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DESTAQUES
Cais de Campinas e Cândida de Morais atendem com apenas um médico cada
“Prefeitura não se interessa por atendimento de qualidade”, critica Cremego
Vacina contra a gripe está disponível a partir desta segunda-feira para toda a população
Demanda que cresce nas ruas
ANS determina suspensão da venda de 38 planos de saúde
STJ suspende processos judiciais por tratamentos não ofertados pelo SUS
Curso de cirurgia plástica do Facinepe está na mira do MPF e da Polícia Civil
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Cais de Campinas e Cândida de Morais atendem com apenas um médico cada
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/cais-de-campinas-e-candida-de-morais-atendem-com-apenas-um-medico-cada/5917296/
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JORNAL OPÇÃO
“Prefeitura não se interessa por atendimento de qualidade”, critica Cremego
Por Bruna Aidar
Aldair Novato diz que gestão da secretária de Saúde na Maternidade Dona Íris “deixa a desejar” e lamentou que assistência completa da unidade esteja sendo prejudicado
Em entrevista ao Jornal Opção, o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremego), Aldair Novato, criticou o tratamento dado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ao Hospital e Maternidade Dona Íris. Para ele, a Prefeitura de Goiânia vem provando que um modelo de assistência completa à saúde, com atendimento de qualidade para a população, não interessa à gestão.
“O Conselho enxerga a Dona Íris como uma referência, a população estava satisfeita, era uma unidade formadora de recursos humanos e agora, de repente, essa nova administração, anuncia que vai reduzir o atendimento, que o modelo de assistência não interessa à prefeitura”, pontuou ele. “Quando a população é bem atendida, não interessa. Aquele é o modelo assistencial humano.”
Aldair também comentou a alegação da prefeitura de que o corpo de médicos da unidade estava além do necessário, informada ao jornal pelo diretor Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), José Antônio de Morais. Segundo José Antônio, considerando o número de residentes que atuam na Dona Íris, não seria necessário ter tantos profissionais.
Para Aldair, o trabalho do residente não é suficiente, visto que ele tem que ser sempre acompanhado por um médico, “Eles estão achando que trabalho de residente é suficiente, mas ele é um profissional em formação que só pode atender assessorado por um profissional”, lembrou o vice-presidente.
Perguntado se acredita que a qualidade do atendimento será mantida, Aldair disse que não. “Vai ser afetado sobremaneira. Na verdade, já está sendo afetado desde que a atual gestão assumiu. Havia um contrato que previa uma série de serviços que já foram reduzidos. Secretaria fechou leitos, diminuiu ambulatórios, enfim. A secretária Fátima Mrue como médica é excelente, mas como administradora, vem deixando a desejar”, concluiu.
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AGÊNCIA BRASIL
Vacina contra a gripe está disponível a partir desta segunda-feira para toda a população
Campanha vai até sexta-feira (9). Meta é de vacinar 90% do público-alvo, mas, até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu o índice
A partir desta segunda-feira (5/6), a vacina contra a gripe está disponível para toda a população. Com 76,7% do público-alvo vacinado, o Ministério da Saúde orientou estados e municípios a ofertar a vacina para todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques. A medida só é válida neste ano e foi adotada porque ainda há um estoque disponível de 10 milhões de doses.
A campanha vai até sexta-feira (9). A meta é de vacinar 90% do público-alvo, mas, até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu o índice, que inclui crianças de 6 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais; e professores.
O ministério alerta sobre a importância do público-alvo ainda se imunizar para evitar a gripe e seus possíveis agravamentos e ressaltou que a ampliação do público nesta última semana da campanha ocorrerá porque ainda há doses disponíveis. O Amapá é o único estado que atingiu a meta até este momento, com 95,6% do público-alvo vacinado.
A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde desde o dia 17 de abril protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Segundo a pasta, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
De acordo com o ministério, é fundamental que as pessoas se vacinem neste momento para estarem protegidas durante o inverno, quando os diversos vírus da influenza começam a circular com maior intensidade. O organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção.
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O POPULAR
Demanda que cresce nas mas
Ações na cidade de São Paulo abriram debate sobre formas de se resolver um problema em expansão também em Goiânia, onde prefeitura e Estado têm visões diferentes sobre tratamento
As ações da prefeitura de São Paulo para retirar os usuários de drogas da cracolândia suscitaram debate que ultrapassou os limites do município, chegando, claro, a Goiânia, onde a realidade urbana, apesar das diferenças, também é marcada de certa forma pela presença de dependentes químicos em situação de rua. A demanda por assistência a estas pessoas, na capital, tem aumentado a cada ano, indicando o crescimento de uma situação de contexto multifatorial, mas que, dependendo da reação, pode ser resumida como se fosse um problema social, de saúde ou até de segurança pública, somente.
As diferenças de modelos adotados, assim como o tratamento dado à questão, ficam nítidas, por exemplo, nas políticas de enfrentamento às drogas efetivadas pelo Estado e pelo município. Enquanto a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a prefeitura da capital trabalham com a perspectiva defendida pelo Ministério da Saúde, que se baseia na redução de danos e no acompanhamento dos usuários sem obrigá-los necessariamente à regra da abstinência ou da internação, o Estado já adota uma postura diferente, visando o fornecimento de vagas em comunidades terapêuticas ou até mesmo no Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq).
Os profissionais que integram as duas equipes do projeto Consultório de Rua. que hoje integra a rede de atenção básica do município e que realiza visitas, com assistência multiprofissional aos moradores de ma da capital, independente de serem ou não usuários de drogas, desmistificam um pouco a denominação "cracolândia" no que se refere a Goiânia. Em conversa com a reportagem do POPULAR na semana passada, eles relataram um pouco da realidade evidenciada entre os moradores de rua da cidade e. ao contrário do que muitos imaginam, o crack já não seria a droga mais usada, mas o álcool.
A gerente de Saúde Mental de Goiânia. Kellen Fernandes Nasser, explica que, apesar da licitude, o álcool é o grande agravante hoje e que. além de servir de facilitador para o uso de outras drogas, fortalece a situação de ma de quem sofre da dependência, deixando a pessoa ainda mais vulnerável. Faltam levantamentos atuais para mensurar tal situação. O último estudo detalhado feito pela SMS é de 2011, mas, no dia a dia e nos atendimentos realizados nos três Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) da cidade, isto torna-se evidente, segundo ela.
As causas diversas e por vezes difusas da dependência química é o que, na visão de Kellen e conforme a política defendida pelo Ministério da Saúde, desafia a possível eficácia de uma internação, seja voluntária, involuntária ou compulsória, segundo prevê a lei. "Não se pode entender que a internação resolva sozinha, porque, quando a pessoa sair, ela vai ter que lidar novamente com todos os multifatores que não deixaram de existir", frisa. Tais elementos podem se desdobrar, por exemplo, em econômicos, sociais, familiares e até culturais.
Há quatro anos. o governo do Estado criou o Grupo Executivo de Enfrentamento as Drogas (Geed). cuja intenção é efetivar a política promovendo a interlocução e o apoio de diferentes pastas do governo, como Saúde. Educação, Segurança Pública. Cidadania, Casa Civil e outras. A união seria uma fornia de fomentar projetos nas variadas frentes, garantindo ações que vão desde à prevenção primária. com palestras e exposições nas escolas e serviço de conscientização nas ruas, até a oferta de vagas de internação em alguma das 148 comunidades terapêuticas que estão cadastradas, além do Credeq.
Ao todo, já são 704 vagas administradas pelo Geed, entre aquelas que são vinculadas ao governo do Estado e aquelas ligadas à Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad). Na SMS. há quem denomine isto de uma rede parai ela à mantida pelo município, por meio dos Caps AD e Caps ADI (crianças e adolescentes). Entre maio de 2014 e março deste ano, 3.340 pessoas foram atendidas pelas comunidades cadastradas no Geed, segundo levantamento feito pelo Centro Estadual de Avaliação Terapêutica Álcool e Drogas (Ceat-AD). uma das subdivisões do grupo e onde é feita a triagem.
O desafio do Geed, segundo a diretora geral, Ivânia Fernandes, tem sido mobilizar as prefeituras e até mesmo os demais integrantes (secretarias) para ampliar a escala de atendimento oferecido. O que se sabe, apesar das diferenças de políticas adotadas, é que, tanto no município como no Estado, a procura de dependentes e familiares por alguma assistência é grande. Em média, o Ceat-AD atende 60 pessoas por semana que buscam vagas de internação. No município, os Caps AD são unidades "portas abertas" e a procura é imensa, segundo Kellen. "Não é uma maravilha, estamos falando de SUS, mas a política de entender e fortalecer esse paciente é muito válida", defende.
Projeto Consultório de Rua acompanha 400 pessoas na capital
O dia a dia dos profissionais que integram as duas equipes do projeto Consultório de Rua, em Goiânia, ó intenso, com demanda crescente e escalonada conforme as horas da prestação de serviço, sempre durante a manhã e a tarde, de segunda a sexta-feira. Nos arquivos do projeto, cuja instalação fica na Unidade de Atenção Básica à Saúde da Família (UABSF) do Setor Leste Universitário, existem cerca de mil prontuários de pessoas em situação de rua já atendidas pelos profissionais. Destes, segundo os técnicos e enfermeiros, em torno de 400 estão em aberto, indicando a quantidade de pessoas que estão nas ruas da capital e que são acompanhadas pelas equipes.
A quantidade de profissionais está longe de corresponder ao ideal necessário para conseguir atender toda a cidade. O total de duas equipes, correspondendo a 14 profissionais, entre enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros, sendo sete em cada. ó apenas metade do que seria necessário para ampliar a atenção dada aos moradores de rua. Hoje. segundo eles, ó possível acompanhar a realidade apenas da região Campinas – Centro, sendo impossível ampliar para outros bairros, em razão das limitações e da demanda que já é grande. Eles dizem sentir o aumento da presença de pessoas em situação de rua, em Goiânia, nas mais variadas situações, independente de serem ou não usuários de drogas. Existem aqueles, inclusive, que vivem nas ruas por opção, por se identificarem com a rotina e, claro, aqueles que não possuem um teto para morar.
Há relatos até mesmo de pessoas com formação em Medicina e Direito morando nas ruas da capital. A multifatorialidade da questão, com variantes para cada um dos casos, ó o que, segundo esses profissionais, desafia quanto ao tipo de atenção a ser prestada, assim como o que muitos tendem a chamar de solução. A atuação das equipes ó voltada para a redução de danos, política defendida pela área de saúde mental do Ministério da Saúde, cujo intuito ó qualificar a vida dessas pessoas, com assistência de saúde e prevenção de possíveis doenças que podem agravar ainda mais o quadro de vulnerabilidade apresentado.
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DIÁRIO DA MANHÃ
ANS determina suspensão da venda de 38 planos de saúde
Havia problemas de cobertura assistencial, como negativas e demora no atendimento
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a suspensão da venda de 38 planos de saúde de 14 operadoras, em função de reclamações relativas à cobertura assistencial, como negativas e demora no atendimento, recebidas no primeiro trimestre de 2017. Em nota, a agência informa que a medida entra em vigor no dia 9 de junho e faz parte do monitoramento periódico feito pelo Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, da ANS.
A lista com os planos que terão a venda suspensa está disponível no site da ANS. A decisão atinge mais 739 mil consumidores que, segundo a agência, "estão sendo protegidos". Os planos são alvo de reclamações recorrentes sobre cobertura. A medida é preventiva e vai até a divulgação do próximo ciclo de monitoramento. Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram cobertura indevidamente podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil.
Das 14 operadoras que estão neste ciclo, quatro já tinham planos suspensos no período anterior, do quarto trimestre de 2016, e dez não constavam da última lista de suspensão. Seis operadoras poderão voltar a comercializar 30 produtos que tiveram a venda suspensa. Três foram liberadas para voltar a comercializar todos os produtos que estavam suspensos e três tiveram reativação parcial. Isso ocorre quando há comprovada melhoria no atendimento aos beneficiários.
Neste ciclo, a ANS recebeu 14.537 reclamações de natureza assistencial em seus canais de atendimento, no período de 1º de janeiro a 31 de março. Desse total, 12.360 queixas foram consideradas para análise pelo programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento.
Segundo a agência, os beneficiários dos planos que foram suspensos continuam a ter assistência regular até que as operadoras resolvam seus problemas e possam receber novos beneficiários.
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STJ suspende processos judiciais por tratamentos não ofertados pelo SUS
O Superior Tribunal de Justiça suspendeu, no último dia 24 de maio. os processos judiciais que demandam o fornecimento pelo poder público de medicamentos não incluídos na lista do SUS em todo o Pais.
De acordo com o órgão, no total há 678 processos individuais ou coletivos que tratam sobre essa questão e que tramitam atualmente no território nacional.
A estratégia do STJ é determinar uma conduta padrão para esses casos, pelo fornecimento ou não dos medicamentos, de modo que todos os processos estejam sujeitos, no futuro, à determinação definida. Enquanto a questão não avança, os processos encontram-se suspensos.
Conforme indicado pelo STJ. a decisão não impede que juízes de primeira e de segunda instância avaliem demandas consideradas urgentes, nem que concedam liminares.
Entretanto, para se enquadrar nesse quesito caberia ao paciente comprovar a urgência da demanda, especificando a eficácia, a efetividade, a acurácia e a segurança do medicamento solicitado. A ação é apontada como reação ao crescimento do número de processos de judicialização para a obtenção de medicamentos que ainda não foram incorporados à lista do SUS.
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ZERO HORA
Curso de cirurgia plástica do Facinepe está na mira do MPF e da Polícia Civil
Médico colombiano com certificado obtido no Brasil é suspeito de mutilações em mulheres em Medellín
A Procuradoria-Geral da República, em Brasília, investiga o comércio de títulos de cirurgião plástico por instituições de ensino superior brasileiras. A apuração foi solicitada pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) em razão da oferta de cursos de pós-graduação lato sensu que não credenciam profissionais a realizarem procedimentos cirúrgicos.
Na edição de final de semana, ZH revelou o caso de um médico de Medellín, na Colômbia , apontado como responsável por lesões em 13 pacientes (uma morreu), intitulado especialista em cirurgia plástica reconstrutiva e estética¿ pela Faculdade Centro Sul do Paraná (Facspar). A Facspar pertence ao Grupo Facinepe, de Porto Alegre, não tem credenciamento do Ministério da Educação brasileiro e está fechada desde 2011.
O Facinepe está entre as instituições relacionadas pela AMB e pela SBCP em documento encaminhado ao ministro da Educação, Mendonça Filho, e repassado ao procurador-geral Rodrigo Janot. A investigação está sob sigilo.
– Muitas dessas instituições utilizam e divulgam de maneira irregular a chancela do MEC para dar credibilidade a esses cursos e vendê-los para médicos incautos ou desinformados. E, com gravidade ainda maior, internacionalizou-se a ilicitude – lamenta Luciano Chaves, presidente da SBCP.
A Polícia Civil gaúcha deverá retomar nos próximos dias o inquérito que investiga a atuação do Facinepe. Em março, documentos coletados no início do ano referentes ao caso foram encaminhados à Polícia Federal, mas há entendimento de que os fatos a serem apurados são da esfera estadual.
– Aguardaremos a documentação para avaliar a continuidade do inquérito – afirma o chefe de Polícia, Emerson Wendt.
Também em março, o Ministério Público Federal (MPF) em Porto Alegre abriu procedimento para investigar suspeitas de propaganda enganosa praticada pelo Facinepe. O trabalho visa a apurar oferta de cursos de pós-graduação em semirresidência médica – modalidade que não existe. O alerta partiu do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e do Conselho Regional de Medicina (Cremers).
A revelação dos casos de mutilações e morte na Colômbia foi recebida com indignação pela Amrigs.
– Vemos, na Colômbia, mulheres sofrendo consequências dessa prática irregular, com um médico que diz ser cirurgião plástico, utilizando certificado do Facinepe. Como pode o trabalho de conclusão de um médico ter como orientador um advogado? A Amrigs repudia o procedimento e reforça posição de investigação para verificar como a instituição consegue operacionalizar esse tipo de formação – salientou Alfredo Floro Cantalice Neto, presidente da entidade.
Paulo de Argollo Mendes, presidente do Simers, lembra que o Brasil não está livre de problemas dessa ordem, mas assegura que os sistemas de controle no país são bem mais rigorosos:
– É lamentável essa situação. Mas a fiscalização aqui é muito mais intensa do que, aparentemente, se percebe na Colômbia.
Em 2016, no Departamento de Antioquia, cuja capital é Medellín, onde vivem cerca de 7 milhões de pessoas, 13 mulheres morreram por complicações após cirurgias plásticas. No Brasil, com 207 milhões de habitantes, estimativas apontam média de oito mortes anuais. O vereador de Medellín Bernardo Guerra cobrou do Ministério Público do país rapidez nos três processos abertos contra o médico Daniel Andrés Correa Posada, que obteve título da Facspar.¿Investigação internacional de ZH revelou um falso cirurgião plástico, algo que nossas autoridades não fizeram¿, lamentou, em mensagem a colegas de Legislativo.
O presidente do Cremers, Fernando Matos, ressalta que a população, antes de se submeter a procedimentos médicos, deve buscar informações sobre se o profissional é, de fato, habilitado para a especialidade.
– Basta acessar o site do Cremers e pesquisar pelo nome. Se não aparecer, é provável que esteja em situação irregular – observa.
CONTRAPONTOS
O que diz a Universidade Veiga de Almeida (UVA)
Entre 2008 e 2012, a UVA ministrou o curso de pós-graduação em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica Estética, em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia Plástica Estética. Em 2016, recebemos visita de comissão do Ministério de Educação da Colômbia, que atestou a regularidade de todos os aspectos.
O que diz o advogado Faustino da Rosa Junior
Por e-mail, Faustino disse que foram ex-empregados do Facinepe que trataram questões sobre o curso com o médico colombiano Daniel Correa Posada. Lembrou que foi CEO do Grupo Facinepe e assegurou que nunca teve contato direto com o profissional, apenas avaliando o trabalho de conclusão, corrigindo normas da ABNT. Faustino reconheceu que o curso de Administração da Facspar estava em situação irregular desde agosto de 2011 por baixa procura de alunos, mas não a instituição em si. O advogado salientou ter convicção de que os certificados da Facspar possuem validade plena no Brasil.
O que diz a advogada de Daniel Correa Posada
Por e-mail, Lina Ochoa declarou que seu cliente está fora do país por segurança. Enviou documento do Tribunal de Ética Médica de Antioquia, certificando que Posada não tem sanções disciplinares. Anexou documento da Polícia Nacional, informando que não tem antecedentes. Lina diz que a Facspar dispõe de autonomia para outorgar títulos e que Posada nunca se encontrou com Faustino
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação