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DESTAQUES
• Doenças circulatórias e causas externas lideram taxa de mortalidade
• Desperdícios emperram o SUS
• Planejamento estratégico para a saúde
• Mês de conscientização contra o câncer de mama
• Francisco Balestrin é nomeado presidente da Federação Internacional de Hospitais
O POPULAR
Doenças circulatórias e causas externas lideram taxa de mortalidade
O Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionou avanços, como um progresso importante para a saúde das crianças brasileiras, reconhece o médico Antônio Carlile Holanda Lavor, que fará palestra no projeto Agenda Goiás, na terça-feira, em Porangatu. “A mortalidade infantil foi reduzida de forma significativa.” Por outro lado, diz, não houve o mesmo resultado para adultos jovens, a mortalidade dos adolescentes e jovens aumentou muito, ressalta.
Na década de 30 do século 20, as doenças infecciosas e parasitárias eram as maiores causas de mortalidade nas capitais brasileiras. Mas a partir de 2009, foram passadas pelas doenças do aparelho circulatório, como enfarte e acidente vascular cerebral (AVC), e por causas externas (acidentes, como os de trânsito, homicídios, queimaduras, afogamentos), conforme dados do Ministério da Saúde. No Brasil, as neoplasias (câncer) estão em segundo lugar no ranking da mortalidade, mas em Goiás são as causas externas, segundo levantamento da Secretaria da Saúde do Estado feito em 2013.
“A prevenção e especialmente a promoção da saúde necessitam ser aprendidas pelos médicos. Como o SUS e o mercado não as valorizam, os médicos e os cursos de medicina as deixam de lado. Grande parte das nossas doenças poderia ser evitadas, como as doenças graves decorrentes da hipertensão, do diabete, das doenças mentais, dos acidentes de trânsito, mas preferimos tratar as suas consequências”, diz Carlile.
A forte predominância de doenças crônicas e o crescimento das causas externas (violência interpessoal e trânsito) que sobrecarregam os hospitais constituem um dos mais graves problemas de saúde do País, afirma também Jurandi Frutuoso Silva, secretário-executivo do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). 04/10/15
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Desperdícios emperram o SUS
Especialistas em saúde pública, que fazem palestra em fórum em Porangatu, terça-feira, propõem investir mais em prevenção
Criado pela Constituição de 1988 para garantir acesso integral, universal e gratuito à toda população do Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) provoca muitas e graves reclamações de seus usuários. Desperdício de recursos, falta de gestão eficiente e de investimentos em prevenção são apontados como os principais gargalos que impedem seu sucesso. O diagnóstico é compartilhado pelos médicos e ex-secretários de Estado da Saúde do Ceará, Antônio Carlile Holanda Lavor e Jurandi Frutuoso Silva, que palestrantes em Porangatu, no sétimo fórum do projeto Agenda Goiás – Participação e Competitividade, na terça-feira.
O Agenda Goiás é uma realização do POPULAR, com apoio do Governo de Goiás, da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-GO). A exemplo da primeira edição, em 2005, estão sendo discutidos temas relevantes para elaboração de uma agenda de políticas públicas para Goiás nos próximos dez anos. As ideias e sugestões são publicadas em caderno especial, na sequência de cada um dos fóruns, que se estenderão até novembro.
O próximo fórum, cujo tema é saúde, ocorre uma semana após a demissão do ministro da Saúde, Arthur Chioro, pela presidente Dilma Rousseff, que cedeu a vaga ao deputado Federal Marcelo Castro (PMDB-PI), em busca de aumentar o apoio político ao governo no Congresso Nacional. Segundo Carlile, a barganha evidencia a importância de uma pasta cujo orçamento anual é de R$ 100 bilhões. “Mas não vemos nessa disputa um debate de modelos para enfrentar os problemas do SUS, só o tamanho do orçamento ministerial. O modo de se realizar a demissão/nomeação evidencia a gravidade da situação política que vivemos”, comenta o ex-professor da Universidade de Brasília (UnB), Doutor Honoris Causa da Universidade Vale do Acaraú e responsável pela implantação de uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz no Ceará.
Embora o SUS tenha levado as pessoas a reconhecer mais seu direito, escrito na Constituição, e a responsabilidade do Estado no sistema de saúde, muito ainda precisa ser feito, avalia Carlile, mencionando o trabalho dos servidores, especialmente dos que se dedicam à pesquisa, e dos gestores, para inovar e aprender com as experiências locais e internacionais que conseguem resultados muito melhores com recursos escassos. “Desperdiçamos muito recursos. Deveríamos investir mais em medicina da família, que trabalha de forma preventiva”, avalia.
Para Jurandi Frutuoso Silva, secretário-executivo do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) desde 1997, especialista em Gestão de Sistemas Locais de Saúde e mestre em Saúde Coletiva, o SUS sofre várias ameaças e o subfinanciamento é a principal delas. Segundo ele, alguns desafios não foram superados e precisam ser enfrentados pelo SUS: rever modelos institucional e assistencial; melhorar gestão e a formação da força de trabalho; investir em ciência e tecnologia, principalmente no que tange a incorporação tecnológica; garantir participação social e financiamento. Ele ressalta ainda a importância do papel da gestão estadual e municipal na garantia de saúde como direito.
A melhoria do atendimento, na visão de Jurandi, “passa necessariamente pelo esforço coletivo para a organização das Redes de Atenção à Saúde”. Ele afirma que o SUS de base municipal está esgotado e que a regionalização é o caminho para garantir a integralidade da assistência. “Tudo isso, repito, organizado em Redes de Atenção à Saúde, ordenadas por uma atenção primária resolutiva, responsável, que coordene todo o cuidado e que tenha como base a Estratégia Saúde da Família.” (04/10/15)
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Planejamento estratégico para a saúde
Implantar redes de atenção, com médicos capacitados para ações preventivas, são propostas de especialistas
Saúde é o tema do sexto fórum do projeto Agenda Goiás – Participação e Competitividade, que será realizado amanhã em Porangatu, no Norte do Estado. Especialistas, consultores, gestores públicos e moradores de municípios da região apresentarão suas sugestões para que as políticas públicas avancem contemplando as carências de saúde em todo o Estado e também os problemas enfrentados por eles no dia a dia.
As políticas de atenção básica à saúde, melhor atendimento e o modelo do Sistema Único de Saúde (SUS) estarão em discussão. No período da manhã, os temas serão apresentados por dois especialistas no assunto: o ex-professor da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Carlile Holanda Lavor, responsável pela implantação de uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz no Ceará, e o secretário-executivo doConselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Jurandi Frutuoso Silva.
À tarde, após as palestras, o tema central voltará a ser discutido nas mesas de trabalho em torno dos três eixos temáticos: qualidade de vida (saúde, segurança, educação, proteção social e desenvolvimento urbano); competitividade (meio ambiente, desenvolvimento econômico, infraestrutura e logística); e gestão para resultados (parceria público-privada, gestão pública e transparência).
O Agenda Goiás é uma realização do jornal O POPULAR com apoio do Governo de Goiás, da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan), e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-GO). Esta é a segunda edição do projeto. A primeira foi realizada em 2005 e reuniu sugestões de ações para o período de dez anos, muitas delas implementadas pelo governo do Estado ao longo da década passada. A cada edição é publicado um caderno especial com as sugestões apresentadas.
Para o secretário-executivo do Conass, a melhoria do atendimento passa, necessariamente, pelo esforço coletivo para a organização das Redes de Atenção à Saúde. "Penso que a regionalização é o caminho que nos garantirá a integralidade da assistência. Tudo isso em Redes de Atenção à Saúde, ordenadas por uma atenção primária resolutiva, responsável, que coordene com todo o cuidado e que tenha como base a Estratégia Saúde da Família", defende. Já o médico Antônio Carlile propõe a valorização dos técnicos que sabem fazer melhor com menos dinheiro.
"A forma como é tratado o Ministério da Saúde mostra como a ciência é desvalorizada", diz. "As obras passam a ser priorizadas, de preferência as mais caras. A promoção da saúde, que pode ser realizada com menos recursos, com o trabalho de profissionais experientes, com melhores resultados, é deixada de lado", avalia.
Frutuoso defenderá, em sua palestra, que é fundamental que as Secretarias Estaduais de Saúde promovam um planejamento estratégico que defina claramente a sua missão e visão de futuro, seus programas estruturantes e quais os resultados esperados pela sociedade, com ênfase na implantação das redes de atenção à saúde. "Creio que o salto de qualidade será dado quando se efetivar a mudança do modelo de atenção à saúde, sustentado por um financiamento adequado e por uma gestão eficiente e qualificada", afirma. Para Carlile, a prevenção e a promoção desaúde precisam ser aprendidas pelos médicos, já que não são valorizadas nem pelo SUS nem pelo mercado. "Grande parte das doenças poderia ser evitada", alerta.
Norte goiano
Formada por 26 municípios, a Região Norte tem população de 319,5 mil habitantes. O pior dos indicadores do Norte goiano é a taxa de analfabetismo, de 12,8%, cerca de 70% maior do que a do Estado de Goiás, que é de 7,1% e maior também que a brasileira, de 8,3%. A taxa de mortalidade infantil (13,48) é levemente inferior à do Estado, de 13,85. O déficit habitacional, de 8,7%, é pouco maior do que o estadual, de 8,3% e menor do que o nacional, que chega a 9,1%. A taxa de desemprego, em 7,1%, também é maior do que a estadual (5,4%) e a nacional (6,5%).
Apontar os caminhos para o desenvolvimento equilibrado da região é o desafio que estará em discussão amanhã em Porangatu. (05/10/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Mês de conscientização contra o câncer de mama
Outubro chegou e com ele o movimento para alertar as mulheres para a prevenção contra o câncer de mama. O Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 90, e hoje é celebrado mundialmente, com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de mama é o que mais acomete mulheres no mundo todo, sendo diagnosticados 1,38 milhão de novos casos por ano. Desses, 458 mil pessoas morrem em decorrência de complicações da doença. Apesar de grave, o câncer de mama, na maior parte dos casos diagnosticados precocemente, tem cura.
No Brasil, este é o segundo tipo de câncer que mais afeta as mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Também atinge os homens, mas em apenas 1% dos casos.
Especialistas afirmam que não há uma causa certa para a existência deste tipo de câncer e que são vários os fatores que causam a doença, que pode ser também hereditária. A perspectiva do Inca para este ano de 2015 é que 57 mil novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no Brasil.
Em Aparecida de Goiânia, serão realizadas, por meio da coordenadoria da Saúde da Mulher, da Secretaria Municipal de Saúde, e em parceria com a Superintendência da Mulher, diversas ações durante todo o mês de outubro, a fim de passar informações às mulheres sobre o assunto. Haverá também exames rápidos em tendas na Praça da Matriz.
A coordenadora da Saúde da Mulher de Aparecida, Mayara Ataídes, afirma que a prevenção ainda é a melhor forma de agir contra o câncer de mama e o autoexame, feito mensalmente, logo após o período menstrual, é essencial para o diagnóstico precoce da doença, para assim ter um tratamento mais eficaz.
"No caso das mulheres que não menstruam mais, o autoexame pode ser feito em um mesmo dia de cada mês. Deve-se procurar sempre alterações no formato da mama, caroços ou nódulos nas mamas e axilas, alterações na pele e secreção pelos mamilos", destaca a coordenadora.
Mayara explica ainda que apenas o autoexame não basta. "O importante é que, diante de qualquer sinal de mudança, fale imediatamente com o médico para fazer um exame mais aprofundado. E toda mulher acima dos 50 anos deve realizar a mamografia anualmente", sublinha.
A mulher que notar alguma diferença nas mamas deve procurar o serviço de agendamento de consulta com um ginecologista, pelo 0800 646 1590. O médico faz a consulta e, se perceber alguma alteração, encaminha a paciente para exame mais técnico e, por fim, para um mastologista conveniado com a prefeitura. O município conta ainda com máquina de mamografia e os exames são agendados previamente.(Daniela Ribeiro)
Doença é mais comum após os 50 anos
A incidência de se ter câncer de mama aumenta com a idade. É raro a mulher apresentar sintomas da doença antes dos 35 anos. As estatísticas aumentam quando ela passa dos 50. São vários os tipos de câncer de mama e alguns deles evoluem de forma mais rápida que outros e em sua maioria há bons prognósticos para a cura, caso sejam detectados precocemente.
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio de alguns sinais e sintomas. A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor. O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.
Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica.
A orientação é de que a mulher faça o autoexame das mamas sempre que se sentir confortável para tal, sem necessidade de uma técnica específica. A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática. (Fonte: Inca) 05/10/15
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SAÚDE BUSINESS
Francisco Balestrin é nomeado presidente da Federação Internacional de Hospitais
O atual presidente do Conselho de Administração da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados –, Francisco Balestrin, será oficialmente nomeado o futuro presidente da International Hospital Federation (IHF) – entidade que congrega mais de 50 mil hospitais e estabelecimentos de saúde de mais de 100 países e que atendem a aproximadamente três bilhões de pessoas.
Sua nomeação e posse como integrante do Comitê Executivo ocorrerá durante o 39º Congresso Mundial de Hospitais da IHF, que irá acontecer de 6 a 8 de outubro, em Chicago (EUA). Seu mandato – de acordo com o modelo da entidade – passará a vigorar a partir de 2017. O Comitê Executivo da IHF é formado pela participação de três presidentes – passado, presente e o designado – e de um diretor tesoureiro. Para a gestão 2015-2017, respondem pelo cargo de presidente o Dr. Erik Kreyberg Normann, da Noruega, como presidente passado, Dr. Kwang Tae Kim, da Coreia do Sul; e como presidente designado, o Dr. Francisco Balestrin, do Brasil.
Com sede na Suíça, a IHF conta ainda com uma Diretoria, liderada por um CEO, Dr. Eric De Roodenbeke, que estará em novembro no Brasil para participar do 3º Conahp – Congresso Nacional de Hospitais Privados, que tem como mote “O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: Perspectivas e desafios”. O executivo será um dos palestrantes destaque do evento.
“Temos uma grande identidade com a IHF, cujo papel é o de contribuir com os hospitais na ampliação do nível de serviços com segurança e qualidade, além de oferecer suporte para a educação continuada de seus profissionais. Esta é uma oportunidade importante para que o Brasil contribua com as principais discussões sobre saúde no mundo e compartilhe das melhores práticas mundiais de assistência”, afirma Balestrin, da Anahp, associada à IHF desde 2013.
Fundada em 1929, nos Estados Unidos, a IHF tem como suas atribuições o incentivo à cooperação internacional na área de saúde e a melhoraria permanente do atendimento aos pacientes em todo o mundo. (03/10/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação