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DESTAQUES
Como construir uma cultura de segurança do paciente em hospitais?
Artigo – Inovação em modelo de negócio, a transformação da saúde brasileira
Artigo – Saúde mental: A importância de cuidar de quem cuida de nós
Transmissões de cirurgias robóticas são destaque de congresso em Goiânia
Saúde esclarece os 62 casos notificados de Mpox em Goiânia
Ipasgo anuncia exclusão de servidores federais de seus planos
Planos de saúde: veja como funciona o reajuste anual e como economizar com a sua escolha
SAÚDE BUSINESS
Como construir uma cultura de segurança do paciente em hospitais?
10% dos pacientes sofrem algum dano ao receber assistência hospitalar. Veja, no conteúdo da RTS, como criar uma cultura de segurança do paciente.
Mais de 10% dos pacientes sofrem algum tipo de dano ao receber assistência hospitalar, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esses incidentes não são atribuídos à evolução da doença de base, mas sim a erros de medicação, infecções hospitalares e quedas, entre outros, e mais de 50% deles são evitáveis. Investir na segurança do paciente para a redução desses danos, além de melhorar o atendimento e os resultados de quem está recebendo os cuidados, proporciona uma grande economia. Pois o prejuízo que esses incidentes causam em âmbito global é superior a um trilhão de dólares por ano.
A segurança do paciente em hospitais do Brasil
No Brasil, de janeiro a dezembro de 2023, foram notificados mais de 368 mil incidentes relacionados à assistência à saúde em diferentes tipos de serviços, como hospitais, urgência, diálise, ambulatório, clínicas e outros, sendo que a grande maioria deles ocorreu em hospitais. Esses incidentes se referem aos eventos adversos, ou seja, não são atribuídos à evolução da doença de base, mas sim a uma ocorrência imprevista, indesejada ou ofensiva à saúde do paciente.
Cinco tipos de incidentes mais frequentes em hospitais:
Falhas durante a assistência à saúde;
Falhas envolvendo cateter venoso;
Lesão por pressão;
Queda do paciente;
Falhas envolvendo sondas.
Tudo isso evidencia ainda mais a necessidade de desenvolver e implementar protocolos de segurança rigorosos visando a segurança do paciente em hospitais e avaliar regularmente o cumprimento e efetividade das práticas que eles estabelecem. Assim como oferecer treinamentos periódicos para os profissionais de saúde.
Benefícios de estabelecer protocolos de segurança do paciente nos hospitais
Redução de erros e incidentes – protocolos ajudam a padronizar procedimentos, reduzindo a variabilidade e a chance de erros. Diretrizes claras ajudam a prevenir incidentes comuns, como erros de medicação e infecções hospitalares.
Melhoria da qualidade do atendimento – protocolos de segurança são baseados nas melhores práticas e evidências científicas, promovendo um atendimento de alta qualidade. Eles estabelecem parâmetros para que todos os pacientes recebam um nível consistente de cuidado, independentemente do profissional ou do turno. Além disso, melhora a qualidade do atendimento e reduz a morbidade e mortalidade, beneficiando tanto os pacientes quanto os sistemas de saúde.
Melhoria da segurança do paciente – protocolos permitem identificar riscos riscos potenciais e estabelecer procedimentos para mitigá-los antes que causem danos aos paciente, promovendo uma cultura de segurança dentro da instituição, onde todos os profissionais estão cientes e comprometidos com a segurança do paciente.
Aumento da confiança dos pacientes – a implementação de protocolos de segurança aumenta a confiança dos pacientes na instituição de saúde ao saber que há um compromisso com a sua segurança.
Melhor capacitação – protocolos de segurança do paciente em hospitais estabelecem diretrizes que servem como base para programas de treinamento e capacitação contínua dos profissionais de saúde. Assim como orientação para novos profissionais ao fornecer uma orientação clara para eles, facilitando sua integração e adesão às práticas seguras.
Eficiência dos recursos – melhorar a segurança do paciente pode economizar recursos, permitindo que sejam utilizados de maneira mais eficaz. Essas economias resultam da redução de custos associados a tratamentos adicionais, prolongamento de internações e complicações evitáveis.
Práticas para a segurança do paciente em hospitais
Ao implementar as práticas estabelecidas nos protocolos de segurança do paciente em hospitais, essas instituições protegem a saúde e o bem-estar dos pacientes, otimizam os processos internos e reduzem custos associados às complicações evitáveis. Veja algumas dessas práticas:
1. Prevenção de erros médicos
Identificação correta – garantir que cada paciente seja corretamente identificado e confirmar a identidade antes de qualquer procedimento ou administração de medicamentos para evitar erros.
Medicação segura – implementar sistemas para evitar erros, como o uso de códigos de barras e listas de verificação, e seguir rigorosamente os protocolos para a prescrição, dispensação e administração de medicamentos.
2. Higiene e controle de infecções
Lavagem das mãos – promover a lavagem adequada das mãos entre os profissionais de saúde é uma das medidas mais simples e eficazes para prevenir a transmissão de infecções hospitalares. Todos os profissionais de saúde devem higienizar as mãos antes e após o contato com o paciente.
Equipamentos estéreis – utilizar equipamentos estéreis e técnicas assépticas durante procedimentos invasivos.
Higienização dos ambientes – realizar limpeza e desinfecção sistemática de todas as áreas hospitalares, especialmente aquelas de alto risco, como salas de cirurgia e UTIs.
Uso de EPIs – garantir que todos os profissionais de saúde utilizem equipamentos de proteção individual adequados aos procedimentos que forem executar, como luvas, máscaras, aventais e protetores faciais, para prevenir a transmissão de infecções.
3. Comunicação eficaz
Passagem de plantão – garantir que as informações sobre os pacientes sejam passadas de forma clara e completa entre as equipes de plantão.
Envolvimento do paciente – incentivar os pacientes e suas famílias a participarem ativamente do cuidado, fazendo perguntas e confirmando informações.
4. Ambiente seguro
Prevenção de quedas – avaliar os riscos de queda e implementar medidas para prevenir, como o uso de alarmes de cama, barras de apoio e pisos antiderrapantes.
Prevenção de lesões por pressão – realizar avaliação de risco dos pacientes acamados e fazer a mudança regular da posição deles, a inspeção frequente da pele e utilizar colchões especiais.
Equipamentos – garantir que todos os equipamentos médicos estejam em boas condições de funcionamento e sejam utilizados corretamente.
5. Treinamento e educação
Capacitação contínua – oferecer treinamento contínuo para os profissionais de saúde sobre práticas de segurança e novas diretrizes.
Simulações – realizar simulações de situações de emergência para preparar a equipe para responder de forma rápida e eficaz.
6. Monitoramento e melhoria contínua
Auditorias internas – realizar auditorias regulares para identificar áreas de risco e implementar melhorias.
Relato de incidentes – estabelecer um sistema para que os profissionais possam relatar incidentes e quase-incidentes sem medo de represálias, promovendo uma cultura de segurança.
Envolvimento de quem está recebendo cuidados e da família em medidas para a segurança do paciente no hospital
Priscilla Puhl, que é fisioterapeuta hospitalar há 12 anos e especialista de produtos da RTS, ressalta a importância do próprio paciente e da família dele na construção de uma cultura de segurança nos hospitais. Mas pondera que “é necessário alertá-los e orientá-los sobre suas participações no processo”.
Ela acredita que os hospitais podem estimular o engajamento deles divulgando e explicando as metas internacionais de segurança do paciente, conscientizando sobre as responsabilidades que eles têm nesse processo e, principalmente, os benefícios que as boas práticas podem proporcionar”.
A especialista explica que “existem seis metas internacionais de segurança do paciente que são amplamente divulgadas nos hospitais. São elas”:
Identificar corretamente os pacientes;
Estabelecer uma comunicação efetiva;
Prezar pela segurança dos medicamento;
Garantir a segurança dos paciente para cirurgias;
Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
Prevenir complicações decorrentes de quedas.
Ela também destaca a importância do uso de tecnologias para facilitar a dinâmica assistencial: “desde que sejam bem implementadas e acompanhadas de treinamento eficiente, elas podem facilitar o atendimento, diminuir a sobrecarga do profissional e, consequentemente, deixá-lo mais alerta para os cuidados essenciais em relação ao paciente”.
A RTS e a segurança do paciente no hospital
Priscilla Puhl diz que a RTS também desempenha um papel importante na construção de uma culltura de segurança em hospitais. “A principal contribuição da RTS ocorre no fornecimento e divulgação de tecnologias que propiciem maior qualidade assistencial, padronização e diminuição da sobrecarga do profissional de saúde”.
“Nessas tecnologias incluímos camas, macas, andadores, suportes de soro e demais equipamentos que, devido a qualidade e diferenciação frente aos modelos comuns, fazem a diferença na dinâmica assistencial”. Ela conta que a RTS completa 25 anos de existência em 2025, tendo se consolidado como referência no Brasil em soluções inovadoras que promovem o bem-estar e a eficiência no atendimento médico-hospitalar por meio por meio da venda, locação, gestão integrada e assistência técnica para equipamentos hospitalares.
Presença em todo o Brasil – a empresa tem filiais, suporte técnico e time comercial estruturados em pontos estratégicos do Brasil, o que permite oferecer pronto atendimento, manutenção e reposição de equipamentos em todo o território nacional.
Parceria na gestão da saúde – além de fornecer equipamentos, a RTS tem uma equipe especializada sempre pronta para oferecer suporte técnico e consultoria aos clientes para que eles foquem no que é mais importante: o tratamento dos pacientes.
Compromisso com a excelência – a RTS acompanha cada detalhe, desde a instalação até o suporte técnico, para garantir que todo equipamento funcione perfeitamente e contribua para a segurança e conforto de pacientes, cuidadores e equipes de saúde.
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MEDICINA S/A
Artigo – Inovação em modelo de negócio, a transformação da saúde brasileira
Por Diana Jardim
Inovação em modelos de negócios envolve a criação ou transformação das maneiras pelas quais uma organização cria, entrega e captura valor. Diferente da inovação de produto ou processo, que se concentra em melhorias específicas ou na eficiência operacional, a inovação em modelo de negócio abrange mudanças fundamentais na operação e geração de receita de uma empresa. Essas mudanças podem impactar todo o ecossistema, sendo disruptivas para setores tradicionais, redefinindo expectativas dos consumidores, transformando relacionamento com parceiros e alterando formas de consumo e concorrência.
Exemplos notáveis incluem o Uber e o Airbnb, que criaram plataformas conectando fornecedores e consumidores diretamente, eliminando intermediário. Netflix e Spotify popularizaram o acesso contínuo a música e vídeos por uma assinatura mensal. Bancos digitais como o Nubank eliminaram agências físicas, oferecendo serviços online para abrir contas, solicitar cartões de crédito e realizar transações, eliminando burocracias, simplificando processos e em alguns casos, zerando tarifas.
A inovação em modelos de negócio, pode ser uma estratégia de competitividade, permitindo que empresas se diferenciem em mercados saturados e se adaptem a mudanças rápidas. Ela também pode abrir novas oportunidades de mercado, ampliar a base de clientes, melhorar a eficiência operacional e a otimizar recursos.
Aplicação na Área de Saúde
Na saúde, a inovação em modelos de negócio pode ser a diferença entre um sistema sobrecarregado e um que oferece cuidado de alta qualidade e acessível. Em um cenário de custos crescente e desafios regulatórios, fraudes e desperdícios, a auditoria, negociação e glosas não alcançam mais os resultados necessários para sustentabilidade do setor, principalmente, se pensarmos que a saúde das pessoas deveria ser o foco.
Estratégias como o Value-Based Health Care (VBHC), coordenação do cuidado, prevenção de doenças e promoção de saúde através do autocuidado apoiado, têm sido testadas, e em algumas empresas, como na Unimed Porto Alegre, já estão em estágio de escalabilidade, entendendo que é apenas o início da mudança na forma de oferecer e consumir saúde suplementar no Brasil.
“Viver Bem Juntos” é o nome da jornada de cuidado do cliente Unimed Porto Alegre, promovendo saúde integral e melhorando a qualidade de vida. Não é “apenas” um programa de promoção de saúde, mas uma aplicação que mapeia perfis e hábitos de vida, utilizando algoritmos de machine learning para sugerir trilhas de cuidado. Isso empodera os clientes com ações e informações para gerenciar sua saúde. Usuários com doenças crônicas são automaticamente convidados linha de Cuidado com planos individualizados à sua condição, assim como idosos, gestantes e mamães de crianças com até 24 meses. A operadora também oferece acompanhamento para clientes com Transtorno do Espectro Autista e pessoas em cuidados continuados, com apoio multidisciplinar em várias fases da vida. É a tecnologia aliada à humanização, para um cuidado assertivo e personalizado.
Evolução e Impacto
Mas tudo isto não surgiu ontem! Assim, como os exemplos de modelo de negócio famosos, a evidência e exponencialidade levou anos, alguns até décadas! É importante contar a história de solidez e crescimento desta solução inovadora da Unimed Porto Alegre. Em 2021 começou-se a desenvolver programas de navegação de alguns clientes em situação crítica de saúde. O modelo foi consolidado e automações testadas, aumentando de 3 mil vidas para 10 mil vidas navegadas em 2023, e este ano, atingindo quase 30 mil vidas. A integração tecnológica permite essa escala, e logo toda a base de mais de 650mil clientes estará embarcada no novo modelo assistencial, transformando a forma de oferecer e consumir saúde suplementar no Brasil, muito além do modelo tradicional baseado em autorizações e tratamentos de doenças!
Em 2023, a Unimed Porto Alegre criou o Escritório de Valor em Saúde, acelerando soluções inovadoras para melhores desfechos, considerando a camada mais profunda na perspectiva da experiência do paciente em sua trajetória e contexto de dor. Liderando a cocriação a cocriação de um ecossistema baseado no VBHC, a operadora engaja diversos profissionais e rede prestadora para promover uma cultura de transparência e confiança, com resultados mensuráveis e excelência no cuidado.
Transformação das Operadoras de Planos de Saúde no Brasil
Obviamente que existem startups e outras operadoras de planos de saúde atuando com lógica similar, alguns exemplos são as plataformas de telemedicina, as clínicas populares, as inteligências artificias para predição de doenças, os wearables que monitoram atividades físicas ou sinais vitais. Entretanto, parecem ações isoladas. Para uma transformação efetiva, é necessária a mudança cultural e estrutural abrangendo operadoras de planos de saúde, empresas, hospitais, clínicas, profissionais de saúde e a população como um todo.
A mudança de mentalidade, saindo do foco exclusivo em custos para resultados e qualidade do cuidado, é crucial. Agir para evitar doenças, traçando estratégias para redução da jornada de diagnóstico e tratamento, é o caminho. Adoção de sistemas de informação robustos e integrados, interoperabilidade de dados, e capacitação dos profissionais de saúde para novas práticas e tecnologias, são fundamentais. Por último, mas não menos importante, é imprescindível fazermos parcerias estratégicas, em uma lógica de inovação aberta, cocriando com provedores de saúde, governos e outras partes interessadas para criar um ecossistema de saúde mais integrado, eficiente e com o paciente no centro.
A inovação em modelo de negócio é uma abordagem poderosa para transformar organizações e setores inteiros, promovendo a criação de valor sustentável e adaptabilidade em um ambiente dinâmico. E apenas desta forma, a tão sonhada transformação disruptiva do setor de saúde brasileiro, resiliente a longo prazo, será alcançada.
*Diana Jardim é Gerente de Inovação da Unimed Porto Alegre.
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Artigo – Saúde mental: A importância de cuidar de quem cuida de nós
Por João Romano
Quando um profissional da saúde adoece, é essencial que ele receba a compreensão e o apoio dos gestores e colegas. Estar preparado para essa eventualidade, especialmente quando a doença está relacionada à saúde mental, é vital para enfrentar o estigma que ainda prevalece. A busca por tratamento é uma parte fundamental da vida de todos os colaboradores da área da saúde.
Apesar de ter acesso a uma vasta quantidade de informações e, teoricamente, maiores condições de prevenção e tratamento, muitos profissionais de saúde enfrentam desafios únicos que dificultam a busca por ajuda. Observa-se que esses profissionais apresentam maior vulnerabilidade, procuram menos ajuda, apresentam altas taxas de abandono ao tratamento e enfrentam complicações significativas.
Diversas razões contribuem para essa situação, como a negação das próprias necessidades, dificuldade em aceitar-se como doente, vergonha e orgulho em buscar apoio, além do receio de prejudicar sua imagem profissional. Cada um desses fatores contribui para a maior vulnerabilidade dos nossos profissionais.
Quando o assunto é saúde mental, especificamente, um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizado entre junho de 2021 e abril de 2022, revelou que os profissionais de saúde brasileiros da rede pública apresentaram indicadores negativos na pandemia de Covid-19. A pesquisa revelou que 86% desses profissionais sofreram com Síndrome de Burnout e 81% com estresse. Sintomas depressivos leves foram encontrados em 22% dos profissionais de saúde, enquanto 16% exibiram sintomas depressivos moderados e 8% severos. Má qualidade de sono (74,4%) e dores pelo corpo também foram frequentemente relatadas.
Como já divulgado amplamente, a crise global na saúde mental se intensificou com os desafios e mudanças ocorridos no mundo, como o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, as transformações sociais e econômicas aceleradas e as pressões cotidianas. A saúde mental desempenha um papel primordial no bem-estar geral, influenciando como um indivíduo lida com os desafios e pressões da vida, além do equilíbrio entre desejos, habilidades, ambições, ideias e emoções.
Uma saúde mental comprometida pode afetar profundamente aspectos do cotidiano, como relacionamentos afetivos, familiares e o ambiente profissional, ocasionando prejuízos, por vezes, irreparáveis, à rotina.
Identificar sintomas de problemas de saúde mental e buscar ajuda especializada o quanto antes são medidas cruciais. Consultar um profissional de saúde mental pode proporcionar o suporte necessário para enfrentar esses desafios de forma eficaz, promovendo melhor qualidade de vida, maior bem-estar emocional e a capacidade de desempenhar funções de maneira equilibrada. Incentivar essa prática é essencial para garantir a saúde integral dos profissionais de saúde e de todos os indivíduos.
Para enfrentar esse cenário, é necessário integrar o assunto em diferentes políticas públicas. No ambiente corporativo, a saúde mental dos colaboradores é um elemento central e as empresas têm um papel crucial em sua promoção. Programas de suporte psicológico, ambientes de trabalho saudáveis e políticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fundamentais. Quando os profissionais de saúde estão mentalmente saudáveis, eles estão mais capacitados para fornecer cuidados de qualidade aos pacientes.
Reconhecendo essa necessidade, muitas organizações têm adotado medidas para garantir o bem-estar de sua equipe. Aqui no CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”), recentemente, fechamos uma parceria com uma plataforma especialista em saúde emocional, para oferecer sessões de terapia online aos colaboradores. Além disso, investimos em um espaço de escuta qualificada por meio da medicina do trabalho, com uma equipe multidisciplinar composta por médicos e psicólogos, disponível para apoiar os profissionais quando necessário.
Outra iniciativa destacada e que possui bastante aderência é a Roda de Terapia Comunitária, realizada mensalmente. Este espaço oferece apoio para a redução da ansiedade, estresse e sobrecarga emocional, fomentando um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado. Nós, ainda, facilitamos o acesso dos colaboradores a academias e estúdios para a manutenção da saúde física e incentivamos o combate ao sedentarismo por meio da participação em grandes eventos de corrida e caminhada de rua em São Paulo.
É importante ressaltar que nem todas as reações emocionais indicam uma desordem mental, pois as múltiplas reações às situações cotidianas fazem parte do ciclo de vida de todas as pessoas. A intensidade e a duração dos sintomas, e a repercussão negativa que eles causam nas atividades diárias, como redução de desempenho, desadaptação e sofrimento, são os principais indicativos de alerta. Nesses casos, procurar apoio psicológico é uma demonstração de coragem e autocuidado. Ao buscar ajuda profissional, você está se permitindo crescer, aprender e descobrir novas maneiras de lidar com os desafios da vida.
A saúde mental dos profissionais que atuam no setor é um aspecto fundamental para a sustentabilidade e a eficácia de qualquer sistema de saúde. Esses profissionais, que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros, também precisam ser cuidados. É imprescindível criarmos um ambiente onde a busca por apoio psicológico seja encorajada e normalizada, sem medo ou estigma. Somente assim podemos assegurar que esses profissionais continuem a desempenhar seu papel vital na sociedade de maneira saudável e sustentável.
No CEJAM, acreditamos que promover o bem-estar emocional de nossa equipe é essencial para garantir a qualidade dos cuidados que oferecemos ao usuário do SUS (Sistema Único de Saúde). Nossa gerência corporativa e o departamento de recursos humanos estão totalmente comprometidos em implementar e manter iniciativas que fortaleçam a saúde mental de todos os nossos colaboradores.
Como gerente executivo de uma organização social de saúde, vejo de perto a dedicação e o esforço incansável dos nossos profissionais da saúde. E é nossa responsabilidade garantir que eles recebam os recursos e o suporte necessário para cuidar de sua saúde mental. Reconhecer e tratar as questões de saúde mental, com a mesma seriedade que tratamos a saúde física, é mais que uma necessidade, é um dever. Juntos, podemos aprimorar ainda mais nosso ambiente de trabalho, onde todos se sintam valorizados, compreendidos e apoiados.
*João Romano é gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)
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A REDAÇÃO
Transmissões de cirurgias robóticas são destaque de congresso em Goiânia
Goiânia – Transmissões ao vivo de cirurgias complexas com intervenção mínima utilizando um robô controlado remotamente dentro da sala de cirurgia são uma das principais novidades apresentadas pelo 72º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) que começou em Goiânia nesta terça-feira (3/9). Realizado no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia e também com atividades em outros locais, o congresso se estende até sábado (7/9) com a presença de especialistas de todo o Brasil e convidados internacionais para debater as mais recentes inovações no tratamento de doenças coloproctológicas.
A programação do evento é ampla e diversificada, incluindo cursos, palestras e transmissões ao vivo de procedimentos cirúrgicos. Por meio de parcerias, ocorrem durante o evento aulas para especialistas durante cirurgias realizadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e a transmissão ao vivo de cirurgias feitas com robô no Hospital Israelita Albert Einstein, feitas em pacientes também do SUS, atendidos pelo Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), que é administrado pela grupo Albert Einstein.
Uma dessas cirurgias ocorreu na manhã desta terça, no centro cirúrgico do Einstein, com transmissão ao vivo para o auditório da Associação Médica de Goiás, ambos localizados no Complexo Órion, no Setor Marista, na capital. Os cirurgiões Dr. Rômulo Almeida, da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da comissão científica da SBCP e o Dr. Hélio Moreira Júnior, presidente da SBCP e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), salientam a importância de ter esta tecnologia inovadora em Goiás e em apresentá-la cada vez mais aos médicos goianos.
“A cirurgia robótica é algo que existe na medicina já há alguns anos. Infelizmente aqui no Brasil demorou um pouco para ter abrangência nacional. Temos aproximadamente 140 robôs de diversas marcas distribuídas pelo país”, conta Almeida. Em Goiânia, há apenas um robô, que está no centro cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein e que é utilizado em todo tipo de cirurgia.
Hélio Moreira salienta que o robô não é autônomo: “você tem os braços robóticos que estão conectados nas pinças, que vão funcionar como apoio para a câmera e pinças cirúrgicas, que são introduzidas na cavidade abdominal por pequenas incisões. E existe o console que fica distante da mesa cirúrgica, onde o cirurgião tem controle absoluto de todo o instrumental e de todos os movimentos durante a cirurgia. Ele fica sentado confortavelmente neste console com dedeiras nas mãos e um visor ótico com visão 3D”, explica.
Portanto, o robô obedece e replica os movimentos feitos pelo médico com mais precisão e refinamento do que as técnicas menos invasivas padrão, como a laparoscopia, que introduz a câmera e os instrumentos por pequenos cortes, mas que são controladas diretamente pelo cirurgião de pé ao lado da mesa operatória, e que além de mais fisicamente desgastante, oferece movimentos mais limitados.
Segundo Almeida, existem outras vantagens, como o treinamento: “o número de cirurgias que um treinando tem que fazer para atingir a proficiência em determinadas áreas é um décimo do que ele teria que fazer operando por laparoscopia, por exemplo”. De forma resumida, a cirurgia robótica causa menos trauma, o que significa menos dor pós-operatória, recuperação mais rápida e alta mais precoce.
Hélio adiciona que, por ter maior alcance e maior amplitude de movimento, somado ao uso do console, o desgaste do cirurgião é muito menor, o que faz grande diferença em procedimentos longos. “O cirurgião cansado obviamente terá uma produção menor, vai oferecer maior risco para o paciente, não só pelo cansaço em si, físico, mas pela fadiga mental. O julgamento dele em um determinado momento da cirurgia pode ser diferente porque ele está cansado. Se estivesse descansado, talvez optasse por uma abordagem diferente do que ele estava fazendo naquele momento”, afirma.
É uma diferença grande, e por isso os doutores consideram importante inserir as transmissões ao vivo na programação, para encorajar os médicos participantes a se capacitarem e a buscar trazer mais plataformas robóticas para Goiás e para o Brasil: “Queremos gerar o desejo de voltar para a sua cidade e procurar a direção de seu hospital, os órgãos públicos do seu Estado e dizer ‘olha, a gente precisa se atualizar, a gente precisa de um robô aqui’. É gerar engajamento”, afirma Hélio.
Durante a transmissão, os médicos no auditório podem fazer perguntas e colocações que são repassadas por um mediador para a equipe de cirurgiões, que podem sanar dúvidas e até mesmo ouvir sugestões do colegiado de médicos. Além de ser uma primeira oportunidade, para muitos, de conhecer a tecnologia: a plataforma robótica ainda é tão rara por ser muito cara, custando cerca de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 19,7 milhões), com uma manutenção anual de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,12 milhão).
Isto gera um custo adicional que ainda não é coberto por nenhum plano de saúde do Brasil. Para os médicos, isto é outra importância do Congresso: quanto mais essa tecnologia se tornar difundida e mais conhecida, mais cedo ela se tornará mais acessível para mais camadas da população, seja por meio de planos, seja pelo SUS. “É algo com o qual todo mundo ganha. Ganha o paciente, ganha os congressistas, ganha a instituição que o está oferecendo e gera um atendimento de melhor qualidade”, assegura Hélio.
Além da transmissão desta terça, ocorrerá uma outra na manhã de quarta-feira (4/9). Ela será ainda mais especial, pois terá como cirurgião Eduardo Parra, uma das maiores referências no mundo em cirurgia robótica e que veio direto da Flórida, nos EUA, para operar um paciente do HMAP no centro cirúrgico do Einstein.
Especialistas
Um dos cirurgiões engajados no procedimento desta terça foi o Dr. Sérgio Araújo, que é diretor médico da rede cirúrgica do Hospital Israelita Albert Einstein e presidente eleito da SBCP. Como o hospital é o único com o modelo robótico no Estado, ele afirmou que o Einstein tem uma responsabilidade em apresentar essa tecnologia e capacitar a comunidade médica por meio de aulas, apresentações e transmissões de cirurgias como as oferecidas nesta edição do congresso.
“Por isso que nós fizemos o curso aqui, porque nós conseguimos operar casos do Einstein e operar casos de outras instituições que são geridas pelo Einstein, como por exemplo o HMAP e quem sabe futuramente o Hugo, oferecendo cirurgia robótica para o maior número de pacientes”, relata, lembrando que ambos os hospitais são administrados pelo Einstein.
Entre os convidados participantes está o Dr. Luís Romagnolo, do Hospital do Amor de Barretos (SP), que destaca que este é o maior congresso de coloproctologia do país e que é muito importante para os médicos da área já que “é uma especialidade que envolve todos os tipos de técnicas cirúrgicas, doenças orificiais, cirurgias de câncer do intestino, cirurgias inflamatórias como a doença de Crohn. São várias doenças associadas que compõem o ensino médico. Então esse congresso traz todas as especialidades da Coloproctologia para dentro, pra gente poder discutir novas terapias, novos tratamentos, novas técnicas cirúrgicas”, destacou.
Romagnolo é especialista em técnicas minimamente invasivas e já atua com dois modelos robóticos que realizam mais de 3 mil cirurgias por ano no Hospital do Amor. Ele veio trazer este conhecimento para a comunidade médica goiana. “Vamos discutir sobre novas possibilidades, novos robôs no mercado, como tratar melhor o paciente, como trazer padronizações de cirurgia, para que os médicos sejam mais bem informados e levem para os seus pacientes essa tecnologia. Essa é a diferença se dirigir uma Ferrari sabendo dirigir ou não sabendo dirigir. Então, se você não sabe usar a tecnologia a seu favor, o paciente pode ser prejudicado. Então, o congresso serve para os médicos se aprimorarem nas tecnologias, nas inovações, para trazer o melhor para o paciente, essa é a minha participação”, completa.
Outro participante de destaque é o Dr. Armando Melani, diretor do Ircad América Latina no Rio de Janeiro, que é o maior centro de treinamento em cirurgias minimamente invasivas da América Latina. “Sempre que vamos introduzir uma tecnologia nova no meio médico, temos que ter responsabilidade. É muito legal você trabalhar com tecnologia de ponta, mas ela tem um custo, temos que pesar e entender o quanto ela vai impactar de forma positiva o paciente”, explica.
“Este congresso é importante porque aborda exatamente como é que a gente vai treinar esses profissionais que já são médicos, que estão no mercado, e que precisam aprender e voltar lá para a escola, para utilizar essa plataforma de forma segura”, comenta Melani, dizendo que o foco está na capacitação do especialista.
Atendimento para quem mais precisa
Os participantes do congresso fizeram questão de salientar que todos os pacientes operados durante o evento são da rede pública de saúde e destacaram a importância de poder oferecer este tratamento de ponta para pessoas que, de outra forma, não teriam acesso.
“Por meio dessa parceria, conseguimos oferecer a cirurgia robótica para pacientes do SUS, que seriam operados por laparoscopia e sabemos que a cirurgia robótica são as melhores formas de operar estes pacientes”, destaca o Dr. Sérgio Araújo.
Ele relata que é motivo de grande orgulho para o hospital ser pioneiro neste segmento em Goiás: “estamos tentando fortemente estender [a cirurgia robótica] para pacientes do sistema público através da gestão conjunta sobre o HMAP e o Hugo. O nosso sonho, nosso trabalho, é para que a cirurgia robótica seja oferecida rotineiramente a estes pacientes, exatamente como já acontecem em outros hospitais públicos do país”.
O Dr. Armando Melani também parabenizou a iniciativa em atender pacientes do SUS com as cirurgias do Congresso, levando tecnologia de ponta para a população mais carente. “A grande dificuldade para as universidades e hospitais públicos adquirirem o robô é o custo, mas sabemos que conforme mais essa plataforma se disseminar, ela vai ficar mais acessível. Como trazer essa tecnologia para o sistema público para transformar a nossa saúde também é papel nosso e o Einstein faz essa discussão. Poder oferecer essa ferramenta com qualidade para aquele paciente que mais precisa é papel do médico”, finaliza.
Inscrições
O evento continua até sábado (7/9) com diversas atividades. As inscrições podem ser feitas através do site oficial, em que os interessados devem preencher a ficha de inscrição e escolher a categoria correspondente. Um certificado online será conferido a todos os participantes. O encerramento do congresso está previsto para sábado, às 20h, no Cel da OAB, em Aparecida de Goiânia.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Saúde esclarece os 62 casos notificados de Mpox em Goiânia
Notificações aconteceram entre janeiro a agosto de 2024
Desde o início do ano foram 62 casos notificados de Mpox em Goiânia, dos quais 5 se confirmaram. Os dados são de janeiro a agosto de 2024. No mesmo mês de agosto, no dia 14, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a Mpox à categoria de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Essa decisão aconteceu por causa do avanço da Cepa 1b, variante da doença. Segundo a Saúde de Goiânia, nenhum caso confirmado na cidade foi causado pela Cepa 1b.
Por causa do alerta da OMS, os profissionais de saúde foram instruídos a notificar qualquer caso suspeito de Mpox, especialmente quando não conseguem diferenciar a doença de outras com sintomas semelhantes, como a varicela, também conhecida como catapora, que também causa feridas na pele. Essa medida visa garantir a coleta e o diagnóstico laboratorial adequados, com os casos sendo descartados caso não se confirme a infecção.
Sintomas da Mpox
Os principais sintomas da doença incluem febre, dores de cabeça e no corpo, fraqueza, lesões na pele semelhantes a erupções e linfadenopatia, também conhecidas popularmente como “ínguas”.
A Mpox pode ser mais grave em recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão, como portadores de HIV, pacientes renais crônicos e em tratamento contra cânceres.
A transmissão da Mpox acontece quando há contato direto com as lesões, bolhas ou crostas causadas na pele. Roupas, talheres, louças também podem propagar a contaminação.
Qualquer pessoa com sintomas semelhantes ao da Mpox deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.
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JORNAL OPÇÃO
Ipasgo anuncia exclusão de servidores federais de seus planos
Quase 10 mil beneficiários serão prejudicados, caso a medida se oficialize
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) anunciou, ao longo da última semana, o cancelamento dos serviços para servidores federais. A Universidade Federal de Goiás (UFG), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) são algumas das 14 instituições que podem ser afetadas caso a exclusão desses servidores se concretize, afetando cerca de 9.877 beneficiários.
Em entrevista ao Jornal Opção, o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás (SINT-IFESgo), Fernando Mota, fala sobre o impacto da medida na categoria. “Uma questão muito estranha essa forma de exclusão de uma parte desse público do Ipasgo”, afirmou.
O sindicalista lembra do processo de transição que o Ipasgo vem sofrendo nos últimos anos, passando de Co-gestão para auto-gestão, mas reforça que “nesse processo, ninguém levantou alguma possibilidade de que o ipasgo não poderia continuar atendendo o conjunto dos servidores públicos que moram no estado de Goiás”. Segundo Mota, a notícia de “última hora” foi recebida com “espanto” pelos servidores.
Apesar de já terem tido reuniões com gestores da UFG e também na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), ainda não há resposta clara para a motivação dessa exclusão unilateral de servidores federais. Segundo o coordenador do SINT-IFESgo, algumas especulações apontam para possível déficit no Ipasgo, enquanto outros apontam para regulação imposta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Fica até difícil propor uma solução, porque a gente não tem claramente do Ipasgo o que motiva eles a não querer esse quantitativo de servidores”, resumiu o representante do sindicato. Por fim, Mota diz que, após melhor compreensão da situação, as entidades vão se mobilizar para que “não se permita essa expulsão desses servidores da área federal do Ipasgo”.
Em reunião na última segunda-feira, 2, o deputado estadual Mauro Rubem (PT) questionou a terceirização da responsabilidade da gestão da instituição por parte do Estado. Ao Portal Alego, o parlamentar disse: “beneficiários que sustentam o plano há mais de 20, 30, 40 anos são comunicados de que a rua é a serventia da casa? Ora, o plano é do beneficiário que o sustenta, e o governador Caiado disse que ninguém seria prejudicado com a privatização do Ipasgo, que deixou de ser autarquia para ser Serviço Social Autônomo de Direito Privado, e agora acontece isso? Não podemos permitir”.
Vale ressaltar que existe reunião marcada para a manhã desta terça-feira com a presidência do Ipasgo e representantes dos servidores federais na Alego.
Resposta do Ipasgo
Até o momento, o Ipasgo publicou duas notas esclarecendo a situação. A primeira afirmava que as mudanças se devem ao processo de registro do órgão como “autogestão” junto à ANS. Segundo informam, as mudanças vieram “a fim de atender ao artigo 1º da Lei Estadual nº 21.880/2023 e, assim, a elegibilidade das Entidades Patrocinadoras, o que impossibilita manter a prestação de serviços a órgãos federais”
No mesmo comunicado, o Ipasgo Saúde reitera que “tem se posicionado, perante a ANS, de forma reiterada, pela manutenção da assistência a todos os beneficiários inscritos no SSA, porém, até o momento não logramos êxito”. A justificativa apresentada seria a de que, segundo o artigo 12 da Resolução Normativa nº 137/2006, “essas entidades não apresentam correlação de atividades com o Poder Público Estadual para a continuidade da prestação de serviço”.
Num segundo comunicado, o Ipasgo afirma que está em tratativas junto à ANS a fim de manter o serviço prestado aos servidores que já estavam inscritos em planos da instituição. Após confirmar que 14 instituições seriam excluídas caso as mudanças passem a valer, o comunicado segue informando que: “A instituição propôs à agência reguladora que a assistência seja mantida por meio do enquadramento como produto em extinção, quando ficam impedidas novas adesões, mas há garantia de atendimento às pessoas que já são beneficiárias”.
O Jornal Opção entrou em contato com a ANS a fim de compreender melhor a situação, mas não obteve resposta até o momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
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O GLOBO
Planos de saúde: veja como funciona o reajuste anual e como economizar com a sua escolha
Um primeiro passo é entender como são feitos os reajustes anuais dos diferentes tipos de convênio médico para se planejar melhor. Outro ponto importante é saber as opções de portabilidade para escapar de aumentos abusivos.
Um dos dilemas do orçamento familiar é contratar um bom plano de saúde que não seja um enorme peso no bolso.
Entre os principais erros está o de olhar apenas para o preço inicial do plano, mas se surpreender com o preço dos reajustes. Mas há quem se complique ao contratar um convênio com ampla cobertura e usar pouco ou quase nada.
O g1 reuniu dicas de como o consumidor deve modular o custo-benefício de um plano médico e como se precaver dos reajustes de mensalidade. Veja abaixo.
De acordo com a advogada Giselle Tapai, especialista em direito da saúde e sócia da Tapai Advogados, o primeiro passo para fazer uma boa escolha de um plano de saúde é entender bem as diferenças, que basicamente é como os reajustes anuais são realizados.
São três principais tipos:
â¶ï¸ Individual/familiar
O plano individual pode ser uma boa escolha para quem deseja diminuir as despesas, na medida em que os reajustes anuais são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ou seja, a entidade estima o limite máximo de aumento.
â¶ï¸Coletivo por adesão
Nos planos coletivos por adesão, o reajuste de preço é feito de forma livre conforme cada contrato de prestação de serviço. Neste caso, é comum que o valor de entrada seja mais barato que no plano individual, mas os reajustes posteriores podem até dobrar de preço de acordo com a operadora.
â¶ï¸Coletivo empresarial
Da mesma forma, nos planos coletivos empresariais o reajuste de preço é feito de acordo com cada contrato de prestação de serviço. Tanto nos planos empresariais ou por adesão, o percentual de reajuste é definido por uma negociação entre a operadora e empresas ou sindicatos.
“Algo importante de pontuar é que empresas grandes com planos de mais de trinta vidas tem poder de barganha maior, pois fecham contratos maiores, administram sinistralidade, podem inserir coparticipação e até mudar de contrato. Já empresas pequenas tem pouco poder de negociação, pois o contrato possui critérios mais específicos, e de difícil negociação de valores”, declarou a advogada Giselle Tapai. â ï¸ OBSERVAÇÃO: Como empresas pequenas têm menos possibilidade de negociação, se o reajuste aumentar bruscamente, elas acabam migrando para planos inferiores ou até mesmo cancelando em definitivo por conta dos altos custos.
Os planos individuais costumam ser mais apropriados para quem deseja uma maior previsibilidade financeira, porque os percentuais de reajuste são tabelados pela ANS. A entidade também mostra, de forma clara, como ela chegou no valor do reajuste anual – definido conforme a inflação e pelo preço das despesas hospitalares.
A advogada Giselle Tapai alertou que muitas operadoras não estão mais oferecendo o plano individual, pelo fato de o reajuste anual ser menor comparado a um plano coletivo. “O plano individual não compensa para as operadoras. A dica é: se você tem um plano individual, busque ficar com ele para o resto da vida”, afirmou a especialista.
Mas, para que essa modalidade seja uma boa escolha, é preciso que o consumidor tenha consciência de contratar um plano conforme a sua real necessidade.
“Mesmo que seja um plano individual, as pessoas também precisam ficar atentas com os possíveis gastos desnecessários. Se uma pessoa possui um bom estado de saúde, não precisa que ela tenha um plano com rede nacional que cubra internações, por exemplo. Neste caso, é possível que ele tenha um plano municipal, que cubra consultas, exames e terapias simples”, disse Tapai.
Em relação aos planos coletivos por adesão ou empresarial, os reajustes são estabelecidos conforme cada contrato, sem interferência da ANS. Na maioria dos casos, essa modalidade apresenta um menor preço de entrada, o que pode atrair muitos consumidores. Mas é preciso ter cautela porque os reajustes são feitos de acordo com a necessidade da prestadora.
â ï¸ Caso você tenha um plano coletivo e perceber que a operadora aumentou drasticamente o valor do reajuste, é recomendado pedir orientação jurídica.
“Os planos de saúde coletivos são impedidos de aplicarem índices inexplicáveis e abusivos aos consumidores. Quando o segurado notar a existência de altas cobranças em seu plano, ele deve pedir orientação jurídica adequada”, explicou a advogada. “O Poder Judiciário pode afastar os reajustes anuais abusivos, para que haja aplicação apenas dos índices fixados pela ANS aos contratos individuais/familiares, além de determinar devolução dos valores pagos no período de três anos.”
Um outro alerta fica para famílias que criam microempresas pelo MEI (Microempreendedor Individual) para ter acesso a planos de saúde coletivos empresariais. Isso não é recomendado, já que as microempresas não possuem o mesmo poder de negociação que uma grande empresa em caso de aumento abusivo.
Parte dos planos de saúde tem boas políticas de reembolso, caso o segurado precise fazer uma consulta ou exame particular. Quanto maior for o percentual desse retorno, maior será o valor do seu plano, em geral.
A dica para diminuir o custo com plano de saúde, nesse caso, é adequar a quantidade de reembolsos necessários para um bom atendimento da família. Ou então comparar o preço de um plano que tenha uma maior cobertura contra aquele que tenha uma política mais agressiva de reembolsos.
Uma opção mais barata é partir para planos com política de coparticipação. Nessa modalidade, os consumidores pagam um percentual sobre cada serviço usado, como consulta e exames, além da mensalidade fixa.
Segundo Giselle Tapai, a alternativa é indicada para pessoas que não possuem grandes necessidades médicas ou precisem de tratamentos recorrentes. Também não é recomendado utilizar a coparticipação em emergências e internações, pois o custo dos procedimentos pode ser alto.
“Não sou contra a coparticipação, aliás eu a acho saudável, porque beneficiários com planos com essa modalidade podem utilizar de forma mais racional o sistema de saúde. Tem médicos não muito éticos que quando veem que o convênio cobre muitos procedimentos, acabam pedindo exames desnecessários. Nessa situação, o consumidor pode questionar, porque está mexendo com o bolso dele também”, disse.
O g1 separou seis principais dicas que o consumidor pode seguir para driblar os altos preços dos planos de saúde e também economizar caso já tenha um plano.
Para atrair clientes, algumas operadoras oferecem planos com preços muito baixos. A advogada Giselle Tapai explica que esses planos geralmente são coletivos, o que significa que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não controla o percentual de aumento dos reajustes.
Assim, o primeiro reajuste do convênio pode até dobrar de valor, o que desestabiliza a estrutura financeira dos consumidores.
Antes de contratar um plano de saúde, é essencial que o cliente tenha conhecimento sobre a sua real necessidade por tratamentos médicos e, claro, sua condição financeira.
“Vou ao médico com frequência? Preciso de um plano que atenda no Brasil inteiro? Quanto posso pagar por um plano?”. Essas são algumas perguntas podem auxiliar a decisão.
Pessoas com a saúde em dia, mais jovens, podem ter planos que forneçam apenas consultas, exames e terapias simples, com abrangência regional. Nesse caso, planos com coparticipação também podem ser vantajosos.
Pessoas que necessitem de cuidados médicos mais frequentes, como os idosos, podem precisar de planos que cubram internações, exames e consultas com especialistas.
Tomada a decisão, é o momento de pesquisar os preços dos planos de saúde e o histórico de reajustes das empresas no mercado. É orientado sempre pedir ao corretor o histórico dos últimos aumentos para poder comparar com os aumentos de outras operadoras.
Para saber a quantidade de reclamações e o nível de confiabilidade de uma empresa que vende plano de saúde, os consumidores podem pedir ao corretor o número de registro da operadora e do plano na ANS. Com isso, no , é possível conferir o desempenho das empresas e o ranking de reclamações.
Se o consumidor já possui um plano de saúde, mas está insatisfeito com o preço ou abrangência do serviço, é possível solicitar a troca por meio da Portabilidade de Carências no .
Com esse mecanismo, o beneficiário consegue migrar para um novo plano sem precisar cumprir novos períodos de carência.
Mas para ter acesso à Portabilidade, é preciso ficar atento a alguns requisitos, como ter ficado pelo menos dois anos no antigo plano.
A especialista Giselle Tapai também alerta que pessoas com comorbidades precisam ter atenção redobrada ao contratar um plano de saúde:
“Neste caso, o paciente não pode ficar trocando de plano porque, sem a portabilidade, ele vai precisar zerar a carência e começar do zero. Melhor esperar ter direito a portabilidade e, assim, pode trocar de plano”, afirmou.
Não é porque o consumidor já tem plano de saúde que ele pode utilizar de forma indevida, exagerada e sem necessidade. O valor das mensalidades também é definido pela quantidade de sinistralidade, ou seja, pela quantidade de vezes que o plano de saúde foi utilizado.
“Imagina se todo mundo do plano usar o serviço sem precedentes, no outro ano a operadora pode aumentar a mensalidade para cobrir esses gastos. É preciso ter cautela e atenção, pois tem médicos que pedem exames desnecessários porque sabem que você possui convênio”, alegou Giselle Tapai. “Outro alerta é quando o beneficiário usa o convênio indevidamente para procedimentos estéticos, algo que não deveria ser feito em busca de reembolso. Isso é uma fraude, não é coberto pelos planos.”
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Assessoria de Comunicação