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DESTAQUES
Viagens, luxo e prostituição: com a ajuda de políticos, quadrilha gastou milhões desviados do combate à Covid
Pai denuncia que bebê faleceu após demora no parto em maternidade de Goiânia: 'Minha filha morreu asfixiada'
Covid-19: Brasil registra 365 mortes e 8.456 novos casos em 24 horas
Saúde
Ministério da Saúde publicou portaria por pressão de entidades antiaborto
Para ex-ministros, falta de liderança agravou surto de Covid-19 no Brasil
Média móvel de mortes por covid-19 chega a 657 no Brasil neste domingo
Covid-19: Goiás ultrapassa 216 mil casos e se aproxima de 4,9 mil mortos
Voluntário goiano da vacina contra coronavírus já recebeu as duas doses e afirma não ter sentido efeitos adversos
PORTAL G1
Viagens, luxo e prostituição: com a ajuda de políticos, quadrilha gastou milhões desviados do combate à Covid
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/10/04/viagens-luxo-e-prostituicao-com-a-ajuda-de-politicos-quadrilha-gastou-milhoes-desviados-do-combate-a-covid.ghtml
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Pai denuncia que bebê faleceu após demora no parto em maternidade de Goiânia: 'Minha filha morreu asfixiada'
Segundo Francisco José de Abreu, a esposa já havia completado 42 semanas de gestação e procurou atendimento duas vezes, mas foi orientada a voltar para casa. Secretaria Estadual de Saúde informou que está apurando caso.
Por Lis Lopes e Ana Paula Moreira, G1 GO e TV Anhanguera
05/10/2020 09h11 Atualizado há 13 minutos
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O tão aguardado nascimento da filha Ana Beatriz Oliveira Coelho se transformou em dor e tristeza para os pais. A menina chegou a nascer, mas morreu minutos após o parto, no sábado (3), na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia. A mãe Samili de Nazaré Oliveira, de 28 anos, já havia completado 42 semanas de gestação e chegou a procurar atendimento por duas vezes na última semana, mas, segundo a família, foi orientada a voltar para casa.
De acordo com o pai do bebê, Francisco José de Abreu, de 31 anos, todos os exames da esposa e da filha estavam em dia e mostravam que Ana Beatriz estava saudável. Segundo ele, houve negligência por parte da maternidade, que é da rede pública estadual.
“Minha filha morreu asfixiada, já não tinha mais líquido. Nós procuramos a maternidade na terça-feira e na sexta, mas mandaram a gente voltar para casa. Minha esposa tinha começado a perder líquido e já estava dilatando, mas falaram que era para a gente esperar até segunda-feira, que seria hoje. Mas no sábado, minha esposa passou muito mal e nós voltamos lá, só que aí já não deu mais tempo de salvar a minha filha”, relata.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que vai verificar com detalhes o que aconteceu e que poderá abrir sindicância para “apurar fatos, responsabilidades e tomar todas as providências cabíveis” (veja nota na íntegra ao final).
Francisco, que trabalha como açougueiro, conta que ele e a esposa chegaram na maternidade por volta das 16h de sábado, mas o parto só foi realizado às 23h.
“Ela sentiu a dor, mas aquela dor já inesperada. Aí eu vim, eles ‘bateram’ a ultrassom, viram que a criança estava sem capacidade de fazer força para sair mais do jeito que já estava, sem líquido, aí resolveram fazer a cesariana para tentar salvar a criança, mas aí já não deu tempo”, conta.
Sofrendo pela perda da filha, Francisco afirma que vai processar a maternidade.
“Infelizmente isso não vai trazer a minha filha de volta, mas eu quero saber por que isso aconteceu, quem foi o responsável pela morte dela”, diz.
O açougueiro conseguiu os documentos para liberação do corpo do bebê no fim da tarde de domingo (4), um dia após a morte da filha. Na manhã desta segunda-feira (5), ele foi até a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para retirar o corpo. A mãe do bebê continua internada.
Nota da SES-GO
"A SES-GO, por meio da direção técnica do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), informa que verificará com detalhes a assistência prestada à paciente S.N.A.O., citada na reportagem, e, a depender de elementos mínimos, a Organização Social Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável pela gestão da HEMNSL, deverá abrir sindicância para apurar fatos, responsabilidades e tomar todas as providências cabíveis, dentro dos regulamentos éticos preconizados. A direção da unidade se solidariza à família e se coloca disposição para sanar quaisquer dúvidas".
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 365 mortes e 8.456 novos casos em 24 horas
Saúde
Covid-19: Brasil registra 365 mortes e 8.456 novos casos em 24 horas Até o momento, 4.263.208 de brasileiros já se recuperaram da doença
O balanço divulgado hoje (4) pelo Ministério da Saúde (MS) mostra 8.456 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Já são 4.915.289 casos desde o começo da pandemia. Além disso, foram registradas 365 novas mortes, totalizando 146.352 óbitos. Até o momento, 4.263.208 de brasileiros (86,7%) já se recuperaram da doença.
Os números mais baixos são comuns nos domingos, em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Contudo, os 8,4 mil novos casos registrados hoje são inferiores aos domingos anteriores. Os últimos três domingos (27/09, 20/09 e 13/09), por exemplo, foram registrados 14,3 mil, 16,3 mil e 14,7 mil novos casos respectivamente.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, 505.729 pacientes estão em tratamento.
Covid nos estados
São Paulo, que atingiu ontem (3) um milhão de casos de covid-19, chegou a 1.003.902 casos acumulados de covid-19. Os outros estados com maior número de incidência no país são Bahia (315.440), Minas Gerais (307.199) e Rio de Janeiro (271.701). Já o Acre é tem o menor número de casos (28.672). Em seguida estão Amapá (48.628), Roraima (51.368) e Rondônia (66.623).
São Paulo também lidera o número de mortes, com 36.178. Rio de Janeiro (18.769), Ceará (9.051) e Minas Gerais (7.643) aparecem na sequência. Os estados com menos mortes são Roraima (661), Acre (667), Amapá (716) e Tocantins (968).
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PORTAL IG
Ministério da Saúde publicou portaria por pressão de entidades antiaborto
Documentos do governo mostram que pedidos aumentaram após caso da menina de 10 anos que engravidou e interrompeu a gravidez
O Ministério da Saúde admitiu que a portaria editada em agosto deste ano e que criou obstáculos para realização da interrupção da gravidez em caso de estupro foi criada após pressão de entidades antiaborto. Documentos divulgados pelo ministério mostram que a pressão aumentou após a repercussão do caso da menina de 10 anos de idade que engravidou após estupro e que teve de deixar o Espírito Santo para ser submetida a um aborto legalizado.
No dia 28 de agosto, o Ministério da Saúde publicou a portaria nº 2.282 que criou novas regras para realização da interrupção da gestação de mulheres, adolescentes e crianças vítimas de estupro. A portaria previa que os médicos que atendessem vítimas de estupro que quisessem realizar o aborto eram obrigados a comunicar os casos às autoridades policiais. A portaria também obrigava a equipe médica a perguntar se a vítima gostaria de ver imagens do feto ou embrião pelo ultrassom antes do procedimento.
Entidades em defesa dos direitos da mulher afirmam que as mudanças poderiam afastar mulheres vítimas desse tipo de violência da busca pelo aborto legalizado.
Partidos ingressaram com uma ação contra a portaria no Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio à repercussão negativa, o governo editou uma nova portaria, mantendo a obrigatoriedade da comunicação do estupro às autoridades policiais, mas retirando a necessidade de perguntar à vítima se ela gostaria de ver o feto antes do aborto.
A admissão de que o ministério editou a portaria de agosto após pressão de entidades antiaborto foi feita pelo órgão ao responder um pedido feito via Lei de Acesso a Informação (LAI).
"[…] quanto a justificativa e a fundamentação para a edição da referida norma, cabe esclarecer que o Ministério da Saúde foi provocado por meio de diversos ofícios da Defensoria Pública da União e de entidades da sociedade civil, em que recomendavam a revogação da Portaria", disse o ministério.
A portaria mencionada na resposta é a nº 1.508 vigente desde 2005. A portaria previa que as vítimas de estupro não precisavam registrar boletim de ocorrência.
O órgão divulgou, também, os ofícios e documentos que, segundo ele, embasaram a criação da portaria. O material mostra que a pressão para que o governo revogasse a portaria foi feita por duas entidades: Instituto de Defesa da Vida e da Família (IDVF) e Associação Virgem de Guadalupe. As duas são conhecidas como entidades antiaborto.
A pressão foi iniciada em janeiro de 2019, quando a Associação Virgem de Guadalupe, representada pela Defensoria Pública da União (DPU), pediu ao ministério que revogasse a portaria nº 1.508. A Ao longo de 2020, a DPU insistiu três vezes para que o ministério revogasse a norma, sem sucesso. Ao pedir apoio da DPU para lhe representar no caso, a presidente da Associação Virgem de Guadalupe, Mariângela Consoli, em e-mail, que a necessidade para revogação da portaria era "urgente" para evitar fraudes e "salvar vidas humanas". "A revogação desta norma se faz urgente pois evitará fraudes em relação à comunicação de estupros e consequentemente salvará vidas", diz um trecho do e-mail anexado aos documentos que foram encaminhados ao Ministério da Saúde.
Em abril deste ano, o Departamento de Ações Estratégicas (Dapes) do Ministério da Saúde disse que a demanda pela revogação deveria ser encaminhada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), vinculado ao ministério e responsável por receber demandas da sociedade civil em matéria de saúde pública.
"Embora todos canais de comunicação sejam válidos, é recomendável que manifestações dessa natureza tenham como destino o Conselho Nacional de Saúde, órgão pareado com o Ministério da Saúde (MS), responsável pela representação coletiva da participação da comunidade junto à União", disse o então diretor do órgão Maximiliano das Chagas em ofício assinado no dia 8 de abril.
A pressão aumentou, no entanto, após a repercussão do caso da menina de 10 anos de idade estuprada no Espírito Santo e que teve de viajar até o Recife para ser submetida à interrupção da sua gravidez. O caso ganhou dimensão após a militante extremista Sara Giromini vazar a identidade da menina em suas redes sociais. Centenas de ativistas contrárias ao aborto fizeram protestos na frente do hospital onde a menina foi atendida. A interrupção da gravidez foi realizada no dia 16 de agosto.
Três dias depois, no dia 19 de agosto, o IDVF encaminhou ofícios para o gabinete do Ministério da Saúde e para a Presidência da República pedindo a revogação da portaria 1.508 e das normas técnicas que estavam em vigor desde 2005. "Nesse cenário, tem-se que as normas e a portaria retrocitadas já não mais se compatibilizam com o ordenamento jurídico, padecendo de vício de legalidade, eis que para a apuração penal do crime de estupro tornou-se irrelevante a manifestação da vítima ou de seus representantes", diz um trecho do ofício.
O argumento da entidade era o de que a lei nº 13.718 de 2018 havia transformado o estupro em crime que não depende de denúncia da vítima para ser investigado. Dessa forma, para a entidade, os médicos seriam obrigados a comunicar os estupros às autoridades policiais.
Cinco dias depois, no dia 24 de agosto, o gabinete do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, encaminhou o ofício para o Departamento de Ações Estratégicas (Dapes), que ficou responsável por fazer uma análise do pedido feito pela IDVF.
Três dias depois, no dia 27 de agosto, o novo diretor do Dapes, Antônio Rodrigues Braga Neto – nomeado por Pazuello – assinou uma nota técnica favorável à demanda do instituto, revertendo o posicionamento do departamento de quatro meses antes. Segundo ele, revogação da portaria daria mais segurança jurídica aos médicos e ajudaria no combate à violência sexual.
"O registro de violência contra a mulher no prontuário médico e a notificação à autoridade policial pelo médico, demais profissionais de saúde ou responsáveis pelo estabelecimento de saúde que acolheram a paciente, poderá servir de base para ações mais consistentes de prevenção e de combate à reincidência nesse tipo de violência", diz um trecho do documento.
No dia seguinte, a nova portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Além de obrigar médicos a comunicarem os casos, a portaria também os obrigou a perguntar às vítimas se elas gostariam de ver imagens do feto ou do embrião antes do procedimento. Essa determinação não estava em nenhum dos ofícios enviados tanto pela Associação Virgem de Guadalupe quanto pelo IDVF, embora sejam uma prática defendida por entidades anti-aborto no Brasil e no exterior. A ideia é de que isso possa sensibilizar as vítimas de estupro a recuarem da decisão pelo aborto.
Associação atuou em caso de menina estuprada
A Associação Virgem de Guadalupe é uma das entidades que participaram de reuniões com autoridades capixabas em agosto durante a definição sobre se a menina estuprada seria ou não submetida à interrupção da gravidez. Ao jornal Folha de S. Paulo , a presidente da entidade, Mariângela Consoli, disse que sua ida a São Mateus (ES) fez parte de uma missão "institucional". Segundo o jornal, a delegação fez parte de um esforço do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) de impedir que o aborto fosse realizado. O ministério e a entidade, no entanto, negam terem tido essa intenção.
O caso é investigado pela Promotoria da Infância e Juventude de São Mateus.
Na sexta-feira, reportagem do jornal O Globo mostrou que a Associação Virgem de Guadalupe é uma das entidades que receberam recursos do programa Pátria Voluntária, presidida pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Segundo dados do programa, a entidade recebeu R$ 14,7 mil do projeto Arrecadação Solidária, um braço do programa.
Questionada pela reportagem, Mariângela disse não saber quem teria indicado a entidade para receber os recursos.
Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu às questões sobre a pressão feita por entidades antiaborto. O órgão enviou uma nota informando que a portaria nº 2.282 já havia sido revogada e que a nova norma visava manter "apoio e segurança jurídica aos profissionais de saúde envolvidos no procedimento".
A nota diz ainda que o objetivo do ministério é "proteger as vítimas e reduzir o número de casos de violência sexual contra mulheres e crianças".
Leia a nota na íntegra:
"O Ministério da Saúde publicou no dia 24 de setembro, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, que dispõe sobre os procedimentos de interrupção da gravidez, nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A alteração foi realizada após contribuições técnicas para adequação da Portaria nª 2.282, de 27 de agosto de 2020. A normativa mantém o apoio e a segurança jurídica aos profissionais de saúde envolvidos no procedimento, uma vez que a Portaria está adequada à legislação vigente.
O objetivo é proteger as vítimas e reduzir o número de casos de violência sexual contra mulheres e crianças, já que, como a denúncia não precisa ser feita pela vítima, evita-se o constrangimento e o medo da exposição do abuso. Ao mesmo tempo, a partir da notificação policial, a Portaria torna possível a instauração de procedimentos que possam levar à punição rápida dos criminosos, garantindo, assim, a segurança e proteção de pacientes com indícios ou confirmação de abuso sexual.
Atualmente, o SUS conta com 97 serviços de referência para atendimento às vítimas de violência, com equipes multiprofissionais preparadas para acolher essas vítimas com tratamento humanizado. Os serviços de saúde desempenham um papel importante na vida das pessoas, especialmente das mulheres diante de uma situação de violência."
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O GLOBO
Para ex-ministros, falta de liderança agravou surto de Covid-19 no Brasil
Evento promovido pelo Instituto Questão de Ciência reuniu sete nomes que já ocuparam a pasta da Saúde, além de médicos e cientistas que falaram sobre o momento atual da pandemia
RAFAEL GARCIA
Em um evento on-line que reuniu sete ex-ministros da Saúde, todos apontaram a falta de liderança e coordenação da atual gestão da pasta como responsável pelo agravamento da epidemia de Covid-19 no país.
Promovido pelo Instituto Questão de Ciência, o debate virtual anteontem com sete gestores públicos que já ocuparam o cargo foi uma das atrações do "Dia C de Conscientização da COVID-19", ciclo de seminários que reuniu também médicos e cientistas para disseminar o conhecimento produzido até agora sobre o novo coronavírus.
Na mesa com os ex-ministros estavam José Gomes Temporão, Arthur Chioro, Alexandre Padilha, Humberto Costa, José Saraiva Felipe, Agenor Alves e Nelson Teich.
Cada um deles expôs diferentes críticas à atual gestão. Um ponto comum entre os participantes é o de que o atual ministro, general Eduardo Pazuello, não estaria conseguindo articular uma ação coordenada para mitigar a epidemia de Covid-19.
Felizmente temos um sistema de saúde que é nacional, mas é descentralizado, e apesar da absoluta ausência do Ministério da Saúde, especialmente depois da saída do ministro Teich, os estados e municípios foram capazes de tocar esse processo para frente por conta própria – disse Costa, o primeiro a falar no evento online Teich, único egresso da gestão Bolsonaro no evento, disse que não encontrou condição para trabalhar bem nas quatro semanas em que foi ministro, entre abril e maio.
O ministério tem que ter papel de liderança e coordenação, mas isso não é coisa que você pode fazer da noite para o dia.
O médico sugeriu que o governo do qual participou politizou a pandemia.
Sem uma gestão suprapartidária você não vai conseguir colocar a saúde da sociedade em primeiro lugar.
Os outros ministros que participaram do debate ocuparam cargos nos governos Lula e Dilma, entre 2003 e 2016. Temporão foi um dos que mais fez críticas à atual gestão, à qual chamou de "negacionista".
Existe uma negação da ciência, com falsas promessas propagandeando medicamentos para Covid-19 que não têm efeito.
Padilha fez críticas mais diretas à gestão de verbas para enfrentamento da pandemia, dizendo crer que recursos estão sendo alocados de forma lenta e mal planejada.
Com a emenda do teto de gastos, o SUS será incapaz de garantir a reposta no cuidado à população brasileira – afirmou.
Outros ministros manifestaram também preocupações com a política de comunicação do governo federal para a Covid-19, dizendo temer que a atual redução dos casos leve a um movimento de relaxamento das políticas de distanciamento social e a uma segunda onda da epidemia.
A falta de coordenação para uma política nacional de distribuição de vacinas também foi um ponto de preocupação.
'DOENÇA DA SOCIEDADE
O evento do IQC reuniu também médicos e cientistas que falaram sobre o momento atual da pandemia e o conhecimento acumulado até agora sobre o novo coronavírus.
Denise Garrett, do Instituto Sabin (EUA), e Otávio Ranzani, do Instituto de Saúde Global (Espanha), falaram sobre segunda onda da Covid-19, que deve se abater sobre o Brasil com o relaxamento das medidas de distanciamento em muitas cidades.
Daniel Lahr, da Universidade de Massachusetts (EUA), falou sobre evidências mostrando que as máscaras faciais ajudam na prevenção da Covid-19.
Júlio Croda, infectologista que ajudou a desenhar o plano de combate à Covid-19 antes de deixar o governo federal, defendeu o autoisolamento de pessoas sintomáticas como ferramenta para contenção da epidemia, num cenário em que os resultados de diagnósticos ainda demoram para sair.
Margareth Dalcolmo, pneumologista da Fiocruz, e Mauro Schechter, infectologista da UFRJ, contaram como foi a experiência deles próprios ao contraírem Covid-19. Os dois expuseram o consenso atual de tratamento da doença, que consiste em medidas de suporte, e afirmam que não há ainda um antiviral que tenha demonstrado eficácia real no combate ao novo coronavírus.
O evento foi organizado pela cientista Natália Pasternak, colunista de O GLOBO e presidente do IQC, como contraponto ao "Dia D" do governo, criticado por ela.
As informações que deveriam vir dos órgãos de comunicação do governo e do Ministério da Saúde estão vindo de forma atrapalhada, confusa e muitas vezes errada disse. – É preciso que o público entenda que Covid-19 é uma doença da sociedade, não apenas uma doença do indivíduo.
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O ESTADO DE S.PAULO
Média móvel de mortes por covid-19 chega a 657 no Brasil neste domingo
Dados do consórcio de veículos de comunicação mostram 364 novos registros de óbitos nas últimas 24 horas, além de 9.049 novos diagnósticos confirmados
A média móvel de mortes por covid-19 no Brasil ficou em 657 neste domingo, 4, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de comunicação. O número elimina distorções e registra com mais precisão as oscilações dos últimos sete dias.
O consórcio, que é formado por , computou 364 novos óbitos e 9.049 novos casos nas últimas 24 horas no País. O balanço é feito a partir de dados divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde.
No total, o Brasil chegou a 146.375 mortes e 4.914.906 casos confirmados de covid-19. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, o País tem 4.263.208 recuperados da doença, enquanto outros 505.729 seguem em acompanhamento médico.
O número de mortes no Estado de São Paulo chegou a 36.178, segundo o governo paulista. Os casos já ultrapassaram a barreira do 1 milhão e agora estão em 1.003.902 pessoas com diagnóstico confirmado para o novo coronavírus.
De acordo com dados do governo, as taxas de ocupação de leitos de UTI são de 42,2% na Grande São Paulo e 43,5% em todo o Estado. 'O número de pacientes internados é de 8.580, sendo 4.906 em enfermaria e 3.674 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 11h deste domingo', detalhou em nota.
Parceria
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia. E se manteve mesmo após a manutenção dos registros governamentais.
Em seu balanço do dia, o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 365 novas mortes por covid-19 neste domingo, além de 8.456 novos casos. No total, são 4.915.289 pessoas com diagnóstico confirmado e 146.352 mortes pela doença.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás ultrapassa 216 mil casos e se aproxima de 4,9 mil mortos
Estado soma 205 mil recuperados da doença
Théo Mariano
Goiânia – Goiás registrou, nas últimas 24 horas, 30 mortes e 464 novos casos do novo coronavírus. O Estado atingiu as marcas de 216.402 contaminados e 4.862 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados neste domingo (4/10) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Segundo a pasta, há 205 mil recuperados nos municípios goianos.
Ainda de acordo com os números, 225 mil casos são considerados suspeitos, e outras 243 mortes são investigadas para saber se a causa foi covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,25%.
O Governo de Goiás disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço do virus no Estado.
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JORNAL OPÇÃO
Voluntário goiano da vacina contra coronavírus já recebeu as duas doses e afirma não ter sentido efeitos adversos
Por Fernanda Santos
Apesar de nenhum voluntário ter relatado efeitos graves à vacina, estudo ainda deve durar cerca de um ano para avaliar eficácia da vacina
Em testes desde julho no Brasil, a vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, continua seus estudos em cerca de nove mil voluntários em todo país, sendo 850 deles apenas no Distrito Federal. O primeiro voluntário testado na Região Centro-Oeste, foi o médico gastroenterologista goiano Gabriel Ravazzi dos Santos, de 31 anos, que já recebeu a segunda dose da Coronavac.
“Os voluntários recebem duas doses da vacina com intervalo de 14 dias entre elas. Após essa etapa, são realizados mais dois retornos também com intervalo de 14 dias para avaliação médica e coleta de novos exames”, conta Gabriel ao Jornal Opção.
A pesquisa tem duração de 12 meses, mas os voluntários são monitorados regularmente para avaliar possíveis efeitos colaterais e o funcionamento da vacina. “Eu já passei por 4 retornos. Os dois primeiros para realização da vacina, que é uma avaliação médica e coleta de exames. Os outros dois, somente para avaliação médica e coleta de exames. Meu último foi há uma semana, quando completou um mês após a segunda dose”, conta o médico.
Segundo ele, cada voluntário está em uma etapa diferente. Antes dos testes, todos os voluntários são orientados sobre quais tipos de reações podem ocorrer em decorrência da vacina. “Pessoalmente, o único sintoma que tive foi um leve desconforto no local da aplicação, semelhante a qualquer outra vacina. Não apresentei nenhum sintoma mais grave”, disse.
“Até o momento, não foi relatado por nenhum voluntário da pesquisa da vacina da Sinovac reações adversas graves à vacina”, informou Gabriel, que continua muito animado com os possíveis resultados positivos da Coronavac. “A cada dia que passa, renovamos a esperança de estarmos cada dia mais perto da tão sonhada vacina”, afirmou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação