Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/10/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Custo médio de ciberataques na Saúde foi de US$ 5,3 milhões em 2023

Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos

Papel das parcerias em momentos de mudança no mercado global

Pressão elevada: o que significa nova diretriz sobre hipertensão

MEDICINA S/A

Custo médio de ciberataques na Saúde foi de US$ 5,3 milhões em 2023

A 26ª Global Digital Trust Insights, da PwC, lançada neste ano, revelou que, globalmente, o custo médio de ciberataques no setor da Saúde chegou a US$ 5,3 milhões em 2023, o maior entre os segmentos pesquisados. A pesquisa ouviu mais de 3,8 mil lideranças de sete setores em todo o mundo, incluindo a América Latina. Outro levantamento, o 2023 Global Resilience Survey, feito com cerca de 2 mil executivos, mostrou que apenas 24% dos entrevistados do setor de Saúde têm um plano de resiliência integrado, o que inclui ações de cibersegurança.

Estas pesquisas revelam que o setor de saúde está enfrentando o impacto de ataques cibernéticos em um ecossistema de ameaças cada vez mais interconectado. As operações têm sido significativamente afetadas por diversos eventos de terceiros. Estes episódios afetaram vários segmentos da saúde e elevaram a relevância da resiliência operacional e tecnológica. Neste contexto, a PwC listou seis ações essenciais para que as empresas se preparem, respondam com eficiência e possam emergir mais fortes de uma crise cibernética.

“A indústria da saúde não está imune ao multiverso de riscos que enfrentamos na era da disrupção tecnológica. O ritmo da transformação digital torna desafiador o entendimento do que é mais crítico na hora de gerenciar riscos cibernéticos. À medida que o setor se digitaliza, a tendência é de que as ameaças sejam mais agressivas. Essa nova jornada será cheia de desafios, e as lideranças precisarão de resiliência para superar os obstáculos”, afirma Bruno Porto, sócio e líder do setor de Saúde da PwC Brasil.

A primeira das seis ações propostas é criar uma estrutura multifuncional de gestão de crise, englobando diferentes áreas e profissionais. Em seguida, a consultoria orienta avaliar impactos potenciais nas operações de negócio e nos clientes por meio de relatórios que devem ser divididos com todas as instâncias de liderança. O terceiro passo propõe desenvolver soluções táticas e abordagens alternativas, que casa com a recomendação seguinte de considerar cuidadosamente as etapas para normalizar os processos. O próximo passo é desenvolver protocolos de comunicação internos e externos claros. E, por fim, melhorar as medidas internas de segurança cibernética e avaliar riscos a terceiros.

A PwC ainda complementa essas orientações ao detalhar alguns caminhos para buscar a resiliência cibernética. Entre os destaques estão: a gestão de custos, que requer a integração de conhecimentos empresariais e tecnológicos; o planejamento histórico, ao ampliar a abertura para outros eventos de disponibilidade; o uso da nuvem como componente crítico da estratégia de resiliência e o cumprimento das regulações vigentes nos países de atuação.

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Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos

Dados do Censo 2022 apontam um aumento de 39,8% no período de 2012 a 2021 do número de brasileiros acima dos 65 anos. A expectativa é que este número passe de 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070, o que acarreta uma maior carga de doenças na população e, com isso, a necessidade de adequações nos cuidados para essa parcela. “Os idosos têm necessidades específicas que exigem um olhar diferenciado”, afirma o médico Geriatra do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, Pedro Curiati, responsável por um estudo inédito sobre os perigos de medicamentos potencialmente inapropriados (PIMs) na terceira idade e seus impactos na saúde pública. “O uso desses medicamentos, por exemplo, pode agravar o quadro clínico e aumentar os custos para o sistema de saúde”, completa Curiati.

Para o estudo, foram analisadas 15 mil internações de pessoas com 60 anos ou mais, utilizando um sistema de suporte à decisão clínica integrado ao prontuário eletrônico dos pacientes, que utiliza inteligência artificial para gerar alertas sobre a segurança e o uso correto de medicamentos. Durante a pesquisa, foram avaliados os alertas relacionados a (PIMs) para idosos e sua associação com os riscos clínicos dos pacientes internados, destacando os impactos dessas intervenções na saúde pública e nos custos hospitalares. Os resultados apontaram que 71,8% dos pacientes apresentaram pelo menos um alerta de uso de (PIMs).

O Geriatra explica que o foco do estudo foi entender se os alertas gerados identificavam pacientes com maior risco e como isso se associava às suas evoluções clínicas. Os resultados apontaram que 71,8% deles apresentaram pelo menos um alerta de uso de medicamentos potencialmente inadequados (PIMs). “Pacientes cujas prescrições acionaram esses alertas tendem a ter internações mais prolongadas, incluindo complicações, além de mais eventos adversos, como quedas, confusão mental e até morte”, explica Curiati.

O estudo evidencia a necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem e modernizarem para melhor atender os idosos. É o que analisa o especialista, argumentando que o cuidado com pessoas acima de 65 anos tem particularidades que não se aplicam a pacientes mais jovens. “Eles têm mais doenças concomitantes, maior uso de medicamentos, e são mais vulneráveis a eventos adversos”, completa.

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Papel das parcerias em momentos de mudança no mercado global

Por Michel Goya

Vivemos em uma era de transformação no setor da saúde, impulsionada por mudanças demográficas, avanços tecnológicos e desafios econômicos. Em tempos de incerteza, a consolidação e as parcerias têm se tornado estratégias centrais para garantir a sustentabilidade e o crescimento das organizações. Nesse cenário, planos de saúde e hospitais têm se unido na busca por aumento de eficiência com redução de custos, sinergias e compartilhamento de recursos para melhorar os resultados.

A pandemia de covid-19 acelerou muitos processos de transformação. No setor da saúde, evidenciou-se a necessidade de um sistema mais integrado e eficiente. Isso abriu caminho para que fusões, aquisições (M&A) e parcerias estratégicas se tornassem cada vez mais frequentes. Com aumento visível de cerca de 61% nas transações, especialmente impulsionado por investimentos em tecnologia da saúde (healthtech).

Ao unirem forças, as companhias conseguem reduzir ineficiências operacionais e com acesso a novos recursos e tecnológicos, sua capacidade de atendimento, competitividade e normalmente um aumento substancial nos resultados. Um exemplo recente são as redes hospitalares que passaram a integrar suas operações com planos de saúde, criando ecossistemas mais robustos, com foco na experiência do paciente.

Esses novos modelos de negócios trouxeram um impacto significativo para o mercado. Por meio da otimização de processos e da adoção de tecnologias disruptivas, como a telemedicina e a inteligência artificial, essas parcerias conseguem atender às demandas crescentes de saúde mantendo a qualidade. Mais do que nunca, a busca pela eficiência operacional se tornou pauta prioritária nas agendas de quem está na gestão da companhia.

Mas, como ficam as startups de saúde nesse cenário de consolidação? Embora o movimento pareça inicialmente preocupante para empresas menores, especialmente startups, o contexto é promissor. As startups são, por natureza, ágeis e inovadoras. Elas conseguem preencher lacunas no mercado e oferecer soluções tecnológicas especializadas que muitas grandes organizações ainda não possuem.

As parcerias entre startups e grandes instituições de saúde, portanto, não só são possíveis como essenciais para a evolução do setor. Em muitos casos faz mais sentido uma empresa incorporar uma startup do que investir em uma estrutura verticalizada de pesquisa e desenvolvimento.

O futuro das startups de saúde está diretamente ligado à sua capacidade de colaborar com esses gigantes do mercado. Ao desenvolver soluções inovadoras, muitas startups encontram nas grandes empresas uma oportunidade de crescimento. Por outro lado, as corporações precisam da inovação ágil e disruptiva que as startups oferecem para se manterem competitivas em um ambiente de constante transformação.

Neste contexto, as parcerias estratégicas não são apenas desejáveis — são fundamentais. Grandes players do setor de saúde, que já possuem a infraestrutura e a escala necessárias, podem encontrar nas startups a inovação que lhes falta. E, ao se associarem com empresas menores e mais ágeis, podem acelerar a implementação de novas soluções tecnológicas, melhorar a experiência do paciente e otimizar os custos operacionais.

Acredito que o futuro do setor será cada vez mais colaborativo. A chave para o sucesso reside na capacidade de unir forças, compartilhar conhecimento e buscar inovação conjunta. As startups de saúde, longe de serem ameaçadas pelo movimento de consolidação, têm um papel crucial a desempenhar como parceiras estratégicas, ajudando a transformar a saúde em um modelo mais eficiente, sustentável e com foco no paciente.

*Michel Goya é CEO da OPME Log e diretor da ABSS.

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METRÓPOLES

Pressão elevada: o que significa nova diretriz sobre hipertensão


Atualização nas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia inclui a categoria “pressão elevada” como alerta importante para pacientes
Novas diretrizes para a medição da pressão arterial foram lançadas pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Um dos pontos mais relevantes foi a inclusão do termo “pressão elevada”.

Ele passa a ser usado quando o paciente apresenta pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou a diastólica fica entre 70 e 89 mmHg. O diagnóstico serve como um alerta para o risco do paciente evoluir para a hipertensão.

As diretrizes foram apresentadas no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que ocorreu em Londres, em setembro. É a primeira atualização desde 2018, seguindo novas evidências científicas, com dados de diferentes estudos. Por ter sido feita por uma comunidade científica que serve de referência para o mundo, a atualização é levada em conta pelos médicos brasileiros.

“A diretriz indica um olhar mais atento para que esse grupo de pacientes seja alertado, orientado e incentivado a adotar ou intensificar medidas de prevenção. Quando efetivas, essas medidas podem evitar quadros de hipertensão e suas complicações”, explica o médico Rodrigo Noronha, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A hipertensão é considerada um “mal silencioso” ou um “inimigo oculto”, pois não apresenta sintomas específicos e pode levar a eventos cardiovasculares graves, como infartos ou acidente vascular cerebral (AVC).

“É bastante comum que a pessoa não saiba que tem hipertensão até sofrer um infarto ou um AVC. Ela é silenciosa, os pacientes descobrem durante um exame admissional, um atendimento ocasional ou uma emergência médica”, afirmou o cardiologista Rafael Côrtes, responsável pelo atendimento da especialidade no Grupo Santa, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Classificação da pressão arterial:

Pressão arterial normal: menor que 120/70 mmHg;

Pressão arterial elevada: pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg a diastólica entre 70 e 89 mmHg;

Hipertensão arterial sistêmica: sistólica acima de 140 mmHg ou diastólica acima de 90 mmHg.

9 imagens Fechar modal. 1 de 9 A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg Gizmo/ 2 de 9 Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial Peter Dazeley/ 3 de 9 Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente Colin Hawkins/ 4 de 9 Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos Grace Cary/ 5 de 9 A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia Peter M. Fisher/ 6 de 9 Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão 7 de 9 Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis bluecinema/ 8 de 9 Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados A. Martin UW Photography/ 9 de 9 Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos.

 
Pressão elevada

Pessoas com pressão elevada podem ser impactadas de diferentes formas. A curto prazo, esses pacientes podem sentir dores de cabeça e tonturas; cansaço e falta de ar; e ansiedade e nervosismo.

Em médio prazo, começam a ocorrer danos aos vasos sanguíneos e problemas renais iniciais. A longo prazo – uma vez estabelecido o quadro de hipertensão arterial e sem o tratamento adequado – , o paciente pode sofrer AVC, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias, insuficiência renal severa e até perda de visão significativa, podendo levar à cegueira.

O cardiologista Rodrigo Noronha considera que o diagnóstico de pressão elevada serve como um alerta para que o paciente faça o acompanhamento médico nos intervalos indicados e realize o monitoramento adequado.

“É essencial que o paciente reflita sobre como adotar ou intensificar mudanças efetivas em seu estilo de vida capazes de prevenir o aumento da pressão”, afirma Noronha.

Pressão elevada X pressão alta

O diagnóstico de hipertensão requer tratamento específico contínuo, inclusive com uso de medicamentos. Já o de pressão elevada exige monitoramento constante e ajustes no estilo de vida.

Nos casos de pressão elevada, algumas medidas não farmacológicas podem ajustar a pressão do paciente, evitando que ele evolua para um quadro de hipertensão e até mesmo volte a ter a pressão regulada.

Essas medidas incluem reduzir o peso corporal, praticar atividade física – incluir caminhadas ou corridas e musculação na rotina – , parar de fumar, diminuir o consumo de sódio, ingerir a quantidade adequada de potássio, por meio de uma alimentação rica em frutas e vegetais, e manter níveis aceitáveis de colesterol e glicemia.

“Pacientes com pressão elevada ainda não têm indicação de uso de medicamento. Algumas medidas não farmacológicas são comprovadamente eficientes para evitar a hipertensão. Dependendo do caso, o paciente pode até voltar a ter a pressão normal”, afirma Noronha.

Diagnóstico

Um dos principais exames para o diagnóstico é a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Nele, um pequeno aparelho é colocado no paciente para medir a pressão a cada 15 minutos durante 24 horas.

Outra opção de exame é a monitorização residencial de pressão arterial (MRPA). Nesse caso, o paciente realiza as medições da pressão em casa. Três medições devem ser feitas com intervalos de 15 minutos pela manhã e outras três à noite, por alguns dias.

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Assessoria de Comunicação