ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
UTIs – Diretor diz que valor pago não é atraente
Chikungunya – Goiânia tem 1º caso suspeito
Artigo – Lei 13.003 dá novo fôlego a saúde suplementar
Parto humanizado diminui riscos
O POPULAR
Coluna Giro – OS – A Secretaria de Saúde declarou o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar, que disputava o Hugo 2, vencedora do contrato de gestão do hospital estadual de Pirenópolis.
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UTIs
Diretor diz que valor pago não é atraente
Andréia Bahia
O pagamento de R$1,1 mil pela diária de UTI pediatria e neonatal, pago aos hospitais particulares, não é tão atraente como o secretário de Saúde do Estado, Halim Girade, supõe. O valor é o total com o complemento feito pelo Estado à diária paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por leito, que é de 478 reais. De acordo com diretor administrativo do Instituto Goiano de Pediatria (Igope) o médico Roque Gomide, a diária paga não cobre os custo da UTI e o hospital ainda tem que arcar com outras despesas que o SUS paga a menos.
O SUS paga ao médico de 800 reais e R$ 1.200 por plantão, variação que depende do vínculo que o profissional tem com o município. Já o hospital remunera todo médico plantonista em R$1.200. Os outros profissionais da saúde que atendem o paciente internado na UTI – fonoaudiólogo e fisioterapeuta – também têm seus salários complementados pelo hospital, explica o médico. Há diferença de custo até na alimentação, que o SUS limita o gasto e o que excede é pago pelo hospital. “O valor da diária paga pelo SUS não é adequado e ainda demora a ser pago”, diz Gomide. Além disso, reclama o médico, o valor não é reajustado pela inflação. “Os custos têm aumentado e as remunerações são reajustadas a passo de tartaruga.”
Isso explica o fato de alguns hospitais não disponibilizarem todos os leitos de UTI para o atendimento do SUS. O Igope, por exemplo, tem 21 leitos, 11 neonatais e dez pediátricos; repassa metade para o SUS, seis neonatais e quatro pediátricas. O Hospital Santa Bárbara disponibiliza sete das 12 UTIs neonatais que tem. As outras vagas são vendidas para empresas de assistências médicas, como Unimed e Ipasgo, que pagam R$ 1.800 por diária. Para Roque Gomide, o convênio com o SUS tem um caráter humanitário. “É uma ajuda social.”
A rede particular complementa a publica, que conta com apenas 14 UTIs pediátricas – 10 no Hospital Materno Infantil (HMI) e 4 no Hospital de Doenças Tropicais – e 26 neonatais – 8 no HMI, 10 na Maternidade D. Iris e 8 no Hospital das Clínicas. Como o POPULAR mostrou em reportagens publicadas no início da semana, o número de unidades intensivas não é suficiente para atender a demanda de Goiânia e cidades do interior, que cresce nessa época do ano por causa das doenças respiratórias, próprias dessa época do ano.
Ontem, na Central de Regulação do Município, órgão responsável pela distribuição das vagas de internação disponíveis em Goiânia, 12 crianças aguardam na fila uma vaga em UTI: 3 por unidade neonatal e 9 pediatria. Apenas 2 eram do interior, uma da cidade de Goiás e outra de Rio Verde. As demais vinham de crianças internadas no HMI e na Maternidade D. Iris.
A lista de espera no HMI era diferente. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital estadual, ontem havia 20 solicitações de liberação de leitos de UTI pendentes junto a Central de Regulação do Município, sendo 14 são vagas para UTI pediátricas e seis para UTI neonatal.
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Chikungunya
Goiânia tem 1º caso suspeito
Mulher teria sido infectada durante viagem realizada ao Caribe. Transmissão é feita pelo Aedes aegypti
Gabriela Lima
Goiânia registrou o primeiro caso suspeito da febre chikungunya (CHIKV), infecção viral transmitida pelo Aedes aegypti e parecida com a dengue, que causa forte dores nas articulações. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a paciente com suspeita da doença é uma mulher, na faixa etária dos 30 anos, e teria contraído o vírus durante viagem à República Dominicana, no Caribe.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, a mulher passou mal no voo de volta ao Brasil, no dia 16 de junho. “Ela apresentava febre alta, dor no corpo, artralgia (dor nas articulações) e um estado de prostração.”
A paciente foi atendida inicialmente no posto médico do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde um médico notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que acionou a SMS. Com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma equipe da Vigilância Epidemiológica buscou a mulher no Aeroporto Santa Genoveva e a levou para o Centro de Assistência Integrada à Saúde (Cais) da Vila Nova, onde há um Núcleo de Vigilância Epidemiológica. A paciente passou por exames e foi liberada em seguida. Segundo Flúvia, ela passa bem e está sendo acompanhada pela SMS.
Exames de sangue comprovaram o aumento da quantidade de leucócitos e diminuição das plaquetas. Segundo Flúvia, a secretaria também trabalha com a suspeita de dengue. Clinicamente, as duas doenças são bastante semelhantes. O que reforçou a suspeita de chikungunya na paciente foram as fortes dores nas articulações e o fato dela ter passado alguns dias no Caribe, onde desde o início do ano ocorre um surto da febre.
“Só poderemos saber se é dengue, chikungunya ou alguma outra doença após o exame realizado pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará”, diz a diretora. Segundo Flúvia, não há prazo para sair o resultado, pois o laboratório nacional de referência do instituto tem concentrado a demanda para esse tipo de exame no Brasil.
BLOQUEIO
Flúvia faz uma alerta às pessoas que apresentarem sintomas após viagens ao Caribe ou à Guiana Francesa:
“Procurem imediatamente um centro de saúde para fazer a notificação. Isso vale também para as unidades particulares”. Segundo a diretora, a procedimento é importante para a realização do procedimento de bloqueio, para evitar que o vírus se espalhe.
A SMS realizou de imediato o procedimento de bloqueio na residência da paciente com suspeita da doença. A ação consiste em borrifar veneno e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypt.
Até o momento, não há nenhum registro de transmissão autóctone, ou seja, ocorrida dentro do País. Todos os casos notificados foram contraídos no exterior.
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde fez um comunicado público, orientando as secretarias estaduais e municipais de Saúde para encaminhar casos suspeitos da doença para o Instituto Evandro Chagas e anunciou o envio de médicos ao Caribe para um curso de manejo aos pacientes infectados.
No início de junho, a Secretaria de Saúde do Estados confirmou seis casos de infecção pelo vírus chikungunya. Os pacientes eram soldados do Exército brasileiro que haviam acabado de retornar de uma missão de paz no Haiti.
Brasil é vulnerável a avanço do novo vírus, diz infectologista
Para especialistas, a propagação do vírus chikungunya no Brasil é questão de tempo. Segundo o infectologista Boaventura Braz de Queiroz, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o país vulnerável à febre e demonstrou preocupação pelos riscos de que ela oferece de se transformar em epidemia, como já aconteceu com a dengue.
“Visto que o vetor principal é o Aedes aegepty, a médio prazo, é muito difícil impedir que a doença se espalhe pelo País”, afirma o infectologista. Outro fator que potencializa o risco de epidemia é fato da população brasileira não ter imunidade contra a chikungunya, como já ocorreu com os quatro tipos de vírus da dengue.
Comparando as duas doenças, Boaventura explica que, pela literatura médica, as duas são clinicamente parecidas, podendo, inicialmente, até ser confundidas. A diferença é que a nova doença é mais agressiva. Não é mais letal. No entanto, as dores articulares são muito mais expressivas e o paciente demora mais a apresentar melhora, fica com mal estar e dores articulares por dois ou três meses”, explica. Identificada pela primeira vez na Tanzânia, na década de1950, a chikungunya é causadora de surtos na Ásia e na África. Nos últimos anos, chamou a atenção da OMS por ter avançado sobre o Caribe.
A ameaça da nova doença foi manchete do POPULAR no dia 25 de março. Na época, as autoridades brasileiras de saúde demonstraram preocupação por conta da grande circulação de turistas estrangeiros atraídos pela Copa do Mundo.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Artigo – Lei 13.003 dá novo fôlego a saúde suplementar
RENATO AZEVEDO JÚNIOR
Junho de 2014 marca grande conquista da saúde brasileira. Falo da tão aguardada sanção da Lei 13.003, ocorrida dias atrás, que torna obrigatória a substituição imediata de médicos, laboratórios e hospitais descredenciados por planos de saúde, evitando assim a interrupção de tratamentos dos pacientes da saúde suplementar.
As mudanças entram em vigor em 180 dias. Significam uma evolução sem precedentes para o sistema complementar e beneficiam diretamente os usuários. A Lei 13.003 ainda repara injustiças históricas no campo das relações de trabalho, pois exige a existência de contratos escritos entre as operadoras e os profissionais da saúde, com previsão de índice e periodicidade anual para reajuste dos serviços prestados.
Neste particular, um dos grandes avanços da nova legislação é atribuir claramente à Agência Nacional de Saúde (ANS) o status de mediadora da relação contratual entre médicos e planos de saúde, papel que ela se negava a assumir até então. Agora, a ANS não mais poderá ficar sobre o muro e será efetivamente reguladora dessa relação no campo suplementar.
Por incrível que pareça, em pleno século XXI, os planos de saúde faziam prevalecer seu poderio econômico contratando médicos e demais prestadores sem garantias de reajustes. Há operadoras que ficaram quase uma década sem recompor honorários, a despeito de anualmente penalizarem os pacientes com aumentos estratosféricos de suas mensalidades.
A remuneração digna do profissional da medicina foi mote de diversos protestos. Enquanto isso, muitos médicos tiveram de fechar consultórios ou até mudar de profissão em virtude de honorários irrisórios, inclusive para procedimentos de alta complexidade. A conta não fechava: planos ganhando muito, pacientes pagando caro e profissionais à mingua.
Vítimas de pressões para reduzir exames, antecipar altas e tomar outras atitudes que se opõem à ética médica e ao compromisso com os pacientes, médicos se rebelavam. Vinha, então a retaliação contra os profissionais de medicina que defendiam seus pacientes: ocorria o desligamento unilateral e doentes em tratamento ficavam em uma situação complicada.
Por isso, também é muito importante o fato de a Lei 13.003 prever a proibição de descredenciamento súbito, ou seja, sem aviso prévio. Tanto operadora quanto prestador de serviço deverão comunicar com pelo menos 30 dias de antecedência a intenção de desligamento, e a substituição do profissional deverá privilegiar o mesmo nível de competência. Assim, não haverá prejuízo algum para a terapêutica em andamento.
Enfim, dessa longa batalha travada por entidades médicas como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e a Associação Paulista de Medicina, felizmente saímos ganhando. Médicos e os pacientes agora podem ficar mais tranquilos, já que esse instrumento legal muda o tom da conversa com as operadoras e assegura direitos fundamentais.
(Renato Azevedo Júnior, membro da Comsu, Comissão Nacional de Saúde Suplementar da AMB/CFM/Fenam e conselheiro do Cremesp)
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Parto humanizado diminui riscos
Saúde do bebê pode ser preservada com a utilização de procedimentos naturais
Em Goiânia, cresce a opção pelos procedimentos naturais, em função do trabalho feito nas maternidades Dona Iris e Nascer Cidadão Embora o índice de cesáreas recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) seja de apenas 15%, estima-se que mais de 50% dos partos no Brasil sejam feitos por este método, que nem sempre é o mais indicado, porque pode significar riscos tanto para a gestante quanto para o bebê. Mesmo que a cesariana seja necessária em determinados casos, o parto normal continua sendo a melhor forma de dar à luz, representando mais segurança para a mãe e para a criança.
Em função do grande número de cesarianas, surgiu nos últimos anos um movimento pela humanização do parto, depois que aumentaram as notificações de casos de violência obstétrica e de complicações para o bebê que, por vezes, nascia antes da hora.
As principais maternidades de Goiânia, Dona Íris e a Nascer Cidadão, foram pensadas dentro desta corrente, trazendo para a rede pública de Goiânia o conceito de parto humanizado. A ideia é acompanhar a gestante e proporcionar a ela uma gravidez em que a mulher se sinta preparada e segura. A equipe conta com obstetras, enfermeiras obstetras, anestesistas de plantão, técnicas de Enfermagem, médico Neonatologista e doulas (mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto). Além disto, a Nascer Cidadão ainda conta com 10 residentes em enfermagem obstétrica.
A Maternidade Dona Iris trabalha com partos de alto risco. Assim, várias mulheres chegam à unidade com um pré-natal mal feito, sem informações se elas têm ou não condições de dar à luz pelo método normal. Mesmo assim a maternidade tem conseguido a cada ano humanizar o atendimento. Desde a sua inauguração, em junho de 2012, foram realizados 2.758 partos normais e 2.098 cesáreas. Em junho, foram 118 normais e 68 cesarianas. Segundo o diretor da unidade, José Renato Ayres, o objetivo é reduzir ainda mais essas taxas. Na Nascer Cidadão, o índice de cesáreas é de 35%. O diretor da maternidade, Sebastião Moreira, afirma que a “meta para o ano que vem é baixar o índice para 25%”.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação