Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02/06/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Prefeito posta foto em mesas lotadas e com só uma pessoa de máscara em Goiânia

Covid-19: feriado desta quinta ameaça acelerar avanço da terceira onda

Vacina quase 100% nacional
Anvisa orienta sobre usinas concentradoras de oxigênio

Luana critica cloroquina e imunidade de rebanho e desaconselha Copa América: ‘risco desnecessário’

Covid-19: Goiás registra 5,1 mil casos e 100 mortes em 24 horas

Abrigo de Inhumas tem 59 pessoas infectadas com o novo coronavírus

Goiânia amplia vacinação contra covid-19 para pessoas com 59 anos

Infectologista sobre tratamento precoce: “É como se estivéssemos escolhendo de qual borda da terra plana a gente vai pular”.

Mais de quatro mil idosos não retornaram para tomar segunda da vacina, em Goiânia

Mortes por Covid -19: famílias compartilham a mesma dor

TV ANHANGUERA

Prefeito posta foto em mesas lotadas e com só uma pessoa de máscara em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/9567949/

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CORREIO BRAZILIENSE

Covid-19: feriado desta quinta ameaça acelerar avanço da terceira onda

Com a aproximação do Corpus Christi e o ponto facultativo na sexta-feira, especialistas alertam que deslocamento de pessoas tem tudo para fazer avançar a propagação do novo coronavírus, como já foi registrado em datas anteriores

Maria Eduarda Cardim Gabriela Bernardes* Gabriela Chabalgoity*

Os feriados remetem a dias de lazer e descanso, mas, em plena pandemia da covid-19, representam maior circulação de pessoas e, consequentemente, acelera a transmissão do novo coronavírus. Os efeitos disso, porém, só começam a ser percebidos dias depois, quando as infecções são confirmadas e, em muitos casos, evoluem para internações e mortes. Por isso, a data de Corpus Christi, amanhã, preocupa as autoridades públicas e especialistas, que enxergam a possibilidade de uma nova elevação no já alto patamar dos casos da doença.

‘As experiências anteriores que tivemos, com grandes feriados como os de fim de ano e Dia das Mães, foram experiências ruins. Houve um aumento de casos após esses feriados e, por isso, é um motivo de tensão’, salientou o infectologista do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, Alexandre Cunha.

Em 9 de maio, no Dias das Mães, a mais recente data festiva do calendário, a média móvel de casos, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), era de 61.411 infecções. Duas semanas depois, em 24 de maio, essa média aumentou para 66.195. Depois do feriado do Ano Novo, que é maior e costuma ser ainda mais movimentado, o aumento de testes positivos foi ainda mais impressionante: a média móvel, de 36.004 casos confirmados em 31 de dezembro, passou para 51.803, duas semanas após, em 14 de janeiro.

O infectologista André Bon, do Hospital de Brasília, enfatiza que a baixa cobertura vacinal do país impulsiona a terceira onda: ‘São poucas as pessoas com as duas doses da vacina e um número alto de casos nas cidades. Isso faz com que ainda haja circulação do vírus e uma possibilidade bastante real de ocorrência da terceira onda’, observou.

Para tentar conter o deslocamento, algumas cidades buscam impor restrições e outras até já anteciparam o feriado de amanhã para evitar a movimentação de pessoas. Em São Paulo, por exemplo, a data foi antecipada para março pela prefeitura e, com isso, as restrições serão as mesmas para o atual funcionamento de estabelecimentos. De quinta-feira a domingo, a cidade continuará na atual fase de flexibilização do plano estadual de contenção, que autoriza lojas, shoppings, academias, salões de beleza e restaurantes a operarem até as 21h.

Outras cidades, como Campinas (SP), confirmam a instalação de barreiras sanitárias durante o Corpus Christi. Em Belo Horizonte, a prefeitura anunciou que os funcionários públicos não terão acréscimo de ponto facultativo na sexta-feira para não incentivar aglomerações e viagens no período de pandemia.

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Vacina quase 100% nacional

Rumo à produção 100% nacional da vacina contra a covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou, ontem, o contrato de recebimento de tecnologia da fabricação do imunizante Oxford/AstraZeneca. Com isso, a entidade será capaz de fazer, em território nacional, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), necessário para a produção das doses no Brasil e que, até o momento, precisa ser importado da China. Com as adaptações da planta fabril já feitas e com o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) das instalações da Fiocruz já obtido, a produção do IFA nacional deve começar ainda este mês.

No entanto, a fundação explicou que a produção exige uma série de etapas e, por isso, a expectativa é de que as primeiras doses 100% nacionais sejam entregues apenas em outubro. ‘Trata-se de uma produção complexa, que incluirá uma série de etapas, passando pela produção inicial de dois lotes de pré-validação e três de validação, que passarão por testes de comparabilidade pela AstraZeneca, até alcançar a produção em larga escala’, explicou a Fiocruz, em nota.

A cerimônia de assinatura do contrato contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse trabalhar para acelerar o programa de vacinação contra a covid-19 no Brasil. ‘O contrato de transferência tecnológica, que hoje (ontem) celebramos, permitirá avançarmos em relação à autossuficiência e soberania produtiva dessa vacina. Trata-se de mais um passo crucial para que possamos melhor nos posicionar estrategicamente na luta contra a pandemia’, destaca a Fiocruz.

O presidente Jair Bolsonaro, que esteve presente ao evento, ressaltou o trabalho dos ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, e das Relações Internacionais, Ernesto Araújo, nas primeiras tratativas do acordo assinado ontem. ‘Pediria que aplaudissem o ex-ministro Pazuello, que foi quem começou esse contrato’, disse, que depois adicionou agradecimentos ao ex-chanceler. 

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ANVISA

Anvisa orienta sobre usinas concentradoras de oxigênio

Em nota técnica, Agência aponta os principais pontos a serem observados quanto à instalação, operação e manutenção de equipamentos responsáveis pelo fornecimento de oxigênio em serviços de saúde.

Está disponível no portal da Anvisa a Nota Técnica 49/2021, que traz uma série de orientações gerais sobre usinas concentradoras de oxigênio, elaboradas com base em normas da Agência, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). O documento destaca os principais pontos a serem observados quanto aos requisitos para instalação, operação, manutenção e controle de componentes dessas usinas em serviços de saúde.

O objetivo é contribuir para a qualidade e a segurança do paciente nos serviços de saúde, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). A Nota Técnica também visa fornecer subsídios e apoio técnico aos órgãos de vigilância sanitária responsáveis pela aprovação e fiscalização das usinas concentradoras de oxigênio instaladas em estabelecimentos assistenciais de saúde.

A divulgação das orientações é importante no contexto da pandemia de Covid-19 porque, segundo a Agência, houve um aumento repentino do número de usinas concentradoras de oxigênio em estabelecimentos assistenciais de saúde no país, com o propósito de garantir o fornecimento contínuo de oxigênio aos seus pacientes.

Em virtude da característica do oxigênio obtido a partir desses equipamentos, com concentração entre 93% e 95%, a Nota Técnica está organizada por instrumento normativo, de forma a facilitar a identificação sobre quais dispositivos são tratados nos materiais.

Suprimento essencial

A usina concentradora de oxigênio não é uma novidade entre as tecnologias em serviços de saúde. Contudo, a escassez deste item crítico, que é o suprimento de oxigênio medicinal nos estabelecimentos assistenciais de saúde, desafiando a capacidade da indústria de gases medicinais em ampliar sua produção para um atendimento emergencial, encontrou nesse equipamento uma alternativa capaz de mitigar os riscos de desabastecimento de oxigênio.

E como não se trata de uma solução trivial, considerando o dimensionamento, a instalação, a operação e a manutenção, a usina concentradora de oxigênio trouxe para os órgãos de vigilância sanitária responsáveis pela sua fiscalização desafios em relação aos pontos críticos que devem ser observados, tanto para a aprovação de um projeto de instalação quanto para a verificação das condições de funcionamento dos equipamentos nos próprios locais onde estão instalados.

A Anvisa ressalta que a usina concentradora de oxigênio, como parte do sistema de abastecimento de gases medicinais de um estabelecimento assistencial de saúde, não pode abrir mão de uma rede de distribuição bem dimensionada e um programa preventivo de perdas por vazamento, medida que pode contribuir de forma significativa para a otimização de todo o sistema.

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FOLHA DE PERNAMBUCO

Luana critica cloroquina e imunidade de rebanho e desaconselha Copa América: ‘risco desnecessário’

Médica infectologista também criticou a imunidade de rebanho e o uso de medicamentos sem comprovação científica

Juliano Muta

A médica infectologista Luana Araújo, em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (2), fez críticas a políticas de saúde que são objeto de investigação pela Comissão, a exemplo da imunidade de rebanho e da recomendação de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento precoce contra a Covid-19. Luana, que teve sua nomeação cancelada pelo Ministério da Saúde dias após ser anunciada, em depoimento à CPI da Covid, também desaconselhou a realização da Copa América no Brasil neste momento.

Ao criticar a imunidade de rebanho, tese que aponta para a proteção gerada pelo máximo de pessoas contagiadas pela doença, o que geraria uma “imunidade natural”, diferente da eficiência imunológica gerada pela vacinação em massa que, em sua opinião, é muito mais producente e arriscada. “Pra mim é muito estranho que a gente esteja discutindo esse tipo de coisa. Não tem lógica!”, disse.

A infectologista ainda apontou para problemas de governança e articulação entre as esferas federal, estaduais e municipais. Governança essa que seria articulada pela secretaria que o ministro Queiroga pretendia lhe indicar como titular. “A coordenação entre esferas de governo é absolutamente fundamental, porque é possível ter uma mensagem única, uma estratégia única”, frisou a médica. “É uma questão até de bom senso. Precisamos todos nos unir para ter forças suficientes para combater essa situação que a gente vive hoje”.

Segundo Luana, o fato de ter aceitado fazer parte desse governo era no sentido de corrigir essas estratégias. “Eu aceitei, até aquele momento, fazer parte dessa solução”. A médica, que passou a ser atacada nas redes sociais, supostamente por apoiadores do governo, disse ter apagado seus perfis na época para focar apenas no trabalho que iria desempenhar, até que sua nomeação foi cancelada.

Copa América

Questionada sobre a realização da Copa América no Brasil, Luana Araújo foi categórica em desaconselhar a competição neste momento. “O uso de protocolos rígidos ameniza riscos mas não os anula. Quando se toma uma decisão como essa precisa pesar os prós e contras. Eu não acho que é um momento oportuno. Existem protocolos, mas esse é um risco desnecessário de ser corrido nesse momento”, afirmou.

CFM e cloroquina

Sobre a postura do Conselho Federal de Medicina (CFM)de recomendar a inclusão de medicamentos sem comprovação científica como a hidroxicloroquina nos protocolos médicos, a critério dos profissionais, a infectologista esclareceu que não foi uma decisão acertada, pois expôs os médicos de forma negativa.

“O CFM além de regulador, é um órgão de proteção da paz. Que deve propiciar ao médico as melhores condições para o exercício da medicina. A Autonomia é parte absoluta da nossa atuação como médico. Mas eu considero que é bastante temerário colocar nas costas dos médicos ao redor do país, principalmente aqueles que estão com muito pouca condição técnica a possibilidade de usar uma medicação que não tem eficácia. Considero que a classe médica foi muito exposta e não de uma maneira positiva”, avaliou.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 5,1 mil casos e 100 mortes em 24 horas

 
Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 5.162 novos casos da covid-19 e 100 mortes pela doença nas últimas 24 horas segundo dados das Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (2/6). Com as novas atualizações, o Estado chega a 617.759 casos da doença e 17.267 óbitos confirmados em decorrência da covid-19. 

Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 587.362 pessoas recuperadas. O Estado, há  462.744 casos suspeitos em investigação, enquanto 279.861 já foram descartados. 

Além dos 17.267 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,8%, há 351 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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Abrigo de Inhumas tem 59 pessoas infectadas com o novo coronavírus

Ludymila Siqueira

Goiânia – Ao menos 59 pessoas do abrigo Associação Espírita Casa do Caminho, em Inhumas, estão infectadas com o novo coronavírus. Dessas, 29 são idosos, 26 são pessoas com deficiência e quatro são funcionários. A Vigilância em Saúde do município informou ao jornal A Redação nesta quarta-feira (2/6) que tanto os moradores quanto os funcionários da unidade que testaram positivo para covid-19 receberam as duas doses da vacina CoronaVac. Dois idosos estão internados, sendo um deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com a superintende de Vigilância em Saúde de Inhumas, Fernanda Mazão, a primeira confirmação da doença em um morador do abrigo foi registrada no último dia 24 de maio. A suspeita é que um funcionário do local tenha se contaminado primeiro. Ele foi o primeiro a apresentar sintomas.

Ainda de acordo com a Vigilância em Saúde do município, os infectados com a covid-19 do abrigo seguem isolados e são monitorados três vezes ao dia por uma equipe da unidade. Além disso, uma equipe do Hospital Municipal também irá acompanhar os pacientes no abrigo.

Além de Inhumas, outros municípios goianos também registraram surtos do novo coronavírus em abrigos. O primeiro caso foi registrado no asilo dos Velhos Professor Nicéphoro Pereira da Silva, em Anápolis. Também foram registrados muitos casos positivos no Lar Hermes Amorim, no setor Jaó, em Goiânia.  
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Goiânia amplia vacinação contra covid-19 para pessoas com 59 anos

Goiânia anunciou a ampliação do público de vacinação contra a covid-19 e vai atender, nesta quinta-feira (3/6), pessoas com 59 anos, além de trabalhadores dos Ensinos Fundamental e Médio. O atendimento é feito em quatro postos de vacinação através de agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas.

A estratégia do feriado inclui ainda pessoas pertencentes aos grupos prioritários já atendidos pelo Plano Municipal de Vacinação. A ampliação dos grupos vem após o recebimento de nova remessa com 35.860 doses, todas destinadas à primeira dose da vacinação. 

Nesta etapa, Goiânia passa a destinar 30% das doses aos grupos prioritários e 70% para população em geral. O primeiro grupo compreende trabalhadores da saúde, da Educação que atuam na capital e pessoas com comorbidades. Todos precisam agendar pelo app Prefeitura 24 horas. 

Assim como os grupos prioritários, pessoas com 59 anos também devem agendar seu atendimento pelo app, evitando aglomerações nos postos. “A expectativa é de que tenhamos aproximadamente 16 mil pessoas neste grupo. Porém, o número pode variar, uma vez que parte desta população pode ter sido vacinada nos grupos prioritários”, explica Grécia Pessoni, diretora de vigilância epidemiológica. 

Para esta quinta-feira, foram destinadas três escolas municipais – E.M. Rotary Goiânia Oeste, Coronel José Viana e Bárbara de Sousa Morais – e Área I da PUC, todas para pedestres. As agendas estarão abertas a partir das 17h. A documentação necessária e os endereços podem ser verificados no site oficial da Prefeitura de Goiânia.

Segunda dose em atraso

Grécia Pessoni chama a atenção dos idosos que ainda não tomaram a segunda dose do imunizante. “A estimativa é de que, pelo menos, 4 mil pessoas ainda não retornaram aos postos de vacinação para tomar o reforço da vacina”, explica. Quem, por algum motivo, estiver com a segunda dose em atraso também pode procurar os postos destinados à vacinação desta quinta, sem necessidade de agendamento. 

A diretora de vigilância epidemiológica também alerta que essas pessoas têm até sexta-feira da próxima semana, isto é, até 11/6, para receberem o reforço. “É importante ressaltar que a imunização é eficaz quando o esquema vacinal é completo, ou seja, a pessoa toma a primeira e a segunda dose”, reforça Grécia. Para receber o reforço, é necessário levar documento pessoal com foto, CPF e o comprovante da primeira dose. 

“A vacinação é um benefício para a saúde não só de quem recebe a dose, mas também, a de outras pessoas. Quanto mais pessoas forem vacinadas, menor a propagação do vírus. Por isso, é importante que as pessoas atendam às campanhas, além de seguir com os protocolos de segurança”, pontua Durval Pedroso, secretário municipal de Saúde. 

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JORNAL OPÇÃO

Infectologista sobre tratamento precoce: “É como se estivéssemos escolhendo de qual borda da terra plana a gente vai pular”.

Por Isabel Oliveira

A médica foi anunciada em maio para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas teve a nomeação cancelada 10 dias depois

A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira, 2,  a médica infectologista Luana Araújo, que foi anunciada em maio para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas teve a nomeação cancelada 10 dias depois. O depoimento foi adiantado, para que a infectologista possa dar sua versão sobre a mudança antes de uma nova oitiva com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Ao ser questionada pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), se em algum momento conversou com o ministro da Saúde sobre o chamado “tratamento precoce” para a Covid, Luana afirmou ser absolutamente a favor de terapias precoces que existam, o que não é o caso em relação ao coronavírus.

“Isso nem foi um assunto, senador. Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente. Quando eu disse que há um ano estávamos na vanguarda da estupidez mundial, infelizmente ainda mantenho isso em vários aspectos”, disse. Ela ainda continuou dizendo: “Ainda estamos aqui discutindo uma coisa que não tem cabimento. É como se a gente estivesse escolhendo de que borda da Terra plana a gente vai pular. Não tem lógica.”

Ameaças

Ainda durante seu depoimento, a médica disse ao ser perguntada por Renan Calheiros, se havia sofrido ameaças após o convite para o Ministério da Saúde, Araújo disse que não entrou em mídias sociais e não teve assessores para fazer esse tipo de acompanhamento enquanto esteve no cargo. “Depois disso, tentaram divulgar meu endereço na internet, já tentaram dizer que eu teria ligação com isso, com aquilo. Eu não tenho”, contou.

Luana Araújo relatou, que como vários infectologistas do país, sofreu diversos tipos de ameaça desde de o início da pandemia. “Isso é algo que é extremamente lamentável pela perda da oportunidade de educação do nosso povo.”

A médica reforçou ainda que em suas considerações iniciais, pleiteou “autonomia, não insubordinação ou anarquia” ao Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao apresentar suas condições para ocupar o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Mais de quatro mil idosos não retornaram para tomar segunda da vacina, em Goiânia

A baixa procura tem preocupado porque as duas doses são fundamentais para que todas as pessoas já vacinadas desenvolva anticorpos contra a doença

Em Goiânia, os mais de quatro mil idosos que já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 ainda não retornaram para tomar a segunda dose. A baixa procura tem preocupado porque as duas doses são fundamentais para que todas as pessoas já vacinadas desenvolva anticorpos contra a doença.

Grécia Pessoni, diretora de vigilância epidemiológica, faz alerta e diz que, qualquer pessoa que, por algum motivo estiver com a segunda dose em atraso, também pode procurar os postos destinados à vacinação, neste caso sem necessidade de agendamento.

Para estas pessoas, o prazo se encerra no dia 11 de junho. A diretora de vigilância ainda ressalta que a imunização é eficaz somente após completar o esquema vacinal, ou seja, tomar a primeira e segunda dose. Para receber o reforço do imunizante, é necessário apresentar documento pessoal com foto, CPF e o comprovante da primeira dose.

Durval Pedroso, Secretário de Saúde de Goiânia, reforça que, a vacinação é um benefício para a saúde não só de quem recebe a dose, mas também, as de outras pessoas. ”Quanto mais pessoas forem vacinadas, menor a propagação do vírus. Por isso, é importante que as pessoas atendam as campanhas, além de seguir com os protocolos de segurança”, destaca.

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Mortes por Covid -19: famílias compartilham a mesma dor

Familiares, amigos, colegas e conhecidos compartilham o luto da despedida que há um ano segue novos protocolos determinados pelo Ministério da Saúde

Brasil já ultrapassou a marca de 400 mil mortes em decorrência da Covid-19. Diariamente, os óbitos são noticiados pelas mídias, e o sentimento é de um luto compartilhado entre famílias de todo país que perderam um ente por conta da doença. São histórias de sonhos interrompidos, planos não realizados e toda uma trajetória de vida que tinha tudo para ter um final de feliz.

Familiares, amigos, colegas e conhecidos compartilham o luto da despedida que há um ano segue novos protocolos determinados pelo Ministério da Saúde, com distanciamento, limitação de participantes, além da urna totalmente lacrada, sem ao menos dizer um último adeus, um sentimento de fraqueza, prepotência e de vulnerabilidade toma conta da pessoa, além de uma tristeza sem fim.

Na perda de um ente querido, principalmente quando este vem a óbito por decorrência da Covid-19, existe um grande risco potencial de um luto traumático. Não poder ver o ente pelos últimos momentos deixa a pessoa em estado de choque, onde ela mesma não quer acreditar que aquele corpo esta ali, naquele caixão.

Estima-se que 86% dos brasileiros perderam algum conhecido, seja membro da família, amigo próximo ou não tão próximo para a covid-19. Os dados são de um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados em parceria com o Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília.

O medo

As irmãs Thaynara Painha, 25 e Kamilla Painha, 30 , em junho do ano passado perderam o pai para a Covid. Na época, o vírus ainda não tinha tanta força como agora, mas ele já deixava medo e a incerteza por todo mundo.

”Meu pai realizou quatro testes rápidos, e nenhum testou positivo para a covid-19, devido a isso passamos alguns dias peregrinando em hospitais e laboratórios para saber do que se tratava as fraquezas e dores que ele estava sentindo. Momento este que elevou nosso sofrimento e angústia. Por fim, o diagnóstico certo para a covid-19 veio apenas com o óbito dele, onde ele passou 5 dias internado em estado grave”, relata Kamilla.

”Ao saber que meu pai podia estar com Covid-19 foi apavorante, pois ele tinha um quadro de saúde que só podia piorar o caso dele. Mas tentamos manter nossa fé em Deus acreditando que tudo ficaria bem apesar de todo quadro de saúde não ser tão favorável a isso, mas nós orávamos a Deus incansavelmente clamando sua cura para que pudesse estar junto de nós novamente, nunca pensamos no pior pois confiávamos em nossa fé”, disse Thaynara.

A perda de um ente para a Covid-19

A psicóloga Márcia Maria, especialista em psicologia da saúde e hospitalar, comenta que a perda é um processo complexo em qualquer circunstância que ela ocorra. ”Porem quando se perde alguém para a Covid-19, a dor e angústia realmente se torna maior, uma vez que não acontece uma despedida, um velório, eventos religiosos, não ter a oportunidade de escolher a roupa adequada para esse ente ser sepultado, a família não pode ser amparada pelos amigos por causa dos riscos da doença”, ressalta a psicóloga.

Na pandemia presenciamos e até mesmo vivenciamos diversos tipos de luto, desde a liberdade, convívio social, mudanças nas relações de trabalho e escola, até as vidas ceifadas pela doença. Para a psicóloga, ”as milhares de mortes pela Covid-19 nos leva a um luto coletivo, onde sofremos pelas perdas de pessoas que nem conhecemos. O medo, a ansiedade e a angústia estão cada vez mais presente em nossas vidas, uma vez que não se tem previsão de quando tudo vai passar, se vai passar e como será depois, são muitas incertezas ainda”, disse.

Para as irmãs Kamilla e Thaynara, a confirmação da morte do pai foi o pior momento para elas. ”Em muitos momentos peguei me questionando o porque de ter acontecido com meu pai, mas temos que tentar compreender a vontade de Deus e pedir para que ele nos desse forças para continuarmos”, relata Thaynara.

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Assessoria de Comunicação