Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Sem sedativos, Santas Casas têm que suspender cirurgias e atendimentos
Brasil segue sem previsão de queda em números da covid-19, que matou 60 mil
Vacina contra covid a ser testada no DF tem resultados promissores, diz UnB
Mais protegidos do que o estimado
Covid-19: Goiás registra 46 mortes em 24 horas e bate novo recorde de óbitos
Silvio Fernandes deixa presidência do Ipasgo e vai para a Codego
Edward Madureira espera ativar novo prédio do HC-UFG em duas semanas
Médico de UTI aérea registra a rotina no tratamento à Covid-19
MP quer que hospitais divulguem diariamente a taxa de ocupação de leitos de UTI
Liminar ordena testagem de funcionários do transporte para coronavírus, em Goiânia
CRF reconhece carência de sedativos e orienta população a redobrar medidas de prevenção
Prefeituras não pagam laboratórios

 

FOLHA DE S.PAULO

Sem sedativos, Santas Casas têm que suspender cirurgias e atendimentos
Medida visa garantir assistência a paciente com Covid-19, mas há risco de falta também a esse grupo

Natália Candan

A dificuldade de obter medicamentos sedativos e relaxantes musculares já leva Santas Casas e hospitais filantrópicos a relatarem estoques em níveis críticos e suspenderem exames, cirurgias, transplantes e até atendimento de novos pacientes sem Covid em unidades especializadas.

As ações ocorrem na tentativa de assegurar estoques para atendimento a pacientes com coronavírus e outros urgentes – para os quais também já há relatos de falta desses produtos em algumas regiões.

O alerta de risco de desabastecimento havia sido feito por secretários de saúde e por hospitais particulares, e foi reforçado agora por hospitais filantrópicos, que respondem por ao menos 50% das internações de pacientes do SUS.

O problema atinge medicamentos necessários para que pacientes com quadros graves de Covid possam ser submetidos à ventilação mecânica. Sem isso, não ha como fazer a intubação, e há r isco de morte.

Os remédios também são usados em outros quadros gerais, como cirurgias e exames complexos – o que faz hospi tais suspenderem esses atendimentos visando preservara assistência a casos urgentes.
Os impactos já são sentidos na rede. Com baixos estoques, a Santa Casa de São José dos Campos suspendeu o atendimento de novos pacientes na unidade de tratamento de queimaduras. Com isso, novos pacientes precisam ser direcionados a outros hospitais.

"São pacientes com 50% do corpo atingido, que usam muito analgésico. Não aceitamos mais casos novos, senão não temos para paciente com coronavírus", diz o provedor da entidade, Ivã Molina. "Fizemos isso para resguardar o queimado que já está internado, e aquele com Covid."
Segundo ele, exames que demandavam esses remédios também foram suspensos. "Fizemos levantamento e temos medicamentos para mais 10 a 15 dias, no máximo", afirma. "Tentamos comprar, mas não tem remédio na praça."

Relato semelhante ocorre na Santa Casa de Montes Claros (MG). "Tivemos que suspender cirurgias eletivas há dez dias por falta de abastecimento de anestésico. A gente tenta comprar e não consegue. Até atendimento a transplantes tivemos que suspender", diz o superintendente Maurício Souza e Silva. "Sem esse medicamento, não tem como intubar o paciente e atender a uma emergência", diz ele, que aponta que os principais itens com baixos estoques são o brometo de rocurônio e pancurônio.

"Fizemos licitação e temos contrato de fornecimento com o distribuidor. Mas, se peço dez, eles mandam três."

A Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos diz que o problema de escassez de sedativos e anestésicos "entrou em situação crítica" em unidades de todo o país. Em muitas instituições há medicamentos para menos de uma semana, e o uso está sendo poupado para casos de urgência ou maior gravidade. "O problema é seríssimo. Estamos sem conseguir comprar os medicamentos e já temos hospitais que estão parando, com centro cirúrgi co fechado", diz o presidente da entidade, Mirocles Véras.

Segundo ele, as instituições têm tentado priorizar o atendimento de pacientes com Covid em UTIs, já que os medicamentos são essenciais. Mas até isso também está sob risco.

Em nota nesta semana, prefeituras e a Federação das Santas Casas do RS citam que a demanda pelos medicamentos nos últimos três meses em atendimentos de Covid no estado corresponde ao volume usado em todo o ano passado.

