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DIÁRIO DA MANHÃ
Médicos contra estrangeiros
O Brasil inteiro terá nas ruas o manifesto da cor branca dos jalecos de profissionais da saúde e educação, pelo Brasil, hoje
ANTÉRO SÓTER
O Gigante realmente acordou e, ao que parece, não quer retornar ao berço esplêndido. As manifestações continuam a acontecer por todas as unidades da Federação, até mesmo em pequenos municípios, como em Pimenteiras, uma pequena cidade rondoniense às margens do Rio Guaporé com pouco mais de 2.300 habitantes. Todas as classes sociais e profissionais aderiram à onda de protesto cobrando desde redução dos preços de passagens no transporte coletivo urbano a não aprovação da PEC-37 e pela reforma política no País.
Hoje, as manifestações, que há duas semanas mobilizam o Brasil, terão uma cor principal: o branco dos jalecos. Médicos, professores, residentes e estudantes de medicina, juntamente com toda a sociedade estarão participando de protestos contra o baixo investimento do governo brasileiro na saúde pública, em oposição à “importação de médicos estrangeiros” sem a revalidação de diplomas, pela adoção de medidas que permitam o exercício da medicina e a qualificação da assistência e pela sanção, sem vetos, do Ato Médico.
Os médicos goianos também estarão, hoje, em passeata pelas principais vias de Goiânia. Vestindo roupas brancas, os goianos se reunirão às 15h30 na porta do Conselho Regional de Medicina (Cremego), no Setor Bueno e seguirão em passeata pelas avenidas T-7, Assis Chateaubriand, República do Líbano e Anhanguera até o Hospital Geral de Goiânia (HGG) Dr. Alberto Rassi, no Setor Oeste. O protesto deve reunir médicos, acadêmicos de medicina, diretores das entidades médicas e pessoas que apoiam as reivindicações da classe médica. A organização, no Estado, é do Cremego, Associação Médica de Goiás (AMG) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego).
A decisão de realizar a passeata foi aprovada na última quarta-feira (26), durante reunião do Comitê das Entidades Médicas de Goiás (Cemeg), formado pelo Cremego, AMG e Simego. Participaram da reunião, diretores das entidades e médicos das redes pública e privada.
O presidente do Cremego, médico Salomão Rodrigues Filho, garante que a entidade não tem idéia de quantos médicos estrangeiros seriam escalados pelo Ministério da Saúde para trabalhar em Goiás. Segundo ele, “o Governo Federal não diz coisa com coisa e tem variado muito quanto ao número de profissionais viriam para o Brasil. No início falaram em seis mil, depois em três mil e agora ninguém sabe. Já se falou, inclusive, que não seriam apenas cubanos, no entanto agora só falam neles. Ora, no Brasil um médico passa seis anos em uma faculdade e, depois de formado, mais três em residência médica e se desejar fazer alguma especialização, tem que ficar outro longo tempo, enquanto que lá (Cuba) eles se formam com três anos de faculdade e já estão no mercado de trabalho”, diz ele.
Cada local, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), terá uma forma específica de mobilização (veja quadro nesta página), mas, no geral, os médicos farão atos públicos e passeatas, além de assembleias. O protesto, que inclui a suspensão do atendimento eletivo na rede pública em alguns municípios, não afetará os atendimentos de urgência e emergência. A organização das atividades está a cargo das entidades médicas regionais. O CFM, a Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) apoiam o movimento.
Os organizadores pretendem mostrar, de forma pacífica, os pleitos da categoria. As entidades argumentam que as medidas anunciadas recentemente pelo governo são inócuas e paliativas, pois não oferecem soluções de longo prazo. Também mostram que o principal problema, o baixo investimento estatal em Saúde, continuará sem solução. No Brasil, o Estado responde por 44% dos gastos em Saúde, quando em países com sistemas universais como o brasileiro, esse gasto gira em torno de 80%.
Veja como será a mobilização nos estados:
Goiás
Às 15h30, haverá, em Goiânia, concentração na sede do Cremego (Rua T-27, nº 148, Setor Bueno – entrada de eventos). Em seguida, o grupo sairá em passeata pelas ruas de Goiânia.
Acre
Em Rio Branco haverá, às 16h, concentração em frente à Assembleia Legislativa do Estado. De lá, os médicos e estudantes sairão em caminhada pelo centro da cidade. O protesto, que inclui a suspensão do atendimento eletivo na rede pública por até 24 horas, não afetará os atendimentos de urgência e emergência.
Amazonas
Em Manaus, as lideranças médicas concederão entrevista coletiva à imprensa, às 14 horas, na sede do CRM-AM. A partir das 15h, médicos e estudantes realizarão um ato público no Largo São Sebastião, no centro da capital.
Alagoas
As atividades, em Maceió, começarão às 7h30, com oficina de cartazes e faixas na sede do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal). Em seguida, às 8h, haverá concentração na sede do Cremal, seguida de coletiva de imprensa. O ato público, na frente da entidade, começará às 9h. Os manifestantes seguirão em caminhada pela Avenida Fernandes Lima até a Praça dos Martírios.
Amapá
A concentração, em Macapá, será a partir das 9h em frente ao CRM-AP (na Av. Feliciano Coelho, 1060, no Bairro do Trem). No local, serão distribuídos panfletos com as reivindicações.
Bahia
Médicos e estudantes (vestidos de jalecos brancos) se concentrarão, às 15h, no Campo Grande. De lá, sairão em caminhada até a Praça Castro Alves.
Ceará
A partir das 9h, médicos e estudantes (vestidos de jalecos brancos) se concentrarão na Assembleia Legislativa do Estado, em Fortaleza. Às 15h30, os manifestantes se reunirão em frente Palácio da Abolição e, em seguida, caminharão até o Jardim Japonês, na Avenida Beira-Mar.
Distrito Federal
Em Brasília, a concentração será a partir das 17h, em frente ao Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios. Em seguida, os manifestantes seguirão até o Palácio do Planalto.
Espírito Santo
Em Vitória, a partir das 9h, haverá uma visita das entidades médicas estaduais ao Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam). Às 17h, após coletiva de imprensa, haverá concentração dos médicos, Centros Acadêmicos e Estudantes de Medicina na sede do CRM-ES.
Maranhão
Em São Luís, a concentração será na Praça Deodoro, às 9h. De lá, médicos e estudantes sairão em caminhada pelo centro da cidade até a Praça João Lisboa.
Mato Grosso
Em Cuiabá, o protesto deve iniciar ao meio dia, com a paralisação de todo atendimento eletivo. A partir das 14h haverá uma concentração em frente à sede do CRM-MT. Em seguida, os manifestantes irão até a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, concluindo a manifestação na Assembleia Legislativa.
Mato Grosso do Sul
Às 8h haverá, em Campo Grande, uma coletiva de imprensa, na sede do Sinmed-MS. Em seguida, às 9h, será protocolado documento nas sedes do governo do Estado, da prefeitura de Campo Grande e no Ministério Público mostrando as razões e reivindicações da classe médica. A partir das 16h, será realizada uma manifestação em frente ao prédio da representação do Ministério da Saúde em Mato Grosso (Rua Jornalista Belizário Lima).
Minas Gerais
Na capital mineira, a concentração começará às 16h, em frente à sede do CRMMG (Avenida Afonso Pena, 1500 – Centro, Belo Horizonte). Os manifestantes farão uma marcha pela área hospitalar. Às 19h, haverá uma assembleia na sede da Associação Médica de Minas Gerais (Avenida João Pinheiro, 161 – Centro).
Pará
Haverá, a partir das 8h, concentração em frente à Santa Casa de Misericórdia, em Belém. De lá, o grupo seguirá em caminhada, passando em frente ao PSM e ao Centro Integrado de Governo. O ato terminará diante da Secretaria Estadual de Saúde.
Paraíba
Em João Pessoa, a concentração do protesto será em frente à sede do CRM-PB (Av. Dom Pedro II, 1335 – Centro), a partir de 9h.
Paraná
Em Curitiba, haverá passeata. A concentração será na Boca Maldita, a partir de 10h. De lá, o grupo seguirá em caminhada pela Rua das Flores até a Praça Santos Andrade (em frente à Universidade Federal do Paraná).
Pernambuco
As atividades começarão em Recife, a partir das10h, com uma coletiva de imprensa das entidades médicas. Às 14h, haverá uma concentração na Praça do Derby. Na ocasião, médicos doarão sangue para o Hemope, no Memorial da Medicina. Às 16h, os médicos farão caminhada pela Avenida Agamenon Magalhães (sentido HR), passando pelo Parque Amorim e retornando pela Agamenon Magalhães para a Praça do Derby.
Piauí
Em Teresina, a concentração em frente à sede do Conselho Regional de Medicina do Piauí (Rua Goiás, Bairro Ilhotas) começará às 8h. De lá, os manifestantes partirão em caminhada pelos principais hospitais públicos e privados da cidade, retornando ao CRM-PI, onde acontecerá uma assembleia geral.
Rio de Janeiro
Os médicos cariocas farão, a partir das 10h, uma concentração na Cinelândia, onde será realizado ato público.
Rio Grande do Norte
A partir das 10h haverá uma concentração em frente à sede da Associação Médica (Avenida Hermes da Fonseca – Tirol). De lá, os manifestantes seguirão até Hospital Walfredo Gurgel. Às 19h, está marcada uma assembleia no auditório do Sinmed-RN.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, a concentração, a partir das16h, será em frente ao Hospital Beneficência Portuguesa. De lá, os manifestantes seguirão até o Palácio Piratini.
Rondônia
Concentração, a partir das 10h, em frente à sede do Conselho Regional de Medicina de Rondônia, em Porto Velho. Ontem, aconteceu uma assembleia no Sindicato dos Médicos.
Roraima
Às 18h haverá concentração dos médicos em frente ao Portal do Milênio, em Boa Vista.
Santa Catarina
A concentração, a partir das 10h, será na Esquina Democrática, no centro de Florianópolis (entre as ruas Felipe Schmidt e Trajano).
São Paulo
O ponto de encontro da manifestação, a partir das 16h, será na Associação Médica Brasileira (AMB), na Rua São Carlos do Pinhal, 324. De lá, os manifestantes sairão em passeata rumo ao gabinete de representação da presidência da República, na Avenida Paulista, 2163.
Sergipe
Em Aracaju, as atividades começarão às 8h, com uma entrevista coletiva dos presidentes das entidades médicas locais (Somese, Cremese, Sindimed e Academia). Às 9h, haverá concentração dos médicos na sede do Cremese, seguida de caminhada até a Secretaria Estadual de Saúde.
Tocantins
As atividades começarão às 8h com um abraço simbólico do Hospital Geral de Palmas. Na sequência, está prevista caminhada até a Praça dos Girassóis. Com: AsCom/CFM/Cremego)
JORNAL OPÇÃO
Médicos de todo o país saem às ruas nesta quarta-feira contra importação de profissionais
Concentração em Goiânia está marcada para as 15h30 em frente ao Cremego. Ponto final é o HGG
Ketllyn Fernandes
A proposta de importação de médicos estrangeiros para atuar no interior do país anunciada pelo governo federal e reforçada pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante pronunciamento oficial no último dia 21, após protestos serem realizados em mais de 300 cidades, é alvo de manifestação nacional da categoria nesta quarta-feira (3/7). O ato é em defesa da saúde pública e pela sanção do Ato Médico.
Médicos e acadêmicos de medicina de todo o Brasil pretendem tomar as ruas em prol de que profissionais de outros países passem pelo devido teste de revalidação do diploma, o chamado Revalida, implantado em 2011 e pelo qual, pela proposta do governo federal, médicos estrangeiros poderão atuar no Brasil por um período de três anos. Além de profissionais de Cuba, também devem ser importados médicos espanhóis e portugueses.
A concentração em Goiânia está agendada para as 15h30 em frente ao Conselho Regional de Medicina (Cremego), no Setor Bueno. Vestidos de branco os médicos sairão em passeata até o Hospital Geral de Goiânia (HGG), no Setor Oeste, passando antes pelas avenidas T-7, Assis Chateaubriand, República do Líbano e Anhanguera.
O ato é organizado pelo Cremego, pela Associação Médica de Goiás (AMG) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego).
Posicionamentos
Em entrevista recente ao Opção Online, o presidente do Cremego, Dr. Salomão Rodrigues Filho, classificou a proposta como “equivocada”. “Trazer seis mil médicos de Cuba não resolve os problemas, mas cria outros”, disse, referindo-se à qualidade do ensino do curso de medicina oferecido naquele país. Já o presidente da AMG, Dr. Rui Gilberto Ferreira, também procurado pela reportagem recentemente, classificou a proposta como sendo “ilegal, autoritária e irresponsável.”
Diante do debate que se formou em torno do tema e com outra perspectiva, o deputado Mauro Rubem (PT) firmou em entrevista também ao Opção Online que entende a vinda de médicos estrangeiros – Cuba, Bolívia, Espanha e Portugal – como uma necessidade que o mercado tem. Segundo ele, no Brasil, a estatística de médico por habitante é a menor da América Latina. “O país não pode ser fechado. Se precisamos de médicos, ele [governo federal] precisa resolver essa situação.”
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O HOJE
Médicos fazem passeata nesta quarta-feira, dia 3
Amanhã, 3 de julho, os médicos goianos farão uma passeata contra a importação de médicos sem a revalidação dos diplomas, em defesa da saúde pública e pela sanção sem vetos do Ato Médico
Assessoria
Nesta quarta-feira, 3 de julho, médicos de todo o País vão protestar contra a importação irregular de médicos, em defesa da saúde pública e da sanção sem vetos do Ato Médico. Os protestos acontecerão simultaneamente em todos os Estados.
Em Goiás, não haverá greve, mas os médicos farão uma passeata saindo, às 15h30, da porta do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) – Rua T-27, número 148, Setor Bueno (entrada de eventos). O protesto deve reunir médicos, acadêmicos de medicina, diretores das entidades médicas e pessoas que apoiam as reivindicações da classe médica.
Vestindo branco, com faixas e cartazes, o grupo sairá da sede do Cremego, no Setor Bueno, e seguirá pelas Avenidas T-7, Assis Chateaubriand, República do Líbano e Anhanguera até o Hospital Geral de Goiânia (HGG) Dr. Alberto Rassi, no Setor Oeste.
A realização desta passeata foi aprovada na última quarta-feira, na reunião do Comitê das Entidades Médicas de Goiás (Cemeg), formado pelo Cremego, Associação Médica de Goiás (AMG) e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego). Participaram da reunião, diretores das entidades e médicos das redes pública e privada.
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Promotora aciona secretário de Saúde e OSs por improbidade
Antônio Faleiros, Idtech, Iges, ISG e IGH teriam cometido quatro crimes na transição em quatro hospitais
A promotora Marlene Nunes Freitas Bueno propôs, na segunda-feira (1º), ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, quatro Organizações Sociais (OSs) e seus diretores. De acordo com a acusação da promotora, Faleiros e as OSs Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), Instituto de Gestão em Saúde (Iges), Instituto Sócrates Guanaes (ISG) e Instituto de Gestão e Humanização (IGH) teriam cometido quatro crimes na transição da administração de quatro hospitais estaduais.
Os crimes listados na ação são terceirização ilícita de mão de obra, descumprimento, por Faleiros, de determinação do Conselho Estadual de Investimentos, Parcerias e Desestatização (Cipad), violação aos princípios da legalidade, da dignidade da pessoa humana e da eficiência. De acordo com pedido feito pela promotora à Justiça, não houve planejamento prévio por parte do secretário de Saúde e estudo para observar a necessidade de contratação de mão de obra pelas OSs no Hospital Geral de Goiânia (HGG), gerido pelo Idtech, Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), administrado pelo Iges, Hospital de Doenças Tropicais (HDT), com o ISG, e Hospital Materno Infantil (HMI), sob controle do IGH.
Na ação, Marlene acusa o secretário de violar “a literalidade do artigo 45 do Estatuto dos Servidores Públicos”, já que teria deixado de “motivar cada uma das remoções” de funcionários estaduais da Saúde que estavam lotados nas unidades que passaram para a gerência das OSs. A promotora inclui na proposta de improbidade administrativa o fato de que os servidores têm sido vítimas de situações “humilhantes” e vexatórias”, como a remoção sem aviso prévio ou a proibição de trabalharem, com corte do ponto.
Marlene colheu relatos de profissionais estaduais que teria sido impostos a situações de “sofrimento moral decorrente de ameaças e outras formas de constrangimento, para forçá-los a sair das unidades de saúde”.
O fato foi divulgado pelo O HOJE no dia 18 de maio, quando o MP ainda investigava as denúncias. Na época, tanto a Secretaria Estadual de Saúde quanto representantes das Oss afirmaram que toda mudança no quadro efetivo de funcionários já estava prevista em contrato previamente assinado.
Ação estipula pedidos de indenização a servidores
O pedido de intervenções feitas por sindicatos, conselhos de regulação profissional e até o Conselho Estadual de Saúde pedem explicações sobre os problemas enfrentados pelos servidores para trabalhar e conseguir uma nova unidade para continuar a prestar serviços à Secretaria Estadual de Saúde. A Promotoria de Saúde do Trabalhador (68ª Promotoria de Goiânia) também foi acionada e determinou que o secretário Antônio Faleiros agisse dentro da legalidade no processo de remoção.
Pelo mal-estar que teria sido causado a servidores, tanto de ordem psicológica e física, relatados pela promotora Marlene Nunes, foi incluído pedido de indenização por danos morais difusos e coletivos, caso os acusados sejam condenados, com valor não inferior a R$ 500 mil. “Do valor fixado, 50% deverá ser revertido ao Estado de Goiás e 50% ao fundo de que trata o artigo 13 da Lei 7.347/85.”
As sanções previstas na ação, no caso de condenação, são o ressarcimento integral do dano possivelmente causado, a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, o pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração recebida pelo agente e a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de três anos.
Na tarde e na noite de ontem, a reportagem tentou contato no telefone celular do secretário de Saúde, Antônio Faleiros, e diretamente com a assessoria da pasta. No entanto, não obteve resposta até o fechamento desta edição. (Augusto Diniz com informações do MP-GO)
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SAÚDE BUSINESS WEB
Protesto contra importação mobilizará médicos de 26 capitais
Na quarta-feira (3), médicos, professores, residentes e estudantes de medicina promoverão uma série de protestos no País contra o que consideram baixos investimentos do governo federal na saúde pública e contra a chamada “importação” de médicos estrangeiros sem revalidação de diplomas. Segundo informado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a mobilização está programada em pelo menos 26 capitais.
Cada local terá uma forma específica de mobilização, mas no geral serão feitos atos públicos e passeatas, além de assembleias. O protesto, que inclui a suspensão do atendimento eletivo na rede pública em alguns municípios, não afetará os atendimentos de urgência e emergência. A organização das atividades está a cargo das entidades médicas regionais, incluindo CFM, Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
As entidades argumentam que as medidas anunciadas recentemente pelo governo são paliativas e não oferecem soluções de longo prazo. Alegam que o principal problema, o baixo investimento estatal em saúde, continuará sem solução.
Em Brasília, a concentração começa às 17h em frente ao Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios. Os manifestantes pretendem seguir até o Palácio do Planalto. No Rio de Janeiro a concentração na Cinelândia a partir das 10h, onde será realizado ato público.
O ponto de encontro da manifestação em São Paulo é a Associação Médica Brasileira (AMB) a partir das a partir das 16h. Os manifestantes devem sair em passeata rumo ao gabinete de representação da presidência da República, na Avenida Paulista.
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O POPULAR
Coluna Giro
Protesto – Às 15h30, médicos e estudantes de medicina farão passeata em Goiânia contra a proposta do governo de “importar” médicos.
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Saúde
Médicos fazem protestos hoje em todo o país
Médicos de todo o país farão hoje (3) atos públicos para protestar, principalmente, contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem a revalidação do diploma pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida. Os estados do Acre, Amapá, de Sergipe e o Distrito Federal vão paralisar o atendimento ambulatorial durante todo o dia. Em Minas Gerais, haverá suspensão das consultas na hora da manifestação. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, Mato Grosso também deve suspender o atendimento.
As entidades deixam claro que os atendimentos de urgência e emergência funcionarão normalmente. Segundo a categoria, o baixo investimento do governo na saúde pública é o principal problema do setor. Para os médicos, o país tem número suficiente de profissionais para suprir a demanda, e se houvesse uma estruturação das unidades de saúde e a criação de uma carreira, os vazios assistenciais seriam preenchidos.
O Ministério da Saúde anunciou, no dia 25 de junho, que criará 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) até 2015. De acordo com a pasta, serão contratados profissionais que se formaram no exterior para ocupar os postos que não forem preenchidos por médicos com diplomas brasileiros.
O plano do governo é criar programas de autorização especial para que os profissionais que se formaram fora do país só possam atuar na atenção básica, nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades. Caso sejam aprovados no Revalida, esses médicos terão liberdade de trabalhar em qualquer lugar do país.
Alguns conselhos regionais de Medicina, como os do Rio de Janeiro e de Goiás, adiantaram que não vão registrar médicos que não forem aprovados no Revalida.
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Saúde
Federação contesta números da Saúde sobre médicos
A Federação Goiana de Municípios (FGM) rebateu ontem informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) quanto ao número de médicos com residência fixa nos municípios goianos. Na edição de segunda-feira, O POPULAR mostrou que 68 municípios não têm médicos que se enquadrem neste aspecto, conforme levantamento da SES e seguindo parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em nota, a federação afirma que “a situação não ocorre exatamente da forma apontada na reportagem, cuja fonte de informações apresenta diversos equívocos”. Em seguida, lista as cidades de Panamá, Ivolândia, Castelândia, Campinaçu, Caturai, São Luiz do Norte e Matrinchã como tendo médicos. Na relação da SES, estas cidades aparecem como não tendo nenhum médico residente.
A entidade ainda acusa os médicos de exigirem salário de até R$ 30 mil para morarem nas cidades e afirma que, lembrando citação do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), os profissionais não querem ficar longe dos “centros de capacitação”.
A entidade justifica os contratos precários denunciados pelos médicos como consequência das exigências feitas pelos profissionais. “O teto salarial do município, por exigência legal, é o subsídio percebido pelo prefeito e que é normalmente bem inferior aos valores exigidos pelos médicos.”
“O certo, porém, é que os municípios são todos eles assistidos pelo Programa Saúde da Família – PSF, cujas equipes são compostas pelo menos por médico, enfermeiro e técnico em enfermagem, e que asseguram o atendimento da população”, completa a nota.
A prefeitura de Bela Vista diz possuir em seu quadro 41 médicos para 24 mil moradores, mas admite que apenas 8 moram na cidade, o que bate com a informação da tabela. Entretanto, questiona a obrigação de o médico ter de residir no município. “Por estarmos próximos à Goiânia, a maioria dos médicos optam por morar na capital”, diz a nota. Ontem, a prefeitura de Faina também procurou o jornal para informar que a cidade com 4 médicos para 7 mil habitantes.
INTERIORIZAÇÃO
A assessoria da SES encaminhou nota ontem ao POPULAR informando que os números publicados pela reportagem são de domínio público e foram retiradas do site do órgão, utilizando o Mapa da Saúde, relativas ao indicador “Quantidade de médicos por habitantes, segundo residência do médico”, cujos dados foram fornecidos pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás, em janeiro de 2013.
“A interpretação deste indicador relaciona o quantitativo de profissionais de saúde (médicos) pelos habitantes, segundo residência do profissional. Assim, não quer dizer que um município está desassistido pelo fato do médico não residir neste espaço geográfico (residência fixa).”
Ainda segundo a nota da secretaria, este indicador procurou “abordar a interiorização, pela residência, e a consequente regionalização e proximidade da moradia deste profissional com o local de trabalho”.
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Apresentada proposta para trazer estrangeiros
(Vandré Abreu)
Em reunião na tarde de ontem, o ministro da Saúde Alexandre Padilha apresentou à Frente Nacional de Prefeitos (FNP) o decreto-lei que institui a contratação de profissionais médicos para atuar no interior do Brasil ou na periferia dos outros municípios. Vice-presidente da FNP e prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela relata que a entidade e o ministério pleiteiam junto à Presidência da República uma medida provisória (MP) para os próximos dias que determine a contratação de 11 mil médicos.
Maguito acredita que a medida possa ser feita nos próximos 15 dias. “A União realiza um vasculhamento em todas as cidades para verificar quais são as que têm mais necessidades de profissionais. As primeiras devem ser aquelas regiões que não tem qualquer médico. É um estudo minucioso do Ministério”, conta o prefeito. No entanto, os municípios poderão pleitear os profissionais junto ao MS.
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Órion vende 80% de suas unidades em 48 horas
(Lídia Borges)
Superando até mesmo as melhores expectativas dos empreendedores, o maior complexo de negócios e saúde do Estado teve 80% de suas unidades vendidas em menos de 48 horas após seu lançamento, no último sábado. Das 924 unidades do Órion Business & Health Complex – distribuídas entre salas clínicas, comerciais e unidades hoteleiras –, 740 foram comercializadas no final de semana, num total de R$ 235 milhões (2 mil pessoas já estavam cadastradas pelo site do empreendimento).
Segundo o diretor-comercial da Tropical Imóveis, Leandro Daher, a maioria dos interessados era de médicos e donos de clínicas, que enxergaram uma grande possibilidade de investimento em um complexo que congrega, num único local, cinco segmentos – hospital, centro clínico e comercial, hotel e shopping. É o caso do angiologista e cirurgião vascular Eizo Iwamoto, que faz parte do grupo de médicos proprietários das clínicas Sana e Angioderm.
Juntos, eles adquiriram seis salas, atraídos pela conveniência de montarem as clínicas no mesmo ambiente de um hospital e pela perspectiva de valorização do imóvel. “O fato de reunir num só lugar a parte médica e o hospital é muito interessante, até porque, com o crescimento da cidade, fica cada vez mais difícil das pessoas se deslocarem de um lugar para o outro, de estacionarem os carros. Olhamos outros lugares com o metro quadrado mais barato, mas acreditamos que este será um investimento que vai supervalorizar em alguns anos.”
O Órion será erguido no Setor Marista, na confluência entre as avenidas Portugal e Mutirão, com investimentos de R$ 500 milhões e 125 mil metros quadrados de área construída. Serão 46 pavimentos, 12 deles destinados a estacionamentos com 1.400 vagas. Além das salas clínicas e escritórios, o hotel abrange hospital de 160 leitos (40 UTIs), centro de diagnóstico e centro laboratorial, hotel com 260 apartamentos, além de shopping com 59 lojas. Terá ainda centro de convenções e heliponto.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação