Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de Saúde: entenda as novas regras da ANS para cancelamento por falta de pagamento

Medicamento de R$ 17 milhões para doença rara tem registro aprovado pela Anvisa

STF decide que o médico Victor Sorrentino deve seguir nas redes sociais normas do Código de Ética Médica

UPA Itaipú: “Aqui morre pacientes toda semana por falta de leitos em UTI”, diz técnica de enfermagem

Governo do Estado instala gabinete de crise para lidar com problemas na saúde de Goiânia

Wilson Pollara passa por angioplastia e está em UTI com saúde estável

Dezembro Laranja 2024 reforça prevenção contra o câncer de pele no Brasil

Neurocirurgiã alerta sobre distúrbios de movimento e doenças que eles podem ocultar

Planos de saúde e hospitais investem em clínicas especializadas em câncer. Veja como funcionam

Médicos lideram casos de assédio, abuso e má conduta entre profissionais de saúde

ISTOÉ

Planos de Saúde: entenda as novas regras da ANS para cancelamento por falta de pagamento

No domingo, 1º de dezembro, entraram em vigor as novas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) sobre a notificação de beneficiários de plano de saúde por inadimplência.

Com as novas regras, o usuário só poderá ter o plano cancelado por inadimplência se deixar de pagar, no mínimo, duas mensalidades, sejam elas consecutivas ou não.

Para os planos contratados até 30 de novembro deste ano, a regra continua sendo a anterior, o cancelamento de contrato pode ser realizado se o pagamento ficar em aberto por mais de 60 dias, consecutivos ou não, nos últimos 12 meses de vigência do contrato.

Em casos como estes não há um número mínimo de mensalidades vencidas. Assim, uma única fatura sem pagamento por período superior a 60 dias já é o suficiente para implicar no cancelamento do contrato.

Quem será afetado pela mudança?

As novas regras regulamentadas na Resolução Normativa nº 593/2023, valem para os contratantes do plano de saúde individual ou familiar e para o contratante empresário individual (pessoa jurídica) de plano coletivo empresarial, que segundo a ANS devem ser comunicados previamente sobre o possível cancelamento do contrato no caso da falta de pagamento.

As mudanças também servem para contratos de plano coletivo diretor com a operadora, como ex-empregados (demitidos e aposentados), servidores públicos, beneficiários de operadoras de autogestão ou aqueles que pagam a uma administradora de benefícios.

Como serão realizadas as notificações?

Por e-mail

A proposta da ANS é para que as notificações sejam realizadas por meio eletrônicos, como e-mail, desde que ele possua certificado digital ou haja confirmação de leitura.

Pelo celular

Também serão adotas mensagens de texto como SMS e WhatsApp, desde que haja uma resposta do beneficiário confirmando o recebimento da mensagem, além de ligações telefônicas gravadas com confirmação de dados pelo beneficiário.

Por carta

Outra maneira de notificar beneficiários inadimplentes será o envio de correspondências com “aviso de recebimento” dos Correios, ou entrega por um representante da operadora.

A ANS ressalta que é fundamental que os beneficiários mantenham seus dados cadastrais atualizados junto à operadora de plano de saúde para que recebam comunicados e fiquem bem informados.

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VEJA

Medicamento de R$ 17 milhões para doença rara tem registro aprovado pela Anvisa

Elevidys é a primeira terapia gênica aprovada para distrofia muscular de Duchenne; indicação é para crianças de 4 a 7 anos que ainda conseguem andar

Considerado um dos medicamentos mais caros da atualidade e centro de discussões sobre oferta de tratamento para pessoas que vivem com doenças raras, o Elevidys , da farmacêutica Roche, teve o registro aprovado para crianças de 4 a 7 anos com distrofia muscular de Duchenne nesta segunda-feira, 2, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A liberação foi em caráter excepcional por causa da gravidade da doença e da falta de outros tratamentos para a condição. O fármaco – que tem custo de R$ 17 milhões por aplicação – é a primeira terapia gênica aprovada para a população infantil impactada pela doença genética que afeta a capacidade de se locomover, causando ainda problemas cardíacos e respiratórios.

O delandistrogeno moxeparvoveque, de nome comercial Elevidys, poderá ser indicado apenas para crianças dessa faixa etária que ainda conseguem caminhar sem ajuda de andadores e que não necessitam de cadeira de rodas. Isso porque a distrofia muscular de Duchenne leva ao enfraquecimento dos músculos do corpo que, com o passar do tempo, também vão se deteriorando.

Normalmente diagnosticada em crianças com 3 a 6 anos, a doença é causada por uma falha genética que faz com que o paciente não tenha uma proteína chamada distrofina, essencial para o funcionamento das células musculares. A gravidade se dá não só pela perda dos movimentos, que leva a quedas constantes, mas por afetar o aprendizado, além de causar problemas nos músculos do coração e do sistema respiratório.

Segundo a agência, a droga é contraindicada para pacientes com perdas de parte do cromossomo “nos éxons (região específica do DNA ) 8 e/ou 9 do gene DMD ou com títulos elevados de anticorpos contra o vetor viral”.

“Para pacientes acima de 7 anos e que perderam a capacidade de locomoção funcional, mesmo que com algumas dificuldades ou limitações, os dados disponíveis são limitados e ainda não são suficientes para verificar o benefício do uso do produto”, informou, em nota, a agência.

O medicamento é uma terapia avançada que utiliza um vetor viral para substituir a proteína relacionada com a doença (a distrofina) que apresenta mau funcionamento ou que está ausente no organismo da pessoa. Administrada por dose única intravenosa, a terapia restaura a função muscular dos pacientes.

Judicialização e suspensão de liminares

Medicamento inovador, mas com alto custo, o Elevidys estava sendo obtido pelos pacientes por meio de liminares por não ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está entre os medicamentos que alimentam o debate sobre os impactos da judicialização para o sistema de saúde .

Em agosto deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão das decisões para compra do remédio pelo Ministério da Saúde e foi iniciado um processo de conciliação entre a pasta, a Anvisa, a Roche Brasil, a a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), além dos dois hospitais credenciados para fazer a aplicação no país.

Naquele momento, havia 55 ações em curso das quais 13 tinham decisões favoráveis ao fornecimento e 11 aguardavam a compra. O valor para cumprir as liminares foi calculado em R$ 252 milhões e a proposta era de negociar um acordo com o laboratório.

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BLOG FELIPE VIEIRA

STF decide que o médico Victor Sorrentino deve seguir nas redes sociais normas do Código de Ética Médica

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que médicos que atuam nas redes sociais devem observar rigorosamente os preceitos do Código de Ética Médica (CEM), mesmo na condição de influenciadores digitais. A decisão foi tomada em recurso extraordinário no qual o médico Victor Sorrentino, influenciador conhecido nacionalmente contestava fiscalizações realizadas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers).

O médico alegava que suas postagens em redes sociais, que incluem dicas de alimentação, exercícios físicos e cuidados gerais de saúde, não configuravam prática médica e, portanto, estariam fora do alcance da fiscalização do Conselho. Contudo, o STF entendeu que o exercício de atividades nas redes sociais por profissionais da Medicina, especialmente aquelas que envolvem informações sobre saúde, está vinculado à responsabilidade ética da profissão.

Segundo o ministro relator Alexandre de Moraes, a liberdade de expressão, garantida constitucionalmente, não é um direito absoluto. Dessa forma, o Cremers tem a atribuição de fiscalizar atos que possam representar infrações éticas, mesmo que ocorram fora do ambiente tradicional de consultório. O STF reafirmou que a atuação dos Conselhos Profissionais é essencial para proteger a sociedade, garantindo que informações relacionadas à saúde sejam transmitidas com responsabilidade e embasamento científico.

Eduardo Neubarth Trindade

A decisão estabelece que, mesmo em atividades como influenciadores digitais, médicos devem evitar publicações que possam induzir o público ao erro, como propaganda de métodos sem comprovação científica. O caso reforça a necessidade de os profissionais manterem uma postura ética alinhada às regulamentações da área, independentemente do meio em que atuem.

O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, ressaltou que a decisão do STF é uma vitória para a população, uma vez que garante a segurança das informações médicas transmitidas nas redes sociais. “As pessoas têm cada vez mais acesso à internet. E ela não pode ser tratada como território de ninguém. Os médicos são responsáveis por tudo o que publicam na área da saúde. Por isso, comemoramos a decisão do STF”, explicou Trindade.

A redação está procurando contato com Victor Sorrentino, o médico ainda não se pronunciou sobre a decisão do STF.

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JORNAL OPÇÃO

UPA Itaipú: “Aqui morre pacientes toda semana por falta de leitos em UTI”, diz técnica de enfermagem

“O problema é a falta de medicamentos essenciais, como antibióticos adequados para estabilizar casos graves. Muitas vezes, os familiares precisam comprar medicamentos por conta própria, pois os disponíveis não são eficazes para os casos mais críticos”, diz médico

“Falta insumos, falta medicamentos, falta antibióticos, medicação essencial para quem está em uma situação grave em decorrência de infecção generalizada, falta até a dieta que os pacientes precisam usar quando estão usando sonda. Aqui morre pacientes toda semana por falta de leitos em UTI. Quem dera se fosse somente essas mortes noticiados pela imprensa, contou ao Jornal Opção uma técnica de enfermagem que pediu para não ser identificada, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) do Residencial Itaipú, em Goiânia.

A crise na saúde pública de Goiânia, que culminou na prisão do secretário de saúde, Wilson Pollara, ganhou repercussão nacional, inclusive na grande imprensa. A situação se agravou nas duas últimas semanas de novembro, com a morte de seis pacientes internados nas chamadas salas vermelhas — áreas destinadas ao atendimento emergencial de casos graves — enquanto aguardavam vagas em leitos de UTI. Entre as vítimas, três estavam internadas na UPA do Residencial Itaipu à espera de transferência.

A técnica de enfermagem relatou que a UPA está funcionando com recursos mínimos, que, segundo ela, são insuficientes para atender à demanda. Ela destacou que três pacientes permanecem internados na sala vermelha, aguardando vaga em UTI há mais de quatro dias. Por lei, o prazo máximo de permanência nessas condições é de 24 horas. “Há pacientes que chegam a esperar de 30 a 40 dias nesta sala. Trabalho aqui há 12 anos, e sempre foi complicado, mas confesso que esta é a pior gestão da saúde que já presenciei”, afirmou.

A reportagem também ouviu um médico, que corroborou os relatos sobre a precariedade do sistema de saúde da capital. Ele mencionou um paciente de 53 anos, entubado na noite de domingo, 1º de dezembro, devido a uma infecção generalizada. Segundo o médico, o pedido de vaga em UTI foi feito no dia 27 de novembro e reforçado na manhã de segunda-feira, 2 de dezembro, após a piora do quadro clínico do paciente.

“O problema é a falta de medicamentos essenciais, como antibióticos adequados para estabilizar casos graves. Muitas vezes, os familiares precisam comprar medicamentos por conta própria, pois os disponíveis não são eficazes para os casos mais críticos. O mesmo ocorre com as dietas específicas. O que temos aqui é boa vontade para salvar vidas, mas, infelizmente, nas condições atuais, só fazemos milagres”, desabafou o médico.

Outra técnica de enfermagem revelou que a máquina de esterilização da unidade está quebrada há meses e não foi consertada nem substituída. Com isso, os materiais precisam ser enviados ao Cais do Novo Horizonte para esterilização, o que atrasa os atendimentos. “O problema é que várias UPAs estão com as máquinas de estufa quebradas e utilizam o mesmo serviço do Cais, o que torna o retorno dos materiais ainda mais demorado”, explicou.

Vânio Mendes, que acompanhava um amigo com um corte no braço causado por um acidente de trabalho, relatou que não havia insumos para realizar a sutura. “É um descaso com a população. Uma UPA que não consegue fazer uma sutura? Não tem lógica”, lamentou.

Cibele Batista, moradora do Residencial Ipanema, levou a filha para realizar um exame de raio-x e ficou impressionada com as condições da unidade. “Tudo está deteriorado. Os bancos estão rasgados e sem espuma. É desolador”, afirmou. Apesar disso, ela elogiou os servidores, que se esforçam para atender bem, mesmo em um cenário tão caótico. “Os médicos daqui não são deuses, mas fazem milagres todos os dias”, completou.

Por outro lado, Kelly Lima, coordenadora geral da UPA, contestou as denúncias. Segundo ela, havia apenas um paciente intubado aguardando vaga em UTI. “No sistema, consta apenas um pedido de transferência para UTI. Quanto aos demais pacientes, é possível que já tenham sido estabilizados”, disse. Sobre a falta de medicamentos, Kelly afirmou que está sendo feito um remanejamento, e alguns itens já foram repostos. Quanto ao paciente entubado, ela ressaltou que foram oferecidas duas vagas em Nerópolis, mas a família recusou.

A reportagem pediu resposta para a Secretaria Municipal de Saúde, mas até o momento não tivemos retorno. O espaço fica aberto para esclarecimentos.

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Governo do Estado instala gabinete de crise para lidar com problemas na saúde de Goiânia

O gabinete, instaurado nas 13 unidades de Urgência e Emergência da capital, conta com membros da SES e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia.

A Secretaria de Estado e Saúde de Goiás (SES-GO) publicou portaria que cria um gabinete de crise para lidar com os problemas enfrentados pela saúde de Goiânia. O gabinete, instaurado nas 13 unidades de Urgência e Emergência da capital, conta com membros da SES e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia.

De acordo com a gerente das Regionais de Saúde da SES, Jaqueline Rocha, os gabinetes utilizam um painel de indicadores que servem para monitorar recursos humanos, insumos, medicamentos e solicitações de leitos, facilitando a tomada de decisões e o redirecionamento de recursos para otimizar o atendimento aos pacientes. O objetivo da medida é melhorar a eficiência e a rapidez no atendimento, reduzindo o tempo de espera e garantindo acesso oportuno a leitos e tratamentos.

“O gabinete é um instrumento de gestão. As informações serão alimentadas diariamente para que a gestão municipal possa tomar decisões. Por exemplo, se existir sobra de insumos ou medicamentos em determinada unidade e falta em outra é possível que a gestão municipal faça este dimensionamento e esse redirecionamento de insumos entre uma unidade e outra”, explicou Jaqueline.

Segundo a gerente, também possa ser necessário o remanejamento de recursos humanos entre unidades de acordo com a demanda por atendimentos, que será observada diariamente. “Isso faz com que a rotatividade e a resolutividade do atendimento nas unidades seja mais acelerado para que o paciente espere menos. Quando falamos de solicitações de leitos de UTI, o gabinete de crise vai permitir quais são essas unidades que estão com maiores solicitações, quem é este paciente, para que em tempo oportuno o paciente tenha atendido na unidade de saúde adequada e em tempo oportuno”, afirma.

Um dos pontos da portaria é dispensa de licitação para compra de medicamentos e insumos. Um dos pontos citados por uma interlocutora da SMS é a possibilidade de acordos “verbais” para a compra desses medicamentos. “Estão sendo feitas duas compras, então devemos ter medicamentos nesta quinta ou sexta, que são injetáveis para unidades de urgência, e outra emergêncial, que deve chegar em até 30 dias, para suprir a falta de medicação nas unidades de saúde”, disse.

Por fim, a gerente afirma que o gabinete de crise deve ser mantido ainda na gestão de Sandro Mabel, que assumirá como prefeito em 1º de janeiro. “O prosseguimento do gabinete é de decisão da gestão municipal, mas acreditamos que ele deva permanecer. Ele [Sandro Mabel] precisará tomar pé da gestão e o gabinete de crise é um instrumento de gestão, então ele deve perdurar por se tratar de uma ferramenta em que os gestores das unidades podem continuar utilizando”, completa.

A crise

A Saúde em Goiânia já vem sendo alvo de críticas da imprensa há meses. Poucas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) rodando na capital, anestesistas em greve devido às condições de trabalho e atrasos nos repasses para as principais maternidades de Goiânia são algumas das polêmicas envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia.

Agora, a situação se agrava já que, na última semana, pacientes começaram a morrer na espera por vagas na UTI, apesar de, em alguns casos, já existir decisão judicial determinando que o poder público encontrasse alternativa no Sistema Único de Saúde (SUS) ou que arcasse com os gastos do leito na rede privada.

Segundo o secretário Estadual de Saúde, Rasível Santos, a crise foi causada por “falta de credibilidade”. “Quando começamos a ter esses problemas acabamos inflacionando o mercado e o leito acaba ficando mais caro. Às vezes, o hospital acaba tendo mais dificuldade para gerar leitos e, outro problema que agrava, é a falta de medicamentos na atenção primária. Isso faz com que a doença agrave e aumente o tempo de permanência de pacientes nas UTI’s”, explicou.

“Vamos sanar esses problemas de credibilidade com a ajuda do Governo de Goiás. O governador Ronaldo Caiado tem a credibilidade de nunca atrasar pagamentos e não fazer nenhum compromisso que o governo não possa cumprir. Traremos essa credibilidade para a Saúde de Goiânia junto ao próximo prefeito”, continuou.

A “falta de credibilidade” citada por Rasível já havia sido mencionado pelo ex-secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara. Durante sua fala no início da reunião entre a SMS e a SES, na última segunda-feira, 25, Pollara afirmou que a a “Prefeitura está sem credibilidade financeira” como uma das justificativas para o colapso notado na questão das UTIs na cidade.

Pollara também destacou como “honrosa” a postura do prefeito eleito, Sandro Mabel, que se comprometeu a buscar soluções antes mesmo de assumir o cargo oficialmente em 2025. “É uma atitude de muita honra e demonstra preocupação genuína com a população de Goiânia. Assumir essa responsabilidade 35 dias antes da posse é algo digno de reconhecimento”, disse.

Em nota enviada ao Jornal Opção, a SES-GO afirmou que a responsabilidade “pela gestão dos leitos municipais e conveniados” é do município e que a falta de leitos não é do Estado, que tenta suprir como pode a carência da capital e, por isso, acaba se sobrecarregando. “A falta de leitos em Goiânia resulta na sobrecarga da regulação estadual, quando as solicitações extrapolam a capacidade municipal”, afirmam.

De 2018 para cá, a SES-GO cumpriu com sua função de aumentar o número de leitos disponíveis em UTI, diferentemente da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). “A rede estadual de saúde disponibilizava, em 2018, 212 leitos de UTI Adulto e, em 2024, são 575, com a ampliação de 171% por parte do Estado”, explicam.

Porém, dados apresentados por Rasível mostram a redução no número de leitos de UTI em Goiânia nos últimos anos. Em 2022, havia 186 leitos financiados pelo estado e município; em 2024, o número caiu para 118.

Rasível alertou sobre as consequências desse cenário: “A superlotação nos hospitais faz com que os pacientes fiquem internados e levem mais tempo, criando um ciclo vicioso de agravamento das condições de saúde”. Ele também ressaltou a necessidade de melhorar a gestão dos leitos existentes, reduzindo o tempo de permanência e ampliando o giro dos pacientes.

A crise na saúde de Goiânia não se limita à oferta de UTIs. Greves de anestesistas, falta de insumos e condições precárias de trabalho são apenas alguns dos sintomas de um sistema à beira do colapso. Sandro Mabel terá a missão de resgatar a confiança dos prestadores de serviços, renegociar dívidas e implementar melhorias que atendam à crescente demanda por serviços de saúde na capital.

Rasível dos Santos também destacou a necessidade de ações preventivas, como o fortalecimento da atenção primária para evitar agravamentos de casos que poderiam ser tratados antes de chegar às UTIs. “Estamos diante de uma demanda maior do que a capacidade do sistema, o que exige medidas estruturantes”, concluiu.

Prisão de Pollara

O secretário municipal de saúde de Goiânia, Wilson Pollara, foi preso na manhã desta quarta-feira, 27, durante operação do Ministério do Ministério Público (MP). O secretário executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo, também foram detidos e conduzidos à Casa do Albergado suspeitos de associação criminosa e pagamento irregular em contrato administrativo no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

Foi determinado ainda o afastamento cautelar e, consequentemente, a suspensão do exercício das funções públicas dos três investigados. O órgão também cumpriu, com o auxílio da Polícia Militar de Goiás (PMGO), oito mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, nas residências dos alvos de prisão e de um empresário que presta serviços à pasta. Um dos alvos estava em posse de mais de R$ 20 mil em espécie.

A investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (GAEPP), aponta que a prática reiterada de crimes por parte dos investigados, como a concessão de vantagens em contratos, ocasionando prejuízo para a administração pública. Foi constatada a existência de pagamentos irregulares, inclusive com preterição da ordem cronológica de exigibilidade.

Conforme apurado, Pollara, Quesede e Bruno deixaram de repassar verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor, que são responsáveis pela gestão de unidades hospitalares e maternidades da capital, especialmente à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). A falta de verba fez com que a Fundahc, de acordo com o MP, ficasse com passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores, portanto, sem condições de funcionamento regular.

Paralelamente à atuação do esquema criminoso, a rede pública de saúde da capital enfrenta uma crise de gestão multifatorial, caracterizada pela desestruturação progressiva da assistência hospitalar e a restrição ao acesso a leitos de enfermaria e UTI – o que já provocou a morte de cinco pessoas em menos de uma semana. 

A falta de inúmeros básicos e a interrupção de serviços essenciais, assim como graves deficiências em políticas públicas de assistência básica, descumprimento reiterado de decisões judiciais e indícios de irregularidades em diversas contratações, também são um reflexo das práticas criminosas orquestradas na SMS, de acordo com o MP. A situação resultou em violações massivas de direitos fundamentais, especialmente dos direitos à vida e à saúde da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS).

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A REDAÇÃO

Wilson Pollara passa por angioplastia e está em UTI com saúde estável

Defesa teve pedido de habeas corpus indeferido  

O ex-secretário da saúde de Goiânia, Wilson Pollara, passou por uma angioplastia, neste domingo (1/12), no Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia. Segundo o boletim médico, o paciente encontra-se estável e permanece sob observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pollara possui um quadro de angina instável. 

Pollara deu entrada no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams), neste domingo, com suspeita de infarto. Feito um primeiro atendimento, ele foi encaminhado para o Hospital Ruy Azeredo. Após avaliação clínica detalhada e exames complementares, Wilson Pollara passou por angioplastia percutânea com implante de stent farmacológico.

A defesa do ex-secretário se manifestou ”temendo”, pela saúde de Pollara. ”Como forma de proteger a saúde e a dignidade humana de seu cliente, a defesa impetrou ontem um novo habeas corpus com pedido em liminar, porém o pedido liminar foi indeferido pela justiça. A defesa reforça que continuará buscando todas as medidas legais para que seu cliente tenha acesso aos cuidados necessários, e reitera o alerta de que a manutenção da prisão temporária representa risco de morte ao médico”, relata a nota do advogado de Pollara, Thiago Peres.

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AGÊNCIA BRASIL

Dezembro Laranja 2024 reforça prevenção contra o câncer de pele no Brasil

Campanha destaca a importância da prevenção e oferece atendimentos gratuitos em todo o país no próximo sábado

Com a chegada do verão, a campanha Dezembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ganha destaque na conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele, o tipo mais comum no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse câncer corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no país, sendo o tipo não melanoma o mais frequente, com 176.930 casos estimados em 2020.

A radiação ultravioleta (UV), principal causa da doença, acumula-se ao longo da vida. Para se proteger, é essencial usar protetor solar, evitar o sol entre 10h e 16h e adotar acessórios como chapéus e roupas com proteção UV. A melanina, embora proteja parcialmente, não torna a pele imune ao câncer, o que torna os cuidados necessários para todos os tons de pele.

Neste sábado (7), a SBD realizará atendimentos gratuitos em mais de 100 postos pelo Brasil. Cerca de 3.500 dermatologistas orientarão a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento.

O câncer de pele divide-se em dois tipos principais: o não melanoma, de menor mortalidade, e o melanoma, mais agressivo e com alto potencial de metástase. Ambos podem ser prevenidos com hábitos saudáveis e diagnósticos precoces, fundamentais para salvar vidas e garantir qualidade de vida.

Para mais informações sobre sintomas e locais de atendimento, acesse os canais oficiais da SBD.

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GONEWS 365

Neurocirurgiã alerta sobre distúrbios de movimento e doenças que eles podem ocultar

Para muitos, sintomas como tremores nas mãos, rigidez muscular e movimentos involuntários podem parecer sinais de envelhecimento…

“Tremores e rigidez não são normais. Fique atento aos sinais”. O alerta é da médica neurocirurgiã goiana Ana Maria Moura, que aproveitou o Dia Mundial de Distúrbios de Movimento, celebrado 29 de novembro, para a divulgação de um material educativo, que mostra à população que esses sinais não devem ser ignorados. Para muitos, sintomas como tremores nas mãos, rigidez muscular e movimentos involuntários podem parecer sinais de envelhecimento, mas a verdade é que esses sintomas, quando frequentes, podem ser indicativos de distúrbios de movimento graves, que surgem em qualquer idade e exigem atenção médica imediata.

Em um folder elaborado especialmente para orientar os leigos sobre esse tema, a médica destaca que esses sintomas podem esconder doenças, como Parkinson, Alzheimer, distonia, Tremor Essencial, Coreia de Huntington, Síndrome de Tourette e outros distúrbios neurológicos. Segundo a neurocirurgiã, as disfunções na região do cérebro, onde estão os núcleos de base, podem gerar movimentos involuntários lentos ou mais rápidos. A distonia, por exemplo, é caracterizada por contrações musculares involuntárias e espasmos, muitas vezes repetitivos, podendo causar dores.

Mas, quando procurar um especialista? De acordo com Ana Maria Moura, há vários sinais que começam a impactar o dia a dia da pessoa e recomendam procurar um médico neurologista que trate distúrbios do movimento, entre eles:

>Tremores constantes ou repetidos

>Contrações musculares involuntárias
>Alterações da fala, que pode ficar tremulante ou mais baixa
>Alterações da velocidade da marcha ou de outros movimentos, dificultando a execução de tarefas cotidianas, como trocar de roupa ou escovar os dentes
>Diminuição do tamanho da letra ao escrever (micrografia, um sinal clássico da doença de Parkinson).

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O GLOBO

Planos de saúde e hospitais investem em clínicas especializadas em câncer. Veja como funcionam


Aposta no modelo visa otimizar tratamento e aumentar eficiência, reduzindo os custos

No momento em que o setor de saúde passa por transformações, como a união de operadoras de planos com hospitais para controlar despesas, um dos segmentos mais caros também passa por mudanças: a oncologia.

Tratamentos descentralizados dão lugar a centros especializados que integram a jornada de cuidados e ampliam a comunicação entre os profissionais envolvidos. Para o paciente, a expectativa é que o modelo otimize o tratamento, enquanto, para as empresas, traz mais eficiência financeira, reduzindo custos.

O movimento mais recente foi confirmado semana passada, com o lançamento da Croma Oncologia. A empresa é uma joint venture (parceria) da Beneficência Portuguesa, do Grupo Fleury e da Atlântica, braço hospitalar da Bradesco Saúde. As três investiram R$ 678 milhões na nova empresa.

No dia a dia, a Croma vai coordenar o tratamento do paciente com câncer e o suporte à família. Toda a assistência ambulatorial – como consultas com os especialistas e acompanhamento psicológico e psiquiátrico – será feito nas unidades da empresa. Inicialmente, serão quatro clínicas.

As duas primeiras, com inauguração prevista para fevereiro, ficam na Lapa e no Tatuapé, na capital paulista, e outra deve ser aberta até abril no Morumbi. Na cidade do Rio, a clínica da Croma está prevista para ser inaugurada em maio, em Botafogo.

Mercado em expansão Exames diagnósticos ficarão a cargo da rede de laboratórios do Grupo Fleury. Já as sessões de quimioterapia e radioterapia, cirurgias e atendimentos emergenciais acontecerão nos hospitais da Beneficência Portuguesa. No Rio, a Croma ainda negocia parceria com uma rede hospitalar, inclusive com a possibilidade de participação societária na empresa.

– Estamos olhando para Minas Gerais e alguns estados do Nordeste e Centro-Oeste. Encontrando parceiros em cada praça que tenham alinhamento com o nosso modelo, pode ser uma relação comercial ou até mesmo virar uma relação de joint venture local – afirma Cesar Franco, presidente da companhia.

O tratamento coordenado pela Croma acontecerá com a integração dos sistemas, permitindo às equipes dos três eixos acompanhar as informações dos pacientes, através de modelo de remuneração baseado em prestação de serviços, e não no uso de materiais e medicamentos, o que auxilia na redução de custos, diz Franco:

– Muitas das consolidações de grupos econômicos de saúde no Brasil são nesse sentido, mas integrar é sempre um desafio. Sem integração, o desperdício cresce muito. A quantidade de exames solicitados aumenta, linhas de tratamento às vezes divergem, e o paciente fica perdido no meio.

A iniciativa das empresas de se juntar para criar uma companhia que coordene atendimentos oncológicos não é isolada, e ocorre em um mercado caro, grande e com potencial de expansão.

Números da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) dão conta de que, no ano passado, 1,2 milhão de consultas oncológicas foram realizadas, além de 2,3 milhões de procedimentos de radioterapia e quimioterapia e 332 mil internações relacionadas ao câncer, cerca de 4% do total de hospitalizações.

– Algumas operadoras já levantaram que só as terapias oncológicas respondem por cerca de 8% do total de despesas – calcula Marcos Novais, superintendente da entidade.

Um estudo publicado na revista Lancet mostra que o câncer já é a doença que mais causa mortes em cerca de 700 municípios brasileiros. Coordenador do Grupo de Estudos de Oncologia da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o médico patologista Victor Piana analisa que a doença caminha para se tornar crônica, o que demanda cuidados contínuos.

Além disso, num país em que a população está envelhecendo de forma acelerada, com mudanças na pirâmide etária, as perspectivas para as próximas décadas não são animadoras: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expetativa é que o número de pacientes oncológicos no país cresça 76% em 20 anos, patamar que é mais que o dobro do constatado em países como EUA (33%) e Espanha (36%).

– Centralizar faz com que se tenha menos redundância de procedimentos, tornando o tratamento mais inteligente. Mas é preciso mudar o modelo de pagamento do setor, deixando de ser por volume (quanto mais procedimentos e tratamentos, maior a remuneração) para ser por valor, por ciclos de cuidado – diz Piana, que comanda o A.C. Camargo Cancer Center.

Fundador e CEO da Oncoclínicas, Bruno Ferrari lembra que o modelo de centros especializados em oncologia é realidade no exterior há décadas. O grupo, fundado há 14 anos, tem 145 unidades em 15 estados e parcerias com hospitais como Grupo Santa, no Distrito Federal, Casa de Saúde São José, no Rio, e Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte.

Em agosto, a empresa formou uma joint venture com o grupo empresarial árabe Al Faisaliah para abrir uma unidade em Riad, na Arábia Saudita, e planeja expansão no Golfo Pérsico. O investimento é de até US$ 20 milhões.

– Quando somos altamente qualificados, o tratamento é mais assertivo- diz Ferrari.

Professora da FGV Saúde, Ana Maria Malik destaca que centros especializados ou alianças entre empresas podem melhorar a qualidade do atendimento, torná-lo mais humanizado (evitando deslocamento do paciente em tratamento em vários locais) e otimizar recursos pelas empresas:

– Existe um axioma de que quando você faz muito de determinada coisa, a probabilidade de fazer melhor é maior. Não é verdade eterna, mas é forte evidência de que a centralização pode contribuir para que profissionais e empresas aprendam a fazer melhor.

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MEDICINA S/A

Médicos lideram casos de assédio, abuso e má conduta entre profissionais de saúde

Um estudo inédito realizado pelo Medscape entre junho e setembro de 2024 revelou dados preocupantes sobre a frequência de assédio, abuso e má conduta sexual na área da saúde no Brasil. A pesquisa contou com a participação de médicos, residentes, enfermeiros e estudantes de medicina e destacou as dinâmicas de poder, os perfis de assediadores e vítimas, além das graves consequências emocionais e profissionais enfrentadas pelas vítimas. Médicos foram apontados como os responsáveis pelo assédio em 46% das experiências de assédio vividas pelos participantes vítimas desse tipo de violência.

A pesquisa identificou, ainda, que o assédio ocorre com maior frequência em situações de hierarquia, com 46% das vítimas sendo assediadas por superiores, 37% por colegas de mesmo nível hierárquico e 17% por subordinados. Um estudante de medicina relatou no levantamento que recebeu convites para sair feitos por uma pessoa que não tinha intimidade para tal, além de pedidos de informações de contato e redes sociais.

“Eu estava no estágio de Pediatria, no setor de urgência, quando ocorreu o assédio. O preceptor médico me chamou para acompanhá-lo na evolução dos pacientes na enfermaria. No meio do caminho, começou a me fazer perguntas pessoais: se eu morava sozinho, em qual local, e se eu namorava. Ele chegou, inclusive, a insinuar que eu devia aprontar bastante por morar sozinho na cidade. Fiquei constrangido e tentei mudar de assunto”, comenta o estudante.

Além do assédio entre colegas, a conduta inadequada por parte de pacientes também foi abordada no levantamento. Cerca de 15% dos profissionais afirmaram ter enfrentado situações de sexualização explícita por parte de pacientes, incluindo gestos, comentários inapropriados e convites para sair, sendo que 8% receberam abordagens diretas que ultrapassaram os limites profissionais.

Muitos profissionais relataram mudanças em seus horários para evitar contato com os agressores, dificuldades de concentração, atrasos e até absenteísmo. 37% dos entrevistados mudaram suas rotinas por medo ou desconforto, enquanto 34% afirmaram que o assédio não influenciou diretamente seu comportamento.

“Muitos desses profissionais que participaram da pesquisa não denunciaram seus agressores por medo ou com receio de retaliação no ambiente de trabalho. 78% das pessoas que responderam nosso questionário on-line não denunciaram o perpetrador, sendo que 54% justificaram essa decisão afirmando acreditarem que nenhuma providência seria tomada”, comenta Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape em português.

Cerca de 46% dos entrevistados acreditam que, nos últimos cinco anos, o assédio sexual passou a ser tratado com mais seriedade no ambiente de trabalho. Além disso, 70% apontaram que a cobertura midiática de casos de assédio em outros setores, como esporte, cinema e política, contribuiu para ampliar a conscientização e promover discussões mais abertas na área médica.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado com um total de 885 médicos, residentes, enfermeiros e estudantes de medicina assinantes do Medscape em português, entre 11 de junho a 7 de setembro de 2024. com 57% homens e 43% mulheres.

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Assessoria de Comunicação