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DESTAQUES
Pacientes tomam medicação em pé e bolsas de soro são fixadas com pregos nas paredes do HGP
HUGO tem transição tranquila para nova OS
Diretor da Anvisa renuncia ao cargo antes de votação sobre liberação do uso medicinal da maconha
Ministério da Saúde congela tabela do SUS para diálise
Telemedicina já é realidade, mas médicos aguardam nova resolução sobre o tema
Brasil regulamenta transmissão de lâminas digitalizadas de doenças para análise à distância
'Minha preferência é ser candidata em Goiânia em 2020"
Inspeção aponta castigo e estupro em hospitais psiquiátricos
PORTAL G1
Pacientes tomam medicação em pé e bolsas de soro são fixadas com pregos nas paredes do HGP
Situação foi registrada dentro do Hospital Geral de Palmas. Fotos também mostram pacientes internados nos corredores da unidade, apesar de secretaria negar superlotação.
Imagens feitas dentro do Hospital Geral de Palmas (HGP) na manhã desta segunda-feira (2) mostram pacientes tomando medicação em pé nos corredores da unidade. Além disso, as bolsas de soro estavam fixadas nas paredes com pregos.
Essa situação foi registrada nos corredores próximos ao pronto-socorro. Um paciente informou à TV Anhanguera que a superlotação realmente está ocorrendo principalmente na área de emergência do hospital.
Outras imagens mostram dezenas de pessoas internadas em macas nos corredores do maior hospital público do estado. Os problemas contradizem os números divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no fim de novembro, quando afirmou que o HGP estava com apenas 82% de lotação.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a situação ocorreu em momento que a unidade apresentou excesso de demandas de suporte de soro para pacientes em observação e a necessidade logo foi sanada.
"A SES destaca que o Hospital Geral de Palmas (HGP) é uma unidade portas abertas, ou seja, é um hospital que mantêm prontos-socorros e ambulatórios onde a população é atendida imediatamente e que recebe pacientes de todo o Tocantins e de estados circunvizinhos, oferecendo atendimento em diversas especialidades por meio de sua equipe multiprofissional", diz a nota.
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DIÁRIO DA MANHÃ
HUGO tem transição tranquila para nova OS
INTS assumiu gestão do maior hospital do estado na noite desse sábado com promessa de aumentar cirurgias eletivas e melhorar atendimento
O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) assumiu na noite desse sábado a gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), maior hospital da rede pública de Goiás. A Organização Social venceu o chamamento da Secretaria Estadual de Saúde e já implantou nova metodologia de trabalho.
A nova diretora-geral do HUGO foi vice-diretora do Hospital de Base de Brasília e tem experiência em gestão. Dulce Xavier é mineira de Belo Horizonte e tem MBA na Fundação Getúlio Vargas. Ela comandou o grupo de gestores do INTS que acolheu colaboradores e terceirizados com rosas brancas, desejando paz e harmonia na nova relação de trabalho, com o compromisso de estreitar os laços e garantir dignidade e respeito para os trabalhadores.
“O que pudemos é uma equipe bem sincronizada e com um trabalho muito bem feito. Temos agora apenas aprimorar o que é possível e levarmos o hospital a servir bem seu propósito. Vamos melhorar os processos e garantir um acolhimento adequado a pacientes e usuários que vêm aqui. A partir disso aumentar a quantidade de procedimentos, fazendo ver à população o que ela necessita, garantindo a diminuição de filas e o atendimento sempre mais rápido possível. Essas são as nossas expectativas”, frisou.
O novo diretor-técnico do HUGO, Eros Sousa, percorreu com a equipe as enfermarias e UTIs exortando todos a manterem o padrão de qualidade e de humanização na saúde que querem fazer marca registrada na gestão do INTS. “Nossos colaboradores são da mais alta qualificação profissional e isso é primordial para darmos um atendimento de excelência para a população”, finalizou.
Equipes de profissionais
5 cirurgiões
4 ortopedistas
6 intensivistas
1 cirurgião vascular
2 neurocirurgiões
3 anestesistas
3 clínicos geral
1 nefrologista
1 pediatra
4 fisioterapeutas
2 assistentes sociais
1 psicóloga
Na noite de sábado para domingo trabalharam 26 enfermeiros; 83 técnicos de enfermagem; 01 tec mobilização de gesso; 10 coordenadores de enfermagem e 01 multiprofissional e foram realizados 4 procedimentos cirúrgicos durante a noite.
A equipe de administrativos da gestão conta com 117 colaboradores; a da assistência (exceto médicos) conta com 896 colaboradores entre enfermeiros, fisioterapeuta, psicólogos, fonoaudiólogos, técnicos de enfermagem entre outros; e 30 gestores nas áreas administrativas, financeiras e assistencial.
A equipe do INTS contará também com cerca de 330 servidores estaduais que permanecerão nas suas escalas de trabalho, dos quais 111 médicos, e passarão a ser geridos pelo Instituto. Na área médica, o INTS contratou sete empresas especializadas que comporão a força laboral médica em todas as especialidades e atuarão com aproximadamente 200 médicos. Na áreas de apoio logístico, o INTS contará com mais de 300 profissionais terceirizados de recepção, higienização, segurança, cozinha, entre outros.
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O GLOBO
Diretor da Anvisa renuncia ao cargo antes de votação sobre liberação do uso medicinal da maconha
Regulamentação da cannabis pode ser decidida esta terça-feira; voto de Renato Porto seria favorável à medida
RIO – O diretor da Agência Nacional de Saúde ( Anvisa ) Renato Porto anunciou esta sexta-feira sua renúncia ao cargo. Sua saída do posto ocorre dias antes da reunião em que a agência votará a liberação do uso medicinal da maconha , prevista para esta terça-feira.
A partir de janeiro de 2020, Jair Bolsonaro poderá ter maioria na diretoria da agência, formada por cinco integrantes, e ele não deve indicar entusiastas do cultivo da cannabis ou da venda de remédios derivados dela.
Bolsonaro já indicou um diretor do colegiado, Antônio Barra Torres, que assumirá a presidência da Anvisa no ano que vem.
O mandato de Porto, que estava na agência desde 2005, terminaria este mês, assim como o do presidente da Anvisa, William Dib, que também é declaradamente favorável à liberação dos medicamentos.
A votação ainda deve ocorrer esta terça-feira. Se houver empate, já que agora são quatro conselheiros, cabe a Dib decidir pela aprovação ou não da medida.
Porto escreveu uma carta de despedida aos servidores da Anvisa, dizendo que, para partir, é preciso um pouco de audácia :
Parto tranquilo e feliz. Se não servi a todos que esperavam, servi à Anvisa. Cumpri minha missão. Se cometi alguma injustiça, o fiz inconscientemente; julgava que aquele era o caminho correto. Hoje, julgo que errei, seja em algum procedimento, em alguma decisão, em alguma sugestão. Não me arrependo. Foi uma lição… isso é viver .
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MONITOR MERCANTIL
Ministério da Saúde congela tabela do SUS para diálise
A luta pelo reajuste da sessão de hemodiálise persiste e a instabilidade do cenário tende a provocar um colapso no atendimento no Brasil. Há décadas, o valor pago pelo Ministério da Saúde está abaixo do custo real de uma sessão de hemodiálise. Frente a este quadro de subfinanciamento crônico, as clínicas vêm perdendo sua capacidade de investimento em qualidade, segurança, e, até mesmo para a manutenção de suas atividades. O resultado é a redução de vagas para novos pacientes, que se mantém represados nos hospitais, além do encerramento das atividades de dezenas de clínicas pelo país. Apesar das diversas reuniões e do conhecimento dos fatos por parte do Ministério da Saúde, o tema reajuste do valor da sessão não evoluiu, trazendo mais angústia aos envolvidos: pacientes, prestadores de serviços, etc.
O tratamento ficou quatro anos sem reajuste, até janeiro de 2017, quando foi publicada a portaria Nº 98, a última responsável por ajustar valores de procedimentos de Terapia Renal Substitutiva (TRS) na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais do SUS. O valor da sessão de hemodiálise passou de R$ 179,03 para R$ 194,20, com reajuste de 8,47%. Porém, a nova quantia, que já era insuficiente à época, passados três anos causa um verdadeiro desastre, pois, as clínicas precisam arcar com a diferença entre este valor e R$ 238, que é o custo estimado de uma sessão de hemodiálise hoje.
Grande parte dos insumos, como produtos e maquinários são importados, além de gastos com dissídios trabalhistas, folha de pagamento, energia e impostos. Com tais despesas e a grave diferença de valor, a maioria das clínicas de diálise prestadoras de serviço ao SUS precisa recorrer a empréstimos ou não consegue sustentar o tratamento.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 133 mil pacientes renais crônicos dependem da TRS para filtrar artificialmente o sangue, sendo que 108 mil destes têm o tratamento financiado única e exclusivamente pelo SUS, por meio de uma rede de 770 clínicas privadas credenciadas. Apesar das difíceis condições financeiras, as clínicas colocam a saúde do paciente como prioridade.
Estas unidades estão mergulhadas em dívidas devido ao baixo valor pago a elas, além de lidarem com os atrasos recorrentes dos repasses. Mesmo assim, buscam resolver deficiências crônicas do sistema e dão o melhor para oferecer um tratamento de qualidade para os pacientes renais , explica o presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Yussif Ali Mere Júnior.
A situação toma proporção cada vez maior, uma vez que o Ministério da Saúde não avança no diálogo com a ABCDT e outras entidades para negociar os valores das sessões. Mesmo diante dessa dificuldade de articulação, a Associação promoveu em agosto desse ano, o Dia D da Diálise, com a campanha vidas importam, a diálise não pode parar . A ação ocorreu em mais de 40 cidades do país, mobilizando 16 mil pessoas em defesa do tratamento renal. Redes clínicas, indústrias, médicos, equipes multidisciplinares e familiares de pacientes estiveram presentes para apoiar a causa.
A ABCDT iniciou no Dia D um abaixo-assinado manifestando ao Governo Federal sua grande preocupação com a vida dos pacientes renais crônicos. O presidente da associação alerta para a menor oferta de tratamento à população: As clínicas estão em insolvência financeira, muitas em falência, já ultrapassaram os limites de sobrevivência. A consequência disso é que os pacientes renais crônicos, que dependem da hemodiálise para sobreviverem, poderão ficar sem tratamento, até mesmo vindo a óbito .
Em 1999, o Ministério da Saúde gastava anualmente R$ 13.448,89 por paciente. Hoje, esse gasto é de R$ 35.634,39. Considerando a atualização pelo IPCA, o valor deveria estar em R$ 44.470,87, o que demonstra que não há investimentos no setor. Com o cenário de subfinanciamento crônico, ficou impossível absorver qualquer impacto financeiro.
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AGÊNCIA CÂMARA
Telemedicina já é realidade, mas médicos aguardam nova resolução sobre o tema
Mesmo depois resolução ( 2228/19 ) do Conselho Federal de Medicina, que revogou resolução anterior ( 2227/18 ) que definia e disciplinava a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos, a prática já é uma realidade no Brasil. O assunto foi debatido em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família nesta quinta-feira (28).
Segundo Antonio Luiz Pinho Ribeiro, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, a telemedicina é um exemplo bem-sucedido no Estado a partir dos incentivos recebidos e parcerias firmadas.
As universidades mineiras se uniram precocemente para prestar essa assistência em conjunto. Isso uniu forças, tornou mais fácil que a gente conseguisse atingir pontos distantes e realizar várias atividades.
Luiz Ary Messina, da Organização Mundial de Saúde, reconhece que houve uma certa resistência dos médicos em relação à telemedicina, mas o novo processo é irreversível.
É claro que houve um certo embate na classe médica, com a nova resolução do Conselho Federal de Medicina sendo revogada. Mas todos os médicos e os profissionais da saúde estão cientes dessas inovações tecnológicas e que a maioria delas vem para ficar.
O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) , que é médico oftalmologista, não vê resistência entre os médicos com relação à telemedicina.
O que nós rechaçamos é que se pratique teleconsulta, que é diferente de telemedicina, é uma parte da telemedicina. Nós não podemos deixar que se faça a teleconsulta sem dois médicos, um em cada ponta.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) , que conduziu a audiência pública, vê com bons olhos o encaminhamento da questão rumo a um marco legal que beneficie todos os interessados, de médicos a pacientes.
Eu vejo a telemedicina como uma coisa muito importante para dar acesso a quem mais precisa, porque nós temos uma saúde que tem seus problemas.
A expectativa dos envolvidos no processo de compilação das sugestões e consultas aos médicos brasileiros é de que, em maio do ano que vem, o Conselho Federal de Medicina possa emitir uma nova resolução sobre a telemedicina no Brasil.
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MAXPRESS
Brasil regulamenta transmissão de lâminas digitalizadas de doenças para análise à distância
Realizada por laboratórios brasileiros e do exterior há mais de 15 anos, o envio de lâminas digitalizadas para análise à distância de doenças como o câncer passa a ser regulado no Brasil. A Resolução nº 2.264/2019, do Conselho Federal de Medicina (CFM), coloca normas para a prática da Telepatologia e possibilita maior controle do paciente na autorização, segurança e conhecimento sobre o uso de suas informações pessoais e clínicas.
A Resolução atende a uma reivindicação da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), seguindo a protocolos nacionais e internacionais de qualidade, e passa a vigorar no país em um cenário em que instituições, como os laboratórios, devem se preparar para atender, a partir do próximo ano, aos requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A Lei nº 13.709/2018 tem como objetivo regulamentar o tratamento de dados pessoais de usuários de empresas públicas e privadas.
Segundo o Dr. Renato Lima de Moraes, vice-presidente para Assuntos Profissionais da SBP e um dos responsáveis pela elaboração da Resolução junto ao CFM, as novas normas "obrigam, por exemplo, o laboratório a solicitar a autorização e informar a esse paciente que vai fazer a Telepatologia".
Assim, explica Moraes, o paciente e o profissional requisitante podem rastrear o exame e falar com o laboratório: "As instituições precisarão adequar seus equipamentos e profissionais para trabalhar com segurança e respeito ao paciente, que é o dono dos exames, do material coletado e das lâminas".
Qualidade no diagnóstico
De acordo com dados do Food and Drug Administration (FDA), órgão federal responsável por controlar medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, no país norte-americano devem ser submetidas à análise à distância cerca de 50 milhões de lâminas em 2020. No Brasil, as novas normas foram propostas com base em um amplo estudo realizado pela SBP junto aos patologistas – médicos especialistas em diagnósticos de doenças -, por meio de duas consultas públicas e de um fórum com transmissão online.
Estabelecem, desse modo, maior qualidade profissional em todos os procedimentos patológicos. Isso significa que a supervisão do processamento do material coletado deverá ser feita somente por um patologista, que prepara as lâminas e transmite online para outro patologista, que fará o diagnóstico. Ainda, deve agilizar a análise de materiais e disponibilização de diagnóstico.
Presidente da SBP, o Dr. Clovis Klock, complementa que o CFM e a Sociedade ouviram as empresas que fabricam softwares e aparelhos que escaneiam lâminas para entender as demandas da atividade: "É possivelmente uma das resoluções mais modernas do mundo", conclui.
Pontos da Resolução
O paciente deve autorizar a transmissão à distância de imagens patológicas de lâminas e de seus dados pessoais e clínicos
A transmissão à distância de imagens patológicas só pode ser realizada se houver um médico especialista em cada uma das pontas
A responsabilidade da transmissão deve ser assumida por um médico especialista em Patologia
As imagens devem obedecer a critérios em relação à qualidade das imagens e à segurança no envio das informações
O envio das informações deve garantir a integridade, veracidade, confidencialidade, privacidade e sigilo das informações
As lâminas virtuais devem ser guardadas por, no mínimo, três meses. A imagem digital da lâmina física deve ser arquivada por cinco anos, que é o mesmo período para o armazenamento da lâmina física
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O POPULAR
'Minha preferência é ser candidata em Goiânia em 2020"
Em busca de uma legenda para disputar a Prefeitura da capital, Cristina Lopes (PSDB) diz que escolherá a sigla que der mais sustentação e segurança
Na tentativa de viabilizar seu projeto de candidatura à Prefeitura de Goiânia em 2020, a vereadora Cristina Lopes (PSDB) está mais preocupada em achar uma sigla que garanta seu nome como cabeça de chapa na uma eletrônica em outubro do ano que vem do que exatamente uma legenda com a qual tenha alguma afinidade ideológica.
"Minha preferência é ser candidata em Goiânia em 2020. É apresentar a possibilidade de uma nova administração. E o partido que nos der mais sustentação, mais segurança, nós vamos escolher. Porque ideologia partidária, hoje no Brasil, acabou. Isso não existe mais", disse ontem ao programa Jackson Ahrão Entrevista.
Segundo a vereadora, atualmente há "dois convites muito fortes, e já com uma conversa bem adiantadas": PDT e PL. "Provavelmente, a mudança de partido será uma realidade na minha vida. Coisa que às vezes a gente critica quando está de fora, mas só quem tá dentro do processo é que sabe. "
Com formação em Educação Física e Fisioterapia, Dra. Cristina, como é conhecida, está em seu segundo mandato na Câmara, onde atualmente é relatora do novo plano diretor da capital. Ela fez da saúde um dos temas prioritários de sua carreira política. Segundo a vereadora, ao lado do trânsito, a saúde hoje é um dos maiores problemas da capital.
"Não trouxe eficiência. O que fez foi uma inversão. Antes, as pessoas de Aparecida, de Senador Canedo, de Trindade é que viam buscar atendimento em Goiânia. Agora, é a população de Goiânia que está indo para essas cidades. Especialmente Aparecida, que tem dado um show no que diz respeito à saúde. "
Cristina defende que o problema ocorre mais pela falta de um plano efetivo do que exatamente escassez de recurso: "O dinheiro do SUS é suficiente para entregar um bom serviço. Mas faltou planejamento, faltou respeito com o sofrimento das pessoas". Ela criticou a gestão sobre o sistema de regulação de cirurgias e internações: "Um dinheiro público de alto investimento mal utilizado".
PODER REATIVO
Cristina qualificou a gestão do prefeito íris Rezende (MDB) como a de um "poder público reativo". "O que falta na administração pública é agir e não só reagir quando a coisa acontece. Árvores que caem. Já é fato. Goiânia têm árvores que estão adoecidas, condenadas. Já existe um processo. Você vai lá na Amma e tem processo de 200 páginas para fazer a remoção de uma árvore. Isso é inconcebível numa cidade, com o mundo digital de hoje."
Ela criticou o que chama de excesso de centralização da administração de íris. "E centralizadora e isso são palavras do prefeito", diz. "Ele conta uma história, que é muito épica, de uma roçadeirinha que ele pessoalmente foi lá para verificar se era preciso comprar. Não é uma administração que dá autonomia para as secretarias. "
Cristina diz que a falta de planejamento da atual gestão também está presente no trânsito da capital. Ela entende que era possível ter estabelecido uma sequência de obras, antes de "furar a cidade inteira". E que Goiânia não conta com uma engenharia de trânsito adequada.
A vereadora diz que Goiânia é uma "cidade cartorial", que ainda não soube usufruir o que a tecnologia tem proporcionado. O que, segundo ela, aparece ainda na falta de transparência da Prefeitura. "Costumo brincar lá na Câmara, que é tão transparente, tão transparente, que você nem enxerga", diz. "Quando não, são informações selecionadas. Não pode ser assim. Tem que informar tudo. Isso tem que está acessível ao cidadão, à cidadã. "
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FOLHA DE S.PAULO
Inspeção aponta castigo e estupro em hospitais psiquiátricos
Fiscalização ocorreu em 40 instituições de grande porte, em 17 estados, que respondem por 36% dos leitos do SUS
Natália Cancian
Um conjunto de inspeções feitas em hospitais psiquiátricos encontrou instituições sem estrutura adequada, uso excessivo de contenções físicas, pacientes submetidos a castigos e até mesmo relatos de casos de trabalho forçado e denúncias de estupro.
Os resultados constam de relatório conjunto do Ministério Público do Trabalho, Conselho Federal de Psicologia, Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e Conselho Nacional do Ministério Público. As visitas ocorreram em dezembro de 2018.
Foram inspecionados e feitas entrevistas com pacientes e funcionários de 15 hospitais públicos e 25 privados, com ou sem fins lucrativos, mas que prestam serviços ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Juntas, essas instituições respondem por um terço dos hospitais psiquiátricos habilitados para funcionamento em 2018 e por 36% dos leitos para essa área na rede pública.
Segundo os inspetores, a seleção das instituições considerou aquelas que tinham acima de 400 leitos, taxas de ocupação acima de 100% e ocorrência de mortes registradas nos últimos seis anos.
O grupo também verificou, para fazer as visitas, a existência de notícias ou denúncias de violações aos direitos humanos e histórico de recomendações para descredenciamento desses locais da rede de saúde.
Questionado pela reportagem, o Ministério da Saúde apenas informou que ainda não teve acesso ao relatório.
O resultado trouxe alerta às equipes que participaram do trabalho em 17 estados. Entre os problemas, estava a presença de hospitais superlotados, com pacientes que dormiam no chão ou em camas deterioradas e sem lençóis. A ausência de cama para todos foi verificada em 11 dos 40 hospitais visitados.
Também foram encontrados casos de curatela (quando uma pessoa responde pelos interesses de outra) em massa pela direção do hospital até casos de internações involuntárias sem aviso ao Ministério Público.
"Existe uma preocupação muito grande de que pessoas estão sendo cura tela das por donos de hospitais psiquiátricos, o que precisa ser observado", diz Lúcio Costa, perito do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, para quem isso pode levar ao acesso irregular a fontes de renda dos pacientes.
Segundo ele, em alguns casos, houve até mesmo indícios de sequestro e cárcere privado. "São indícios que precisam ser apurados pelas autoridades."
"Também encontramos várias instituições que não comunicam internações involuntárias ou comunicam de maneira falha", diz ele, que lembra que o problema foi detectado em nove instituições.
No documento que compila os resultados, também há relatos de casos de castigos aplicados a pacientes, como ameaça de que fiquem algemados, manutenção em locais isolados ou impedimento de participar de atividades.
O relatório cita ainda registro de uso excessivo de contenção física e mecânica (situação apontada em entrevistas feitas em 15 hospitais) e de medicação para imposição de disciplina (em 16).
"Em quinze relatórios foram destacadas situações de graves irregularidades/abuso, tais como pessoas que ficam constantemente contidas, uso da contenção como castigo decorrente de um comportamento não tolerado pela equipe de plantão, contenção de maneira inadequada, ausência de prescrição médica, pessoas contidas sujas de fezes/ urina", diz o documento.
Em casos ainda mais graves, foram encontrados indícios de trabalho forçado, além de relatos de violência e até mesmo denúncias de abuso sexual e estupro – esta última, apontada em entrevistas em seis hospitais.
Em um desses casos, em visita no Ido de Janeiro, a equipe foi informada de que uma paciente ficou grávida após ter sido estuprada por um funcionário, que foi preso. Em outra, no Maranhão, uma paciente relatou ter sido estuprada por um dos internos.
As inspeções ocorreram cerca de um ano após a aprovação de mudanças na política de saúde mental, o que ocorreu no fim de 2017.
Entre essas mudanças, está a suspensão do fechamento desses hospitais e reajuste no valor pago em diárias de internação, medida que gerou críticas de entidades favoráveis ao movimento antimanicomial. Já o Ministério da Saúde alegou à época que havia leitos insuficientes no pais.
Problemas de estrutura foram outros pontos de alerta. Ao menos 12 hospitais não tinham alvará ou licença sanitária, o equivalente a 30%.
Em 17, havia banheiros sem porta, violando a privacidade. Parte também não tinha acesso a chuveiro com água quente ou a papel higiênico.
Costa destaca o fato de que a maioria dos hospitais tinham características asilares.
"A lei diz que é proibida a internação de pessoas em instituições com características asilares. O Estado precisa se comprometer a buscar estratégias de cuidado fora dessas instituições", diz Costa.
No documento, inspetores recomendam que os hospitais não recebam mais pacientes até correção de todas as falhas encontradas.
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40
hospitais psiquiátricos
foram inspecionados em dezembro de 2018 em 17 estados do país, sendo 15 públicos e 25 privados
36%
dos leitos ofertados pelo SUS nessa modalidade de atendimento estão nessas unidades inspecionadas
15 hospitais
registraram, segundo o relatório, uso excessivo de contenção física e mecânica
6 unidades
tiveram denúncias de abuso sexual e estupro
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação