Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/03/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Taxa de ocupação de UTIs em hospitais particulares é de quase 100%

Quase 100 pessoas estão na fila para conseguir UTI em Goiás

Brasil registra 1.726 mortes por Covid em 24 h e bate mais recordes

Câmara aprova compra de vacina por empresas

Consórcio para compra de vacinas contra Covid chega a 460 adesões; prazo para cidades vai até sexta

Hospitais particulares da capital paulista atingem 100% de ocupação na UTI para covid-19

Pelo Brasil, hidroxicloroquina encalha

OMS faz ‘forte recomendação’ contra uso de hidroxicloroquina na prevenção à covid

Conselho Regional de Medicina mantém críticas a restrições contra Covid-19 no DF, mas diz que houve ‘leitura equivocada’ de nota

Senado aprova MP que prevê 7 dias para Anvisa dar aval a vacinas contra Covid-19

Lira e governadores acertam destinar R$ 14,5 bilhões no Orçamento para a Saúde

Lira: acordo com governadores destina R$ 14,5 bi para saúde

Goiás receberá 76 mil doses da CoronaVac na madrugada desta quarta-feira

Caiado testa negativo para covid-19

Fecomércio-GO e Fieg propõem toque de recolher a partir das 22h

TV ANHANGUERA

Taxa de ocupação de UTIs em hospitais particulares é de quase 100%

https://globoplay.globo.com/v/9314584/

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Quase 100 pessoas estão na fila para conseguir UTI em Goiás

https://globoplay.globo.com/v/9314583/?s=0s

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FOLHA DE S.PAULO

Brasil registra 1.726 mortes por Covid em 24 h e bate mais recordes

Média de óbitos atingiu maior valor pelo quarto dia consecutivo e completa 41 dias acima de 1.000

Phillippe Watanabe

O Brasil registrou 1.726 mortes por Covid-19 nas úítimas 24 horas, o maior número diário devidas perdidas de toda a pandemia. O dado representa também o maior salto em relação ao recorde anterior. Foram 144 mortos a mais nesta terça (2) do que em 25 de fevereiro, apenas cinco dias antes, o ápice mais recente – um avanço de 9,1%.

A vez que isso chegou mais perto de ocorrer foi em 4 de junho do ano passado, quando o recorde registrado, 1.473 mortes, superava o anterior em 124 óbitos.

O país também registrou, pelo quarto dia consecutivo, a maior média móvel de óbitos pela doença: 1.274, e já está há 41 dias acima de mil. O recorde anterior da média móvel era de 1.223.

Esse é um recurso estatístico que busca dar uma visão melhor da evolução da doença ao atenuar números isolados que fujam do padrão. Ela é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

Outro recorde foi registrado no estado de São Paulo, com 468 mortes em um dia. O estado também teve o maior número de internações em UTI por Covid-19 na última semana. O número foi 14,7% maior do que na semana mais grave da pandemia em 2020.

Os dados elevados podem, em parte, ser explicados por atrasos de notificação relativos a domingo (28) e segunda (1º). De toda forma, a última segunda teve o 2 o maior número de mortes em uma segunda durante toda a pandemia.

Os dados do país, coletados até as 2oh, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e Gi para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

O Brasil enfrenta o pior mo mento da pandemia, com situações críticas em todas as regiões do país. A Fiocruz publicou nota técnica nesta terça-feira com um alerta: “Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de Srag [Síndrome Respiratória Aguda Grave], a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais”.

Dez capitais têm UTIs com mais de 90% de ocupação. O sistema de saúde do Rio Grande do Sul já entrou em colapso. Santa Catarina também está em colapso e precisou transferir pacientes para o Espírito Santo (leia mais na pág. B2).

O cenário começou a piorar de forma contínua logo após as festas de fim de ano. Na época, especialistas já alertavam que as reuniões poderíam provocar uma situação grave em 2021.

Como consequência da transmissão descontrolada, passaram a circular variantes com maior potencial de infecção, como a identificada em Manaus, nomeada P.i. Além dela, já foi observada no país avariante B.1.1.7, também com maior potencial de transmissão e identificada inicialmente no Reino Unido – o país faz intenso rastreamento genômico, ao contrário do Brasil.

A situação brasileira parece caminhar na direção oposta de outras nações, que têm visto os números de casos e mortes de Covid-19 caírem a partir de medidas restritivas para conter a circulação do vírus e com o avanço da vacinação.

O consórcio de imprensa também atualizou informações sobre a vacinação contra a Covid-19 ^ 19 estados e do Distrito Federal. O processo de imunização no pais avança lentamente ao mesmo tempo em que a pandemia piora.

Foram aplicados no total 9.273.129 de doses de vacina (7.106.147 da primeira dose e 2.166.982 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.

As vacinas disponíveis no Brasil são a Coronavac, do Butantan e da farmacêutica Sinovac, e a Covishield, imunizante da Fiocruz desenvolvido pela parceria entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca.

O consórcio de veículos de imprensa foi criado em resposta as atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

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Câmara aprova compra de vacina por empresas

Texto prevê que doses sejam integralmente doadas ao SUS enquanto grupos prioritários estiverem sendo imunizados

Danielle Brant

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (1) o projeto que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada, desde que elas sejam autorizadas pela Anvisa e doadas integralmente ao SUS (Sistema Único de Saúde) para uso no Programa Nacional de Imunizações enquanto grupos prioritários estiverem sendo vacinados.

Quando acabar essa etapa, o setor privado poderá comprar, distribuir e administrar vacinas, mas deverá doar pelo menos metade ao SUS. O restante precisa ser utilizado de forma gratuita e não poderá ser comercializado.

O texto-base foi aprovado em votação simbólica, e os deputados rejeitaram sugestões de mudanças ao projeto. A proposta vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

“O nosso objetivo é acelerar a imunização da população brasileira e salvar vidas. Eu, como cidadão, não quero saber se a vacina é federal, estadual ou municipal. O que eu quero é a cura para essa doença e que o país possa avançar, retomar a economia e gerar empregos”, afirmou o relator do texto, o deputado Igor Timo (Podemos-MG). F.le não fez alterações ao projeto do Senado, de autoria do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Segundo o texto aprovado, as vacinas compradas pela iniciativa privada poderão ser aplicadas em qualquer estabelecimento ou serviço de saúde que possua sala para aplicação de injetáveis autorizada pelo serviço de vigilância sanitária local.

As empresas devem fornecer ao Ministério da Saúde informações relativas à compra, incluindo contratos de compra e doação, e à aplicação.

“Depois do veto do Bolsonaro à MP 1003 [de adesão ao consórcio global de vacinas Covax Facility], tirando a possibilidade de aquisição de vacina por estados e municípios, o PL 534 é necessário”, afirmou a deputada Fernanda Melchionna(PSOL-RS).

Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL na Câmara, concorda. “Nós entendemos que é preciso ampliar a compra e a oferta de vacinas num cenário que é o mais grave da pandemia desde o seu início. Esse projeto garante que estados e municípios possam ter autonomia para comprar essas vacinas.

Segundo o texto, durante a emergência declarada por causa da crise sanitária do novo coronavírus, União, estados e municípios podem comprar vacinas e assumir os riscos de responsabilidade civil da aquisição, desde que a Anvisa tenha dado registro ou autorização temporária de uso emergencial.

A compra de vacinas será feita pela União, diz o projeto, mas estados e municípios estão autorizados a fazerem a aquisição de forma suplementar com recursos federais, ou, excepcionalmente, com recursos próprios, em caso de descumprimento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 ou na hipótese de que este não proveja cobertura imunológica suficiente contra a doença.

“Agora Bolsonaro não tem mais desculpa para não comprar as 70 milhões de doses q ue lhes foram oferecidas ano passado. Governadores e prefeitos podem acelerar o que Bolsonaro não faz e o setor privado, se quiser ajudar, não pode vender vacina”, afirmou o deputado Alexandre Padilha (PT-SP).

A votação do texto foi confirmada na manhã desta terça pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após reunião de líderes.

A Câmara aprovou ainda uma medida provisória que libera R$ 2,5 bilhões para permitir a adesão do país ao Covax Facility, apoiada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O texto vai ao Senado. Se não for votado nesta quarta (3), perde a validade.

Trechos da medida provisória que autorizou a adesão ao consórcio foram vetados na segunda (1º) por Bolsonaro.

Um deles era o que obrigava a Anvisa a aprovar em cinco dias 0 uso emergencial de qual quer vacina avalizada por órgãos reguladores estrangeiros.

Ele também retirou da nova lei um parágrafo que dava poderpara que estados e municípios adotassem as medidas necessárias para a imunização das suas populações, caso houvesse “omissão ou coordenação inadequada” de ações de competência do Ministério da Saúde.

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PORTAL G1

Consórcio para compra de vacinas contra Covid chega a 460 adesões; prazo para cidades vai até sexta

Movimento organizado pela Frente Nacional de Prefeitos espera recursos federais para compra de imunizantes, mas não descarta investimento dos municípios.

O consórcio de municípios para a compra de vacinas contra a Covid-19 chegou a 460 adesões nesta terça-feira (2) – no primeiro dia, eram 100 inscritos. Entre os participantes estão 18 capitais, entre elas Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (BH), Manaus (AM) e Curitiba (PR).

As cidades que desejam aderir ao movimento organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) têm até sexta-feira (5) para que os prefeitos e prefeitas manifestem interesse. A previsão é que o consórcio seja constituído, legalmente, até 22 de março para, depois disso, possa comprar os imunizantes.

Como vai funcionar o consórcio:

Recursos

Após a reunião que formalizou o início da consórcio, na segunda (1º), o presidente da FNP, Jonas Donizette, destacou que a primeira opção é a utilização de recursos do governo federal para compra de vacinas, mas transferências de recursos por organismos internacionais, participação da iniciativa privada ou mesmo a compra via cota dos municípios serão discutidas.

“Nós vamos adquirir o maior número possível. A nossa primeira opção é a que nós vamos lutar mais. Temos a palavra do ministro de que não faltaria dinheiro para a compra de vacinas. Se conseguirmos os recursos do governo federal, todas vão para o Programa Nacional de Imunização (PNI). Se não, os municípios que entrarem com cota de participação receberão doses proporcionais ao investimento que fizeram”, disse Donizette.

Questionado sobre o uso de recursos municipais, uma vez que os prefeitos têm reclamado da falta de dinheiro para a assistência aos casos de Covid-19, Jonas Donizette lembrou que o projeto no Senado prevê que, em falha do Programa Nacional de Imunização (PNI), os municípios podem adquirir as doses e receber o reembolso do governo federal.

“Queremos que o governo vá atrás de todas as vacinas. O que não pode são os prefeitos ficarem assistindo de braços cruzados. Superamos o debate se a vacina faz mal ou não. A população quer se vacinar. Em sua ampla maioria, a população sabe que a vacinação é a solução para o problema”, defende Donizette.

“Queremos que o governo vá atrás de todas as vacinas. O que não pode são os prefeitos ficarem assistindo de braços cruzados. Superamos o debate se a vacina faz mal ou não. A população quer se vacinar. Em sua ampla maioria, a população sabe que a vacinação é a solução para o problema”, defende Donizette.

A FNP informa que o consórcio tem interesse em todas as vacinas que não estiverem no escopo do Ministério da Saúde, mas que possuam aprovação para utilização na Anvisa ou em organismos internacionais.

Lista de municípios

Entre os municípios que formalizaram o interesse em participar do consórcio até às 17h desta terça-feira (2) estão 18 capitais e centenas de cidades que, inclusive, não fazem parte da FNP, que abrange os municípios com mais de 80 mil habitantes. Veja a relação abaixo:

Acre

Amazonas

Bahia

Ceará

Espírito Santo

Goiás

Maranhão

Minas Gerais

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Pará

Paraíba

Pernambuco

Piauí

Paraná

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Rondônia

Roraima

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

Sergipe

São Paulo

Tocantins

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AGÊNCIA ESTADO

Hospitais particulares da capital paulista atingem 100% de ocupação na UTI para covid-19

Para evitar superlotação da rede, Prevent Senior decidiu suspender a realização de cirurgias eletivas e consultas presenciais de casos sem gravidade

São Paulo – Pelo menos quatro grandes hospitais privados da capital paulista – Einstein, Oswaldo Cruz, BP e São Camilo, afirmam que atingiram nos últimos dias 100% de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para internados com covid-19. Com isso, já trabalham na abertura de novos leitos. Ao contrário da Prevent Senior que decidiu suspender as cirurgias eletivas para evitar superlotação, as unidades consultadas afirmam que continuam realizando os procedimentos considerados de não emergência.

Covid-19

Covid-19 no Brasil

Consórcio de Veículos de Imprensa

Na semana passada, reportagem do Estadão revelou que a escalada de casos de novo coronavírus, somada às internações de pacientes com doenças crônicas, colocou pressão em hospitais particulares de elite de São Paulo, que já operavam com taxas de ocupação superiores a 90% nos leitos de enfermaria e de UTI, considerando alas covid-19 e para outras doenças.

Com 153 internados por covid-19, na manhã de segunda-feira, 1º, a ocupação total no Hospital Israelita Albert Einstein era de 100% para pacientes com o novo coronavírus e outras enfermidades. Na quinta-feira passada, 24, era de 99%, sendo a principal causa da lotação a realização de cirurgias eletivas que ficaram represadas nos primeiros meses da pandemia e foram retomadas. Mesmo com o cenário preocupante, por enquanto, o Einstein não prevê cancelar os procedimentos eletivos.

Dados divulgados nesta terça-feira, 2, pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz mostram que há 140 pacientes internados com covid-19, sendo 82 em unidade de internação e 58, na UTI. A taxa de ocupação é de 85% e 100%, respectivamente. Já a taxa de ocupação total para pacientes com o novo coronavírus e outras doenças é de 87%. Segundo o hospital, 13 novos leitos em unidade de internação foram abertos para pacientes com covid-19 e 5 novas vagas de UTI para a doença serão abertas ainda em março.

Mesmo diante do avanço de internações pelo novo coronavírus, Antônio Bastos, diretor-executivo médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que as cirurgias eletivas estão mantidas. “Devemos ter em mente que, a despeito da pandemia, temos alta prevalência na população de doenças crônicas não transmissíveis (doenças cardiovasculares, respiratórias, câncer, diabetes e problemas digestivos), além de outras como ortopédicas e neurológicas, que necessitam de tratamento cirúrgico”, avalia.

Segundo ele, o atraso de tratamento pode, por exemplo, mudar o estadiamento de um câncer e implicar um tratamento mais agressivo, com mudança de prognóstico e qualidade de vida para o paciente. “Elaboramos protocolos clínicos, separamos fluxos de atendimento, criamos unidades dedicadas para pacientes não covid, capacitamos os profissionais e disponibilizamos todos os recursos necessários para a realização de cirurgias eletivas com a máxima segurança”, disse Bastos. A instituição acompanha diariamente as tendências da pandemia para adotar ações de forma dinâmica para lidar com o aumento da demanda.

Referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as cirurgias eletivas representam cerca de 40% do volume de internações.

Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o hospital registrou 10% na redução de cirurgias eletivas realizadas em comparação ao mesmo período de 2020. Antes, no início do ano passado, eram feitos, em média, cerca de 500 procedimentos cirúrgicos eletivos por semana.

A Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP) afirma que também registrou na segunda-feira taxa de ocupação de 100% com um total de 97 pacientes com covid-19 internados. Desses, 47 estão em leitos de UTI e 50, em unidades de internação. Na semana passada, a taxa era de 97,87% nas UTIs.

“Nosso sistema de gerenciamento de leitos nos permite fazer rapidamente os ajustes necessários na quantidade destinada para os casos de covid-19, garantindo o atendimento de todos os pacientes, incluindo aqueles que escolhem a BP para cuidar de outras condições de saúde”, afirma Luiz Bettarello, médico e diretor-executivo e de Desenvolvimento Técnico da BP.

Dos mais de 800 leitos existentes, a BP disponibiliza hoje 97 para pacientes com covid-19. Neste momento, as cirurgias eletivas estão sendo realizadas normalmente, com todos os protocolos de segurança.

Com cenário semelhante, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo afirma que na segunda-feira estava com 203 pacientes internados para tratamento de covid-19 em suas três unidades, número que vem sofrendo oscilação. No momento, a taxa de ocupação dos leitos destinados à doença atingiu o nível máximo da rede. “Novos leitos serão disponibilizados ao longo dos próximos dias. A maioria dos pacientes internados apresenta comorbidades e idade média em torno de 55 anos”, afirmou o São Camilo, que mesmo diante do momento atual mantém a realização de cirurgias eletivas.

Considerando as três unidades hospitalares, o Grupo Leforte afirma que está com uma taxa de ocupação de 99% de seus leitos de internação e UTI destinados aos pacientes com covid-19. Segundo a instituição, houve uma queda de 31% nas cirurgias eletivas desde o início da pandemia, em razão das restrições ou mesmo suspensões impostas por autoridades de saúde e pelo receio dos próprios pacientes.

“No entanto, desde o fim de 2020 esse volume vem sendo gradativamente retomado. Hoje, em todas as áreas, esses procedimentos estão sendo realizados normalmente, com a adoção de fluxos e equipes separados e a adoção de rígidos protocolos de segurança”, disse.

No Sírio-Libanês, as eletivas também estão mantidas. A taxa de ocupação total no hospital chegou a 96% na semana passada e a 91% nesta terça-feira. Segundo a unidade, há 170 pacientes internados com suspeita ou confirmação de covid-19, sendo que 49 pacientes estão na UTI. Levando em consideração todas as enfermidades, 497 leitos estão ocupados.

Já a taxa de ocupação dos leitos para pacientes com covid-19 no Hospital 9 de Julho retornou nesta segunda-feira para 85%. Na unidade, além de tratamento para o novo coronavírus, as especialidades mais procuradas são oncologia, urologia, ortopedia, neurologia, gastroenterologia e intervenções em casos de politraumatismo. “Desde o início da pandemia, o Hospital 9 de Julho criou fluxos seguros de atendimento para pacientes com covid, com alas separadas das alas não-covid”, disse, em nota.

Suspensão de cirurgias eletivas

Em contrapartida, para evitar superlotação diante do avanço da covid-19 e surgimento de novas variantes, a Prevent Senior decidiu suspender a realização de cirurgias eletivas e consultas presenciais de casos sem gravidade.

Segundo a maior operadora de saúde voltada ao público da terceira idade, a decisão foi tomada para proteger seus mais de 500 mil beneficiários. “As consultas já agendadas serão realizadas por telemedicina nos mesmos horários e datas, sem prejuízos aos pacientes”, disse a Prevent Senior.

Já outros planos de saúde, segundo a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), estão avaliando com a rede própria de hospitais e rede credenciada a possibilidade de manter os procedimentos médicos considerados de não urgência nem emergência.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde e planos exclusivamente odontológicos, afirma que as operadoras associadas seguem as deliberações do órgão regulador e das autoridades sanitárias, nos níveis federal, estaduais e municipais, em relação a realização ou não de procedimentos eletivos em razão da pandemia do novo coronavírus.

A entidade também diz que tem mantido contato permanente com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para avaliar a situação, inclusive com reuniões e ofícios recentes. “Além disso, cada operadora vem fazendo a gestão de seu sistema, respeitado seu modelo de negócio, de organização de rede de assistência e capacidade de atendimento, de forma a garantir o melhor serviço a seus clientes e responder da forma mais adequada às estratégias de enfrentamento da covid-19 seguidas no País”, acrescentou.

Como associada da FenaSaúde, a Bradesco Saúde afirma que acompanha a posição da entidade representativa do setor.

Já a Amil disse que a autorização para cirurgias eletivas está sendo realizada pela empresa, conforme disponibilidade em sua rede própria e credenciada. “A operadora tem empenhado todos os seus esforços para atender as demandas por esses serviços dentro do prazo regulatório. Seguimos monitorando a evolução do cenário nacional para implementação de novas medidas de resposta à pandemia”, afirmou a operadora de saúde.

Porta-voz e superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que reúne 136 operadoras de saúde com 150 hospitais pelo País, sendo 29 hospitais somente na capital paulista e ABC paulista, Marcos Novais, afirma que a situação está muito crítica e piorando a cada dia. “Fizemos um levantamento de taxa de ocupação em hospitais de operadoras de saúde com rede própria em São Paulo e ABC, com 992 leitos de UTI e 3.577 leitos clínicos. Estamos com ocupação de 89,9% e 89,7%, respectivamente. Números, porém, que mudam a todo momento”, disse.

“Desde o início da pandemia, nunca tínhamos chegado a esse número. E quando falamos em 89%, não significa que sobra ainda 10%. Na gestão hospitalar, significa que não tenho mais leitos vazios, significa que está sendo feita limpeza de alguns leitos e que nas próximas horas serão ocupados”, alertou Novais para a gravidade, pois acima de 85% a situação já é considerada crítica.

Embora o levantamento tenha sido feito com base na ocupação hospitalar de São Paulo, o superintendente executivo da Abramge acrescenta que cenário semelhante já se reflete em outras cidades. “Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba e Goiânia, por exemplo, já estão com dificuldades de leitos hospitalares”, adiantou.

Para o porta-voz da entidade, os indicadores já sinalizam para a recomendação de que as cirurgias eletivas devem ser suspensas. “Não podemos correr o risco de pessoas de cirurgias eletivas serem infectadas por covid-19 ou faltar leito para pacientes com covid-19 ou outras doenças em estado de urgência e emergência”, disse. No entanto, Novais afirma que as operadoras estão analisando isso junto com a rede de atendimento, seja própria ou credenciada.

“Estamos sempre conversando com todos os operadores, avaliando a situação em cada localidade. Neste momento, já temos que fazer gestão da rede para não faltar leitos. Pode ter lugares onde a saúde ainda não está ou já passou desse nível de gravidade. No entanto, eventualmente, algumas cirurgias eletivas precisarão ser reagendadas pelas operadoras e hospitais, levando em consideração a situação de cada paciente. Desta forma, é possível garantir que atendimento a todos os pacientes de emergência, urgência ou com situação agravada, independentemente de covid-19”, explicou superintendente executivo da Abramge, que acredita em um número muito maior de internações em 2021.

Ary Ribeiro, editor do Observatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e CEO do Sabará Hospital Infantil, avalia com cautela o adiamento de eletivas. “Ao longo de toda a pandemia, temos conscientizado a população sobre a importância de manter os cuidados com a saúde. É preocupante vermos que a situação ainda não se normalizou. O adiamento de consultas, exames, cirurgias e procedimentos eletivos coloca a vida das pessoas em risco, além de causar impactos no setor de saúde”, acrescenta.

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Pelo Brasil, hidroxicloroquina encalha

O produto foi doado por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, e pela farmacêutica Sandoz

Aposta do presidente Jair Bolsonaro contra a covid-19, milhões de comprimidos de hidroxicloroquina estão encalhados em armazém do Ministério da Saúde, além de hospitais e municípios em todo o País.

O produto foi doado por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, e pela farmacêutica Sandoz. Embora não haja comprovação científica sobre a eficácia do medicamento, o presidente o tem recomendado como forma de enfrentar a pandemia.

Joinville, em Santa Catarina, recebeu, em setembro de 2020, o maior lote entregue pela gestão Eduardo Pazuello na Saúde: 160 mil comprimidos de hidroxicloroquina – de um total de cerca de 3 milhões de unidades estocadas. Mais de cinco meses depois, apenas 1,26 mil comprimidos foram usados (menos de 0,8% do total) e a prefeitura quer devolver o que resta.

O Ministério da Saúde tem cerca de 2,5 milhões de unidades de hidroxicloroquina encalhadas. Encurralado por investigações sobre omissão na pandemia e pressão por recomendar tratamento ineficaz, Pazuello tem dito que jamais recomendou esses medicamentos. Como revelou o Estadão, esta versão chegou a ser apresentada pelo ministro à Polícia Federal, em depoimento dentro de inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em resposta via Lei de Acesso à Informação, porém, a Saúde reconhece que o uso da hidroxicloroquina tornou-se prioridade ao tratamento da covid-19 a partir do segundo semestre de 2020. Antes, o governo apostou na cloroquina, antimalárico de composição similar. A diferença entre um produto e outro é que enquanto a hidroxicloroquina disponível no País foi doada, no caso da cloroquina o governo turbinou a produção própria, por meio do laboratório do Exército.

O Grupo Hospitalar Conceição, de Porto Alegre (RS), vinculado ao ministério, usou 1,2 mil comprimidos em 4 meses. Tem ainda cerca de 18,3 mil e o diretor do grupo, Cláudio Oliveira, também planeja devolver todo o estoque ao governo federal.

A segunda cidade que mais ganhou a hidroxicloroquina é Lages, também em Santa Catarina. O município recebeu 63 mil comprimidos, em setembro, e 57 mil unidades continuam encalhadas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 20 municípios e hospitais receberam doação de hidroxicloroquina, mas poucos levaram mais de 10 mil unidades. Diferentemente de outras cidades, a também catarinense Pinhalzinho (SC) informou que já usou todos os 3 mil comprimidos doados e pediu novo lote a Pazuello. Outras prefeituras não responderam aos questionamentos da reportagem.

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OMS faz ‘forte recomendação’ contra uso de hidroxicloroquina na prevenção à covid

Um painel de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira, 1º, uma recomendação contrária ao uso da hidroxicloroquina como método de prevenção para a covid-19. Eles dizem que os estudos não mostraram efeitos significativos sobre mortes ou internações e apontaram riscos de efeitos adversos provocados pela substância. 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu o uso do remédio ao longo da pandemia, embora várias pesquisas tenham mostrado que ele não tem eficácia contra o vírus. A nova recomendação é de autoria do Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes (GDG, na sigla em inglês) da OMS. 

Os especialistas dizem que a “forte recomendação” é baseada em evidências de alta certeza obtidas em seis estudos randomizados e controlados com 6 mil participantes. “A evidência de alta certeza mostrou que a hidroxicloroquina não teve efeito significativo em mortes e admissões em hospitais, enquanto evidência de certeza moderada mostrou que a hidroxicloroquina não teve efeito significativo sobre infecções confirmadas em laboratório e provavelmente aumenta o risco de efeitos adversos”, declarou a OMS em nota à imprensa. 

 O grupo, diz a organização, considera que a droga não tem mais prioridade para pesquisa e que os recursos devem ser usados para avaliar outras drogas mais promissoras na prevenção contra o vírus. “Essa diretriz se aplica a todos que não têm covid-19, independentemente da exposição a uma pessoa com a infecção”, reforçou. 

 A recomendação desta segunda é a primeira versão de uma diretriz voltada a medicamentos capazes de prevenir a doença. O objetivo da OMS é promover orientação confiável sobre a gestão da covid e ajudar médicos a tomarem melhores decisões para seus pacientes. A diretriz poderá ser atualizada diante de evidências. Novas recomendações serão acrescentadas no momento em que estudos de relevância se tornarem disponíveis. 

 A cloroquina e a hidroxicloroquina integram orientação oficial emitida pelo Ministério da Saúde no ano passado, com recomendação voltada a casos leves, moderados e graves. Neste ano, um aplicativo da pasta chegou a sugerir os remédios até a bebês, e foi retirado do ar. O Estadão mostrou que as prefeituras que receberam a doação do ministério agora querem devolver os medicamentos sem eficácia.

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O GLOBO

Conselho Regional de Medicina mantém críticas a restrições contra Covid-19 no DF, mas diz que houve ‘leitura equivocada’ de nota

Segundo presidente do CRM-DF, Farid Buitrago, medidas tomadas de forma ‘isolada’ não têm efeito. Entidade publicou nota crítica às restrições na segunda (1º); posicionamento causou polêmica entre conselheiros que desaprovaram ação.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) manteve as críticas contra as medidas de restrição adotadas pelo governo do DF para combater a Covid-19, mas disse que houve uma “leitura equivocada” da nota publicada pela entidade na segunda (1º).

O texto critica o isolamento mais rígido na capital que, desde domingo (28), impede o funcionamento de serviços como bares, restaurantes, shoppings e escolas. A nota causou indignação entre especialistas e dentro do próprio CRM-DF. Houve divergência entre conselheiros, que só foram consultados após a publicação do texto. Parte deles criticou o posicionamento ().

Em entrevista coletiva nesta terça (2), o presidente do CRM-DF, Farid Buitrago, disse que as restrições “tomadas de forma isolada” não têm efeito para impedir a proliferação do novo coronavírus. Ele acusou o governo local de não tomar outras medidas, como preparar a rede de saúde pública para receber mais pacientes e defendeu a vacinação como principal forma de diminuir a gravidade da pandemia.

“Nas condições em que foram publicados os decretos e como medida isolada para evitar a contaminação pela Covid-19, esse tipo de medida é ineficaz”, argumentou.

“As medidas adequadas para diminuir a transmissão do vírus são basicamente o distanciamento social, hábitos de higiene que têm que incorporar no dia-a-dia, evitar aglomerações em festas clandestinas e que devem ser fiscalizadas. E, principalmente, a vacinação.”

“As medidas adequadas para diminuir a transmissão do vírus são basicamente o distanciamento social, hábitos de higiene que têm que incorporar no dia-a-dia, evitar aglomerações em festas clandestinas e que devem ser fiscalizadas. E, principalmente, a vacinação.”

Segundo o presidente do conselho, as restrições impostas pelo GDF não impedem, por exemplo, aglomerações no transporte público. No entanto, questionado se defendia um isolamento ainda mais rígido que o determinado pelo governo local, Farid Buitrago disse que seria uma “medida extrema”.

Polêmica entre conselheiros

Ao G1, dois conselheiros do CRM-DF, na condição de anonimato, contaram que a nota foi elaborada e divulgada apenas pela direção da entidade, sem consentimento dos demais representantes. O procedimento, de acordo com eles, é incomum, já que os pareceres passam por votação.

Os conselheiros decidiram aprovar o texto, na condição de realização da coletiva à imprensa para prestar explicações à comunidade. Ao todo, 21 pessoas fazem parte do conselho da entidade.

“O conselho teve um debate e houve discussões calorosas, de ambas as partes. O que houve foi que a direção fez o caminho inverso do que tradicionalmente é feito”, disse um conselheiro, que preferiu não se identificar.

“O conselho teve um debate e houve discussões calorosas, de ambas as partes. O que houve foi que a direção fez o caminho inverso do que tradicionalmente é feito”, disse um conselheiro, que preferiu não se identificar.

Durante a coletiva, Farid Buitrago disse que a diretoria tem autonomia para emitir posicionamentos como o citado, sem consulta aos conselheiros.

O presidente admitiu que não houve consenso entre todos os participantes e a existência de conflitos em relação ao tema. Mas afirmou que a maioria apoiou o posicionamento.

“Em nenhum momento vai ter consenso, como em nenhum outro lugar vai ter consenso. As palavras que foram expressadas neste momento para vocês foram discutidas e votadas em plenário. Óbvio que não vai ter consenso nunca, mas tem uma maioria de pessoas [de quem] expressando a opinião do CRM neste momento”, disse.

“Em nenhum momento vai ter consenso, como em nenhum outro lugar vai ter consenso. As palavras que foram expressadas neste momento para vocês foram discutidas e votadas em plenário. Óbvio que não vai ter consenso nunca, mas tem uma maioria de pessoas [de quem] expressando a opinião do CRM neste momento”, disse.

Nota polêmica

No sábado (27), decreto do Executivo restringiu parte de atividades não essenciais no Distrito Federal, como comércio, bares e restaurantes, para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. A medida foi chamada de “lockdown” pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

O comunicado do CRM-DF veio na segunda. Na nota, o CRM-DF usa uma frase retirada de contexto para dizer que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o isolamento rígido contra a Covid-19. Na verdade, a OMS defende a medida como uma das formas de combate a momentos de crise causados pelo vírus.

O conselho afirma, sem apresentar dados estatísticos, que as restrições causam aumento na incidência de transtornos mentais e no consumo excessivo de álcool e drogas. Afirma ainda que as medidas levam a prejuízos irremediáveis na economia.

O CRM-DF defende, como ação preventiva eficaz contra a Covid-19, ao invés do isolamento rígido, a realização de campanhas de educação sobre as medidas individuais de higiene, uso de máscaras, distanciamento social, vacinação populacional e ostensiva fiscalização por parte do governo.

Críticas

Após a divulgação da nota, a Sociedade de Infectologia do DF publicou carta aberta dizendo que a área técnica do CRM-DF não foi consultada sobre o posicionamento.

A entidade afirma que “o DF, assim como o restante do Brasil, encontra-se em uma grave crise de saúde pública e tal situação requer máxima expertise, para que as melhores medidas de contenção sejam implementadas, visando assim o benefício da sociedade como um todo”.

Soluções simples ou radicalismos não atendem à necessidade atual”, diz a Sociedade de Infectologia.

Soluções simples ou radicalismos não atendem à necessidade atual”, diz a Sociedade de Infectologia.

Ainda segundo a entidade, “o lockdown já se mostrou, em várias partes do mundo, uma medida útil para controle da transmissão da Covid-19, devendo ser adotado em casos extremos”.

“São lícitos os debates e os questionamentos sobre quais atividades devem, ou não, ser afetadas pelas restrições, bem como a duração desse período. Não é admissível, entretanto, que haja um posicionamento radical, contra a medida de forma geral, como fez o CRM-DF.”

“São lícitos os debates e os questionamentos sobre quais atividades devem, ou não, ser afetadas pelas restrições, bem como a duração desse período. Não é admissível, entretanto, que haja um posicionamento radical, contra a medida de forma geral, como fez o CRM-DF.”

A Faculdade de Medicina da UnB também criticou e demonstrou “profunda preocupação” com a nota do CRM-DF. “A situação é crítica e, como tal, exige intervenção imediata e categórica para diminuir o risco de perda de vidas pela falta de atenção adequada aos casos mais graves de Covid-19 e de evitar mortes por outros agravos prevenindo o colapso do sistema de saúde”, diz o texto.

Segundo a faculdade, “as medidas de restrição preconizadas no decreto do GDF são baseadas em evidências sólidas obtidas em estudos científicos bem desenhados e executados em diversos locais do mundo”.

“Estas medidas reduzem a transmissão do vírus e podem apresentar impacto positivo sobre o comportamento da epidemia, contando com a adesão da população.”

“Estas medidas reduzem a transmissão do vírus e podem apresentar impacto positivo sobre o comportamento da epidemia, contando com a adesão da população.”

“Assim, surpreende-nos sobremaneira a afirmação do CRM-DF ao argumentar contra uma medida destinada a evitar a morte das pessoas afetadas pela doença, em prol de interesses de natureza econômica e alheios ao seu dever de zelar pelo bom exercício da profissão médica. A atitude do CRM-DF tristemente contribui para reduzir a adesão às medidas e certamente terão um preço em vidas ceifadas pela doença”, diz a nota.

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Senado aprova MP que prevê 7 dias para Anvisa dar aval a vacinas contra Covid-19

Texto, que segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, também permite que estados e municípios possam comprar imunizantes

Paulo Cappelli

BRASÍLIA – O Senado aprovou por 73 votos a zero, nesta terça-feira, Medida Provisória que dá prazo de sete dias úteis para que a Anvisa conceda aprovação temporária de vacinas contra a Covid-19. A previsão é para imunizantes que tenham recebido o aval de ao menos uma, das 11 autoridades de saúde estrangeiras abrangidas pela MP. Caso faltem informações, contudo, o prazo pode ser estendido para 30 dias.

O texto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda, Bolsonaro vetou trecho de outra MP que previa prazo de cinco dias para a Anvisa autorizar vacinas, pois agência reguladora alegou que o prazo sera ‘irreal’. Atualmente, o prazo é de 10 dias para que a Anvisa avalie pedidos de registros feitos em regime de “submissão contínua”, quando laboratórios enviam a documentação em parcelas.

Llíder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) afirmou que o texto aprovado nesta terça deverá ser sancionado na íntegra por Bolsonaro.

A Medida Provisória, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, também facilita a compra de vacinas, tendo em vista que acaba com a obrigatoriedade de licitação e estabelece regras mais flexíveis para a aquisição de insumos.

A MP determina que a aplicação de vacinas deve seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e autoriza estados e municípios a comprarem e aplicarem imunizantes, caso a União não adquira doses suficientes para os grupos prioritários previstos.

A medida vai ao encontro do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu aos entes da Federação a compra e distribuição de vacinas.

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AGÊNCIA CÂMARA

Lira e governadores acertam destinar R$ 14,5 bilhões no Orçamento para a Saúde

Um grupo composto por um governador de cada região e representantes do Congresso e do governo vai acompanhar a importação de insumos e a fabricação das vacinas


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) , e os governadores acertaram destinar R$ 14,5 bilhões do Orçamento da União deste ano para a área da Saúde, principalmente o combate à pandemia. Serão R$ 12 bilhões em emendas parlamentares e mais R$ 2,5 bilhões do fundo emergencial de combate à pandemia, anunciado mais cedo por Lira em pronunciamento no início da reunião com os governadores . Segundo explicou o presidente, o fundo será composto do somatório de todas as despesas orçamentárias diluídas, que serão totalizadas numa contabilidade única para o combate à pandemia.

O encontro entre Lira e os gestores estaduais ocorreu na tarde desta terça-feira (2), na residência oficial da Presidência da Câmara. O presidente informou a criação de um grupo composto por um governador de cada região do País e representantes da Câmara, do Senado e do Ministério da Saúde para acompanhar a importação de insumos e a fabricação das vacinas no País. ‘Que esse encaminhamento seja dado com harmonia e calma para que possamos nos unir com uma vacinação mais rápida para todos os brasileiros’, afirmou.

A presidente da Comissão de Orçamento, deputada Flávia Arruda (PL-DF) , destacou que todos os esforços do colegiado serão para ajudar a superar a crise sanitária por que passa o País. ‘É importante esse encontro para que possamos ouvir as demandas e as necessidades de todos os estados para termos um orçamento que abranja e seja eficiente’, disse a parlamentar.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que é o coordenador do fórum dos governadores, afirmou que o grupo de acompanhamento da produção e importação dos imunizantes vai facilitar o diálogo entre os entes federativos. Dias também destacou a promessa do governo de vacinar 50 milhões de brasileiros até o início do mês de maio.

‘Temos essa perspectiva de sair dessa situação de superlotação dos hospitais e desse número elevado de óbitos. E a boa notícia que foi superado o problema que impedia contrato com Pfizer e Janssen. Foi colocado um aceno de baixar a temperatura, e isso é uma tarefa que depende de todos nós, e temos que estar focados no nosso inimigo comum que é o coronavírus’, destacou o governador.

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ISTOÉ

Lira: acordo com governadores destina R$ 14,5 bi para saúde

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (2) um acordo com governadores para destinar R$ 14,5 bilhões do Orçamento da União de 2021 para a área da saúde. Deste total, R$ 12 bilhões serão oriundos de emendas parlamentares e R$ 2,5 bilhões do fundo emergencial de combate à pandemia de covid-19.

Segundo Lira, será criado um grupo com um governador de cada região do país, representantes do Congresso Nacional e do Ministério da Saúde para acompanhar a importação de insumos e a fabricação das vacinas no país.

O coordenador do fórum dos governadores, Wellington Dias (governador do Piauí/PT), ressaltou que há uma promessa do governo federal de vacinar 50 milhões de pessoas até maio.

‘Temos essa perspectiva de sair dessa situação de superlotação dos hospitais e desse número elevado de óbitos. E a boa notícia que foi superado o problema que impedia contrato com Pfizer e Janssen. Foi colocado um aceno de baixar a temperatura, e isso é uma tarefa que depende de todos nós, e temos que estar focados no nosso inimigo comum que é o coronavírus’, afirmou Dias.

Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, destacou que é necessário consolidar um cronograma nacional para vacinas e um orçamento direcionado para assegurar abertura e manutenção de leitos hospitalares.

‘[Há] necessidade de um cronograma mais avançado para as vacinas, orçamento para leitos. O presidente [da Câmara, Arthur Lira] se comprometeu a votar rapidamente os temas relacionados à covid, em relação às medidas provisórias dando prioridade para as votações do Congresso Nacional’, argumentou Casagrande.

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A REDAÇÃO

Goiás receberá 76 mil doses da CoronaVac na madrugada desta quarta-feira

Goiânia – Goiás recebe na madrugada desta quarta-feira (3/3) mais 76 mil doses da vacina CoronaVac, da chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Após desembarque em voo comercial no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia, os imunizantes seguirão para a Central Estadual de Rede de Frio, no Jardim Santo Antônio, na capital.

As doses são destinadas para finalizar a vacinação dos goianos com idade superior a 79 anos, mantendo a determinação do governador Ronaldo Caiado de priorizar a população idosa. Esse quantitativo será utilizado na imunização de 38 mil pessoas, uma vez que a outra metade será reservada para aplicação da segunda dose.

Caso os municípios já tenham imunizado todas as pessoas deste grupo, a orientação é que, gradativamente, reduzam a faixa etária.
Após conferência da quantidade de doses enviadas pelo governo federal, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) inicia, ainda nesta quarta-feira, a distribuição para todas as 18 Regionais de Saúde, que repassarão as vacinas aos municípios.

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Caiado testa negativo para covid-19

Goiânia – O governador Ronaldo Caiado testou negativo para covid-19. A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (2/3), pelas redes sociais. Ele está com infecção urinária e deve permanecer em repouso pelos próximos dias. 

Caiado já havia cancelado a agenda que cumpriria hoje em Brasília porque teve quadro febril durante a noite. Pela manhã, ele informou que faria uma série de exames. “Estou bem, sem maiores complicações”, disse. 

No início desta noite, pelo Twitter, o governador confirmou que não está com covid-19 e sim tomando antibióticos para tratar da infecção. “Como em outras vezes tive esse problema e evoluiu para outras complicações, cancelei minha agenda e ficarei em repouso absoluto”, escreveu, “Agradeço a todos pelas orações”.

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Fecomércio-GO e Fieg propõem toque de recolher a partir das 22h

Goiânia – Um conjunto de propostas de flexibilização das atividades econômicas da região metropolitana a serem adotadas ao final da vigência dos decretos municipais para controle da disseminação da covid-19 foram apresentadas pelos presidentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel. A apresentação foi feita aos prefeitos de Goiânia, Rogério Cruz, e de Aparecida, Gustavo Mendanha, nesta terça-feira (2/3). 

As restrições definidas nos decretos entraram em vigor nesta segunda-feira, 1.º de março, com vigência de 7 dias. As propostas de flexibilização foram listadas em documento assinado pelas entidades e detalhadas por Marcelo Baiocchi e Sandro Mabel durante a reunião no Paço. Entre as propostas estão o toque diário de recolher entre as 22h as 5h; o toque de recolher aos finais de semana, entre as 22h de sábado e as 5h de segunda-feira para todo o segmento do comércio e o funcionamento de shoppings centers das 12h às 20h entre segunda-feira e sábado, com reabertura às segunda-feiras ao meio dia, inclusive as praças de alimentação.

As medidas elaboradas por Fecomércio e Fieg estabelecem ainda o funcionamento da região da Rua 44 entre quarta-feiras e sábados, entre 7h às 15h; e o funcionamento dos bares e restaurantes entre sa segunda-feiras e os sábados até as 22 horas. O toque de recolher aos finais de semana não se aplica às farmácias e unidades de saúde da região metropolitana, mas a proposta das federações prevê a inclusão de supermercados na aplicação da medida. 

As propostas apresentadas incluem ainda previsão de funcionamento das lojas de conveniência dos postos de combustíveis até as 22 horas, proibido a consumo de bebidas e alimentos no local; oermissão para cultos e missas com o máximo de 30% da capacidade, e até as 22h; autorização para funcionamento das feiras livres, seguindo todos os protocolos estabelecidos pelos órgãos de controle; autorização para a utilização de academias e piscinas para prática esportiva em condomínios, com horário marcado e tempo delimitado, observando a ocupação máxima de 30%; funcionamento da construção civil e de sua cadeia de fornecedores, “uma vez que a atividade não gera aglomerações e haverá orientação para protocolos mais rigorosos”.

“O comércio e o setor produtivo industrial são, de forma geral, os maiores geradores de empregos no estado de Goiás, assim como geradores de renda tributária para os municípios. Famílias inteiras dependem do funcionamento das empresas e indústrias”, afirma o documento entregue por Marcelo Baiocchi e Sandro Mabel aos dois prefeitos na manhã desta terça-feira.

“Trouxemos aos prefeitos Rogério Cruz e e Gustavo Mendanha as reinvidicações dos setores industrial e do comércio de bens, serviços e turismo para a reabertura, com muita responsabilidade, das atividades econômicas a partir do dia 8 de março. É uma pauta extensa, que contempla os diversos segmentos”, afirmou Baiocchi após a reunião. “Sabemos que ainda não é o ideal, porque queremos toda a liberdade para o trabalho, mas entendemos a gravidade do momento”, disse o presidente da Fecomércio-GO.

“Foi uma pauta extensa e importante para que, a partir do dia 8, possamos dar sequência ao trabalho. A volta das atividades econômicas depende da responsabilidade de todos nós, na adoção das medidas de prevenção, com uso da máscara facial, respeito ao distanciamento e às medidas de higiene, e, durante o decreto, ficarmos em casa o máximo possível, para que a partir do dia 8, possamos voltar a trabalhar”, disse Mabel. “Os prefeitos mais uma vez alertam para a falta de leitos de internação, tanto na rede pública quanto na rede privada”, disse o presidente da Fieg.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação