Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04/03/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Prefeitos do Vale do São Patrício negociam aquisição da vacina Sputnik

Brasil tem maior número de mortes por covid-19 em um dia: 1.910 óbitos

CoronaVac é 83,5% eficaz contra covid-19, diz universidade turca

Minas identifica reinfecção com variante inédita do coronavírus no Brasil 

Após queda sustentada, casos de coronavírus voltaram a subir no mundo, diz OMS

Com 169 registros em 24h, Goiás bate recorde de mortes diárias por covid-19

Rogério Cruz anuncia mais 100 leitos para casos de covid-19 em Goiânia

COE e Ahpaceg se reúnem para buscar soluções para evitar o colapso da sistema de saúde em Goiás

 “Estamos caminhando para um cenário terrível. E não terá como enviar pacientes para outros estados. Estarão todos lotados”, afirma epidemiologista

 Variante inglesa do coronavírus pode ter sido detectada em Anápolis

 Pazuello diz a prefeitos que pretende comprar vacina da Pfizer e Jansen

“A população precisa entender que não adianta ter só leitos”, afirma Flúvia

Portaria federal libera 6,6 milhões para abertura de novos leitos de UTI em Goiás

Em reunião com o MPF e MP-GO, Município de Goiânia informa início no processo de revisão dos protocolos de atendimento a pacientes de covid-19

TV ANHANGUERA

Prefeitos do Vale do São Patrício negociam aquisição da vacina Sputnik

https://globoplay.globo.com/v/9318151/

………………..

AGÊNCIA BRASIL

Brasil tem maior número de mortes por covid-19 em um dia: 1.910 óbitos

O Brasil teve hoje (3) o maior número de mortes registradas em um dia durante toda a pandemia. Em 24 horas, as autoridades de saúde registraram a morte de 1.910 pessoas por complicações da covid-19. No total, o número de óbitos chegou a 259.271 desde o início da pandemia. Ainda há 2.867 falecimentos em investigação.
 
Entre ontem e hoje, o Brasil também teve o 2º dia com mais novos casos registrados, com 71.704. O dia com maior número de novos diagnósticos confirmados foi 7 de janeiro, com 87.843.
 
Com os novos casos, o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 10.718.630.
 
Os dados estão no balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde. A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.
 
O número de pessoas recuperadas alcançou 9.591.590. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 867.769.
 
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (60.831), Rio de Janeiro (33.362), Minas Gerais (18.872), Bahia (12.140) e Rio Grande do Sul (12.833). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.030), Roraima (1.117), Amapá (1.146), Tocantins (1.549) e Rondônia (2.944). 

……………………………….

CoronaVac é 83,5% eficaz contra covid-19, diz universidade turca

A CoronaVac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, tem eficácia de 83,5% com base em resultados finais de um estudo clínico de Fase 3 realizado na Turquia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3/3) pela Universidade Hacettepe, de acordo com a mídia estatal turca.

Segundo a agência de notícias Anadolu, a universidade também informou que a vacina evitou hospitalização causada pela covid-19 em 100% dos casos.

A CoronaVac está sendo aplicada nas campanhas de vacinação contra a covid-19 da Turquia e do Brasil.

O imunizante foi testado em Fase 3 pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo do estado de São Paulo, que apontou eficácia geral de 50,38%. Ao mesmo tempo, o estudo mostrou que a vacina tem eficácia de 78% contra casos leves, que precisam de alguma assistência médica, e de 100% contra quadros graves e moderados da doença, o que significa que ela evitou casos que requerem internação hospitalar.

O Butantan, que está recebendo o insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac importado da China e envasando doses da vacina para entrega ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, deve divulgar até o fim desta semana resultados de estudos de eficácia do imunizante contra a variante de Manaus do coronavírus, que vem sendo apontada como mais transmissível que outras cepas.

………….

AGÊNCIA ESTADO

Minas identifica reinfecção com variante inédita do coronavírus no Brasil 

Uma reinfecção pelo novo coronavírus identificada em Minas Gerais – a primeira no Estado – foi provocada por linhagem que ainda não havia sido detectada no Brasil e que circula nos Estados Unidos desde outubro de 2020, segundo informações do Laboratório de Imunopatologia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com base nos principais bancos de dados globais de informações genéticas do Sars-CoV-2.

A reinfecção foi provocada pela linhagem B.1.2 em um médico de 29 anos morador de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que apresentou sintomas da covid-19 pela segunda vez em 6 de janeiro. O médico não tem comorbidades ou imunodeficiências. A confirmação da reinfecção ocorreu na última segunda-feira, dia 1º, em trabalho conjunto da UFOP com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed).

O médico, que além de trabalhar em Sabará atende também em Caeté, outra cidade próxima a Belo Horizonte, e na capital, relatou à época ter acabado de retornar de viagem ao Rio de Janeiro. A reinfecção ocorreu 230 dias depois do contato inicial do morador de Sabará com o novo coronavírus. Seu primeiro teste positivo foi em maio, com a linhagem B.1.1.28. Nas duas infecções não houve necessidade de internação. A universidade afirma que em agosto o médico passou por exame sorológico e o resultado foi positivo para o anticorpo IgG, que combate a covid-19.

Em dezembro, porém, o mesmo exame apresentou resultado negativo. Pesquisador do Laboratório de Imunopatologia da UFOP, Alexandre Reis explica não ser possível afirmar que apenas a exposição a uma nova linhagem do vírus tenha sido o único fator responsável pela reinfecção. “O fato de os níveis de anticorpos do paciente terem negativado, assim como outros fatores ainda não bem elucidados, devem também ter contribuído para o quadro”, analisa, em comunicado da UFOP.

Novas variantes
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou nesta terça-feira, 2, ter sido detectada no Estado a variante P.1, identificada inicialmente em Manaus, em duas amostras de material genético analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen). As amostras, conforme a secretaria, são de duas pessoas da capital amazonense que estavam em viagem a Belo Horizonte.

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp) sugere que a variante P.1 pode escapar dos anticorpos produzidos no organismo humano pela vacina Coronavac, o principal imunizante utilizado no Brasil contra a covid-19. Os dados, porém, foram levantados a partir de um grupo pequeno de voluntários e são preliminares.

Minas Gerais já registra regiões com estrangulamento do atendimento para casos mais graves da covid-19. No Triângulo Sul, que tem Uberaba como principal cidade, não há mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) seja para covid-19 ou qualquer outra doença. Em Belo Horizonte, a taxa de ocupação de UTI para covid-19 está em alta e atingiu nesta terça-feira, 2, 76,3%, ante 64,2% registrado na terça-feira anterior.

Nesta quarta-feira, começa na cidade a vacinação de idosos de 80 a 85 anos, iniciando pelos mais idosos da faixa etária. O cronograma da Prefeitura prevê que na quinta-feira, 11, e sexta-feira, 12, sejam vacinados os idosos de 80 anos. 

…………………………………

Após queda sustentada, casos de coronavírus voltaram a subir no mundo, diz OMS

A epidemiologista responsável pela resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) à pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove, afirmou nesta quarta-feira que, após “de cinco a seis semanas” de queda continuada, o número de casos da doença voltou a subir nos últimos dias no mundo. “Esse é um sinal preocupante”, alertou, em sessão de perguntas e respostas nas redes sociais.

Kerkhove informou que, no continente americano, houve avanço de 6% no volume de diagnósticos na última semana. Ela exortou a população mundial a continuar aderindo às medidas de distanciamento social, mesmo em países em que a vacinação já começou.

Sobre mutações do coronavírus, a epidemiologista explicou que é normal que haja mutações e que a OMS está trabalhando em métricas para definir quais requerem mais atenção.

De acordo com ela, três cepas atualmente são mais preocupantes: uma identificada no Reino Unido, outra na África do Sul e uma terceira no Brasil. “Quanto mais sequenciamento tivermos, mais variantes serão detectadas”, pontuou.

Kerkhove destacou que há evidências de que todas elas aumentam a transmissibilidade do vírus, enquanto a britânica pode tornar os sintomas mais graves. Ela acrescentou que as vacinas funcionam na prevenção das variantes, apesar de indícios de que os imunizantes podem ser menos eficazes.

Diretor executivo da entidade, Michael Ryan comentou que, até agora, 265 milhões de doses de vacinas foram administradas em todo mundo, sendo que 80% delas em apenas 10 países.

……………..

A REDAÇÃO

Com 169 registros em 24h, Goiás bate recorde de mortes diárias por covid-19

Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 3.831 novos casos da covid-19 e 169 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo plataforma atualizada em tempo real pela Secretaria Estadual de Saúde. Com as atualizações da tarde desta quarta-feira (3/3), o Estado chega a 404.965 casos e 8.714 óbitos confirmados. Os dados de mortes pela doença não tinham sido atualizados na terça-feira (2/3).

Ainda de acordo com a plataforma da SES-GO, o Estado soma 385.785 pessoas recuperadas. 

Recorde de óbitos

O registro de 169 mortes em 24 horas é o maior número de mortes diárias por covid-19 em Goiás desde o início da pandemia.A taxa de letalidade é de 2,15%.

Segundo a SES-GO, do total de óbitos pela doença, 58.09% foram homens. 

*Os números divulgados pela SES-GO são referentes aos dados inseridos/confirmados no sistema no último dia. Não significa necessariamente que as mortes aconteceram nas últimas 24 horas. 

…………….

Rogério Cruz anuncia mais 100 leitos para casos de covid-19 em Goiânia

Goiânia – O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, anunciou nesta quarta-feira (3/3) a implantação de novos 100 leitos para tratamento da covid-19 no Hospital das Clínicas (HC), sendo 50 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e outros 50 de enfermaria. A estrutura já está sendo montada e será disponibilizada aos pacientes da capital a partir da próxima segunda-feira (8/3) de forma gradativa, conforme demanda. 

De acordo com o prefeito Rogério Cruz, o convênio é assinado entre a Prefeitura de Goiânia e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e visa disponibilizar além dos leitos, os profissionais que vão atuar na unidade de saúde. “Com esse convênio, estamos trazendo mais condições de segurança à população de Goiânia no que diz respeito ao enfrentamento da Covid-19”, citou o prefeito durante coletiva de imprensa e após reunião com os dirigentes da UFG, Fundahc e HC. 

Rogério Cruz disse que desde quando assumiu a administração municipal, em 1º de janeiro, não deixou trabalhar em prol do enfrentamento do coronavírus. “Estamos trabalhando muito e não vamos deixar de atender à população. Para se ter uma ideia, desde que assumi, aumentamos de 136 para 248 leitos de UTI e de 110 para 159 leitos de enfermaria”, enumerou o prefeito, ao acrescentar que hoje são mais 50 de UTI e 50 de enfermaria.

“É necessário ressaltar a todos moradores de Goiânia que somente a abertura de novos leitos de UTIs não resolverá o problema da pandemia na cidade”, frisou o prefeito Rogério Cruz, ao acrescentar a importância da conscientização das pessoas nesse momento tão sério. “Nunca é tarde lembrar que essa segunda onda está muito forte e temos que nos cuidar sempre quanto ao uso de máscaras, lavar frequentemente as mãos, usar o álcool em gel, além de respeitar o distanciamento social e somente sair de casa se for mesmo necessário”, alertou. 

Questionado sobre a atualização do decreto publicado no Diário Oficial do Município no último dia 27 de fevereiro, que estabeleceu novas restrições na capital, em consonância com as gestões municipais da Região Metropolitana de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz disse que o diálogo está mantido, mas conforme ele, os números ainda estão preocupantes. “Quanto aos leitos, estamos com uma taxa de ocupação de 89% em leitos de UTI e 91% em enfermaria”, citou, ao mencionar que tem recebido sugestões por parte do setor produtivo de Goiânia e que serão analisadas pela equipe técnica da prefeitura. 

Já o diretor do Hospital das Clínicas, José Garcia, disse que a unidade de saúde está preparada para receber os novos pacientes com Covid-19. “Nossa área física está pronta e contamos com estrutura de última geração para atender esse novo convênio com a Prefeitura de Goiânia”, citou o diretor, ao dizer que seria não necessitar desses novos leitos, mas, segundo ele, a realidade é outra. 

“Digo isso porque essa doença é terrível e a sua transmissão é muito alta”, pontuou José Garcia. 

Boletim

O último boletim sobre o coronavírus em Goiânia, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, registra 113.174 casos de infectados com o Covid-19, 334 pessoas em acompanhamento em casa, 3.807 internações em UTI, 109.455 recuperados e 2.676 óbitos. A taxa de ocupação é de 89% em leitos de UTI e 91% em enfermaria.

…………………….

JORNAL OPÇÃO

COE e Ahpaceg se reúnem para buscar soluções para evitar o colapso da sistema de saúde em Goiás

Coordenação conjunta entre órgãos públicos e privados está buscando um solução para evitar o colapso do sistema

Na tarde desta quarta-feira, 01, o Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus se reuniu juntamente com Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e outras entidades para deliberar as próximas ações contra a Covid-19.

Segundo o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, uma coordenação conjunta entre órgãos públicos e privados está buscando um solução para evitar o colapso do sistema de saúde em Goiás, diante do aumento do número de casos da Covid-19 e da explosão de internações. “Nós estamos coordenando junto com o estado, com as prefeituras e com o governo federal. Neste momento, nós temos pacientes doentes e não faz mais sentido para quem é o leito. É preciso diminuir o número de casos”. frisou.

Para o Haikal Helou, a questão não é apenas abrir mais leitos para o tratamento da Covid-19. “Se a questão fosse abrir mais leitos, já tínhamos resolvido o problema. Mas não é”. Segundo ele, é preciso um trabalho de inteligência e em conjunto. “Nós estamos todos juntos e não temos leitos. Precisamos trabalhar possibilidades para diminuir essa pressão. Esse momento é muito difícil e as pessoas precisam entender a gravidade da situação e se cuidar.”

Sobre a possível reabertura dos serviços não essenciais, Haikal é categórico. “Não é a hora de abrir nada. Se você não tem leito para internar as pessoas, não tem lugar seguro. As pessoas precisam entender a gravidade da situação e elas não entenderam ainda, infelizmente”, pontuou.

Planos de saúde

O Sistema Hapvida, por meio de nota, informou que tem expandido a rede própria e acompanha diariamente os indicadores de procura das emergências por síndrome gripal e internações pelo mesmo motivo.

“Com vasta experiência em 53 cidades, nas cinco regiões do país, durante a pandemia, a rede consegue prever a demanda de leitos e já conta com planos de expansão em ondas, conforme a necessidade. Há, também, a transferência de equipamentos e de profissionais para outras unidades da rede, de acordo com o aumento na demanda por serviços médico-hospitalares”, diz a nota.

A taxa de ocupação de leitos da rede própria do Sistema Hapvida em Goiás é de 82,2% (dados referentes até 28 de fevereiro).

A reportagem entrou em contato com a Unimed e aguarda resposta sobre o questionamento feito sobre as medidas que a operadora irá adotar diante das altas taxas de ocupação de leitos.

……………….

“Estamos caminhando para um cenário terrível. E não terá como enviar pacientes para outros estados. Estarão todos lotados”, afirma epidemiologista

Por Luiza Lopes

João Bosco explica que as causas para o colapso na saúde é a circulação das novas variantes, em particular da Amazônia, aliada com a maior mobilidade da população

Goiás deve vivenciar nos próximos dez dias os piores desde o início da pandemia da Coronavírus. A afirmação é do médico epidemiologista e professor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG,  Dr. João Bosco Siqueira Júnior. Para ele, o que se tem visto nesta última semana é algo muito diferente do que ocorreu na primeira onda da pandemia, principalmente, pela velocidade em que os casos estão aumentando e a forma como recursos estão se esgotando.

João Bosco explica que as causas desta mudança é a circulação das novas variantes, em particular da Amazônia, conhecida como P1, aliada com a maior mobilidade da população. “A diminuição do cuidado, o aumento do contato entre as pessoas, das festas e aglomerações, e uma variante que tem mais capacidade de causar infecção. Essa combinação de fatores é ideal para uma tempestade perfeita”, pontua.

Para impedir que novas pessoas adoeçam, de acordo com o epidemiologista, é necessário aumentar o distanciamento social e os cuidados, o uso de máscara e a higienização. Além de ampliar as testagens e isolar os pessoas confirmadas com a doença, como por exemplo com tem feito países como o Reino Unido. “Apenas fechar a cidade não resolve. É preciso testar e isolar as pessoas contaminadas para diminuir o proliferação do vírus”, destaca.

Colapso

O médico acredita em um colapso da saúde no Brasil nos próximos dias. Segundo ele, diferentemente do que ocorreu durante a primeira onda, atualmente todos os estados estão com alto índice de contaminação.

“Não tivemos essa sincronicidade como nós estamos vendo nessa segunda onda, afetando todo mundo ao mesmo tempo e a consequência será a falta de profissionais da saúde. Podemos até abrir mais leitos, mas não teremos pessoas para trabalhar. Vai faltar UTI. E não terá como enviar pacientes para outros estados porque também estarão lotados. Estamos caminhando nessas próximas semanas realmente para um cenário terrível”, analisa.

O professor do IPTSP lembra da capacidade do Brasil em realizar com qualidade uma campanha de vacinação, com um programa de imunização reconhecido mundialmente, sendo um dos mais bem sucedidos do mundo, gratuito e universal. No entanto, para ele, não houve planejamento e liderança em relação a vacinação contra a Covid-19.

“Eu não antevejo ao logo do ano de 2021 uma melhora grande na questão da pandemia. O Brasil nunca teve problema em vacinar. Todo mundo sempre apoiou. E, agora, estimulados principalmente pelo presidente [da República] começaram a questionar a vacina. Isso é um retrocesso. Na hora que você mais precisa, na maior crise em saúde pública, isso muda sem ter nenhuma base científica, apenas só por ignorância. Como que se combate isso?”, lamenta.

………………

Variante inglesa do coronavírus pode ter sido detectada em Anápolis

Por Nathália Alves

Nova cepa apresenta maior potencial de transmissão e pode estar sendo a grande responsável pelo aumento no número de internações pela doença na cidade 

A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa) deve divulgar nesta quarta-feira, 3, dados que podem evidenciar a presença da variante inglesa do coronavírus no município. A nova cepa estaria sendo uma das responsáveis pelo aumento no número de internações na cidade, que fechou a terça-feira, 2, com cerca de 82% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. A assessoria da prefeitura de Anápolis informou que a presença da nova variante do vírus na cidade ainda não pode ser confirmada de fato.

Marcelo Daher, médico infectologista, afirma que o potencial de transmissão dessa variante é maior, o que pode vir a explicar a explosão de internações nas redes pública e privada em Anápolis. Ele afirma ainda que não é possível saber se essa cepa provoca necessariamente uma forma mais grave da doença, sendo que casos de reinfecção podem acontecer, o que acende um alerta para o sistema de saúde do município. Marcelo alerta para o fato de que a população precisa continuar mantendo cuidados como o uso de máscaras e o distanciamento social. 

Eficácia das vacinas 

O médico reitera que os cidadãos não devem ter medo de se vacinarem, uma vez que a vacina da AstraZeneca protege principalmente das formas mais graves da doença, enquanto a Coronavac também é capaz de reduzi-la em sua forma mais agressiva. Segundo ele, a circulação dessa nova cepa do vírus não configura um motivo para que as pessoas não busquem se vacinar.

…………….

Pazuello diz a prefeitos que pretende comprar vacina da Pfizer e Jansen

Por Luiza Lopes

Ministro da saúde disse que acordo deve fechado ainda nesta quarta-feira, mas não informou quantas doses devem ser compradas pelo governo federal

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira (03), durante reunião com representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que pretende assinar ainda hoje um contrato para aquisição de vacinas da Pfizer e da Jansen. “Já mandei chamar o cara da Pfizer e já hoje mesmo começaremos a tratar dos trabalhos.”

Pazuello participou de reunião fechada com os prefeitos, mas não informou quantas doses o governo federal deve adquirir da farmacêutica. Em apresentações recentes a prefeitos e governadores, o ministro afirmou que a negociação seria por 100 milhões de doses, mas com a entrega de uma primeira parcela de 8,71 milhões de doses em julho. O restante, entre outubro e dezembro.

Desde o ano passado, o governo federal resistia a assinar o contrato com a Pfizer por causa das exigências, como a de isentar a empresa de qualquer indenização por efeitos adversos da vacina. O governo vinha apontando como abusiva.

A Câmara aprovou ontem, 02, um projeto de lei para que a União possa assumir as responsabilidades por eventuais efeitos adversos de vacinas da covid-19. Com isso, permite a contratação de seguros privados. O texto já foi enviado para sanção presidencial.

………………

O HOJE

“A população precisa entender que não adianta ter só leitos”, afirma Flúvia

Após anúncio dos governos federal, estadual e municipal sobre a corrida para conseguir leitos, principalmente de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, afirmou, em entrevista nesta quarta-feira (3/3), que “a população precisa entender que não adianta só leitos, inclusive há um momento em que não conseguimos abrir mais, por que não há recursos humanos suficientes”.

O desabafo vem após o número recorde de mortes registradas em Goiás e no Brasil, respectivamente, 169 e 1.910, ambas as maiores desde o início da pandemia. Em outras entrevistas, tanto Flúvia, quanto o governador Ronaldo Caiado e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, afirmaram que a nova segunda está mais forte por conta das variantes da Covid-19, mais transmissivas.

“É necessário ressaltar a todos moradores de Goiânia que somente a abertura de novos leitos de UTIs não resolverá o problema da pandemia na cidade”, frisou o Rogério Cruz, ao acrescentar a importância da conscientização das pessoas nesse momento tão sério. “Nunca é tarde lembrar que essa segunda onda está muito forte e temos que nos cuidar sempre quanto ao uso de máscaras, lavar frequentemente as mãos, usar o álcool em gel, além de respeitar o distanciamento social e somente sair de casa se for mesmo necessário”, alertou. 

Em visita ao Hospital das Clínicas (HC) na manhã desta quarta-feira (3), o prefeito de Goiânia anunciou a implantação de novos 100 leitos para tratamento da Covid-19, sendo 50 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e outros 50 de enfermaria. A estrutura já está sendo montada e será disponibilizada aos pacientes da capital a partir da próxima segunda-feira (8/3) de forma gradativa, conforme demanda.

De acordo Cruz, o convênio é assinado entre a Prefeitura de Goiânia e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e visa disponibilizar além dos leitos, os profissionais que vão atuar na unidade de saúde. “Com esse convênio, estamos trazendo mais condições de segurança à população de Goiânia no que diz respeito ao enfrentamento da Covid-19”, citou o prefeito durante coletiva de imprensa e após reunião com os dirigentes da UFG, Fundahc e HC.

Aos jornalistas, Rogério Cruz disse que desde quando assumiu a administração municipal, em 1º de janeiro, não deixou trabalhar em prol do enfrentamento do coronavírus. “Estamos trabalhando muito e não vamos deixar de atender à população. Para se ter uma ideia, desde que assumi, aumentamos de 136 para 248 leitos de UTI e de 110 para 159 leitos de enfermaria”, enumerou o prefeito, ao acrescentar que hoje são mais 50 de UTI e 50 de enfermaria.

Governo estadual e federal

Nos últimos dias também houve anuncio do Governo de Goiás e do Governo Federal em relação a mais leitos. O governador Ronaldo Caiado, nos primeiros dias março, vistoriou o Hospital de Enfrentamento à Covid-19 do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, e de estruturas em Ceres, Iporá, Jataí e Quirinópolis, que vão liberar 186 leitos (68 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 118 enfermaria), fazendo com que a rede do Estado atinja a marca de 1.084 leitos criados e dedicados para os casos de coronavírus.

Ao todo, a rede de saúde estadual dispõe atualmente de 742 leitos de UTIs, instalados em 30 unidades de saúde, para diversos perfis de internação. A distribuição atende todas as cinco macrorregiões de saúde de Goiás, com localização em 20 municípios goianos. Destas vagas em unidades de terapia intensiva, 407 são exclusivas para casos de Covid-19.

Já o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, autorizou o financiamento de 146 Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) também exclusivas para pacientes da Covid-19 em Goiás. Ao todo, nove municípios goianos serão beneficiados com a medida, que consta em portaria publicada nessa terça- feira (2), em edição extra do Diário Oficial da União, assinada pelo ministro Eduardo Pazuello. O financiamento proposto pela pasta liberou R$ 153,64 milhões para a custeamento de 3.200 leitos em 150 municípios do Brasil, dividido em 22 Estados. Em Goiás, o investimento será de R$ 6,6 milhões. 

……………..

Portaria federal libera 6,6 milhões para abertura de novos leitos de UTI em Goiás

Uma Portaria do Ministério da Saúde, publicada na noite de terça-feira (2/3), autorizou o financiamento de 146 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Goiás. O repasse de R$ 6.624.000 milhões ocorrerá até o dia 31 de março.

Ao todo, a medida prevê o financiamento de 3.201 leitos de UTI em cerca de 150 municípios espalhados em 22 Estados, com o recurso calculado em R$ 153,64 milhões, caso todos as cidades listadas façam a solicitação à pasta.

Distribuição dos leitos

O documento especifica que, com o orçamento, serão implantados 66 leitos de UTI em Goiânia, os hospitais a receberem os leitos serão o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (53), a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (3) e o Hospital Ruy Azeredo (10). Além das unidades da capital, serão mais cinco em Anápolis, 30 em Aparecida de Goiânia, 7 em Catalão, 5 em Formosa, 8 em Itumbiara, 10 em Jataí, 5 em Mineiros e 10 em Rio Verde.

Solicitação do recurso

A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), em que consta a medida assinada pelo ministro Eduardo Pazuello. As solicitações de autorização de leitos, que terão caráter excepcional e temporário, devem ser encaminhadas por meio do Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde (SAIPS).

Entre outros documentos, os municípios atendidos devem assegurar a existência de um respirador por leito, equipamentos e recursos humanos necessários para as internações.

Repasses retroativos

Até dezembro, o Ministério da Saúde financiava cerca de 60% dos leitos de UTI em todo o país, mas esse número caiu para cerca de 15% este ano, por causa do fim da vigência do estado de calamidade pública, que permitia a transferência de recursos aos Estados além do orçamento regular. 

A portaria prevê repasses retroativos à manutenção de leitos de UTI referentes a janeiro e fevereiro, como forma de ressarcir os estados que, nesses dois meses, tiveram de utilizar exclusivamente recursos próprios para abrir novos leitos de UTI.

……………..

MPF-GO

Em reunião com o MPF e MP-GO, Município de Goiânia informa início no processo de revisão dos protocolos de atendimento a pacientes de covid-19

Medida ocorre um dia após o Ministério Público Federal (MPF) em Goiás compartilhar Nota Técnica baseada em evidências científicas sobre assistência integral aos pacientes

Em reunião virtual ocorrida na manhã desta quarta-feira (3), o Município de Goiânia informou que deflagrará processo de revisão e atualização dos protocolos de atendimento a pacientes de covid-19. No encontro, estavam presentes o procurador da República Ailton Benedito, a promotora de Justiça Marlene Nunes, o prefeito de Goiânia Rogério Cruz, o secretário municipal de saúde de Goiânia, Durval Ferreira Fonseca Pedroso, entre outras autoridades.

A medida ocorre um dia após o Ministério Público Federal (MPF) em Goiás compartilhar a Nota Técnica n° 1/2021 (NT) intitulada “As evidências científicas acerca do atendimento integral das pessoas acometidas com a covid-19: o estado da arte atual, com ênfase no tratamento na fase inicial (replicação viral) da doença”.

Na reunião, o procurador chamou a atenção para a necessidade de revisão sistemática dos protocolos de atendimento, que devem acompanhar a evolução da pandemia e o conhecimento científico acumulado. Lembrou, ainda, que a pandemia não é a mesma de um anos atrás e que, portanto, as medidas de enfrentamento de hoje não podem ser as mesmas. Destacou, no entanto, que o Município vem adotando o mesmo protocolo de atendimento a pacientes com covid-19 em vigor desde julho do ano passado.

No Brasil, a lei federal extraordinária de enfrentamento à pandemia (Lei 13.979/20) prevê que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem determinar seus protocolos sanitários, farmacológicos e não-farmacológicos, com base em evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde e que deverão, também, ser limitados no tempo e no espaço ao mínimo indispensável à promoção e à preservação da saúde pública.

O Ministério Público Federal deve continuar acompanhando as ações do poder público para fiel cumprimento da Constituição e das leis, relativamente às medidas de enfrentamento à covid-19.

…………….

Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação