Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/01/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Artigo – O equivocado pedido de exames

Com muita frequência nos deparamos com pelo menos três situações em nossos consultórios. Na primeira, o paciente entra e pede ao doutor que solicite uma ressonância magnética para ver o “seu problema” ou para que o médico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) possa aposentá-lo; na segunda, o paciente diz que fez uma ressonância magnética e “deu hérnia de disco na coluna”; na terceira, “vim aqui porque meu advogado quer que o senhor peça uns exames para eu me aposentar”.
Qualquer dessas situações foge completamente da realidade existente entre a relação médico/paciente que aprendi na faculdade de Medicina, que, com a proliferação delas, nem sempre de boa qualidade, tem contribuído para se seguir em frente com essas consultas, procurando atender, sempre mais, com o já ultrapassado modelo remuneratório: “quanto mais atendo mais ganho”. Em muitos países do mundo, como a Inglaterra, os Estados Unidos, a Austrália, o ganho em qualidade vem mudando, ou seja, quanto melhor eu trato, melhor sou remunerado, isto falando em planos de saúde, já que o atendimento particular funciona há anos, basta pagar uma consulta de US$ 250, US$ 300 ou US$ 400 e verificar como a relação médico/paciente muda para melhor. O tempo da consulta aumenta, o doutor se torna mais educado, faz anamnese, exame físico e, se julgar necessário, solicita os exames complementares até a formulação do diagnóstico e do tratamento.
Grande parte deste cenário existe por causa de fatores que devem ser estudados, como a falta de atendimento adequado pela rede pública (quando atende, leva o paciente atendido a dar graças a Deus) e quando você pergunta o nome do médico que o atendeu, a resposta quase sempre é “não sei”, e aí pergunto: “Como não sabe! Você deu sua vida a alguém e não sabe o nome dele?” Outro fator vem do que entendemos por ética, não a ética dos Conselhos de Medicina que, em minha opinião, deveria ser chamada nos dias de hoje de “Normas que norteiam o exercício profissional”, e sim da ética da formação que vem do berço, da casa dos pais, que cresce com o indivíduo, com a qual, aliada a uma boa faculdade, aprende-se a lidar com pessoas humanas e não com um número anotado na ficha, que enche as portas abarrotadas dos consultórios.
A falta de oportunidades de trabalho com boa remuneração leva o indivíduo a achar melhor “se encostar no INSS” e procurar uma aposentadoria, tumultuando o trabalho dos médicos peritos do INSS que vêm sofrendo uma pressão cada dia maior, prejudicando aquelas pessoas que realmente precisam do benefício. Felizmente, nosso País está melhorando economicamente e muitos já não querem atestado, pois ganham melhor trabalhando.
Não poderia deixar de mencionar que em toda profissão existem os bons e maus profissionais, como aqueles da área jurídica, que iludem seus clientes, já fragilizados, com promessas impossíveis na tentativa de levar “algum”.
Portanto, nada substitui o relacionamento humano. Os exames continuam a ser complementares. Não peça exames ao seu médico; peça para ser examinado!

Ricardo Esperidião é médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
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Artigo – Celebrar a vida

Por ocasião da comemoração do dia do médico, e utilizando este espaço, o presidente do Conselho de Medicina de Goiás, dr. Salomão Rodrigues Filho, afirmou que temos três diferentes padrões de medicina no Brasil. A particular, de alta qualidade; a dos convênios, de nível intermediário; e a do SUS, de baixo padrão. Hoje posso dizer, após dois anos de intenso trabalho à frente da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que os pacientes dos hospitais do Estado (Crer, Huana, Hurso, HMI, HDT, Hugo e HGG) são atendidos com qualidade igual ou melhor que qualquer hospital particular do nosso Estado.
A SES-GO não pode dedicar-se apenas à atenção hospitalar. Nossa missão é muito maior que isto. Mas, por lidar com a urgência e emergência e com risco iminente de morte, a área hospitalar é a que mais chama a atenção. Um hospital é uma das empresas mais difíceis de serem administradas. Funciona 24 horas por dia, não escolhe o cliente e tem de estar abastecida e equipada com equipamentos de última geração e profissionais de várias especialidades de dia e de noite, aos finais de semana e feriados. O acidentado que chega gravemente ferido, não pode e não deve ficar dependendo dos trâmites burocráticos dos processos de compras que levam meses.
Por isso, tenho pregado aos quatro cantos que a saúde tem de ser tratada diferentemente de qualquer outra área. A vida não tem preço. Com raras exceções, nossa rede hospitalar é antiga, sem manutenção e muitas vezes com concepção arquitetônica inadequada. Além desta dificuldade, tivemos uma grande surpresa ao assumir o comando da pasta: a morosidade dos processos de compra. Morosidade incompatível com a administração hospitalar.
Optamos por parceria com organizações sociais para administrar os hospitais da rede estadual. Hospitais que atualmente estão em reformas, abastecidos, com manutenção de equipamentos em dia, profissionais com condições de trabalho dignas, clientes satisfeitos e tudo isto, com custos menores para o Estado. Um processo feito absolutamente dentro do arcabouço legal vigente.
No entanto, ainda sofremos muito com a incompreensão de vários setores da nossa sociedade. Alguns por desconhecimento, outros por ideologia política, outros por conservadorismo e alguns até por excesso de zelo na fiscalização das ações do Estado. Tenho o maior respeito pelo posicionamento de cada um deles, e sempre me coloquei à disposição para informações ou debate.
Todavia, é preciso quebrar paradigmas. É preciso, particularmente no caso da saúde, olhar mais para os resultados e menos para os processos, sem perder de vista a legalidade. Em 2013, sairemos enfim da pauta da administração hospitalar para avançar no trabalho de promoção da saúde, este sim, o maior dos desafios, o de evitar os agravos e o adoecimento da população.

Antonio Faleiros Filho é secretário de Estado da Saúde
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SAÚDE BUSINESS WEB
Internações por acidente de trânsito custaram R$ 200 milhões ao SUS
A violência no trânsito reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2011 foram registradas 155 mil internações em todo Brasil relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões. Só no estado de São Paulo, foram realizadas 41.591 hospitalizações nesse ano, o que custou R$ 58,6 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o Ministério da Saúde, esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), nas Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, fisioterapia, dentre outros.
Projeto Vida no Trânsito
O Ministério da Saúde intensificou as ações do projeto Vida no Trânsito. Lançado de forma pioneira em Curitiba (PR), Palmas (TO), Teresina (PI), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (MG), o projeto está, atualmente, implementado em todas as capitais e também em Campinas (SP) e Guarulhos (SP).
No último mês de setembro, o Ministério da Saúde autorizou o repasse de mais R$ 12,8 milhões para os 26 estados e o Distrito Federal aplicarem no Vida no Trânsito. Desse montante, foi destinado o valor de R$ 1 milhão para São Paulo. No total, já foram liberados R$ 27,7 milhões para investimentos no projeto.
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Unimed BH aposta em TI para oferta de trabalho médico
O aumento do acesso da população aos serviços de saúde suplementar frente a uma defasagem da rede assistencial aponta para um maior volume de queixas dos beneficiários com relação ao tempo para marcar consultas e à espera em pronto-atendimento. Paralelo a isso, a Unimed-BH identificou a oportunidade de desenvolver uma plataforma que oferece ao cliente a facilidade de marcação de consultas pela internet.
O sistema promove, em tempo real, o acesso do usuário aos horários disponíveis na agenda dos médicos cooperados, das unidades próprias e das clínicas credenciadas que aderiram ao agendamento online. Hoje, dos 3,5 mil médicos elegíveis para a ferramenta, 1,2 mil já têm agenda disponibilizada no sistema.
“Temos uma média de 40 mil marcações de consultas por mês via web, número considerado impossível no cenário anterior, em que havia um ambiente de insatisfação em relação a uma percepção equivocada quanto à oferta por consulta dos médicos”, revela o diretor de provimento de saúde da Unimed-BH, Luiz Otávio Fernandes de Andrade.
De acordo com o executivo, a mídia e os clientes reclamavam da falta de agenda para determinadas especialidades, fato não comprovado pelo censo de disponibilidade de consultas realizado pela cooperativa. “Ligamos, como clientes ocultos, para 100% dos médicos cooperados e pedimos as disponibilidades e, com isso, percebemos que havia, sim, agenda. O que acontece é que os usuários buscam atendimento por referência ou por ordem alfabética nos guias da Unimed-BH, e ambos são mecanismo errados.”
Com essa conclusão, a cooperativa viu a necessidade de criar a ferramenta online, em parceria com o suporte de informática. O projeto piloto, iniciado em 2010 e com entrada operacional em janeiro de 2011, hoje é considerado um sucesso, principalmente por dar alternativas aos clientes para marcação de consulta para o mesmo dia ou dentro do prazo legal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Atualmente, a Unimed-BH tem 220 mil clientes cadastrados e quase 530 mil consultas marcadas. “O que está ocorrendo é um crescimento consistente dos número de marcação de consultas. Temos um recorde de 2,2 mil agendamentos em um dia; aos domingos são 700 consultas agendadas. A grande maioria dos agendamentos ocorre durante a noite ou de madrugada”, conta Andrade. A ferramenta permite ao cliente escolher médicos por região e tempo de formação, entre outros.“Conforme o número de agendamento via internet aumenta, cresce também a adesão dos profissionais cooperados, que são treinados para usar a ferramenta”, destaca.
Implantação tecnológica
Considerado um projeto 30% de tecnologia e 70% de comunicação e operação, o agendamento online exige o desenvolvimento de uma ferramenta tecnológica moderna, pois envolve sigilo e segurança, por ter a base de dados dos clientes consultada em tempo real.Para Andrade, é preciso pensar e ter infraestrutura de segurança de dados que seja suficientemente para apoiar a operação. “Tão importante quanto isso é a estratégia de implantação de comunicação, porque é preciso mostrar a ferramenta para o médico e tê-lo treinado de forma adequada antes de entrar em contato com o usuário”, avalia.
Oferta de trabalho
A criação e oferta de trabalho médico aos cooperados são considerados os principais benefícios do sistema, já que as agendas que estavam ociosas acabam sendo encontradas e ocupadas pelos usuários. Em segundo lugar está a tranquilidade de garantir acesso e disponibilidade junto ao cliente.
“Isso traz uma percepção de diferencial competitivo muito grande. Do ponto de vista da ANS, estamos aderindo à resolução 259, que estabelece os prazos máximos para oferta de consultas. É uma situação altamente vantajosa para as pontas”, considera.
Outro aspecto, considerado menos perceptivo pelo executivo, é a redução de custos, avaliada em R$ 100 mil por mês. “Reduzimos a necessidade de ter posição de call center a partir do momento que criamos essa ferramenta, o que resultou em uma economia muito significativa.”
De acordo com Andrade, a Federação das Unimeds do Estado de Minas Gerais também adquiriu a ferramenta e a colocou à disposição em todo o Estado. “Em um futuro próximo, todos os clientes terão acesso ao mecanismo de busca de atendimento em toda Minas Gerais”. As Unimeds Vitória e Florianópolis também aderiram ao agendamento online.
A TI e o planejamento estratégico
Os executivos de TI da Unimed-BH são responsáveis por administrar os recursos tecnológicos e garantir a disponibilidade das informações, assim como que as ações de tecnologia estejam alinhadas com os objetivos estratégicos e o planejamento determinado pela cooperativa.
A TI, antes uma gerência na Unimed-BH, hoje é uma superintendência, sendo o segundo escalão da cooperativa, para garantir que haja um alinhamento das estratégias, dos recursos e do planejamento global.“Temos um comitê diretivo do qual fazem parte cinco superintendências, sendo uma de TI, pois entendemos que no setor de serviços a tecnologia é uma ferramenta extremamente importante no modelo de gestão”, conclui Andrade.

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Anvisa deve publicar nova análise sobre uso da sibutramina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve publicar ainda este mês uma nova análise sobre o uso da sibutramina no mercado brasileiro. O órgão deve decidir se mantém a autorização para o uso do medicamento no país.
Em 2011, a agência decidiu banir os emagrecedores à base de anfepramona, femproporex e mazindol, os chamados anfetamínicos. Já a sibutramina permaneceu liberada, mas com restrições. Pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita no momento da compra. Profissionais de saúde também são obrigados a informar à Anvisa problemas apresentados pelos pacientes.
A proposta inicial dos técnicos da agência era banir o medicamento no país, pois estudos internacionais mostram que o uso da substância aumenta os riscos de problemas cardiovasculares e de alterações no sistema nervoso central. Mas, após nove meses de debate, a equipe técnica mudou de posição e, no último relatório, defendeu a permanência do uso e da venda do remédio no Brasil. No prazo de um ano, o órgão voltaria a analisar a manutenção da sibutramina no mercado brasileiro.
De acordo com a Anvisa, a sibutramina ajuda a perder, no mínimo, 2 quilos de massa corporal em um período de quatro semanas. O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo máximo de utilização do remédio é dois anos.
Desde o anúncio da proposta de tirar os emagrecedores do mercado, sociedades médicas se posicionaram contra a ideia. A Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (Abeso) defende que, sem esses medicamentos, pacientes obesos ficam sem possibilidade de tratamento.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação