Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04/12/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


O POPULAR

Educação
Aparecida pré-selecionada para curso de Medicina
MEC ainda vai avaliar estrutura de saúde do município para autorizar a abertura do curso
Maria José Silva
O Estado de Goiás terá mais um curso de Medicina em uma instituição de ensino particular. Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, foi pré-selecionada pelo Ministério da Educação (MEC) para a implantação da graduação. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Aloísio Mercadante, após a presidente Dilma Rousseff ter sancionado a lei que efetiva o programa Mais Médicos.
Quarenta e dois municípios em 13 Estados foram contemplados com a pré-seleção do MEC. Aparecida de Goiânia foi o único município goiano pré-selecionado. Catalão e cidade de Goiás, entre outros municípios do Estado, também pleiteavam o curso. Para fazer a seleção, o MEC observou, entre outros quesitos, a relevância e a necessidade social da implantação do curso, a estrutura de saúde existente no local e o projeto de melhoria da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde no município.
Com a implantação de mais esta graduação, Goiás terá cinco faculdades de Medicina – na capital, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde. Destas, apenas uma – a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás – é pública.
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, destaca que a implantação do curso de Medicina possibilitará o desenvolvimento econômico e social do município. “Os moradores do município que pretendem fazer Medicina não vão precisar mais se transferir para estudar em outros Estados.”
Além disso, prossegue o prefeito, a nova faculdade deve atrair pessoas de outros Estados para Aparecida de Goiânia. A migração de alunos e professores, conforme diz, favorece o incremento de estabelecimentos comerciais como hotéis e restaurantes, e de imóveis residenciais. Maguito Vilela também acentua que será impulsionada a estruturação de empresas na área de equipamentos médico-hospitalar, de hospitais especializados, clínicas e centros de pesquisas.
PLANO PEDAGÓGICO
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez, vê com reservas e preocupação a implantação de mais um curso de Medicina no Estado. Ele destaca que não há necessidade de mais profissionais da área no mercado e que é fundamental observar o plano pedagógico da graduação. “Precisamos da estruturação de planos de carreira que incentivem e motivem o médico a ir trabalhar no interior”, assinala.
Mais de 200 prefeituras de todo o País se inscreveram para sediar o curso de Medicina. Destas, 154 finalizaram formalmente o processo e encaminharam a documentação para análise do MEC, que deferiu 42 propostas. Maguito Vilela destacou que Aparecida de Goiânia será contemplada com um Hospital Municipal, com 220 leitos, e com mais 24 unidades de pronto atendimento (UPAs). Todos os municípios pré-selecionados vão receber nos próximos dias uma comissão de especialistas para verificação da estrutura existente na área de saúde. O resultado final da avaliação do MEC será divulgado no dia 18 de dezembro.
Saúde no município
Veja estrutura existente em Aparecida e cursos em Goiás
Estrutura existente
■ 5 unidades básicas de saúde
■ 1 Hospital de Urgências – Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa)
■ 4 Centros de Atendimento Psicossocial (Caps)
■ 1 Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
■ 1 Centro de Reabilitação de Aparecida de Goiânia
Unidades em implantação
■ 10 UPAs em construção
■ 14 UPAs em licitação
■ Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, com 220 leitos
Cursos de Medicina em Goiás
■ Universidade Federal de Goiás (UFG)
■ Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
■ Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica)
■ Universidade de Rio Verde – (UniRV)
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Coluna Giro – Hugo 2
Pelo menos seis organizações sociais (OSs) mostram interesse pela gestão do futuro Hospital de Urgências da Região Noroeste. A entrega de propostas será na sexta-feira.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Medicina em Aparecida de Goiânia
O município é o único pré-selecionado pelo Ministério da Educação no Estado de Goiás. Mais de 200 cidades fizeram a inscrição no edital de seleção para oferecer cursos de graduação de Medicina

ANTÉRO SÓTER
O Ministério da Educação divulgou ontem (3) a relação de 42 municípios pré-selecionados para a implantação de novos cursos de graduação em Medicina por instituições particulares de ensino superior. São Paulo é o Estado com mais municípios pré-selecionados: 16. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União. No Estado de Goiás, a única cidade a aparecer na lista do MEC é Aparecida de Goiânia. “Este é um momento importante para Aparecida, que conquista seu espaço e se torna uma referência. O curso de Medicina só vem para concretizar e coroar a transformação pela qual a cidade passa a cada dia, principalmente na área da educação”, disse o prefeito Maguito Vilela (PMDB), ontem, ao Diário da Manhã.
O prefeito explica que, para ser selecionada, Aparecida de Goiânia deverá atender os critérios estabelecidos pelo MEC, que são: não ser capital; ter no mínimo 70 mil habitantes e não ter curso de Medicina em seu território. Os municípios selecionados na primeira etapa, dentro do que foi estipulado pela portaria, receberão, na segunda etapa, a visita da comissão de especialistas do MEC para a verificação da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes. A terceira etapa consiste na análise do projeto de melhoria destes equipamentos. “Aparecida está trabalhando para atender todos os requisitos estabelecidos pelo MEC para a implantação do curso de Medicina, pois sabemos que o curso superior, a educação de forma geral, auxilia na melhora da qualidade de vida da população”, explicou Maguito.
A prefeitura, segundo ele, está dotando a área da saúde com toda a infraestrutura necessária para abrigar uma faculdade de Medicina. “Estamos construindo atualmente duas Upas e 10 Unidades Básicas de Saúde, e conseguimos aprovação de mais 14. Totalizando três Upas e 29 UBS´s. E teremos, ainda, o Hospital Municipal com 220 leitos. Toda essa estrutura irá precisar de médicos, e o curso de Medicina irá auxiliar na qualificação desses profissionais, além de que podem servir de locação para residência e estágio”, informou o prefeito Maguito Vilela, dizendo que o curso de Medicina será um atrativo e catalisador de mão de obra, não só na área da saúde, mas nas áreas correlatas.
COM MERCADANTE
Maguito explicou que se reuniu diversas vezes com o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, para discutir o assunto e para que o curso de Medicina fosse liberado para o município, já que três instituições renomadas na área de ensino da saúde já haviam manifestado interesse em construir o campus que iria abrigar a disciplina.
Três instituições – Universidade Alfredo Nasser (Uifan), de Aparecida; Unievangélica, de Anápolis, e Unipac, de Minas Gerais – interessadas em instalar a faculdade de Medicina, já mantiveram contatos com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. “As exigências são grandes e importantes para instalar uma faculdade de Medicina. Agora cabe às instituições se adequarem às exigências feitas pelo Ministério da Educação, que é quem selecionará a faculdade que implantará o curso de Medicina no município, dentre os que possuem interesse”, disse o prefeito.
O resultado final será divulgado pelo MEC no dia 18 de dezembro. E a expectativa do prefeito Maguito Vilela é de que as obras de implantação dos prédios sejam iniciadas em 2014 e que em 2015 já tenha vestibular para Medicina em Aparecida de Goiânia.
ESTRUTURA
De acordo com a portaria do MEC, os municípios pré-selecionados receberão visita da comissão de especialistas para verificação da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes. Esta será a segunda etapa do processo. A terceira etapa será a análise de projeto de melhoria destes equipamentos.
Os municípios que não foram pré-selecionados têm até o dia 9 para entrar com recurso. O resultado final será divulgado no dia 18 de dezembro, e dois dias depois ocorre a publicação no Diário Oficial da União.
A medida ocorre após a presidenta Dilma Rousseff sancionar a lei que cria o programa Mais Médicos. A lei também prevê a criação de 11.447 vagas em faculdades de Medicina até 2017. O programa tem o objetivo de levar profissionais brasileiros e estrangeiros para atender a população em áreas carentes das periferias de grandes cidades e no interior do País.
A pré-seleção teve por objetivo formar um cadastro de municípios considerados habilitados pelo MEC a serem listados em instrumentos específicos de editais de chamamento público de seleção de propostas para autorização de funcionamento de curso de graduação em Medicina, a ser ofertado por instituição de educação superior privada.
Mais de 200 cidades fizeram a inscrição no edital de seleção do Ministério da Educação para oferecer cursos de graduação de Medicina.
O programa, que visa a melhoria do atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) além de outros fatores, tem o objetivo de ampliar o número de médicos e a criação de mais 11.447 vagas de graduação em Medicina.
A primeira etapa da seleção consiste na análise da relevância e necessidade social da oferta de curso de Medicina. A segunda, na análise da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes no município, segundo dados do Ministério da Saúde. Já na terceira etapa será feita a análise de projeto de melhoria da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde no município. (Com assessorias)
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Doença silenciosa
Pesquisa realizada em 2012 revelou um aumento de 40% nos diagnósticos de diabetes em apenas seis anos

APARECIDA ANDRADE
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 347 milhões de pessoas no mundo sofrem de diabetes e dados do Ministério da Saúde revelam que 5,6% dos brasileiros são diabéticos. Desse total, 21,6% incluem pessoas maiores de 65 anos e 0,6%  na faixa etária de 18 a 24 anos.
O Ministério da Saúde revela que estes números estão crescendo. A pesquisa realizada em 2012, pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), revelou um aumento de 40% entre 2006, primeiro ano do levantamento, e 2012. O percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4% no período. Com base em informações do Ministério da Saúde em Goiás, 7% a 8% da população têm o diabetes, sendo que 95% é do tipo 2 e 5% do tipo 1.
O endocrinologista Syd de Oliveira Reis, diz que o diabetes é considerado um problema metabólico grave, que sem controle adequado pode trazer danos, em longo prazo, para diversos órgãos do corpo. Define-se por uma alteração no funcionamento do organismo provocando altas concentrações de açúcar no sangue gerando a incapacidade do corpo de produzir a insulina (substância produzida pelo pâncreas que serve para controlar os níveis de açúcar no sangue) ou de utilizá-la corretamente.
O endocrinologista explica que existem dois tipos mais diagnosticado do diabetes o tipo 1, (também conhecido como diabetes insulinodependente) normalmente diagnosticado em crianças ou pacientes jovens, cujo pâncreas produz pouca ou nenhuma quantidade de insulina. No tipo 1 possui a dependência absoluta de insulina para o controle da glicose, pois existe uma destruição das células do pâncreas.
Já no tipo 2, diagnosticado na maioria das vezes em adultos, e que corresponde a 95% dos casos, a deficiência de insulina é relativa. A pessoa produz a substância de forma insuficiente ou a produz normalmente, mas o organismo tem dificuldades para responder a ela. Essa condição, de acordo com Syd de Oliveira, é conhecida como resistência à insulina e costuma estar associada à obesidade. Como o organismo diabético tem dificuldades em responder à insulina, o aproveitamento dos nutrientes sólidos obtidos dos alimentos fica prejudicado.
Para o endocrinologista Syd de Oliveira, as principais causas que levam o público jovem, crianças e adolescentes, a entrarem no grupo de risco, de potencial adquirente do diabetes, são os hábitos alimentares errados. “Muitas vezes, na correria do dia a dia, consomem muitos alimentos hipercalóricos e que são atrativos como batata frita, sanduíche, sorvete, chocolate, biscoito, enlatado e fast food extremante calóricos”, analisa o especialista.
SEDENTARISMO
O sedentarismo, de acordo com ele, é outro fator que contribui com o surgimento da doença: “O diabetes tem aumentado por causa da vida mais sedentária. Esse grupo reduziu as atividades físicas recorrendo hoje à tecnologia para os momentos de lazer (videogame e computador)”, diz.
De acordo com o especialista, crianças e adolescentes diabéticos devem praticar atividade física regular pelo menos quatro vezes por semana e manter uma alimentação saudável, comendo de cinco a seis vezes por dia. Devem ser evitados gorduras e carboidratos.
No caso do diabetes tipo 2, esclarece Oliveira, que o diferencial é que, além de ser possível prevenir, ele é tratável por meio da mudança de estilo de vida. Diferente do tipo 1 que é uma doença autoimune.
PIOR MANEIRA
O estudante Phablo Fhillipe Galvão Macedo, 18 anos, foi diagnosticado quando tinha 15 anos, em 2010. Ele explica que descobriu da pior maneira possível. Lembra que após um lanche começou a passar mal com vômitos e muita fraqueza.
Após esses sintomas Phablo, foi levado ao médico, um clínico geral, que lhe deu um diagnostico errado, de que ele tinha dengue, depois de passar uma noite internado tomando soro, o seu quadro se agravou. “Eu comecei vomitar bílis” (líquido que o fígado excreta), revela.
Em seguida Phablo foi atendido por outro médico, dermatologista, que continuou seguindo o mesmo prontuário, de que ele estaria com dengue, o que agravou ainda mais sua situação. Foi quando pediram a transferência dele para Goiânia, depois de suspeitarem ser algo mais grave. “Em Goiânia eu fiquei quatro dias internado na UTI”, lamenta.
Depois de saber que a doença que quase lhe tirou a vida é o diabetes tipo 1, Phablo reconhece que, no começo, o processo de adaptação de um novo modo de vida foi difícil. “Foi preciso minha mãe vir para me ajudar na adaptação alimentar e uso da medicação”, esclarece.
Phablo explica que toma insulina quatro vezes ao dia e faz uso do medidor de glicemia antes das principais refeições (café da manhã, almoço e jantar). “Uso o medidor para fazer a correção da glicemia que, para o diabético, é normal entre 70 a 150 mg”. Ele também faz exercícios aeróbicos para uma melhor qualidade de vida.
De acordo com a cientista social e membro do Instituto de Assistência e Pesquisa em Diabetes (IAPD), Talvane Garcia, o universo crianças e adolescentes portadores de diabetes tipo 1 é de 10%. Cerca de 200 delas estão cadastradas na farmácia de alto custo.
Talvane diz que se tornou membro militante do IAPD, depois que quase perdeu o filho, de 7 anos à época, para a doença. “Eu descobri, em 2011, e foi traumático”, revela. Ela lembra que o filho passou por vários médicos que não conseguiram diagnosticar o diabetes e que por essa demora a situação se agravou ao ponto da criança ir parar na UTI.
O que levou a mãe a procurar ajuda médica foram os sintomas apresentados. “Ele tinha fome excessiva, fazia muito xixi e perdeu 4 quilos de um dia para o outro”, lembra.
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PORTAL G1

Marido de modelo morta há 1 ano ao colocar silicone cobra inquérito
Delegado aguarda posicionamento do Conselho Regional de Medicina de GO.
Jovem morreu no ano passado ao fazer cirurgia nos seios, em Goiânia.
Sílvio Túlio
Um ano após a morte da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, o marido dela, Giuliano Cabral Chaves, de 36 anos, ainda busca entender a causa da morte da esposa. A jovem faleceu no dia 1º de dezembro do ano passado durante um procedimento para a colocação de prótese de silicone nos seios, mas o inquérito policial ainda não foi concluído. O viúvo conta que se comove ao falar da esposa: "Sempre quando falo desse assunto fico ruim, sem chão".
Apesar de sofrer pela ausência da mulher, Giuliano afirma que está tentando refazer a vida. Por isso, mudou de Jataí, onde morava com Louanna, para Mineiros, a cerca de 100 km. "Fiquei praticamente quatro meses dentro de um quarto escuro. Mal via a luz do dia. Só depois de uns seis meses é que é que consegui dar continuidade a minha vida. Um amigo me deu a oportunidade de trabalhar em outra cidade, respirar um novo ar. Deve ser Deus", afirma.
No domingo (1º), houve uma celebração em homenagem a Louanna. Giuliano conta que não pôde ir, mas ressalta que ainda mantém contato com a família da mulher. "Tenho o mesmo carinho e respeito por eles", revela.
Cocaína
O gerente de transportes afirma que "ficou perdido" quando soube do resultado do último exame toxicológico da esposa, divulgado em setembro, no qual constou a presença de cocaína em seu organismo. A droga, combinada com anestésicos pré-cirúrgicos, teria sido responsável pela morte de Louanna.
"Eu não acredito. Sempre que a gente saía eu tomava uma cervejinha, mas ela bebia um golinho e olhe lá. Uma pessoa que mal bebia, vai gostar de outro tipo de droga? É difícil acreditar. A gente não conhece ninguém 100%, mas acho que ela não usou", afirma.
O exame diverge do resultado apontado por outro laudo, expedido em janeiro, onde constava que a modelo não havia ingerido nenhum tipo de substância entorpecente.
Investigação
Responsável pelo caso, o delegado Fernando de Oliveira Fernandes, titular do 13º DP de Goiânia, pretende encerrar o inquérito ainda neste ano. Para isso, ele afirma que depende de um posicionamento do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). "Preciso do resultado de uma sindicância aberta lá para anexar aos autos para formar minha convicção e dar o meu parecer", afirma.
Ao G1, a assessoria do Cremego informou que a sindicância está em andamento. O órgão informou ainda que não há previsão para a conclusão do documento.
Somente depois de posse de todos os documentos, é que Fernando vai decidir se indicia ou não o médico Rogério Morale de Oliveira, responsável por operar Louanna, por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar
Sobre a diferença apontada nos exames, o delegado explica que a segunda análise foi feita em um laboratório mais moderno, que é capaz de detectar com maior precisão a presença ou não de droga no corpo da vítima. "No Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, há um equipamento e uma tecnologia mais avançada. Além disso, três peritos assinaram. Acho que a possibilidade de haver algo errado é pequena", diz.
Advogado do médico, Carlos Márcio Rissi Macedo acredita que, com base nas provas apresentadas até agora, seu cliente deve ser inocentado. "Estamos aguardando a sindicância do Cremego, mas já está praticamente provado que o que causou a morte foi a combinação da cocaína com o anestésico. A gente entende a resignação da família, mas o exame é feito com uma metodologia diferente", pontua.
Cirurgia
Louanna nasceu e morava com a família em Jataí, no sudoeste de Goiás. Ela havia sido eleita Miss Jataí Turismo no ano passado. Segundo a família, ela sonhava com a cirurgia. A modelo morreu após iniciar o procedimento cirúrgico para colocar prótese de silicone nos seios, no Hospital Buriti, no Parque Amazônia, em Goiânia.
De acordo com a mãe da jovem, Dênia Castro, a filha já tinha feito o procedimento na mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.
Em depoimento na época, a médica anestesista Beatriz Vieira Espíndola, que participou da cirurgia na modelo, detalhou a intervenção da equipe médica para ressuscitar a paciente, que sofreu duas paradas cardíacas. Ela disse que durante a operação a paciente teve reações que poderiam ser comuns a pessoas que já usaram algum tipo de droga. A suspeita de uso de cocaína e ecstasy constou no relatório médico encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
A suposição da anestesista chocou família e amigos da vítima, que negaram que a modelo fizesse o uso de álcool ou entorpecentes. “Muitos filhos fazem isso escondido dos pais [usam drogas], mas eu falo pelo caráter dela e por todos os amigos que conhecem ela e sabem que isso não é verdade. Eles vão ter que provar isso”, contestou a mãe de Louanna em entrevista logo após a morte da filha.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação