Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/09/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

A nova era da liderança em saúde: perfis e competências indispensáveis

Com aumento de casos, saiba como se proteger da Covid-19

A proposta do prefeito Rogério a reduzir custos de medicamentos a usuários do Imas

Congresso Brasileiro de Coloproctologia reúne médicos de 10 países em Goiânia

PRM: a evolução do cuidado ao paciente na era digital

SAÚDE BUSINESS

A nova era da liderança em saúde: perfis e competências indispensáveis

Liderança em saúde no Brasil exige adaptação rápida às novas tecnologias, gestão estratégica e foco no paciente. Saiba quais outras habilidades são essenciais e como se preparar.

Em meio à complexidade crescente do setor de saúde no Brasil, no qual desafios, como a limitação de recursos e a necessidade de incorporação de novas tecnologias são constantes, surge uma demanda urgente por líderes capazes de navegar esse cenário com competência. A liderança em saúde, hoje, exige mais do que conhecimento técnico, demanda uma visão estratégica que englobe desde a gestão de custos até a implementação eficaz de tecnologias digitais, sempre com o foco na experiência do paciente. Adaptabilidade, inovação e um profundo entendimento das dinâmicas do setor são, portanto, as novas marcas de um líder bem-sucedido. Entenda quais características e habilidades indispensáveis ao líder em saúde, e como desenvolvê-las.

Equilíbrio entre tecnologias, gestão e foco no paciente

No Brasil, o sistema de saúde enfrenta diversos desafios, como baixo orçamento e a adesão a novas tecnologias que prometem melhorar o atendimento e contribuir para a sustentabilidade do setor.

Nesse contexto, diversas competências e habilidades passam a ser exigidas do líder em saúde, como entender custos, financiamento em saúde, assistência e ferramentas tecnológicas que impulsionem o cuidado. Saúde digital, incorporação e regulação de novas tecnologias, gestão da cadeia de suprimentos e de pessoas, por exemplo, são temas que cada dia são mais comuns para quem atua na área.

A incorporação de novas tecnologias é essencial para a melhoria dos serviços de saúde, o que requer dos líderes uma maior compreensão das tendências tecnológicas e como implementá-las de forma eficaz. Já a gestão de pessoas envolve a capacidade do profissional de liderar equipes multidisciplinares, o que inclui, além de habilidades para gestão de conflitos, a motivação da equipe e o desenvolvimento profissional contínuo dos colaboradores.

Priorizar as necessidades do paciente deve ser o foco do líder, promovendo, além da cultura de cuidado, a melhoria da experiência do indivíduo. Andrea Bocabello, diretora de Estratégia, Inovação e ESG do Grupo Fleury, acredita que, hoje, é fundamental as lideranças compreenderem o que é o mundo digital para o paciente. “A medicina é phygital, por isso, o líder precisa encontrar o equilíbrio entre o que o paciente espera e o que ele, como líder, deve fazer para garantir a segurança e a qualidade no atendimento. O líder tem que ter sensibilização quando entra no mundo da tecnologia, e esse é um dos principais desafios que temos enfrentado entre as lideranças em saúde.”

Competências e habilidades exigidas da liderança

“Vivemos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, no qual as mudanças e imprevistos ocorrem em grande volume e velocidade. Em meio a esse cenário, competências como resiliência, resolução de conflitos e colaboração são cruciais para o fortalecimento das equipes e a consequente melhoria da experiência do paciente. Também acredito ser fundamental para um líder em saúde a escuta ativa. Essa competência é desenvolvida em meio a uma cultura justa, na qual os colaboradores se sentem seguros e livres para trazer suas sugestões, reportar eventuais falhas, erros e não conformidades”, comenta Nelcina Tropardi, diretora-geral de Jurídico, Relações Governamentais, ESG e Compliance na Dasa.

Para Tacyra Valois, diretora-executiva do CBEXs, a dinâmica atual do sistema de saúde exige profissionais com conhecimentos e habilidades para exercer a liderança em áreas diversas, o que exige deles capacidade crítica, analítica e de tomada de decisão; capacidade de ação e implementação das mudanças; capacidade de diálogo e entendimento das diversas partes interessadas; visão ampla da dinâmica do sistema de saúde; capacidade de solução de problemas complexos; compromisso com o aprendizado constante e inteligência emocional.

Além disso, habilidades como comunicação, adaptabilidade e empatia devem sempre estar presentes.

De olho nos novos modelos de negócios

Dentro das competências e habilidades exigidas dos líderes, Andrea destaca uma tendência do setor que precisa ser observada com atenção. Trata-se de um novo modelo de negócio no qual hospitais e laboratórios passam a atuar de maneira mais integrada, e, segundo ela, é preciso preparar os líderes médicos para essa nova realidade.

“Nesse cenário, as ferramentas de gestão precisam ser criadas do zero, porque não temos parâmetros que possam servir de benchmarking. Quem trabalha em hospital precisa conhecer as rotinas dos laboratórios, e vice-versa. Esses novos modelos de negócio passaram a ser um assunto urgente. Velocidade de desenvolvimento, complexidade do conhecimento exigido, aprender a lidar com máquinas e entender a nova relação digital que é esperada são tópicos aos quais temos que estar atentos”, diz Andrea.

Formação contínua e de programas de desenvolvimento

A pesquisa nacional Atlas-CBEXs 2024, realizada com mais de 1.500 gestores de saúde, destacou que, quando perguntados sobre a satisfação com o investimento que a empresa tem realizado para a capacitação da liderança e de profissionais técnicos, é notório que há insatisfação por parte dos profissionais – 43% no que tange à capacitação de liderança, e 41% no que tange à capacitação dos profissionais técnicos. 

Sessenta por cento dos respondentes disseram que a capacitação em gestão de negócios está em desenvolvimento na empresa em que atuam, enquanto 22% consideram que atendem plenamente às expectativas e apenas 5% relatam que o investimento supera as suas expectativas. No universo da pesquisa Atlas, 88,67% dos respondentes receberam até cinco treinamentos de liderança/gestão nos últimos 24 meses. “Concluindo, há necessidade de ampliação de investimento em formação e educação continuada no sistema de saúde como um todo”, avalia Tacyra.

Diante da necessidade de preparar os líderes para a saúde digital, Rúbia Spindola, diretora de Pessoas, Cultura e Desenvolvimento Organizacional do Grupo Fleury, conta que a empresa desenvolveu um projeto de aceleração digital e evolução cultural que permeia desde uma definição de novos papéis, com foco no desenvolvimento da liderança, até o reposicionamento das competências da organização, apontando o que o novo líder precisa desenvolver em termos de habilidades capazes de atender à aceleração digital, eficiência, excelência e experiência do cliente.

“Focamos em sete competências: colaboração, desenvolvimento de si e dos outros; orientação a valores e consciência da diversidade; foco na experiência do cliente; orientação para o resultado; desenvolvimento de um ambiente de confiança e segurança; inovação e mindset ágil e colaborativo”, cita Rúbia.

Andrea complementa, dizendo que a empresa busca envolver seus colaboradores em vários projetos, fazendo assim com que as pessoas possam migrar em carreiras dentro da companhia. “Incentivamos a mudança de área focada em projetos específicos, com missões ao longo do ano.”

Já a Dasa investe em diversos programas de formação continuada tanto para colaboradores quanto para médicos. Um deles é a Academia de Liderança Dasa, voltada para lideranças, composto por vários módulos de treinamento para desenvolvimento de competências, separados por nível.

“Contamos também com o Programa Liderança DNA, produzido em parceria com a HSM e a Singularity University. Trata-se de um programa robusto, com conteúdo customizado para o nosso time, flexível e adaptável para apoiar nossos gestores a se desenvolverem e crescerem junto com a companhia. Com ele, formamos dentro de casa, com nossa cultura, a atual e futura liderança da empresa”, destaca Nelcina.

Ela cita ainda o Dasa Educa, programa de educação continuada para profissionais da saúde que conta com mais de 50 mil médicos inscritos e mais de 2 mil horas de conteúdo disponível: 92% dos médicos que participam do programa permanecem na Dasa. 

Mas Daniela Toledo, gerente executiva da Michael Page, destaca também o papel das parcerias entre instituições de saúde e universidades e startups para o desenvolvimento de competências e habilidades para o líder em saúde, além dos cursos de pós-graduação em Saúde.

Preparo do profissional diante das novas tecnologias

Um fator se destaca entre os líderes em saúde quando o tema são as competências e habilidades exigidas do gestor: a necessidade de adaptação e preparo diante das novas tecnologias, seja para implementação ou integração de sistemas.

Para Daniela, com a saúde cada vez mais digital, é preciso garantir a ética no uso dos dados, além de atenção maior nas regulamentações, que são complexas e rigorosas, e exigem, por isso, uma constante atualização.

 “Acolher a tecnologia como realidade e como um meio é hoje essencial e perpassa a liderança. Estamos diante de um ambiente complexo onde as áreas precisam acompanhar as tendências, e onde a liderança assume uma responsabilidade maior. Cabe às empresas serem parceiras das lideranças no desenvolvimento de carreira, ajudando a desenvolver competências técnicas em um contexto mais digital, onde a relação com o cliente muda no sentido de ambidestria, excelência médica, eficiência, e em como lidamos com a complexidade atual”, analisa Rúbia.

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O HOJE

Com aumento de casos, saiba como se proteger da Covid-19

Grupos prioritários devem receber dose de reforço anual da vacina contra a Covid-19 em uma das mais de 900 salas de imunização do estado

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população sobre a necessidade de adoção de medidas de prevenção à Covid-19. Em especial, o alerta para a imunização das pessoas que estão com o esquema de vacinação incompleto.

Acima de tudo, dados da SES apontam um avanço da doença no estado, com 4.629 casos confirmados em agosto e 2.318 em julho.

O Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) também verificou o crescimento e registrou um incremento de novos testes para detecção da doença. A taxa de positividade saltou de 8,1% em julho para 23,1% neste mês de agosto.

O Lacen-GO também verificou um aumento de casos nesta mesma época do ano passado nas amostras que processou. Naquela ocasião, o laboratório identificou que a taxa de positividade para a doença aumentou de 9,5% em julho para 19,1% no mês seguinte.

COVID-19

Em 2024 já foram confirmados 56.729 casos e 133 mortes por Covid-19 no estado. Apenas de 28 de janeiro a 2 de março o número de registros da doença chegou a 33.042. Desde 2022 é possível observar, em Goiás, períodos nos quais é esperado aumento de casos, como após as festas de final de ano e após as férias de julho.

Os dados são dinâmicos e sujeitos a alterações realizadas pelos municípios nos sistemas oficiais de notificação do Ministério da Saúde.

A vacina contra a doença está atualmente incluída no Calendário Nacional de Vacinação (para crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias) e é também indicada para grupos prioritários, para pessoas que não tomaram nenhuma dose ou não completaram o esquema vacinal.

Ela está disponível nas mais de 900 salas de vacinação espalhadas por todo o estado. Em maio, Goiás recebeu um reforço de 86 mil unidades da monovalente XBB do laboratório Moderna.

Primordialmente, devem receber uma dose de reforço anual os grupos prioritários, que incluem pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, trabalhadores da saúde e do sistema de privação de liberdade, pessoas em situação de rua, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, população privada de liberdade a partir de 18 anos de idade, pessoas com deficiência permanente e pessoas com comorbidades.

Já os grupos de idosos, gestantes e puérperas e imunocomprometidos devem se vacinar a cada 6 meses.

Recomendações

Além disso, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, as pessoas que apresentam sintomas gripais devem usar a máscara, procurar o serviço de saúde e evitar o contato com outros cidadãos. Ela também aponta a necessidade de crianças, idosos, imunodeprimidos e gestantes evitarem locais com grande aglomeração e pouca ventilação, e sempre higienizar bem as mãos.

“Essas são medidas que já conhecemos e, nesse momento, com a possibilidade de aumento de casos no estado, de uma forma geral, devemos retomar essas recomendações”, ressalta Flúvia Amorim, enfatizando também a importância da vacinação. Atualmente, a cobertura vacinal para o imunizante bivalente no estado é de 15,82%.

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A proposta do prefeito Rogério a reduzir custos de medicamentos a usuários do Imas

Objetivo é selar parceria com farmácias e laboratórios para baratear preços, incluindo adoção do sistema de cashback

O prefeito e candidato à reeleição Rogério (SD) propõe selar parceria com farmácias e laboratórios para reduzir custos na aquisição de medicamentos.

Ao mesmo tempo, e realização de exames aos cerca de 80 mil associados do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).

O objetivo da proposta, que consta do Plano de Governo de Rogério, visa melhorar o acesso a tratamentos e diagnósticos, por meio de convênios com redes de farmácias para oferecer descontos significativos na compra de medicamentos prescritos para os associados do Imas. Também há previsão de firmar parcerias com laboratórios de análises clínicas para oferecer preços reduzidos em exames laboratoriais de rotina e especializados.

Outra novidade que consta do Plano de Governo é a implementação do sistema de cashback ou pontos, onde os associados ganham créditos a cada compra de medicamentos ou realização de exames, que podem ser usados em futuras compras ou procedimentos.

Ao mesmo tempo, diante de recomendação do Ministério Público e Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a gestão do prefeito Rogério buscou reestruturar o Imas.

Segundo o governo, a partir de convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG), como forma de garantir autonomia administrativa e financeira.

As novas regras adotadas pelo instituto buscam garantir atendimento integral na promoção e proteção da saúde, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção de serviços prestados aos usuários.

A proposta integra um dos dez eixos temáticos do Plano de Governo, na área da saúde. O plano prevê o Programa Fila Zero, para reduzir o tempo de espera para consultas em especialidades médicas.

E ainda aumentar a cobertura da atenção primária em saúde no Município, com a ampliação de 193 para 228 equipes de saúde da família. Também construir novas unidades de saúde da família nas regiões mais vulneráveis de Goiânia, entre outras metas.

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PORTAL G1

Congresso Brasileiro de Coloproctologia reúne médicos de 10 países em Goiânia

Evento acontece entre os dias 3 e 7 de setembro. São esperados 1,7 mil congressistas neste ano.

A 72ª edição do Congresso Brasileiro de Coloproctologia acontece em Goiânia, entre os dias 3 e 7 de setembro. O evento reúne cursos, cirurgias ao vivo e palestras com médicos especialistas do Brasil e de outros 10 países diferentes; saiba mais abaixo.

O congresso é pago e acontece de forma presencial, no Centro de Convenções Goiânia, no Setor Central, sendo voltado para profissionais da área da saúde com interesse em coloproctologia – área da medicina que se dedica aos cuidados de doenças e distúrbios do intestino grosso, reto e ânus.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Hélio Moreira Júnior, são esperados 1,7 mil congressistas neste ano.

Nesta 72ª edição, o evento vai se dividir de duas formas. Nos dias 3 e 4 de setembro acontecerá o pré-congresso, em que os congressistas participarão de cursos imersivos da área de coloproctologia, como endometriose intestinal e disfunções do assoalho pélvico.

Ao todo, estão sendo oferecidos nove cursos, sendo dois deles realizados em hospitais parceiros da cidade, como o Albert Einstein. Os cursos têm valor de inscrição a parte e para garantir a vaga é necessário estar previamente inscrito no congresso. Para mais informações, acesse o site www.coloprocto2024.com.br/inscricoes/.

“Entre as atividades que vão ser desenvolvidas nesse pré-congresso, teremos cirurgias robóticas transmitidas ao vivo para o auditório. Os pacientes vão estar sendo operados no Hospital Albert Einstein aqui de Goiânia, e as imagens serão transmitidas ao vivo para o auditório, favorecendo a interação entre o auditório e a equipe cirúrgica que está operando naquele momento”, detalhou Hélio.

A partir do dia 5 de setembro se inicia, de fato, o congresso com palestras sobre os avanços tecnológicos na área da coloproctologia e outros assuntos, com a participação de vários convidados internacionais. Haverá tradução simultânea em Inglês. Para acesso e retirada do fone será necessário a apresentação de um documento de identificação.

“É um momento em que nós estamos trazendo a globalização para dentro da Sociedade Médica de Coloproctologia”, destaca Hélio.

No último dia, segundo o presidente, está planejada para acontecer uma homenagem às mulheres coloproctologistas, que representam cerca de 42% dos associados da sociedade. O objetivo é incentivar para que elas continuem participando da instituição.

“Vem crescendo muito a proporção de mulheres coloproctologistas. Mas apesar disso estar acontecendo, a gente não percebe muito ainda o engajamento da mulher na gestão da sociedade. Então a ideia é estimular o engajamento maior das mulheres dentro da sociedade”, explicou.

90 anos

Segundo Hélio Moreira, o Brasil tem a segunda maior sociedade de coloproctologia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Nesta edição, a instituição estará completando 90 anos de fundação.

“É uma sociedade que começou no Rio de Janeiro, na época era a capital do Brasil, com 20 médicos. E hoje ela tem mais de 2 mil associados, o que faz dela a segunda maior sociedade da especialidade no mundo, só é menor em número que a sociedade americana”, afirma.

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MEDICINA S/A

PRM: a evolução do cuidado ao paciente na era digital

Mesmo com a crescente evolução da transformação digital nas instituições de saúde, o uso da tecnologia para o acompanhamento do paciente nos períodos entre consultas médicas, atendimentos ambulatoriais ou hospitalares, tem se mostrado um caminho ainda pouco explorado no setor. Isso significa que o período em que não há supervisão de nenhum profissional de saúde, o paciente está sozinho.

Para se ter uma ideia, apenas 20% dos usuários de smartphones usam aplicativos de saúde, sendo em sua maioria apps de atividades físicas, de acordo com o Medical News Today. Nesse sentido, torna-se fundamental e oportuno que as instituições de saúde passem a explorar ainda mais tecnologias que possibilitem o acompanhamento dos pacientes e suas condições de saúde, assim como, estimulem o autocuidado, o controle de doenças crônicas, o desfecho de cuidados clínicos e cirúrgicos, além da prevenção de doenças.

A evolução do acompanhamento do paciente

Até pouco tempo, o acompanhamento do paciente fora dos consultórios e hospitais era apenas um sonho. Isto porque, não havia uma maneira prática e sistemática de monitorar a adesão e o progresso dos tratamentos, assim como, os desfechos. No entanto, essa realidade mudou. Hoje, o desenvolvimento de ferramentas de gerenciamento do relacionamento, proporcionam uma série de possibilidades e oportunidades.

Imagine estreitar a relação entre pacientes, médicos, equipe multiprofissional e instituições, possibilitando um acompanhamento contínuo e personalizado, podendo ser feito via WhatsApp e E-mail. É assim que surge o conceito de gerenciamento do relacionamento com o paciente ou Patient Relationship Management (PRM). Por meio do PRM é possível criar réguas de relacionamento para qualquer tipo de acompanhamento, como também, criar linhas de cuidados, campanhas de prevenção e promoção da saúde.

Como funciona

As réguas de relacionamento nada mais são do que conjuntos de ações criadas para gerar uma comunicação regular com o paciente. Ou seja, após uma consulta ou procedimento, a instituição envia mensagens e questionários para acompanhar o estado do paciente, monitorar intercorrências e garantir que ele esteja seguindo as orientações médicas e os cuidados necessários.

Tudo isso ocorre de forma automatizada e não é necessário que um profissional de saúde realize qualquer ação. Basta a personalização da régua de cuidado para que a ferramenta interaja com o paciente e comunique a equipe responsável no caso da necessidade de atenção especializada.

Outro ponto interessante é que, por meio de estratégias de PRM, também é possível entrar em contato com os pacientes em momentos oportunos, tais como, tomar uma nova dose de vacina de acordo com calendário, refazer um exame ou checar a evolução de suas doenças crônicas e ainda incentivá-los a cuidar de sua saúde por meio de programas de medicina preventiva e campanhas de conscientização, como por exemplo, Outubro Rosa e Novembro Azul.

O futuro dos cuidados clínicos

Os benefícios do PRM para as instituições de saúde vão além de melhorar a comunicação entre profissionais, instituições e pacientes, pois também otimiza a assistência, oferecendo cuidados mais personalizados, promoção à saúde e apoio na redução dos custos associados a complicações, muitas vezes evitáveis.

Portanto, investir no monitoramento do paciente através da tecnologia não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para instituições que desejam proporcionar uma experiência única, com cuidados de alta qualidade, e se destacar no mercado de saúde.


*Paula F. Calderon é médica e CMIO e Marcos H. Gonçalves é CTO, ambos da Beth Health Tech

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Assessoria de Comunicação