Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/04/14


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DIÁRIO DA MANHÃ
Sarampo – Doença cresce 500%
Após surto que se alastrou pelo Nordeste brasileiro mês passado, autoridades alertam: “Todo cuidado é pouco”

A doença teve um crescimento de quase 500% de uma semana para outra em algumas cidades do Nordeste. Ceará e Pernambuco foram as mais prejudicadas e abriram seus postos de vacinação para uma dose complementar da tríplice viral, vacina indicada para controle do sarampo, caxumba e rubéola. Em Goiás, nenhum caso é registrado desde 1999, segundo o departamento de Vigilância Epistemiológica da Secretaria de Saúde de Goiás.
“O ideal é que o Estado conserve uma boa cobertura vacinal, o que corresponde a pelo menos 95% das crianças menores de um ano, vacinadas”, aconselha a enfermeira e coordenadora de eventos adverdsos pós-vacinais e do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), Tânia Cristina Barbosa. Ela explica que as doses da tríplice são ofertadas nos três calendários de vacinação – para crianças, adolescentes e adultos – em qualquer posto de vacinação dos municípios.
Recomendações
De acordo com a enfermeira, os menores de 20 anos devem tomar duas doses. Quando criança, a primeira deve ser aos 12 meses e a segunda no 15º. Neste caso, a vacina se chama Tetra Viral porque é aplicada a combinação da tríplice com a vacina contra varicela.
Para os adolescentes que não foram vacinados na infância é indicada a inoculação de duas doses com intervalo de 30 dias. Já o adulto, se não recebeu na infância, deve tomar apenas uma dose, disponível para todos os menores de 50 anos, segundo Tânia.
Entretanto, a enfermeira explica que em situações de surto, como ocorreu no Nordeste, também é indicada a vacinação para maiores de 50 anos.
Situação
do Estado
Tânia informa que atualmente em Goiás, cerca de 108,24% das crianças menores de um ano são vacinadas. Ela explica que este número extrapola os 100% porque alguns mucípios vacinam pacientes de outras cidades. “Isso geralmente acontece quando a população é subestimada também. Mas o ideal é que todos os municípios consigam oferecer uma cobertura vacinal homogênea, de 95% dos menores de um ano, para que todos tenham acesso gratuito à droga”.
Eventos de massa
O sarampo é uma doença viral transmitida diretamente de pessoa a pessoa por meio das secreções do nariz e da boca expelidas pelo paciente ao tossir, respirar ou falar. A Copa do Mundo se aproxima e surto de doenças infectocontagiosas devem ser tratados com cuidados específicos, de acordo com a coordenadora Tânia.
“Em épocas de eventos de massa como a Copa do Mundo é essencial que grupos específicos recebam uma dose de reforço da vacina. Principalmente taxistas, funcionários da rede hoteleira, restaurantes, profissionais do sexo, ou seja, pessoas que estarão em contato direto com turistas”, esclarece.
Neste momento em que o Nordeste enfrentou um surto de sarampo, quem for se deslocar para as regiões comprometidas também deve checar seus cartões de vacinação e, se necessário, injetar a vacina antes da viagem.
Contraindicações
A vacina contra o sarampo não deve ser administrada em crianças com imunodeficiência congênita ou adquirida; acometidas por neoplasia maligna; em tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (Quimioterapia Antineoplásica, Radioterapia, entre outros).
Casos
O Ministério da Saúde informa que em 2014 foram registrados 190 casos confirmados de sarampo na Região Nordeste e os Estados mais atingidos foram Ceará e Pernambuco. Os casos confirmados atingiram crianças menores de um ano de idade, e segundo o (Programa Nacional de Imunização) PNI, Pernambuco registrou 49% deles e o Ceará 51%. (Com informações da UOL)
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SAÚDE WEB
ANS cria comitê de diálogo entre operadoras e prestadores
Colegiado pretende estabelecer diálogo entre partes, muitas vezes conflituoso, com foco em qualidade dos serviços

Uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicada nesta quinta-feira (3), no Diário Oficial da União, cria o Comitê de Incentivo às Boas Práticas entre Operadoras e Prestadores.
A função do colegiado é estabelecer a manutenção de um diálogo permanente com os agentes de saúde suplementar e a sociedade civil; promover o aprimoramento de indicadores e ações relativos à adoção de boas práticas, tanto pelas operadoras de planos privados quanto por prestadores de serviços de saúde; e desenvolver mecanismos de indução para que os agentes do setor suplementar de assistência à saúde priorizem a qualidade dos serviços prestados.
“Poderão ser criados indicadores que contemplem aspectos relacionados às práticas do setor e influenciam nos resultados da assistência prestada aos consumidores, incentivando um sistema baseado na valorização da qualidade assistencial, bem como poderão ser estabelecidos índices como metodologia de avaliação e monitoramento da adoção de boas práticas, tanto por parte das operadoras de planos privados de assistência à saúde quanto dos prestadores de serviços de saúde”, informou a ANS.
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PORTAL G1/GOIÁS

Médico avalia cirurgia realizada em gêmeos siameses: 'Foi um sucesso'
Operação durou 2h e recolocou expansores de pele que haviam infeccionado.
Previsão é que procedimento de separação ocorra em julho, diz cirurgião.
Sílvio TúlioDo G1 GO
O médico Zacharias Calil fez uma avaliação da cirurgia pela qual foram submetidos nesta quarta-feira (2) os gêmeos siameses Arthur e Heitor, de 4 anos, no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. De acordo com ele, o procedimento, que durou cerca de duas horas e foi acompanhado por dez profissionais, correu dentro do esperado. "A cirurgia foi um sucesso, sem nenhuma intercorrência", disse Calil aoG1.
Unidos pelo tórax, abdômen e bacia, os gêmeos foram operados para a recolocação de dois dos oito expansores que haviam infeccionado, um no tórax e outro na terceira perna que ambos dividem. Os dois seguem internados no HMI e a previsão é de que, se tudo correr bem, eles recebam alta médica até a próxima sexta-feira (4).
"Agora é necessário aguardar cerca de 30 dias para verificar se não vai haver rejeição novamente. Por enquanto, eles podem continuar a vida normalmente, assim como faziam antes da operação, tomando apenas os cuidados básicos com alimentação, repouso e medicamentos", explica.
De acordo com o médico, se recuperação ocorrer dentro do programado, a previsão é que a cirurgia definitiva de separação ocorra em julho. Calil salienta que como eles dividem vários órgãos e já tem uma idade considerada avançada para o procedimento, o cuidado deve ser redobrado.
"Geralmente, fazemos essa operação em crianças até um ano de idade. Mas é necessário que os pacientes tenham todas as condições necessárias para fazer a cirurgia, senão a probabilidade de insucesso é de 100%. O risco é muito alto e apesar de conhecermos o organismo deles, pode haver surpresas. É imprevisível", afirma.
O cirurgião explicou como funcionam os expansores. Segundo ele, são balões de silicone colocados vazios embaixo da pele. Os objetos possuem uma válvula, onde é injetada uma solução fisiológica para inflá-lo e esticar a pele.
"Pense em uma grávida. À medida que a barriga vai crescendo, vai aumentando a camada de pele. No caso dos expansores é a mesma coisa. Eles esticam a pele, que será usada para cobrir o corte feito na operação. Antes da cirurgia definitiva eles são retirados”, detalha.
Tratamento
Arthur e Heitor nasceram em abril de 2009, no Hospital Materno Infantil (HMI), unidade referência no acompanhamento de siameses, em Goiânia. A família é de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia. A mãe, Eliana Ledo Rocha dos Santos, de 37 anos, conta que praticamente mora na capital. "A nossa casa [na cidade baiana] virou local de passear".
Eliana procurou ajuda HMI antes mesmo do nascimento dos filhos. "Quando eu descobri que eles eram siameses, procurei na internet algum caso semelhante ao meu e li sobre a equipe do doutor Zacarias Calil. Vim para Goiânia grávida, eles nasceram no HMI", relata.
A mãe, que deixou o emprego de professora para cuidar das crianças, se orgulha de ter alfabetizado os filhos: "Eles já sabem ler e escrevem algumas palavras". Eliana conta que eles são alegres, brincalhões e adoram jogar no computador.
Apesar da gravidade da cirurgia, Eliana diz estar confiante e tranquila. "Eles falam que querem se separar. Entram muito em conflito em relação ao que querem ver na TV, ao lugar que querem ir. Esse desejo deles me tranquiliza e deixa mais confiante", afirma.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação