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DESTAQUES
Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo
Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual
Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla
Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa
Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa
O GLOBO ONLINE
Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo
O Ministério da Saúde tem enfrentado resistência de estados e municípios para colocar em prática o compromisso de fechar as portas de hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas, estruturas que recebem pessoas com distúrbios mentais e dependentes químicos. Enquanto a pasta comandada por Nísia Trindade investe em alternativas, o modelo, considerado retrógrado por especialistas e entidades de psiquiatria, segue recebendo financiamento público das administrações locais. Segundo levantamento do GLOBO, hoje, a abordagem recebe recursos de todos os estados e do Distrito Federal.
O modelo também tem apoio de prefeituras. No fim de novembro, por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em uma rede social ter determinado à Secretaria Municipal de Saúde que preparasse uma proposta para “implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas”. A decisão do prefeito vai na contramão da legislação atual, que prevê a internação compulsória para tratamento de saúde apenas em caso de decisão médica, não podendo ser imposta por agentes estatais. Outra possibilidade é se a pessoa estiver cometendo algum delito. Nesses casos, o abrigamento é uma medida socioassistencial, excepcional, temporária e voluntária. A postagem de Paes foi respondida pelo Ministério Público Federal, que enviou uma nota técnica ao prefeito destacando que a proposta é inconstitucional e traduz uma medida higienista, além de ser contra a dignidade do ser humano. Questionada, a Prefeitura não respondeu se a medida será mesmo implementada.
Entre os locais onde as internações ocorrem estão as comunidades terapêuticas, geralmente localizadas em sítios ou fazendas na zona rural. O tratamento costuma ser baseado na abstinência e trabalho forçado, com a internação podendo durar até seis meses. Segundo estimativas da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract), cerca de 5 mil unidades funcionam no país, que contam com financiamento público para se manter.
Como estão fora da alçada da Saúde, esses centros não precisam passar pelo controle, fiscalização e análise do SUS. Também não é obrigatória a atuação de profissionais de saúde nesses locais.
O compromisso de reduzir a quantidade dessas instituições e ampliar políticas de saúde mental alinhadas aos princípios da reforma psiquiátrica foi firmado pela ministra assim que assumiu o cargo, ao criar o Departamento de Saúde Mental. Neste ano, o órgão ampliou em 27% os investimentos na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em 2023 e construiu novos CAPs, modelo que prevê tratamento sem retirada do cotidiano.
Desde que foi aprovada em 2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica estruturou a política de saúde mental no Brasil com base no fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos e no desenvolvimento da Raps, que oferece cuidados interdisciplinares, em liberdade e próximo da residência de quem recebe esses cuidados.
– Com tantas opções que temos atualmente, não cabe mais recorrer a um modelo que promove a exclusão do paciente. É importante ressaltar que hoje em dia já existem leitos na Raps e em hospitais gerais – afirma o psiquiatra e ex-gestor de Saúde Mental do SUS-DF, Augusto Cesar Costa. De acordo com a pasta, apesar da coexistência dos dois modelos, gestores municipais têm se mostrado empenhados em ampliar o número de CAPs. “Só no ano em curso, já foram habilitados 42 novos CAPS, 55 Serviços Residenciais Terapêuticos, quatro Unidades de Acolhimento e 159 leitos em hospital geral. Esses serviços foram solicitados por gestores municipais que, a partir de um diagnóstico de situação em saúde, constataram a necessidade de implantar novas modalidades assistenciais”, diz, em nota.
Hoje, o Brasil conta com 2.872 centros desse tipo, com unidades específicas voltadas apenas para crianças e adolescentes, dependentes químicos ou pessoas adultas com distúrbios psiquiátricos. A avaliação de pessoas do alto escalão do ministério é que o atual tamanho da Raps ainda não dá conta de todas as pessoas que precisam do atendimento em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, a coexistência das comunidades terapêuticas seria necessária para não sobrecarregar a rede. Para o próximo ano está prevista a abertura de 200 novos CAPs.
O próprio governo federal mantém uma política dúbia sobre o assunto e, enquanto o Ministério da Saúde se propõe a acabar com tratamentos baseados na internação e no isolamento, o Ministério do Desenvolvimento Social segue investindo em comunidades terapêuticas. Das estimadas 5 mil unidades no Brasil, 602 são financiadas pela pasta.
São 14.982 vagas pagas ao redor do país, e esse número deve aumentar: em agosto, uma portaria assinada pelo ministro Wellington Dias autoriza a ampliação do número nos próximos três anos.
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Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual
O Hospital do Rim, em São Paulo, é líder mundial em transplantes renais. O centro de excelência foi fundado em 1998, pela Fundação Oswaldo Ramos, e completou 25 anos no dia 12 de setembro de 2023. Ao longo desse período, foram feitos mais de 19 mil transplantes, dos quais 90% foram feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).: Desse total, 6% foram feitos em crianças e 15% em pacientes com mais de 60 anos.
— Pessoas de todos os estados brasileiros já foram transplantadas aqui. Recebemos pacientes do Brasil inteiro — conta o nefrologista José Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim e professor da Escola Paulista de Medicina. O hospital é pioneiro na aplicação de conceitos da produção industrial na assistência à saúde, que é a produção em larga escala do procedimento, com a repetição do mesmo processo. Por exemplo, existe a equipe especializada em fazer a coleta do órgão, a especializada em fazer o transplante e assim em diante. Isso permitiu não apenas o alto número de transplantes – cerca de 900 por ano – como uma alta taxa de sucesso.
— Há 25 anos, quando abrimos, a chance de um transplante dar certo depois de um ano era de 77%. Agora, é 92% — pontua Pestana.
Além do aumento na taxa de sucesso, ao desse um quarto de século, houve uma mudança importante no perfil dos doadores. Segundo o diretor, nos primórdios, 70% dos órgãos doados vinham de doadores vivos. Hoje, 80% são de doadores falecidos, o que evita que uma pessoa viva e saudável seja submetida ao procedimento. — Investimos bastante na captação de órgão. Temos uma equipe que trabalha com os hospitais comunitários. Quando há um possível doador, somos notificados, abordamos a família e, se ela autorizar, o órgão é captado. Quando começamos, apenas 20% das famílias autorizavam a doação. Hoje, 70% autorizam. Quanto mais transplante, maior o número de pessoas transplantadas que se beneficiou e isso incentiva ainda mais a doação porque as pessoas passam a conhecer algum desses beneficiários — afirma o médico.
Embora os transplantes sejam o carro-chefe, o hospital também oferece serviços de hemodiálise, hemodinâmica, telessaúde e realiza procedimentos urológicos para ajudar no atendimento de pacientes do sistema público de saúde.:
Ensino e pesquisa O Hospital do Rim também é líder em ensino e referência em pesquisa. Além de receber profissionais e formar profissionais que atuam na África, Europa, Estados Unidos e América Latina, durante a pandemia, foi a instituição que mais publicou artigos científicos sobre Covid no Brasil, com 49 artigos em periódicos internacionais.
Devido ao alto número de transplantes, o hospital participa de toda pesquisa internacional de novas drogas de imunossupressão para evitar rejeição.
— A nossa visão para o futuro é que outras áreas da saúde apliquem esse conceito de produção em larga escala para atender um número maior de pessoas, com qualidade e melhoria sistemática — conclui Pestana.
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MEDICINA S/A
Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla
De acordo com o Ministério da Saúde cerca de 40 mil pessoas vivem com esclerose múltipla atualmente no país. Em todo o mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2,8 milhões de pessoas tenham diagnóstico da doença, uma das principais causas de incapacidade neurológica em jovens. Diante do cenário, a rede Americas acaba de inaugurar um centro voltado para o diagnóstico, acompanhamento, além das terapias medicamentosas para a doença.
Apesar de ser um problema crônico e incurável, há tratamento disponível para o controle dos sintomas, que confere maior qualidade de vida e independência. Felipe da Rocha Schmidt, coordenador do serviço de neurologia dos Hospitais Vitória e Samaritano da Barra da Tijuca, da rede Americas, esclarece que a EM é uma doença inflamatória, imunomediada, em que as próprias células de defesa do organismo atacam o Sistema Nervoso Central (SNC), com o desenvolvimento de lesões cerebrais, em nervo óptico e na medula espinhal.
” O fato do Instituto ser integrado aos Hospitais Vitória e Samaritano Barra também viabiliza o acompanhamento dos casos com necessidade de internação hospitalar, seja para tratamentos mais complexos, como transplante autólogo de células tronco, ou por outras intercorrências médicas”.
O especialista explica, ainda, que a doença pode ser subdividida na forma Remitente- Recorrente, com os ataques frequentes de inflamação no sistema nervoso central (também chamados de “surtos”) com o aparecimento agudo de sintomas neurológicos. Estes, duram dias até semanas com melhora parcial ou total mesmo sem tratamento. “O problema é que com a repetição desses episódios, as sequelas tendem a se acumular”, destaca o especialista. O segundo subtipo é a forma progressiva, caracterizada por apresentação lenta de sintomas no decorrer de meses a anos, com incapacidade ao longo do tempo.
Dados epidemiológicos e perfil
Estima-se que no Brasil entre 40 e 100 mil pessoas possuam o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Sobre o perfil, os estudos indicam que a maior prevalência se concentra nas mulheres jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. “Um dos maiores problemas dessa doença é que afeta uma população jovem, com uma vida inteira pela frente. Pessoas que querem vínculos sociais, sucesso profissional, construir família. Com o diagnóstico precoce e os tratamentos atuais, todos esses planos seguem como possíveis”, destaca o especialista.
E completa “Quanto mais precoce o início do tratamento, maior a chance de sucesso e menores serão as sequelas”.
Causas da doença
Schmidt informa que a causa para a esclerose múltipla não é única, e que diversos fatores genéticos e ambientais podem contribuir. Vários genes já foram descritos como relacionados à doença, mas a ausência deles não garante que uma pessoa não vá ter, e nem a presença deles significa, necessariamente, que vá acontecer. “Não basta ser geneticamente predisposto, há uma série de fatores ambientais como infecções da infância, alimentação, exposição a substâncias, níveis de vitamina D, entre outros, poucos conhecidos, para o desenvolvimento da Esclerose”.
Os baixos níveis de vitamina D, que ocorre mais frequentemente em regiões de pouca exposição solar do hemisfério Norte, por exemplo, estão relacionados a maior risco de desenvolvimento. Outro gatilho que parece ser fundamental é a infecção pelo vírus Epstein Barr (causador da mononucleose), uma vez que quase a totalidade dos pacientes com esclerose múltipla já tiveram contato com o vírus, mas é importante lembrar que mais de 95% da população brasileira adulta já teve contato com o vírus e a imensa maioria não desenvolve a doença. Estão sendo desenvolvidas vacinas contra o vírus Epstein Barr, com o objetivo de reduzir a taxa de infecção e, possivelmente, o desenvolvimento da esclerose múltipla.
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A REDAÇÃO
Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa
Com a chegada das férias escolares, especialistas do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) de Goiás divulgaram esta semana uma série de orientações aos pais e responsáveis para evitar acidentes domésticos neste período em que as crianças passam mais tempo em casa. Segundo a ortopedista pediátrica e gerente médica do Hecad, Ingrid Araújo, é necessário redobrar a atenção a tudo que está no campo de visão da criança.
“As crianças são curiosas e não têm a mesma percepção de perigo dos adultos. Por isso, podem se colocar em situações de risco e os pais precisam ter atenção a tudo o que está na altura do olhar das crianças, porque pode gerar curiosidade e criar a possibilidade de um acidente”, destaca a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes são a principal causa de morte de crianças até os nove anos no Brasil. O Hecad registrou, apenas em 2023, 4.295 atendimentos relacionados a quedas, ferimentos e queimaduras.
“Por isso, nós orientamos os responsáveis a evitar o contato de crianças com objetos pontiagudos e cortantes, mantendo esses utensílios em gavetas e armários mais altos, deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada e com trava quando possível – porque a água pode ser um atrativo para a criança – e utilizar tapetes antiderrapantes na cozinha e no banheiro, onde o piso fica mais escorregadio”, ressalta a especialista.
Prazo de validade
Outro ponto importante é utilizar sempre as bocas de trás do fogão, dificultando o acesso das crianças ao fogo, e manter os cabos das panelas voltados para dentro. “É preciso tomar cuidado também com a utilização de toalhas de mesa, pois as crianças podem puxar e sofrer queimaduras caso tenha algum recipiente com alimentos quentes sobre a mesa ou cortes, em caso de recipientes de vidro, copos e taças”, lembra Ingrid Araújo.
Os especialistas orientam ainda que os pais confiram o prazo de validade e o estado de conservação das telas de proteção de apartamentos, que ficam expostas ao sol e à chuva e podem comprometer a segurança das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os equipamentos de proteção têm validade máxima de três anos. “Outra dica que vale ser lembrada é só permitir o acesso das crianças a ambientes com piscina quando houver a supervisão de um adulto”, afirma o médico.
A chegada das férias e a presença das crianças em casa por maiores períodos de tempo exigem também uma revisão nos locais onde são mantidos produtos de limpeza e medicamentos. “O ideal é que esses produtos estejam fora do alcance das crianças, em locais de difícil acesso. A proteção das tomadas, pontas de mesas e móveis pontiagudos também é uma medida muito válida para evitar acidentes domésticos”, conta o pediatra André Resende.
Pula-Pula
Neste ano, uma criança de seis anos perdeu a vida em um acidente ocorrido dentro de um pula-pula, no dia do seu aniversário. Segundo os especialistas do Hecad, acidentes no brinquedo são muito comuns e os pais precisam estar atentos à capacidade do pula-pula, intensidade das brincadeiras e separação das crianças por idade.
“O pula-pula está sempre presente, seja em reuniões familiares, confraternizações, bares, restaurantes ou festas de aniversário. É muito importante que os pais permitam no máximo três crianças por vez no mesmo brinquedo e que essas crianças sejam da mesma idade e peso semelhante porque elas serão impulsionadas durante a brincadeira”, orienta Ingrid Araújo. “A borda do pula-pula também deve ser coberta, para evitar que o pé da criança fique preso entre os espaços das molas”, diz a ortopedista pediátrica.
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AGÊNCIA BRASIL
Campanha alerta para riscos do glaucoma e importância da prevenção
Nova Notícias
04 de dezembro de 2023
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Entre os dias 7 e 15 de dezembro, quem for aos cinemas de 125 cidades do Brasil assistirá a filme de 29 segundos com alerta sobre os riscos do glaucoma, causa mais comum da cegueira irreversível no mundo. A campanha da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) quer mostrar a importância dos exames preventivos com oftalmologista.
A ideia da campanha nos cinemas é mostrar o que pode se perder ao deixar a doença avançar. “Infelizmente, no glaucoma a perda de visão é definitiva. No cinema, que é uma arte tão querida por todos, onde vemos imagens belíssimas, o paciente com a visão ruim, não consegue aproveitar. Então quisemos chocar as pessoas. Quase 150 mil pessoas serão impactadas por essa ação e o objetivo é informar que existe essa doença e fazer com que as pessoas procurem o oftalmologista para iniciar o tratamento o mais cedo possível”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Roberto Galvão Filho.
Apesar de ser a mais comum causa de cegueira o glaucoma ainda é desconhecido por grande parte da população. Segundo uma pesquisa realizada por oftalmologistas ligados à SBG, com 1.636 indivíduos, 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença. As estimativas da SBG mostram que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença no país.
Segundo a SBG, no mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de indivíduos com deficiência visual moderada a grave devido ao glaucoma. Estima-se que 2040, o número de pessoas com glaucoma em todo o planeta chegará a 114 milhões. De 1% a 2% da população terá a doença. Quando se considera os indivíduos acima dos 70 anos, esse percentual sobe para 6% a 7%.
Os dados do dossiê elaborado pela SBG, indicam que em 2022 foram realizadas 10.805.942 consultas oftalmológicas pelo SUS, em todo o Brasil. Como o SUS atende 76% da população (24% têm cobertura de planos de saúde), o que corresponde a cerca de 163 milhões de brasileiros, o percentual de indivíduos que visitaram o oftalmologista uma vez por ano fica em torno de 6,7%.
“Por isso, os casos no Brasil são descobertos tão tarde. E o glaucoma descoberto tardiamente é mais difícil e mais caro para tratar. É quatro vezes mais caro tratar um glaucoma avançado do que um inicial. Além disso, os pacientes sofrem mais porque os defeitos visuais são irreversíveis. E isso implica em mais acidente de trânsito, mais quedas e mais custo para o estado”, enfatizou Galvão.
Sintomas e tratamento
O glaucoma não tem cura, mas, com diagnóstico precoce, é possível conter o avanço da doença. Por isso, a consulta anual ao oftalmologista é tão importante. A doença afeta a visão das laterais para o centro do olho e por isso o indivíduo não percebe que há algo errado, podendo se dar conta apenas quando até 60% do nervo ótico já estiver destruído. “As pessoas simplesmente não percebem que a visão está sumindo. Elas só percebem quando começam a bater no carro, esbarrar nas pessoas, na lateral de móvel, isso quando o campo visual periférico está danificado”, explicou.
A doença pode atingir pessoas de qualquer idade e normalmente é causada pelo aumento da pressão intraocular, que também passa desapercebida pelo paciente. “O glaucoma não tem sintomas, mas tem sinais. Quando eu vejo o paciente no consultório, um dos primeiros sinais de glaucoma é a pressão intraocular elevada”. Outros aspectos que também podem ser observados em um exame no consultório são defeitos no nervo ótico e no fundo de olho, como aumento da escavação, sangramento e assimetrias de escavação. Ao notar esses sinais, o médico deve pedir exames mais detalhados.
Segundo o médico, o glaucoma não tem um tratamento específico e definitivo, e é muito difícil controlar, mas é possível estacionar a doença e a perda de campo visual. Além da pressão intraocular elevada, são fatores de risco o diabetes, a hipertensão arterial e miopia. Pessoas negras também precisam ficar atentas, pois têm maior predisposição a desenvolver o glaucoma. “Se a pessoa tem um desses fatores de risco presentes, precisa ir ao oftalmologista uma vez ao ano”, disse Galvão.
O presidente da SBG enfatizou ainda que todo o tratamento para o glaucoma está disponível no SUS para pacientes de qualquer localidade do Brasil. “Se prescrito por um médico, o paciente tem a possibilidade de fazer o tratamento no SUS, incluindo desde os colírios que alguns estados até fornecem gratuitamente, até o tratamento com laser e cirurgias”, finalizou.
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SES/GO
Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa
Estoques da Cemac JB e de outras sete unidades são disponibilizados na internet em tempo recorde; prazo máximo para estados cumprirem lei federal vai até fevereiro de 2024
Já está disponível no Portal Expresso o serviço on-line de consulta aos estoques da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) e de outras sete unidades do Governo de Goiás no interior. Trata-se de ferramenta disponibilizada inicialmente no site da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) 15 dias após a publicação da lei federal que torna obrigatória a divulgação dos estoques das farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS).
Goiás é um dos primeiros estados a oferecer a opção, alguns municípios e o Distrito Federal já contavam com sistema semelhante. O serviço on-line do Governo de Goiás permite que o usuário verifique os medicamentos disponíveis de forma totalizada ou por unidade, pelo nome, volume e gramatura. O secretário de Saúde, Sérgio Vencio, destaca que a novidade “evita o deslocamento do usuário até a unidade de atendimento, caso, naquele momento, o medicamento não esteja disponível”, explica.
Sérgio Vencio também ressalta o trabalho integrado das equipes da Cemac JB e da Superintendência de Tecnologia e Inovação que permitiu à SES criar e ativar o sistema. Segundo o diretor-geral da Cemac JB, Roney Pereira, como todos os serviços da central estão informatizados, os dados ficaram disponíveis para consulta ao público em apenas 15 dias, no site da Secretaria de Saúde (www.saude.go.gov.br/estrutura/outras-unidades/cemac-juarezbarbosa) e, agora, no Portal Expresso (https://www.go.gov.br/).
As informações apresentadas no Portal Expresso incluem os estoques das farmácias da Cemac JB, em Goiânia; Regional Pireneus, em Anápolis; e Policlínicas Estaduais de Posse, Formosa, Quirinópolis, Goianésia, São Luís de Montes Belos e cidade de Goiás. O acesso é intuitivo, ou seja, leva o usuário a encontrar facilmente as informações que procura. Ao entrar no Portal Expresso, o primeiro passo é procurar o serviço ‘Estoque de medicamentos’. Em seguida, selecionar ‘Consultar estoque de medicamentos de alto custo’. Por fim, clicar no botão ‘Acessar’.
Caso o usuário não esteja cadastrado na Cemac JB ou em uma das unidades do interior que também fazem a dispensação do medicamento de alto custo, o Portal Expresso oferece o link ‘Solicitar abertura de processo ou alteração e/ou inclusão de medicamentos de alto custo’. E, ainda, ‘Solicitar renovação de processo para Medicamentos de Alto Custo’, se for o caso. As mesmas informações estão disponíveis na seção da Cemac JB no portal da SES-GO.
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Assessoria de Comunicação