"O acesso a tais medicamentos no mercado farmacêutico tem sido inviabilizado por duas causas: a primeira, a alta demanda, e, a segunda, os preços elevados", diz. A ampola de propofol, por exemplo, que era comprada a R$ 6,98, foi adquirida a R$ 19,90.

0 problema já vinha sendo divulgado por secretarias de saúde. Em geral, a responsabilidade pela compra dos medicamentos é de hospitais e de secretarias de saúde. O grupo, porém, têm relatado dificuldade de adquirir fornecedores e aumento de preço, o que levou a um apelo ao Ministério da Saúde na tentativa de uma compra centralizada.

Um primeiro alerta foi enviado ainda em maio ao ministério por Conass e Conasems, conselhos que reúnem secretários estaduais e municipais.

Desde então, a situação tem se agravado. "Nossas tentativas de compras são frustradas e continuam sendo frustradas", disse nesta terça (30) Elton Chaves, assessor técnico do Conasems, em audiência na Câmara dos Deputados.

Os parlamentares cobraram representantes da indústria e distribuidores e soluções junto a ministério e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "A indústria disse que tinha capacidade de abastecer o pais, o que não estamos vendo. O sedativo não falta só pa ra o paciente com Covid mas para o paciente geral em caso grave", disse a deputada Carmen Zanotto (Cidadania -SC).

O ministério informou ter requisitado o estoque excedente de empresas, o que permitiu envio de produtos a alguns estados. E que organiza compra na Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) no mercado internacional, além de abrir ata de registro de preços para que secretarias comprem por valores fixos por região. A previsão é que a ata seja finalizada em 15 de julho.
No encontro, Veras pediu que haja espaço na ata para compra por Santas Casas.

O ministério não deixou claro se haverá essa possibilidade – a dúvida ocorre porque, embora recebam recursos e respondam por parte expressiva do atendimento no SUS, parte delas atende a particulares.
Veras diz que hospitais têm tentado compra conjunta por meio da confederação, mas não conseguem fornecedores.

Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, que reúne indústrias farmacêuticas, disse que o problema é o aumento da demanda. "Cada novo respirador e leito precisa de analgésico. Tivemos explosão disso." Ele pediu a rede de saúde uma previsão de consumo nas próximas semanas para que as indústrias ajustem a produção.

Segundo ele, houve aumento de custo de produção das empresas. "Mas, se alguma está vendendo acima do preço máximo [permitido], isso precisa ser denunciado", disse.

Paulo Maia, presidente-executivo da Abradimex (Associação Brasileira dos Distribuidores de Medicamentos Especializados, Excepcionais e Hospitalares) , diz que o problema atinge as distribuidoras. "Produtos estão faltando e distribuidores não estão tendo acesso."

A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, disse que requisitou informações a fabricantes sobre volume de produção e consumo. E a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, disse que a compra do ministério jun to à entidade deve ser finalizada em menos de 30 dias.

Tivemos que suspender cirurgias eletivas há dez dias por falta de abastecimento de anestésico. A gente tenta comprar e não consegue. Até atendimento a transplantes tivemos que suspender. Sem esse medicamento, não tem como intubar o paciente e atender a uma emergência, Maurício Souza e Silva, superintendente da Santa Casa de Montes Claros (MG).
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CORREIO BRAZILIENSE

Brasil segue sem previsão de queda em números da covid-19, que matou 60 mil

No Rio, a imagem de Cristo homenageia os milhares de brasileiros que perderam a vida pela doença no país; houve missa no Santuário do Redentor (foto: Mauro Pimentel / AFP) Após quatro meses de luta contra o novo coronavírus e 60 mil vidas perdidas para a covid-19, o Brasil iniciou julho sem uma real perspectiva de queda na curva de casos da doença. Ao avaliar os números de infecções por semana epidemiológica, é possível notar um aumento no último período. O país continua a registrar números altos diariamente. Ontem, confirmaram-se mais 46.712 infecções, o terceiro maior aumento diário, e 1.038 mortes. O país chegou a 1.448.753 casos do novo coronavírus e 60.632 vítimas da doença.

Em coletiva de imprensa, o Ministério da Saúde avaliou que o Brasil vê um crescimento da curva em relação aos números de novas infecções. Da 25ª para a 26ª semana epidemiológica, esse indicador cresceu 13%. No entanto, o aumento foi proporcionalmente menor do que o observado da 24ª para a 25ª, de 22%. No recorte por regiões do país, observa-se que todas confirmaram um aumento de casos na última semana epidemiológica avaliada. A Região Sul relatou o maior crescimento, de 47%. Por outro lado, segundo a pasta, o Brasil vive um platô na curva de mortes em função da covid-19, termo utilizado pelas autoridades de saúde quando há uma estabilização da evolução dos índices.

Houve uma pequena redução de 2% ao comparar os óbitos confirmados entre a 25ª e a 26ª semana. A queda foi puxada pela baixa no registro de mortes nas regiões Norte e Nordeste que, respectivamente, apresentaram redução de 15% e 11%. "Há um comportamento de um platô do número de óbitos, que a gente já tinha falado", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia.
Ao ser questionado se o Ministério da Saúde orientará medidas de restrição mais intensas aos estados diante do aumento de casos, Correia disse que isso não é papel da pasta. "Com relação a orientar a tomar decisão de restrição ou não, não cabe ao Ministério da Saúde, mas ao gestor local. Nós iremos dar suporte e o apoio necessário em cima da decisão tomada pelo gestor", indicou.
Interiorização Com o avanço da interiorização da epidemia, 5.021 dos municípios, ou seja, 90,1%, têm, pelo menos, um caso de covid-19 registrado. Quando o recorte são as cidades que já confirmaram óbitos pela doença, a porcentagem cai, mas ainda chama atenção. Quase metade dos municípios, 45,8%, já confirmou ao menos uma morte.

Apesar da diversidade de características das curvas de casos e óbitos por região, os técnicos do ministério observaram que há a tendência de migração de aumento para o interior em todas. "A distribuição de casos de covid nas capitais vem diminuindo gradativamente e consistentemente, ao passo que está aumentando no interior", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.
São Paulo bateu sozinho a marca de 15 mil mortes, um quarto do montante brasileiro.

O estado possui 289.935 casos confirmados. Com o avanço do vírus no território brasileiro, mais duas unidades federativas entraram para o rol de mais de mil perdas para a doença. Minas Gerais, com 1.007; e Paraíba, com 1.002. Também pertencem ao grupo: Rio de Janeiro (10.198), Ceará (6.180), Pará (4.960), Pernambuco (4.894), Amazonas (2.843), Maranhão (2.081), Bahia (1.902) e Espírito Santo (1.693). No Brasil, apenas Mato Grosso do Sul tem menos de 200 óbitos: são 85 mortes até o momento.
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Vacina contra covid a ser testada no DF tem resultados promissores, diz UnB


Após ultrapassar a marca de 50 mil infectados e 500 mortos pelo novo coronavírus, o Distrito Federal está entre as unidades da Federação escolhidas para a promoção de testes da vacina contra a covid-19. A pesquisa sobre a imunização criada por uma empresa chinesa será coordenada pela Universidade de Brasília (UnB). A instituição aguarda a finalização das tratativas do Instituto Butantan, em São Paulo, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da definição dos detalhes técnicos e científicos da pesquisa, para dar início ao procedimento. Especialistas alertam que a vacina é a única saída para que sejam cessadas as medidas de restrição, já que a capital tem queda na adesão ao isolamento social.

Além de Brasília, os testes ocorrerão em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e Paraná, como anunciou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ontem. A produção está a cargo da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech e será testada em 12 centros de pesquisa do país, em 9 mil voluntários. A imunização está na terceira fase, ou seja, é testada em humanos. Caso seja aprovada, a Sinovac e o Butantan firmarão acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial e fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil.

Ao Correio, o infectologista Gustavo Romero, coordenador da pesquisa no DF e professor do Núcleo de Medicina Tropical da UnB, detalhou como será a aplicação da vacina na capital. "O que posso informar, agora, é de que se trata de um produto vacinal, que se aplica em duas doses, com intervalo de 14 dias. Ela produziu resultados promissores na fase 2, que se chama de desenvolvimento. No caso, essa vacina tem o efeito de produzir anticorpos capazes de neutralizar o vírus", revelou.

A execução do projeto contará com o apoio de equipes do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os detalhes sobre o número de pacientes que serão tratados e quem poderá receber a dose só serão definidos após a autorização da Anvisa. O Correio entrou em contato com a Vigilância Sanitária, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno. "É uma preocupação da população do DF em saber quantas pessoas terão acesso. Estamos esperançosos e sabemos que isso é importante para a comunidade", ressaltou Gustavo.

O epidemiologista da UnB Walter Ramalho explica que, como as medidas de restrição falharam para conter o avanço da doença no DF, a vacina seria a única alternativa para que a população volte à normalidade — na segunda-feira, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou estado de calamidade pública. "A principal questão do combate ao coronavírus é que temos uma grande parcela da população que teve o contato com ele, mas não desenvolveu doença. Essas pessoas sem sintomas que transmitem a covid-19 são o nosso principal gargalo, porque não temos condições de contê-las", comentou.

Em relação à capital ter sido escolhida para iniciar as testagem, o especialista ressalta que isso se deve à capacidade de trabalho da UnB. "Um dos nossos pesquisadores estava trabalhando com o Butantan para desenvolver uma vacina para a dengue; portanto, tínhamos uma estrutura fácil de mobilizar para ir a campo", explicou. Entretanto, em relação à quantidade de casos e óbitos, ele ressaltou que a situação atual é de alerta.

O epidemiologista avalia que, do Brasil, o GDF foi o primeiro a reduzir a mobilidade social, fato importante para evitar maior impacto da covid-19 no início da pandemia. Entretanto, Walter considera que a medida não conseguiu ser eficaz, pela falta de adesão da população. "É muito complexa essa retomada de atividades. Precisamos, primeiro, ver os dados de julho. Entendo as decisões do governo, por conta desse momento de grande impaciência na sociedade, mas acho uma pena que isso esteja acontecendo. Poderíamos contornar essa situação se todos estivessem juntos", lamentou.

Além da dificuldade em manter o isolamento, termina, amanhã, o prazo para o GDF informar a capacidade dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) à Justiça Federal. Decisão assinada pela juíza Raquel Soares Chiarelli, da 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do DF, intima o Executivo local e a União a demonstrar que há vagas, equipamentos, insumos e recursos humanos suficientes para a população. A determinação levou em conta a "iminência da liberação das restrições ainda existentes no DF".

Levantamento da Secretaria de Saúde mostra que 72% das UTIs exclusivas para pacientes com coronavírus estão ocupadas. Somando as redes pública e privada, há 729 leitos e 525 internados. Em nota, a pasta informou que monitora a evolução dos casos diariamente e que o pico da doença está previsto para a primeira quinzena do mês. "É importante ressaltar que não é esperada uma explosão de casos, tendo em vista que, no DF, há um crescimento médio de casos diários de 5%, e esse crescimento tem se mantido constante", informou.

A Secretaria de Saúde acrescentou que a evolução da capacidade de atendimento da rede acompanha a evolução de diagnósticos. E completou que investiu R$ 20 milhões na compra de equipamentos de proteção capazes de abastecer o sistema por seis meses.
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Mais protegidos do que o estimado
Para cada pessoa que obtém resultado positivo em teste que identifica a presença de anticorpos contra o Sars-CoV-2, outras duas também têm células de defesa capazes de combater o vírus, indica estudo sueco

Vilhena Soares
Um estudo sueco mostra que a imunidade por covid-19 em pessoas não infectadas pelo coronavírus pode ser maior do que indicam os testes. Os cientistas chegaram a essa conclusão após comparar dados de pacientes em diferentes graus de gravidade da covid-19 e amostras de voluntários não infectados. Segundo eles, para cada indivíduo que tem resultado positivo para anticorpos contra o Sars-CoV-2, outros dois apresentam células de defesa capazes de identificar e combater esse micro-organismo. Os dados foram apresentados na plataforma de divulgação de estudos científicos BiorXiv e ainda precisam ser avaliados por outros especialistas.

No estudo, os cientistas analisaram amostras imunológicas de 200 indivíduos, grande parte deles com sintomas leves ou sem sintomas da covid-19. "Incluímos pacientes internados no Hospital Universitário Karolinska, na Suécia, outros não internados e seus parentes assintomáticos expostos, além de pessoas saudáveis que doaram sangue durante 2019 e 2020 (grupo controle)", detalham os autores, no artigo.

Grande parte dos analisados apresentou índices altos das células-T, agentes responsáveis pela defesa do corpo a invasores, como o patógeno que causa a covid-19. "Essas células são um tipo de glóbulo branco especializado no reconhecimento de células infectadas por vírus e parte essencial do sistema imunológico (…) Nossos resultados indicam que, aproximadamente, duas vezes mais pessoas desenvolveram imunidade de células-T, em comparação àquelas em que podemos detectar anticorpos (infectadas)", explica Marcus Buggert, professor-assistente do Centro de Medicina Infecciosa do Instituto Karolinska e um dos principais autores do artigo, em uma entrevista divulgada pelo centro de pesquisa sueco.

Os pesquisadores também ficaram impressionados com a resposta imune quando compararam dados do grupo controle. "É muito interessante ver que não apenas as pessoas com covid-19 mostraram imunidade às células-T, mas também muitos de seus parentes assintomáticos expostos. Além disso, aproximadamente 30% das pessoas que doaram sangue em maio de 2020 tinham células-T específicas para essa enfermidade", detalha Soo Aleman, médica no Hospital Universitário Karolinska e também participante do estudo científico.

Segundo os pesquisadores, os dados sinalizam que a imunidade gerada pelo corpo de forma natural à covid-19 é possivelmente maior do que o imaginado. "Nossos resultados indicam que a imunidade pública à covid-19 é provavelmente significativamente maior do que a sugerida pelo teste de anticorpos", frisa Hans-Gustaf Ljunggren, pesquisador do Centro de Medicina Infecciosa do Instituto Karolinska e coautor do trabalho. "Se for esse o caso, é claro que são boas notícias, do ponto de vista da saúde pública."

O estudo foi feito a partir da análise de células-T, que geram maior exatidão nos dados, quando comparadas a testes de anticorpos. Ainda assim, segundo os autores, não é possível dizer se essa imunidade pode gerar total proteção ao vírus ou, pelo menos, provocar infecções mais leves. Para esclarecer essas questões, mais análises serão necessárias. "Estudos mais longos e longitudinais sobre células-T e anticorpos precisam ser feitos para entender o quanto a imunidade é duradoura e como esses diferentes componentes da imunidade à covid-19 estão relacionados", frisa Buggert.
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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 46 mortes em 24 horas e bate novo recorde de óbitos

Adriana Marinelli

Goiânia – Com 46 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás bateu novo recorde de óbitos pela doença em um único dia. É o que aponta boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (1º/7). O total de mortes no Estado chega a 521.

Com 1.142 casos novos registros do novo coronavírus entre ontem e hoje, Goiás chega à marca de 25.808 casos confirmados. No Estado, há 62.320 casos suspeitos em investigação. Outros 30.543 já foram descartados. O total de curados não foi informado.

Além das 521 mortes confirmadas por covid-19 em Goiás até o momento, há 48 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 453 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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Silvio Fernandes deixa presidência do Ipasgo e vai para a Codego

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou, nesta quarta-feira (1º/7), que Silvio Fernandes dexará a presidência do  Instituto de Assistência aos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) para ir para a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).  "Quanto mais você gira as pessoas dentro de um secretariado, mais você estimula maiores desafios e melhores resultados", disse Caiado.

Para o governador, todos os servidores reconhecem o trabalho feito durante o período em que Silvio Fernandes esteve à frente do Ipasgo. "Silvio prestou um serviço maravilhoso. Fez um primeiro momento de gestão que trouxe mudanças para todos", completou Caiado em live transmitida pelo jornal O Popular.

Quem assume o lugar de Fernandes é Hélio Lopes, ex-presidente da Apae Anápolis. Caiado disse sempre ter sido "grande admirador" de Hélio.  "Impressionante sua capacidade, seu carisma e sua competência frente à Apae", ressaltou.
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Edward Madureira espera ativar novo prédio do HC-UFG em duas semanas

Théo Mariano

Goiânia – O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, afirmou que, a princípio, a ativação do novo prédio do Hospital das Clínicas da UFG (HC-UFG), no Setor Leste Universitário, em Goiânia, contará com cerca de 32 a 64 enfermarias exclusivas para o atendimento de pacientes da covid-19. “Já temos camas compradas, estamos fazendo contrato de fornecimento de gases e estamos prontos para começar a operar o hospital de campanha, pelo menos enfermarias, em cerca duas semanas”, explicou o reitor em entrevista exclusiva ao jornal A Redação nesta quarta-feira (1º/7).

“Estamos tentando comprar respiradores e monitores multiparamétricos, mas são mercadorias caras e escassas, com prazo de entrega em 90 dias”, disse Madureira. Segundo ele, o número de leitos, principalmente de UTIs, não será ampliado imediatamente pois a UFG “não vai comprar nada com preço exagerado”. “O que estamos pensando em fazer neste momento é montar uma quantidade de enfermarias para receber doentes não graves da covid-19.”

O reitor ressaltou que o novo prédio do HC-UFG tem capacidade total de 600 leitos. Destes, 78 são de UTI, e os outros 522, enfermarias. Madureira acrescentou que a oferta será ampliada progressivamente, norteada por dois fatores: aumento de recursos e ferramentas disponíveis para a unidade e demanda de vagas exclusivas para pacientes da covid-19.

Conforme explicou Edward Madureira, o acordo com a Ebserh para gestão do HC-UFG não tem validade enquanto a unidade for Hospital de Campanha (HCamp) para atendimento de vítimas do novo coronavírus. “A unidade vai funcionar como HCamp durante 6 meses e neste período ela não é ligada à Ebhser.”
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TV ANHANGUERA

Médico de UTI aérea registra a rotina no tratamento à Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/8667272/programa/
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MP quer que hospitais divulguem diariamente a taxa de ocupação de leitos de UTI
https://globoplay.globo.com/v/8667256/programa/
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Liminar ordena testagem de funcionários do transporte para coronavírus, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8667526/programa/
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JORNAL OPÇÃO

CRF reconhece carência de sedativos e orienta população a redobrar medidas de prevenção

Por Felipe Cardoso

Para presidente do Conselho Regional de Farmácia considera isolamento intermitente como medida prudente e alerta, ainda, quanto aos perigos da automedicação

A presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRFGO), Lorena Baía, conversou com o Jornal Opção, nesta quarta-feira, 1, sobre as mudanças impostas pelo decreto municipal que prevê novas medidas de isolamento social e fechamento do comércio na capital.

Segundo Baía, o CRFGO entende a ação do governo em tomar essa decisão que foi, “baseada em um estudo feito pela Universidade Federal no sentido de buscar diminuir o número de casos que acabam agravando os quadros do Estado”, rememora.

Ela considera a decisão prudente tendo em vista que reconhece a falta de medicamentos importantes nas unidades hospitalares, como os sedativos, por exemplo, essenciais para a entubação de pacientes em estados mais críticos da doença.

“A população precisa rever seus cuidados. Havendo necessidade de sair, devem se atentar ao uso da mascara e evitar ao máximo aglomerações. Temos visto muitas pessoas fazendo festinhas, reuniões com os amigos, sendo que o momento exige o contrário”, disparou.

Lorena Baía considerou, ainda, o método justo no sentido de pensar nas vidas sem descuidar da situação econômica. “Sabemos que muitos empresários, empregados e demais trabalhadores precisam garantir o sustento de suas famílias. Por isso, em 14 dias teremos uma retomada do comércio, porém, de maneira mais segura. A vida é soberana”.

Automedicação
A especialista alertou ainda que a população redobre os cuidados quanto ao automedicamento e mensagens falsas divulgadas na internet. “Um estudo do CRF comparou as vendas de determinados medicamentos no primeiro trimestre do ano passado com o primeiro trimestre deste ano. O que vimos foi um aumento muito grande na venda de medicamentos supostamente eficazes no tratamento da Covid-19”.

“Orientamos que as pessoas usem apenas os medicamentos receitados pelo médico ou sob orientação farmacêutica”, disse. Ela lembrou que mesmo com o decreto municipal, as farmácias continuarão aberta e sempre haverá um farmacêutico à disposição para esclarecer todas as dúvidas.
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O HOJE


Prefeituras não pagam laboratórios

SindilabsentranaJustiça para conseguir receber. Trabalhadores de laboratórios credenciados pelo SUS estão sempagamento desde junho

O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO) entrou com um mandado de segurança contra o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, a Secretaria de Saúde da Capital, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, e a Secretaria de Saúde Municipal. O Sindicato informou que o documento foi solicitado ao Tribunal de Justiça de
Goiás em virtude do não pagamento dos prestadores de serviço credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a presidente do Sindicato, que também é a responsável da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane Maria do Valle Santos, as administrações da Capital e da cidade
vizinha não estão cumprimento da lei federal 13.992/2020. De acordo com a
presidente, no dia 1º de junho, o Governo Federal encaminhou R$ 41 milhões à prefeitura de Goiânia e R$ 14 milhões à prefeitura de Aparecida de Goiânia para que os servidores privados, filantrópicos e públicos dos laboratórios credenciados pelo SUS recebessem a remuneração.

Mas os trabalhadores alegam que o dinheiro ainda não foi repassado, por isso estão sem receber o pagamento referente ao mês de junho e temem não receber julho. “Desde a promulgação a gente vem solicitando, frequentemente, reunião com as prefeituras e as secretarias de saúde para ter informações sobre os valores a serem repassados, inteirar das medias que os municípios iam utilizar pra esse repasse. Mas simplesmente ninguém nos atendia ou retornava à nossa solicitação”, explica Christiane.

No mandado, o Sindicato pede liminarmente o bloqueio das verbas municipais para pagamento dos prestadores, conforme determina a legislação. O processo encontra-se com o juiz responsável para decisão. A medida foi adotada após discussões com outras entidades sindicais da área da saúde e depois de várias
negociações e compromissos descumpridos pela Secretaria de Saúde dos município.

“Existe uma total indignação da nossa parte, porque as duas maiores cidades do Estado estão com dinheiro em caixa e não fazem esse repasse, deixando a gente na mão”, desabafa a líder classista. Em nota, a Procuradoria
Geral do Município (PGM) informou que não recebeu nenhuma intimação e aguarda a notificação para se manifestar.
Já a Secretaria de Saúde de Goiânia disse que os laboratórios tiveram seus atendimentos suspensos quase em sua totalidade desde o início da pandemia, por isso querem receber pela média dos últimos 12 meses de faturamento e não pela produtividade. Mas a Procuradoria Geral do Município entendeu
pela impossibilidade legal do pagamento.

Ainda em nota, a SMS informou que, de acordo com o Ministério da Saúde, somente os hospitais contratualizados por metas poderiam receber pela média de faturamento dos últimos 12 meses. O Hoje entrou em contato com a assessoria de imprensa de Aparecida de Goiânia, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

Repúdio
Recentemente, por meio de nota, a Fehoesg repudiou o calote dos gestores da saúde deixandode repassar aoshospitais,  laboratórios, clínicas e bancos
de sangue credenciados pelo SUS que deveriam ter recebido os recursos recebidos do GovernoFederalparaopagamento dos serviços contratados.
De acordo com a Federação, a verba para o pagamento integral dos prestadores foi liberada pelo Governo Federal no dia 1º de junho. A portaria e o
decreto, que preveem a transferência da integralidade dos recursos destinados aos prestadores de serviços a fim de garantir o pleno atendimento à
população neste período de pandemia, os gestores municipais deveriam ter efetuado o pagamento integral dos atendimentos contratados.

Segundo a nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a SecretariaMunicipalde Saúde de Aparecida de Goiânia anunciaram a quitação apenas dos serviços prestados, mesmo  tendo em caixa o recurso para
o pagamento integral, cuja liberação foi uma forma encontradapelo GovernoFederalpara apoiar a rede de prestadores ao SUS neste período de queda de atendimentos eletivos.

Com a retenção dos recursos pelos gestores, os prestadores deixarão de receber até 90% do valor contratado.Christiane Maria do Valle Santos afirma que a entidade exige o pagamento integral previsto em lei e devido aos prestadores públicos, filantrópicos e privados. Os gestores, segundo ela, não podem ignorar a legislação federal e fazer essa retenção. Ela ressalta que os prestadores necessitam desta ajuda emergencial para manter osatendimentos aos usuários do SUS. (Especial para O Hoje)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação