Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04/07/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DIÁRIO DA MANHÃ

Passeata branca
Manifestação que aconteceu em todo País transcorre pacífica em Goiânia. Dois mil profissionais vão às ruas
NAYARA REIS
Aconteceu ontem, por volta das 15h30, um protesto dos médicos em Goiânia e também em quase todo o Brasil. Cerca de duas mil pessoas participaram da passeata, que levou às ruas profissionais e estudantes de todas as idades. O manifesto seguiu até o Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG), onde os participantes se dispersaram. Várias denúncias são feitas pela classe, que reivindica melhores condições de trabalho e mais qualidade na saúde pública. Eles também protestaram contra a vinda de médicos estrangeiros para o País e a favor da obrigatoriedade que eles passem por testes antes de ingressar na carreira no Brasil. Durante todo o percurso, não houve tumulto ou violência, tudo correu em ordem. De acordo com o Capitão da PM Bessa, 20 homens fizeram a segurança dos manifestantes. “Não aconteceu nenhum imprevisto, do início ao fim, seguimos com viaturas na frente e no final da passeata, para garantir a segurança de todos”, esclarece.
O Conselho Regional de Medicina do Estado, juntamente com o sindicato e conselho de Medicina, patrocinou camisetas e água mineral aos manifestantes. Na camiseta havia um símbolo de luto e, o nome médicos por cima da imagem, nas costas a frase: “Em luta para uma saúde pública de verdade”. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-GO), Salomão Rodrigues, a passeata conseguiu alcançar o objetivo esperado. “Está tudo muito bom, os médicos da nossa cidade atenderam nosso chamado e estão na rua lutando por seus direitos”, diz.
Todos os manifestantes estavam de branco e gritando suas reivindicações, a maioria delas em menção à presidenta Dilma Rousseff. “Ê Dilma, preste atenção, com a saúde não se brinca não”, “Dilma, cadê você? Eu quero ver um cubano te atender”. Além disso, eles também pediam nos gritos a saída do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Bruna Brito, 26, é acadêmica de Medicina e estava na passeata, também em busca de melhorias para a classe. “ Queremos condições melhores de trabalho, no mínimo luvas e o primordial para os atendimentos. Além de uma saúde pública de qualidade para todos e a valorização do médico no Brasil”, ressalta. José Silvério é médico e não está satisfeito com o trabalho da presidenta para a Saúde no País. “Espero que esse protesto sirva para evitar o absurdo que acontece hoje com os médicos brasileiros. Que a Dilma consiga estruturar não só a economia, mas principalmente a Saúde no País, que ela nos olhe da mesma forma que seus apadrinhados e amigos”, diz.
Para Flávio Cavarsan, outro manifestante, a passeata estava animada, ele cuidava de agitar os carros para que buzinassem e os participantes para que não desistissem de seguir o trajeto até o HGG, com o auxílio de um apito e também no grito de incentivo.
Filipe Belo, 29, pede mais investimento na saúde e melhores incentivos e planejamento para os médicos recém-formados. “Eu estudei em uma instituição pública, acho que, com boas condições, nós iríamos para o interior ou onde precisassem sem maiores problemas para ambos os lados”, conclui.
Atual situação
De acordo com os protestos, em todo País, a situação dos médicos ainda precisa melhorar muito, de acordo com o presidente do CRMGO: “A denúncia que mais comumente ocorre é a de contratação do médico com bom salário, contrato quase verbal, que o médico recebe o primeiro mês e não recebe mais. Depois de 3 ou 4 meses sem receber, o médico desiste e o prefeito contrata outro nas mesmas condições. Na nossa opinião, o prefeito que assim procede está cometendo crime contra a saúde pública”, relata.
Segundo Salomão, a municipalização da Saúde trouxe grandes danos aos hospitais da capital do Estado. “Os municípios menores não se prepararam para efetivamente prestar os atendimentos e só referenciar para centro maior os atendimentos de maior complexidade. Passaram a encaminhar para Goiânia todos os atendimentos, inclusive aqueles de pequena complexidade. Houve uma sobrecarga para os grandes hospitais públicos localizados em Goiânia, que aliada à desativação de leitos e serviços, resultou no caos que hoje vivemos na saúde pública”, esclarece. Em relação aos valores e condições de pagamentos feitos pelas repartições públicas, ele cita que a maioria paga em dia. “Apesar de os valores estarem, a maioria das vezes, abaixo dos valores de mercado. Estão muito abaixo do que deveriam ser. Muitos segmentos já trabalham com complementações feitas pelo próprio poder público”. Ainda de acordo com o presidente, o relacionamento da Secretaria Estadual de Saúde com os médicos é bom. “O diálogo existe, é franco e produtivo”, conclui.
………………………………………………….

JORNAL OPÇÃO

Médicos saem às ruas em manifestação contra a importação de profissionais da área
Parte de manifestação nacional, profissionais e estudantes de medicina realizaram protesto contra a importação de médicos sem aplicação de teste. Ato Médico também foi lembrado

Caroline Almeida

A manifestação nacional programada para esta quarta-feira (3/7), em defesa da saúde pública e pelasanção do Ato Médico, ganhou as ruas de Goiânia. Nesta tarde, médicos e estudantes de medicina fizeram protestos contra a importação de médicos sem a validação de seus diplomas.

A manifestação, organizada pelo Cremego, pela Associação Médica de Goiás (AMG) e o pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), se concentrou em frente ao Conselho Regional de Medicina (Cremego) e seguiu pela Avenida T-7 até a Avenida Anhanguera, passando pela Assis Chateaubriand e pela República do Líbano. O fim da passeata seria no Hospital Geral de Goiânia (HGG).

Os médicos da capital foram orientados pelo Cremego a suspenderem o atendimento eletivo na tarde desta quarta-feira (3) para que participassem da manifestação.

O ato, realizado em várias cidades do Brasil paralelamente, levou às ruas, além de profissionais e acadêmicos, sindicalistas e centrais sindicais, em prol da exigência da aplicação do Revalida aos médicos que vierem de outros países.

O Revalida é um exame nacional que reconhece diplomas de estrangeiros de medicina. O exame é composto por duas fases. Uma vez com o diplomado validado, o médico deverá se registrar no Estado onde pretende trabalhar e adquirir o registro profissional para poder clinicar.
A polêmica atual se deve ao anúncio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de que profissionais vindos de país como Cuba, Portugal e Espanha, para suprir a carência de profissionais no Brasil, poderiam atuar sem tal teste. Segundo o ministro, esses profissionais só poderão atuar nas áreas carentes determinas pelo governo e por período que não possa ultrapassar três anos.
……………………………………………………………………

O HOJE

Médicos também vão às ruas
Médicos goianos aderem a mobilização nacional contra importação de profissionais de outros países. Classe rejeita proposta federal e diz que problema de carência está na falta de estrutura nas cidades do interior
quinta-feira, 4 de julho de 2013 | Por: Editoria

Gracciella Barros

Médicos de pelo menos 24 capitais do Brasil se mobilizaram ontem (3) contra a medida anunciada pela presidente Dilma Rousseff, no último dia 24, que propõe a contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma no Brasil, além da defesa da saúde pública e o pedido de sanção sem vetos do projeto que regulamenta o exercício da medicina no País. Em Goiás, cerca de mil profissionais ocuparam a frente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), e seguiram caminhando em direção ao Hospital Geral de Goiânia (HGG).
O protesto reuniu médicos, acadêmicos de Medicina e diretores de entidades médicas, como o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues, que reafirmou a necessidade de revalidação do diploma. “O governo quer passar por cima da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para trazer médicos estrangeiros com um treinamento de apenas três semanas. Isso não é suficiente”, pontua
Para o Salomão, não há necessidade de importação de médicos, pois o problema é que os profissionais da saúde são mal distribuídos no Brasil e trabalham em estresse constante. “Se não tiver jeito mesmo, a importação de médicos deve ser legal, com a revalidação dos diplomas.” Segundo relata, o Brasil conta hoje com médicos suficiente, com média de dois profissionais para cada mil habitantes. Salomão relata que o problema se encontra na estrutura deficiente, sem aparelhos de raio X, macas para todos os pacientes, instrumentos cirúrgicos, entre outros muitos equipamentos básicos para o bom atendimento.
O médico salienta ainda que o Conselho Federal de Medicina e os regionais são contra a importação e sim a falta de exames sérios para a admissão dos profissionais. “Um médico cubano faz três anos de curso, enquanto no Brasil nós cursamos seis anos mais a residência.”
A estrutura é a principal reivindicação para os profissionais, que, segundo Salomão, trabalham em estresse constante. “Imagina você fechar o diagnóstico de um paciente e saber que pode salvá-lo, mas, por falta de equipamentos, você fica impossibilitado e o perde. É muito estressante.”
Sobre a falta de médicos no interior de Goiás, o presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez, afirma que a falta de estabilidade e de condições de trabalho desestimulam os profissionais, pois as prefeituras anunciam um valor e contratam por valor diferente, além do fato de que na mudança do prefeito, o médico é demitido. “Os municípios devem oferecer condições primárias de trabalho e passar a contratar com concursos públicos, para o médico possa se estabelecer na cidade.”
Rafael Cardoso alega que, se o governo federal não atender a categoria e reavaliar a forma de contratação de médicos estrangeiros, as manifestações continuarão até serem ouvidas.
A realização da passeata dos médicos foi aprovada no dia 26 de junho, em reunião do Comitê das Entidades Médicas de Goiás (Cemeg), formado pelo Cremego, Associação Médica de Goiás (AMG) e Simego.
Prioridade a brasileiros
Prefeito de Aparecida de Goiânia e vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Maguito Vilela apoia o projeto do governo federal, caso não consigam preencher as 11 mil vagas que serão abertas para reforçar o atendimento de saúde nos municípios do interior do Brasil.
Maguito afirma que a preferência será dada a médicos brasileiros que se formaram e trabalham no exterior. Entre os estrangeiros, os profissionais de Portugal, Cuba e Espanha devem vir em seguida por conta da língua espanhola, que pode facilitar a comunicação com os pacientes no Brasil. No entanto, Maguito deixou claro que a FNP é a favor também da reavaliação do Programa Revalidar do governo federal.
……………………………………………………….
Faleiros contesta ação do MP na Saúde
Em coletiva, secretário mostra indignação e diz que remoções foram feitas conforme portaria específica do órgão

Myla Alves

O secretário de Estado da Saúde, Antônio Faleiros, negou ontem, em coletiva de imprensa, que as remoções de funcionários dos hospitais que passaram para a gestão das Organizações Sociais (OSs) tenham sido feitas de maneira irregular. De acordo com Faleiros, a Portaria nº 252/2012 foi criada especialmente para regular a remoção dos funcionários. No entanto, após uma série de reclamações de servidores de que teriam sido removidos do local de trabalho sem qualquer aviso prévio ou consulta, o Ministério Público (MP) abriu processo por improbidade administrativa contra o secretário e os diretores de quatro OS.
“Acho um grande equívoco essa ação porque nós temos um contrato com as Organizações Sociais. É uma política de governo. A portaria que foi criada para disciplinar esse remanejamento foi discutida com o Ministério Público”, argumenta o secretário.
Segundo Faleiros, o remanejamento é feito para atender o interesse público e também do servidor. Ele reforça que a remoção dos servidores é um direito e uma prerrogativa do gestor. “Não posso acreditar que a grande maioria dos servidores está insatisfeita e isso não pode preponderar sobre o todo”.
A portaria traz em seu conteúdo que a Organização Social deve realizar, em 60 dias, um levantamento com a assinatura de todos os funcionários da unidade, manifestando seu desejo de ser mantido ou removido do local. O levantamento também deve conter a decisão da OS sobre quais os servidores a organização não deseja que permaneçam lotados na unidade de saúde.
Ainda segundo o documento, o servidor será informado pela Gerência de Desenvolvimento de Pessoas (GDP) de que foi inserido na lista de remanejamento da unidade. Mas seu nome não pode ser incluído, caso o servidor estiver em férias, licença ou qualquer tipo de afastamento. Ele também deverá ser informado de quais são as opções de local para nova lotação.
Na determinação contratual consta que o servidor pode sugerir outros locais também, mas que depende da aprovação do diretor da unidade de saúde, que leva em consideração critérios como interesse público, assim como a OS, no momento de optar pelo remanejamento do servidor. Entre o interesse do servidor e o interesse público, deve prevalecer o interesse público, conforme preconiza a portaria.
A técnica em enfermagem Zilda Marcelino é servidora efetiva do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) há 18 anos. A unidade passou para a gestão do Instituto Sócrates Guanaes (ISG). Segundo Zilda, ela não foi informada pela Gerência de Desenvolvimento de Pessoas que seria removida e ficou sabendo por terceiros. “Fui informada por servidores da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) de que seria removida. Procurei o Sindsaúde, que me orientou a procurar a Justiça. Eles (a GDP) alegaram que meus telefones não conferiam, mas eu estava cumprindo minha escala normal na unidade, podendo ser facilmente encontrada ”.
………………………………………….

PORTAL G1

Protesto contra 'importação' de médicos reúne mil pessoas em Goiás
Com faixas, profissionais dizem que não faltam médicos, mas sim estrutura.
Eles também pediram a sanção do Ato Médico; manifestação foi pacífica.
Sílvio Túlio e Fernanda Borges

Manifestantes pedem a saída do ministro da Saúde Alexandre Padilha (Foto: Fernanda Borges / G1)
Cerca de mil médicos participaram de uma manifestação em favor da categoria nesta quarta-feira (3), em Goiânia. O protesto, segundo eles, é em defesa da saúde pública e, principalmente, contra a proposta do governo federal de 'importar' médicos estrangeiros para atuar no país sem que esses profissionais sejam submetidos ao exame de validação do diploma. A categoria também reivindica a sanção sem vetos do Ato Médico, que regulamenta o exercício da medicina em todo o país.
saiba mais
O protesto começou por volta das 15h30, quando os manifestantes saíram da sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Depois de percorrer várias ruas da cidade, o movimento foi encerrado na porta do Hospital Geral de Goiânia (HGG). A Polícia Militar acompanhou todo o percurso e nenhuma ocorrência foi registrada. A manifestação foi considerada pacífica.
Com faixas e balões, os médicos pediam mais condições de trabalho e se declaravam contra a proposta da presidente Dilma Rousseff de permitir que médicos estrangeiros atuem no Brasil. "Isso não resolve o problema. O governo fez um diagnóstico errado. Falta estrutura, não médico. Hoje o médico assiste as pessoas morrer sem poder fazer nada", disse ao G1 o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho.
Ele adverte que se, de fato, médicos estrangeiros vierem trabalhar no Brasil, a categoria exige que eles passem pelo processo de validação do diploma, como acontece com os profissionais formados no país. A proposta do governo, explica, não colocaria esse exame como obrigatório. "Em geral, menos de 2% dos estrangeiros que fazem essa prova conseguem passar", observa.
Além de ser contra a vinda de médicos estrangeiros, o movimento também pediu a sanção integral do Ato Médico. O projeto já foi aprovado no Senado Federal e espera pelo veto ou sanção da Presidência.
Segundo Salomão Rodrigues, durante o protesto, o atendimento nas unidades de saúde em Goiânia não foi prejudicado porque os profissionais que atuavam nas áreas de urgência e emergência continuaram em seus postos e não participaram da manifestação.
……………………………………………..

O POPULAR

Protesto
Contra a importação de médicos
Profissionais e estudantes saíram às ruas contra medida do governo que pretende trazer médicos de fora
Janda Nayara

Cerca de 2,3 mil médicos e estudantes participaram de protesto na tarde de ontem, em Goiânia, contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem a revalidação do diploma pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, segundo o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). O protesto ocorreu em vários locais do País. Em Goiânia, os manifestantes se concentraram na sede do Cremego, no Setor Bueno, e saíram em passeata pacífica até o Hospital Geral de Goiânia (HGG), carregando cartazes e proferindo palavras de ordem.
O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, reforçou que os médicos não são contra a vinda destes profissionais que se formaram no exterior, mas sim, da forma que o Ministério da Saúde pretende autorizá-la. “Uma licença especial, concedida através de uma prova simples e três semanas de treinamento, é insuficiente para saber se esse profissional está apto para atuar aqui. É contra a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, uma irresponsabilidade com a saúde”, afirma. O plano do governo é criar programas de autorização especial para que os profissionais que se formaram fora do País só possam atuar na atenção básica, nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.
Para Salomão, o problema da saúde não está na falta de médicos e sim, no baixo investimento do governo na saúde pública. Para o conselho, o número de médicos existentes no País é suficiente para suprir a demanda, desde que ocorresse também uma interiorização dos investimentos em estrutura. “O médico não quer ir para uma cidade onde faltam condições básicas para o atendimento. É desestimulante”, analisa. O presidente da entidade também defendeu a criação de uma carreira de Estado para o médico, o que segundo ele, incentivaria a fixação do profissional nas cidades do interior.
Segundo o presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez, as manifestações que ocorreram em todo o País são para alertar a população sobre “os riscos deste investimento incorreto”. Martinez explica que as entidades irão esperar a repercussão do ato nacional, e se for preciso farão uma paralisação nos atendimentos públicos e privados.
Priscilla Souza de Faria, estudante de medicina de uma faculdade particular, questionava se os médicos importados ficariam apenas no interior e avaliava a ação do governo como injusta com os brasileiros. “Por que não melhoram as condições de trabalho para nós? Assim, eu e outros médicos já formados iríamos sem problemas para o interior”, questionava.
APOIO
Durante o percurso, a mobilização ganhou apoio de populares que buzinavam, aplaudiam e tiravam fotos, como o matemático João Carlos Ferraz. Para ele, é preciso desconfiar da qualidade dos possíveis médicos importados. “Sou a favor da valorização do nosso profissional. E depois, não sabemos quais profissionais estrangeiros se interessariam por esta proposta”.
Mesmo parada no trânsito da Avenida Anhanguera, que ficou interditada por alguns minutos, a comerciante Ana Maria Ferreira, buzinava, mas não de revolta, e sim em apoio ao protesto. “Não tenho uma opinião formada a respeito da contratação de estrangeiros, mas tenho a certeza de que o primeiro passo é investir na estruturação da saúde. É por isso é importante protestar”, salientou.
No final do protesto, os médicos pregaram os cartazes nas grades do HGG, cantaram o hino nacional e deram um abraço simbólico na hospital.

Para presidente do CFM, ação foi vitoriosa

São Paulo – Manifestações contra a proposta do governo de trazer médicos estrangeiros para trabalhar no interior sem revalidação de diploma tomaram ontem as ruas das principais capitais do País. Mais de 4 mil médicos protestaram em Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Rio, além de Brasília.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila, classificou como positivas as manifestações. “A população viu algo raro, médicos nas ruas. Pedimos por várias coisas: melhoria na condição de trabalho, mais investimentos”, disse. “Foi uma ação vitoriosa”, afirmou D’Ávila, que ontem acompanhou os protestos da capital do Brasil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não se manifestou.
A capital de Minas Gerais reuniu 2 mil médicos. A passeata seguiu pela Praça 7 de Setembro e terminou na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG). Os médicos cobraram mais verbas para a saúde.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) Maria do Socorro Mendonça de Campos, a categoria espera o cumprimento do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). “Nenhuma entidade é contra a vinda de médicos, mas é preciso se certificar de que são médicos de qualidade.”

Medicina tem melhor “desempenho trabalhista”

Brasília – A medicina ocupa o primeiro lugar em um ranking de “desempenho trabalhista” que lista 48 carreiras de nível superior. Para chegar a essa conclusão, entram na conta os critérios de melhores salários, jornada de trabalho, taxa de ocupação e cobertura de previdência. A conclusão é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou ontem uma edição especial do boletim Radar, tratando desta vez do tema Perspectivas Profissionais – Nível Técnico e Superior.
O segundo lugar na “performance trabalhista” ficou com a carreira de odontologia. A terceira posição ficou com a engenharia civil. No fim da lista ficaram as carreiras de filosofia e ética, outros serviços pessoais (beleza e domésticos) e religião.
No estudo, o Ipea se propôs a mostrar quais os ganhos trabalhistas derivados de diferentes carreiras universitárias, quanto ganham esses profissionais, quantos conseguem trabalho, quantas horas trabalham e quantos conseguem proteção trabalhista “A questão central aqui é determinar os ganhos trabalhistas de diferentes carreiras universitárias”, cita o primeiro capítulo do estudo.
De acordo com o estudo, a edição atual poderá subsidiar as decisões profissionais dos jovens.
…………………………………………………………..
OSs
Secretário nega que haja irregularidades
(P.D.)
O secretário de Estado da Saúde, Antônio Faleiros Filho, rebateu ontem as acusações feitas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) de que existem irregularidades referentes ao quadro de funcionários causadas pela transferência de gestão do governo estadual para quatro organizações sociais (OSs), que, hoje, respondem pela administração dos Hospitais Geral de Goiânia (HGG), de Urgências de Goiânia (Hugo), de Doenças Tropicais (HDT) e Materno Infantil (HMI). Na terça-feira, a promotora Marlene Nunes Freitas Bueno propôs ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o secretário e as OSs Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), o Instituto de Gestão em Saúde (Iges), o Instituto Sócrates Guanaes (ISG) e o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). “Não houve descumprimento de nenhuma cláusula contratual”, alega Faleiros.
……………………………………………………….
Aparecida
Maternidade na mira da Vigilância Sanitária
(Patrícia Drumond)
A Maternidade Marlene Teixeira, unidade pública municipal de Aparecida de Goiânia – e onde, na madrugada da última de terça-feira, uma mulher deu à luz, no banheiro, o 11º filho -, está na mira da Vigilância Sanitária Estadual. Fotos feitas há dois anos, quando a unidade foi interditada, e divulgadas ontem pela TV Anhanguera, mostram o local com material enferrujado, vazamento no ar condicionado, lâmpadas sem proteção, corredores apertados e uma Central de Esterilização de instrumentos cirúrgicos em situação precária.
Segundo Alessandra Caroline Torres, coordenadora de Fiscalização da Vigilância Sanitária, foram recomendadas adequações da Maternidade à prefeitura. Alessandra destaca, contudo, que, apesar das recomendações e da interdição, em 2011, nenhum projeto “básico” de reforma foi apresentado até agora. Autoridades ligadas à área da saúde da prefeitura confirmam que o atendimento é feito, em período expulsivo da criança ou em casos de emergência.
…………………………………………………….

Coluna Spot – Cooperativismo
O psiquiatra Roberto Shinyashiki, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e o filósofo Mário Sergio Cortella farão palestras amanhã no 6º Seminário Estadual de Cooperativismo, dentro das comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo. O evento segue no Centro Cultural Oscar Niemeyer, com exposição fotográfica sobre as cooperativas goianas e apresentação do grupo Universo Casuo.
……………………………………………………….
PORTAL MAIS GOIÁS

Médicos fazem manifestação contra importação de profissionais da área


Médicos e estudantes goianos fazem protesto pelas ruas de Goiânia contra importação de médicos. Vestindo roupas brancas, os médicos goianos se reuniram na porta do Conselho Regional de Medicina (Cremego), no Setor Bueno e seguiram em passeata pelas avenidas T-7, Assis Chateaubriand, República do Líbano e Anhanguera. A manifestão terá o seu ponto final no Hospital Geral de Goiânia (HGG) Dr. Alberto Rassi, no Setor Oeste.
A manifestação faz parte de um movimento nacional da categoria. Entidades médicas e de professores, sindicalistas, estudantes de Medicina, centrais sindicais e outras fazem manifestações nesta quarta-feira (3/7) em diversos estados contra a intenção do governo de contratar médicos estrangeiros sem a exigência de revalidação do diploma.

A polêmica começou no dia 6, quando o governo anunciou a intenção de importar médicos formados em outros países como Cuba, Portugal e Espanha sem revalidação do diploma, para atuar nas regiões com maior déficit desses profissionais no Brasil.
…………………………………

A REDAÇÃO

Médicos protestam pelas ruas de Goiânia e de outras cidades

Marina Morena

Goiânia – Médicos goianos saíram em passeata, nas ruas de Goiânia, na tarde desta quarta-feira (3/7), reivindicando diversas questões relacionadas à profissão. Dentre elas, o Ato Médico e a revalidação do diploma de medicina por parte de médicos estrangeiros.

Cerca de 400 profissionais da saúde passaram pela Av. Assis Chateubriand, por volta das 16h30, na altura do Setor Oeste, seguindo para a Praça Cívica. O protesto está sendo feito também, simultaneamente, em diversas outras cidades do País.

Em São Paulo, um grupo de médicos fechou totalmente a Avenida Paulista, no centro da capital paulista, no sentido Consolação, por volta da 16h40, em protesto contra a entrada de médicos estrangeiros no país.

O projeto do Ministério da Saúde pretende trazer profissionais de outros países para suprir a carência de médicos nas periferias e em pequenas cidades do interior do Brasil.

Segundo o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, a categoria é contra a vinda dos profissionais sem uma avaliação apropriada para a revalidação dos diplomas. “É um grande risco para a população. Com certeza de 80% a 90% deles [médicos estrangeiros] não tem conhecimento suficiente para trabalhar no nosso país”, disse.

Meinão defende que o governo federal amplie os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e reestruture um plano de carreiras para dar garantia aos médicos que forem trabalhar nas periferias e pequenas cidades do país.

Os manifestantes, que neste momento se encontram próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), pretendem seguir até a sede da Presidência da República, também localizado na Avenida Paulista, próximo à Rua Augusta.

O protesto recebeu o apoio de um grupo de estudantes e professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que saíram da Avenida Doutor Arnaldo para encontrar o restante da manifestação na Avenida Paulista. (Com informações da Agência Brasil)
……………………………………………………

SAÚDE BUSINESS WEB

Médicos que forem para interior terão salários de R$ 10 mil
Em entrevista concedida nesta terça-feira (2) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o novo programa para atração de médicos brasileiros e estrangeiros para trabalhar em regiões carentes do interior do país e nas periferias das grandes cidades pagará salários de R$ 10 mil. Segundo ele, o valor foi definido no fim de semana que os R$ 8 mil sinalizados anteriormente.
O programa de atração de médicos deve ser lançado na próxima semana, embora ainda não estejam definidas as regras, o que deve ocorrer por medida provisória. O número exato de vagas também é desconhecido, pois depende do interesse das cidades. O MS estima um número próximo a 10 mil médicos.
O valor de R$ 8 mil corresponde às bolsas ofertadas no Provab, programa que concede pontos na prova de residência ao médico que aceita ir para locais com déficit de profissionais. Segundo o ministro, o valor do Provab não deve aumentar por enquanto, mas deve aumentar o número de pontos concedidos nas provas de residência.
Carreira federal
Outro ponto tocado por Padilha (Saúde) é a criação de uma carreira federal para médicos de algumas especialidades. O ministro admitiu a criação, uma das principais reivindicações dos médicos brasileiros – que criticam a importação de profissionais estrangeiros e programaram para esta quarta-feira (3) uma manifestação nacional contra a medida.
Atualmente existem apenas carreiras médicas locais (municipais, estaduais e regionais), até então defendidas por Padilha. Nesta terça, no entanto, o ministro afirmou que apoia a possibilidade de carreiras variadas, incluindo federal.
Não foram dados maiores detalhes, a não ser que estes médicos teriam que trabalhar em regime de dedicação exclusiva, no esquema de 40 horas semanais, com proibição de trabalho em clínicas particulares.
* com informações do jornal Folha de S. Paulo e do portal Terra
…………………………………………………….


Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação