do Norte (2), Alagoas (1), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Goiás (1), Paraíba (1) e Rondônia (1). Foram 40 novas mortes. O resultado é o segundo maior resultado diário da série histórica, perdendo apenas para ontem, quando foram registrados 42 novos óbitos. No tocante ao perfil, 60% eram homens e 40%, mulheres. No recorte por idade, 89% das vítimas tinham acima de 60 anos.
Em relação ao quadro de saúde, 127 apresentavam alguma doença do coração, 84 tinham diabetes, 36 experimentaram alguma condição de pneumopatia e 28 estavam com doenças neurológicas. As hospitalizações chegaram a 1.274, sendo 9.271 em São Paulo. Sobre o aumento do número de casos, o secretário executivo do MS, João Gabbardo dos Reis, argumentou que a progressão está "dentro do esperado" e está relacionada ao aumento da testagem de casos suspeitos e até mesmo de pessoas que morreram. Com a distribuição de mais kits, o governo e as secretarias estaduais terão condições de realizar mais exames, o que deve identificar mais pessoas infectadas. Hoje, por exemplo, começaram a ser encaminhados 500 mil testes rápidos. "O número está dentro das nossas projeções. Temos demanda de pessoas aguardando para fazer teste. Isso vai acontecer. Não vai ser surpresa que tenhamos acréscimo de casos confirmados e de óbitos, que estão aguardando exames", comentou o secretário executivo. Na avaliação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Brasil está experimentando uma "subida da curva". Apesar das medidas de distanciamento social, os números refletem a realidade de duas semanas atrás, quando muitos estados ainda não estavam com diversas atividades suspensas. O impacto dessas iniciativas será sentido somente no meio do mês. "Vamos colher os frutos dessa semana que estamos agora nos próximos 14 dias. Ainda estamos pagando o que fizemos até duas semanas atrás", explicou o titular da pasta da saúde.
Mandetta manifestou preocupação com o abastecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs). Levantamentos do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira apontaram denúncias de profissionais da falta desses recursos. Segundo o titular da pasta, o estoque daria para o momento, mas pode faltar no futuro a depender das medidas de distanciamento social e da sobrecarga no sistema de saúde. "Se não redobrar o esforço vamos ter problema de EPI", declarou. O ministro reclamou da dificuldade de aquisição dos equipamentos, especialmente com todo o mundo buscando esses produtos. "Entre você querer comprar, próxima etapa é isso se materializar, sair de lá do país que produz e estar no Brasil. Quando chega no aeroporto tenho que mandar para os estados, que enviam aos municípios. A gente precisa ver porque às vezes estamos com contrato e chega no dia o fornecedor diz que não tem como entregar", observou. Mandetta citou brevemente a produção caseira de máscaras de proteção. De acordo com o ministro, máscaras caseiras têm eficácia contra infecções que acontecem por gotículas de saliva, mas ainda não há orientações oficiais de como produzi-las. O ministro informou que pessoas que têm condições de confeccionar suas próprias máscaras devem fazê-lo, já que isso reduz a demanda de mercado pelo produto escasso. Diante deste cenário sobre os EPIs, ele voltou voltou a defender a restrição da circulação para evitar a disseminação do vírus e uma sobrecarga do sistema de saúde, pois isso terá impacto não apenas para infectados com o novo coronavírus, mas para outros tipos de pacientes. "O nosso problema é que este vírus foi duro e derrubou a produção dos equipamentos de proteção individual que hospitais utilizam no mundo todo. Há falta de EPIs. A máscara, luva, gorro, não é só pro coronavírus, é para operar todas as urgências. Quando o sistema cai, cai pra todo mundo", pontuou.
Na manhã desta quarta-feira (1°), o governo brasileiro anunciou cerca de R$ 200 bilhões em medidas para socorrer trabalhadores e empresas e ajudar estados e municípios no enfrentamento aos efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Em pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto, Bolsonaro explicou que, de hoje para amanhã, serão editadas três medidas provisórias (MP) e sancionado o projeto que prevê o auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa. Também na manhã de hoje, foi publicada, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória (MP) 933/2020 , que suspende por 60 dias o reajuste anual de preços de medicamentos para o ano de 2020. Com a suspensão, que entrou em vigor ontem (31), o aumento só poderá ser realizado a partir de 1° junho.
……………….
TERRA
Há quem trabalha com critérios políticos , diz Mandetta após ser excluído de reunião com Bolsonaro

Pressionado a alinhar o discurso ao do presidente, que critica medidas de isolamento social, ministro da Saúde disse que vai se pautar pela ciência
BRASÍLIA – Após ficar de fora de reunião do presidente Jair Bolsonaro com um grupo de médicos para tratar de cloroquina, nesta quarta-feira, 1º, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que só trabalha com ciência , enquanto outros trabalham com critérios políticos .
Só trabalho com a academia, só trabalho com a ciência. Existem pessoas que trabalham com critérios políticos, que são importantes também, deixem que eles trabalhem. Não me ofendem em nada. Eu trabalho com foco, disciplina e ciência , disse Mandetta ao ser questionado por jornalistas sobre o encontro, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto .
Pressionado a alinhar o discurso ao de Bolsonaro, que critica medidas de isolamento social, Mandetta disse que vai se pautar pela ciência até o limite de tudo o que estiver na nossa frente .
Se isso dá um barulho aqui ou ali, é secundário, terciário. Querem trazer sugestão de quem quer que seja? Tragam com ciência, pesquisa referendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que é quem vê questão de medicamento , afirmou. Eu trabalho com critérios técnicos. O resto não analiso.
Nos últimos dias, Mandetta reafirmou diversas vezes que o uso da cloroquina para tratamento do novo coronavírus ainda não tem comprovação científica e que o medicamento só deve ser usado em casos graves com a devida orientação médica. Do contrário, pode ter consequências.
Bolsonaro, por sua vez, já chegou a dizer recentemente que o fármaco, usado para malária e outras doenças, tem tido efiácia de 100% para tratar a covid-19.
Com quase 7 mil casos de covid-19 registrados no Brasil até esta quarta-feira, 1º, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estima que o número seja ainda maior. De acordo com ele, com o aumento da realização de testes, a quantidade de pessoas contaminadas deve aumentar na próxima semana. Considerando esse cenário e a falta de equipamentos para profissionais da saúde, Mandetta voltou a defender o isolamento social.
Não é hora de relaxar, não é hora de fraquejar, a hora é de redobrar o cuidado , defendeu durante balanço do novo coronavírus no Palácio do Planalto. De acordo com ele, com o aumento no número de casos, a taxa de mortalidade, atualmente em 3,5%, deve cair. No País, há registros de 240 mortes por covid-19.
O número de casos confirmados está menor do que os que estão circulando, o que aumenta muito mais os cuidados , disse o ministro. De acordo com ele, se o Brasil não tivesse adotado o isolamento social, a situação seria muito pior, já que o País não teria estrutura para atender a todos.
Já estaríamos em espiral de casos se não estivéssemos em isolamento. Lembrando, o Brasil não fez lockdown , o que fez foi diminuição da circulação. Agora precisa redobrar o esforço, senão vamos ter problema de EPI (equipamentos de proteção individual).
…………….

A REDAÇÃO

PUC Goiás produz máscaras para profissionais da área da saúde

Goiânia – Atenta à pandemia, a PUC Goiás integra uma rede que está produzindo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus no Estado. São peças utilizadas na montagem de equipamentos conhecidos como FaceShields (para proteção do rosto),  a partir de modelo desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG), produzidos em impressoras 3D.

A ação na PUC Goiás é liderada pelo professor Marcos Lajovic, coordenador do Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas (Mepros) e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da universidade. De acordo com ele, o EPI é composto por duas peças impressas em 3D, mais uma folha feita de um plástico rígido e transparente e um elástico. Na universidade, a impressão está sendo feita no Laboratório de Prototipagem Avançada do Mepros. A expectativa do professor é imprimir, diariamente, 20 conjuntos de peças para montagem dos protetores.

Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás, a professora Milca Severino frisa que a participação da universidade, por meio da atuação professor Lajovic, visa contribuir com a oferta de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores dos serviços de saúde.

“Aumentar o quantitativo deste equipamento de proteção ao trabalhador, está em sintonia com o lema da PUC Goiás ‘a ciência a serviço da vida’. Nossos pesquisadores, ombreados com pesquisadores de outras instituições, acolhem as demandas deste momento de emergência sanitária para fortalecer o conceito da ciência e da tecnologia em atenção às necessidades da população. Sem dúvida, ações desta natureza revelam o importante papel das universidades, produtoras do conhecimento, a serviço da sociedade”, destacou.
…………………..
JORNAL OPÇÃO

Plataforma criada pela UFG permite monitorar covid-19 em Goiás

Por Marcos Aurélio

Ferramenta fornece informações sobre todo o Estado como extensão territorial, número de habitantes/densidade populacional e incidência de casos confirmados

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveu a plataforma web Covid Goiás UFG. O sistema permite o monitoramento da pandemia de covid-19 no Estado de Goiás, em nível municipal. A solução busca atender tanto ao cidadão comum que quer acompanhar os números de casos confirmados, quanto aos agente públicos, em especial aos da área de saúde, que precisam de um leque mais amplo de informações para a tomada de decisões.
A ferramenta tem capacidade para fornecer informações sobre todo o Estado como extensão territorial, número de habitantes/densidade populacional e incidência de casos confirmados. Está em desenvolvimento uma área de serviços gerais, na qual o usuário pode acessar um menu de serviços para saber a localização de hospitais, farmácias e supermercados da região; pontos de vacinação e malha viária. A expectativa é aprofundar os detalhes à medida que as secretarias de Saúde dos municípios e do Estado repassem informações do Sistema Único de Saúde (SUS) ou de fontes locais aos grupo de pesquisadores.
Segundo o pesquisador do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), professor do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa/UFG), Manuel Eduardo Ferreira, espacializar e setorizar a incidência do novo coronavírus permite que os analistas aprofundem o olhar sobre os impactos da pandemia. “É possível trazer informações sobre a fragilidade social de determinados grupos. De posse desses dados, um epidemiologista pode decidir quando e onde kits de testes para o covid-19 podem ser enviados”, exemplifica com uma dentre as muitas ações no campo da geografia da saúde.
Primeira versão
Uma primeira versão da plataforma já está pronta e pode ser acessada por meio do link https://covidgoias.ufg.br. “Como o coronavírus já está em Goiás há cerca de duas semanas e o Ministério da Saúde declarou que a transmissão já é comunitária, entendemos que devemos disponibilizar o aplicativo o quanto antes como uma forma de contribuir para o enfrentamento do problema”, pontua.
Com o tempo poderão ser incluídas outras camadas de informações, como deslocamentos da população, cenários de contaminação, mapas de aglomeração (avaliando o isolamento social), zonas de maior risco para alguns grupos (como idosos e vulneráveis em termos socioeconômico), dentre outros. Para isso, serão cruzados dados diários do SUS e secretarias de governo com mapas diversos (infraestrutura, atividade de indústria e comércio, unidades hospitalares, escolas, dentre outras categorias de dados).
Bolsistas
Até o momento não houve a necessidade de aportes financeiros. Os pesquisadores envolvidos com o aplicativo são professores que já fazem parte dos quadros da UFG e estão envolvidos tanto em trabalhos de pesquisa quanto de extensão universitária e bolsistas de projetos de pesquisa ou da pós-graduação, os quais são remunerados por meio dos projetos do Lapig. A equipe conta com desenvolvedores de plataformas web, geógrafos, cartógrafos da engenharia ambiental, estatísticos e profissionais de informática oriundos do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), Instituto de Matemática e Estatística (IME), Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) e Escola de Engenharia Civil e Ambiental (Eeca).
A ferramenta está disponível na web, podendo ser visualizada em computadores e dispositivos móveis, sem a necessidade de uma instalação. “Ainda não é um app, porque esse desenvolvimento leva mais tempo e requer alguns custos. No entanto, pode ser acessada de computadores e smartphones. Nesse caso, a tela e os gráficos são redimensionados”, observa Manuel Ferreira.
…………………………
Especialistas de Harvard apontam que faltará UTI no Brasil ainda este mês

Por Mayara Carvalho

Estudo foi realizado a pedido do Ministério da Saúde para analisar impactos do coronavírus no sistema de saúde brasileiro

Um estudo realizados por especialistas de Harvard concluiu a falta de UTIs para pacientes infectados pela Covid-19 deve atingir o Brasil ainda em abril. A pesquisa, realizada a pedido do Ministério da /saúde brasileiro, sugere que o governo federal assuma o controle dos hospitais privados.
Os autores do estudo concluem que o país terá problemas com os equipamentos mais críticos para tratamento da doença já neste mês e detalham inclusive previsões de data para que isso ocorra nas cidades em diferentes cenários de propagação da doença.
A pesquisa prevê que nove capitais — São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Brasília, Fortaleza e Salvador — terão faltas de leitos, unidades intensivas e ventiladores mecânicos.
O estudo de Harvard ainda alerta para a oferta desigual de leitos e unidades intensivas pelo SUS entre as regiões e estimula o compartilhamento  de equipamentos nas áreas públicas e privadas.
O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, elencou ontem a dificuldade de adquirir respiradores e equipamentos de proteção individual para os agentes da saúde como uma das principais preocupações do momento.
……………….
Casos de Covid-19 vão aumentar “exponencialmente” na próxima semana, segundo secretário de Saúde

Por Marcos Aurélio

Estado  prepara unidades de saúde para conseguir atender o crescimento na curva de pacientes com confirmação de Coronavírus
“A nossa realidade ela está numa crescente linear, até na próxima semana essa curva deve ficar exponencial em relação ao aumento do número de casos”. A afirmação é do secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, feita nesta quarta-feira, 1ª de abril.
A expectativa do secretário em relação ao aumento dos casos da Covid-19 em Goiás leva em consideração as análise de gráficos de outros estados e países que lutam contra a doença. “A verdade é que a gente observa a curva e seus aspectos em comparação com outros estado e a evolução. Assim conseguimos ver essa mudança de comportamento”, diz o Ismael Alexandrino.
Casos
Goiás tem 73 infectados pelo coronavírus e 7 mortes em investigação, segundo o boletim divulgado nesta quarta-feira. Ismael Alexandrino revela, que embora os idosos sejam a principal preocupação por comporem o grupo de risco, há muitos jovens sendo atendidos no Hospital de Campanha (HCamp).
“Chegaram pessoas jovens também buscando atendimento. inclusive um óbito que não está confirmado, é de uma pessoa muito jovem, abaixo dos 30 anos de idade”, informa o secretário estadual de saúde.
De acordo com assessoria do HCamp, até a data de hoje, a unidade atendeu 56 pessoas . Desse total, há 2 óbitos registrados, 14 pacientes internados seguem internados, 4 pacientes que não eram o perfil de atendimento do HCamp ou serão transferidos, 1 paciente sendo avaliado e 35 pessoas que tiveram alta médica hospitalar e que não estão mais na unidade de saúde.

Estrutura
O governo do estado se prepara para enfrentar esse aumento na curva de infectados pelo coronavírus. São preparados hospitais para enfrentamento à doença em sete cidades do interior goiano. Juntas, as unidades poderão aumentar em quase 800 leitos exclusivos para assistência às pessoas com a Covid-19.
Para a região do Entorno do Distrito Federal, o Hospital Municipal de Formosa já passava pelo processo de estadualização e, a partir de agora contará com pelo menos 60 leitos exclusivos para enfrentamento à pandemia, além de outros 80 leitos em Luziânia, destinados para pacientes da Covid-19. Para Águas Lindas de Goiás, um pedido do Governo de Goiás foi atendido pelo Ministério da Saúde e será instalado um Hospital de Campanha Modular, que já está sendo estruturado pela SES-GO com apoio da Prefeitura do município.
Em Itumbiara, o Hospital e Maternidade São Marcos também já está sob gestão do Governo de Goiás, e a SES-GO já prepara 200 leitos que servirão como pólo de assistência na região Sul de Goiás às pessoas acometidas da doença pelo Covid-2019.
Em Anápolis, o Centro de Convenções da cidade deverá abrigar uma estrutura que servirá como Hospital de Campanha, devendo contar com cerca de 300 leitos, e segue sendo estruturado com expectativa para ficar pronto o mais breve possível.
Na região Norte, o Hospital Municipal de Porangatu será a referência para o enfrentamento à pandemia. A SES-GO dará apoio à unidade, que está sob gestão municipal. Após adaptação, o local terá cerca de 50 leitos destinados exclusivamente para pacientes da Covid-19.
Já no Sudoeste goiano, o Hospital das Clínicas de Jataí, que já estava em processo de estadualização, contará com cerca 100 leitos para pacientes de coronavírus.
…………………..

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação