Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04 A 06/07/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


• Hugol promete humanização
• Preparado para abrir as portas
• Cesariana só será paga pelo plano de saúde se médico justificar motivo


O POPULAR

Hugol promete humanização
Inauguração está prevista para as 10 horas. Unidade deverá complementar atendimento de urgência com o Hugo

Gabriela Lima

Goiânia recebe hoje o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), na Região Noroeste. A inauguração está prevista para as 10 horas, com presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A nova unidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES) deverá complementar e ampliar o atendimento prestado atualmente pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A promessa é desafogar gargalos da rede pública como queimaduras graves, traumatologia pediátrica e urgências clínicas, ou seja, infartos, crises cardíacas, acidente vascular cerebral e falência renal.
Outro objetivo é oferecer um atendimento mais humanizado. Esqueça aquela imagem com paredes brancas ou cinzas que remetem à frieza e aridez do ambiente hospitalar. O Hugol é cheio de espaços acolhedores, como jardins de inverno entre os blocos e uma capela ecumênica com painel de vitrais doado pela artista plástico goianiense Duda Badan.
A enfermaria pediátrica, no primeiro andar da unidade, tem paredes cobertas por desenhos infantis e coloridos. As crianças também contam com UTI específica.
Entre as ações pensadas para humanizar o atendimento, o secretário de Saúde, Leonardo Vilela, cita a iluminação natural da UTI, para “o paciente que ficar internado por dias ter noção se é dia ou se é noite”. Outro diferencial são os 22 carrinhos térmicos que levarão alimento na temperatura correta aos leitos distribuídos nos seis andares do hospital. “O que é quente permanecerá quente, o que é frio continuará frio até chegar ao último paciente. São pequenos detalhes que fazem uma grande diferença”, garante.
Além do atendimento de urgência e emergência, a nova unidade contará ainda com consultórios de 16 especialidades médicas, mas apenas para atender retorno de pacientes ou aqueles que apresentarem algum problema pós-cirúrgico.
O superintendente executivo da SES-GO, Halim Girade, esclarece que os pacientes não serão atendidos diretamente no Hugol, com a marcação de consultas e cirurgias. O atendimento ambulatorial deve ser prestado pelos Centros de Atendimento Integrado à Saíde (Cais).
Por ser uma unidade de alta complexidade, o Hugol é um hospital de porta regulada. Para ser atendido, o paciente deverá passar pelo sistema de regulação estadual ou municipal (veja quadro).
Entre as novidades está o fato do complexo contar com um banco de coleta e transfusão de sangue próprio. Na última semana, voluntários procuraram a unidade para doar sangue. Segudo a SES, o estoestá apto a atender a demanda a partir de hoje.
Custos
Toda essa estrutura terá um custo mensal de R$ 15 milhões mensais. De acordo com Leonardo Vilela, inicialmente esse valor será bancado pelo Estado, com uma ajuda do governo federal. “Há um compromisso para que essa participação federal aumente no próximo ano”, explicou.
A administração do Hugol está a cargo da Organização Social Agir, mesmo grupo responsável pela administração do Crer. Leonardo Vilela defendeu o modelo de gestão da saúde estadual, por meio de organizações sociais (OSs). “Nós só atingimos esse nível de excelência graças às OSs, que tem administração mais ágil e desburocratizada.”

Hospital começa com um terço da capacidade

Apesar de ser o maior unidade de saúde de Goiás, o Hospital de Urgências Otávio Lage (Hugol) abrirá as portas hoje funcionando com apenas um terço da capacidade. Dos 510 leitos entregues, 173 deverão ser ocupados inicialmente, com 20 leitos de UTI adulta e 10 de UTI pediátrica. A ideia é aumentar a oferta de forma gradual, até chegar a capacidade plena, no fim do ano.
“É uma estrutura muito grande. Se abrirmos de uma vez nós vamos ter muito problema. Então vamos abrir escalonado e colocando para funcionar bem gradativamente”, explicou o diretor-geral do Hugol Hélio Ponciano.
Superintendente executivo da Agir, organização social responsável pela gestão do hospital, Sérgio Daher diz que a abertura gradual e progressiva obedece a um planejamento. “Iniciar as atividades de um hospital é algo complexo, e a complexidade de um hospital de urgências é maior ainda. Mas, de acordo com a demanda, nós vamos abrindo os leitos.”

Inauguração 1 ano e 1 mês após previsão inicial

O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, disse que o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) foi construído em tempo recorde e a baixo custo. Mas oposicionistas do governo usaram a internet para fazer críticas.
As críticas ocorreram porque a inauguração do hospital foi adiada por três vezes. Iniciada em maio de 2013, a obra tinha entrega prevista para junho do ano passado. Depois, passou para 24 de outubro, seguida de uma nova previsão para o fim de 2014.
O custo também é questionado pelos opositores. Com previsão inicial de R$ 57,3 milhões, teve nova licitação e aditivos, chegando a um custo total de R$ 168 milhões.
Para Rincón, não houve atrasos. “Construímos um hospital dessa dimensão em 25 meses”, rebate. Segundo o presidente, o aumento se do custo se deu porque o projeto dobrou de tamanho. “O valor do metro quadrado do Hugol é de R$ 2,4 mil. É obra pública com preço de obra privada.”

“Segunda inauguração será no fim do ano”
Entrevista / Arthur Chioro

Pedro Nunes

O ministro da saúde, Arthur Chioro, está em Goiânia hoje para visitar o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), que considera um dos mais modernos da região Centro-Oeste. Porém, algumas questões ficaram pendentes antes mesmo da visita à unidade, como seu custeio e o aporte financeiro do governo federal. O ministro detalha essas e outras questões acerca das estratégias para Goiás na entrevista abaixo

Qual será o significado do Hugol para Goiás?
Ele foi criado para ser referência em atendimentos de média e alta complexidade, tratamento de queimaduras e serviços de emergência cardiológica. O significado de tudo isso é levar uma saúde pública de qualidade para 10 mil pessoas por dia, ou seja, mais de 2 milhões de pacientes por ano, em uma unidade hospitalar que terá atendimento 24 horas por dia.

Como será o custeio do Hugol?
Vamos ajudar a custear todos os serviços que forem prestados quando o hospital for inaugurado. Mas a inauguração acontecerá em duas etapas: a primeira será hoje e a segunda deve ocorrer até o fim do ano. Para a primeira etapa, a previsão de abertura de leitos é de aproximadamente 35% do total (163 de 500). Conforme proposta de financiamento solicitada pelo Estado, o impacto financeiro anual para o Ministério da Saúde, nessa etapa, será de R$ 32,1 milhões.
Quando estiver completo, o Ministério vai repassar R$ 91,7 milhões anuais. Os recursos, porém, também terão origem estadual e municipal.

Goiás está sempre entre os campeões no ranking de casos de dengue. Por que isso acontece? O Estado não merece uma atenção especial do Ministério da Saúde?
Este ano, a transmissão da dengue no País foi maior quando comparamos com o ano passado e menor na comparação com 2013. Com a chegada do inverno, a tendência é de redução dos casos da doença. Entretanto, para intensificar as medidas de controle da dengue, o Ministério da Saúde repassou, em 2014, mais de R$ 2 bilhões e, em janeiro desse ano, um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os Estados. Apenas para Goiás foram 5,2 milhões.
A verba é exclusiva para qualificação das ações de combate aos mosquitos transmissores, o que inclui a contratação de agentes de vigilância. Além disso, é realizado o LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti – que serve para traçar um panorama da situação total da dengue, partindo de cada município. Os gestores locais podem, assim, direcionar as medidas de prevenção, combate e controle da doença.

O atendimento de referência à saúde e a distribuição de UTIs são centralizados em polos no Estado, deixando o interior desguarnecido. Uma descentralização do atendimento talvez poderia ter evitado a morte do cantor Cristiano Araújo, que teve de ser deslocado para receber assistência em Goiânia. Há possibilidade de alterar esse quadro?
O Ministério da Saúde vem reorganizando a rede de assistência, criando alternativas de atendimento fora dos hospitais e ampliando leitos nas áreas de maior necessidade, como os leitos de UTI, de acordo com o planejamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás e pelos municípios.
Dessa forma, busca investir em uma saúde pública mais resolutiva, onde os pacientes precisem recorrer cada vez menos a hospitais e tenham assistência mais próxima de suas casas. Essas iniciativas levam em conta os avanços em equipamentos, medicamentos e cuidados em regime ambulatorial e/ou domiciliar e a redução do tempo de internação.
Nessa perspectiva, foram criados, nos últimos três anos, mais de 17 mil novos leitos hospitalares e extra-hospitalares na rede pública de saúde. São leitos em serviços de urgência e emergência, em UPA 24h, em UTI, leitos clínicos e obstétricos e na rede especializada de Saúde Mental. Somente a oferta de leitos de UTI no SUS cresceu 25%, que são leitos de maior complexidade, que exigem estrutura e profissionais especializados, além de se destinarem a pacientes em casos graves.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), assim como seus antecessores, reclama muito da sobrecarga no sistema de saúde da capital devido a demanda de pacientes vindos do interior, inclusive para tratamentos mais simples. O Ministério da Saúde tem algum programa para amenizar esse quadro, reduzindo o fluxo interior-capital e evitando também a chamada “ambulâncioterapia”?
O Ministério vem incentivando e financiando a implantação de Centrais de Regulação, que visam à organização da demanda e oferta existente no sentindo de qualificar o acesso baseando-se em critérios e classificação de risco. Buscando desta forma, efetivar a disponibilização da alternativa assistencial mais adequada à necessidade do cidadão por meio de atendimentos às urgências, consultas, leitos e outros que se fizerem necessários.
Também incentivadas pelo Ministério da Saúde, as UPA 24h compõem a rede de atenção às urgências, articulando-se com a atenção básica, SAMU 192, unidades hospitalares, e com outros serviços de atenção à saúde, buscando construir fluxos coerentes e efetivos ordenados por meio da regulação de urgências e complexos, organizando conforme a necessidade de cada paciente o encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade. (06/07/15)

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Preparado para abrir as portas
Hospital de referência começa a funcionar na segunda-feira, com um terço da capacidade
Gabriela Lima

Uma unidade de referência em traumas graves, queimaduras, assistência especializada em cardiologia e em neurologia, sobretudo ao paciente com acidente vascular cerebral (AVC), e emergência pediátrica. Assim será o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), na Região Noroeste de Goiânia, que será inaugurado na próxima segunda-feira.
“Só falta o paciente”, disse o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, durante apresentação do Hugol à imprensa, na manhã de ontem. O evento para os profissionais de comunicação foi o último de uma série de oito visitas promovidas pelo governo do Estado antes da inauguração e contou com a participação do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincon, responsável pelo projeto.
Completamente pronto e equipado, o hospital entrará em operação de forma escalonada, por conta de seu porte e complexidade. “Vamos começar recebendo um terço da capacidade. Não vamos internar 510 pacientes de uma vez. Vamos aumentando de acordo com a demanda”, afirmou o secretário. A previsão é chegar à capacidade plena até o fim do ano.
Segundo Vilela, o Hugol abrirá as portas ao público já como a maior unidade de saúde pública de urgências das Regiões Centro-Oeste e Norte do País. “É, sem sombra de dúvidas, o maior e mais moderno hospital do Estado”, afirmou.
O Hugol ocupa um terreno de 135 mil metros quadrados, com 71.165 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em cinco grandes blocos. Com 2.441 funcionários, sendo 497 médicos, o hospital espera receber um fluxo diário de dez mil pacientes.

Atendimento especial a queimados e crianças
Um dos cinco blocos do Hugol é ocupado pelo Centro de Atendimento a Queimaduras – a única unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) com esse perfil em Goiás. O centro especializado possui, inclusive, entrada independente.
Como hospital de urgência, o Hugol atenderá predominantemente os pacientes referenciados pelos complexos reguladores do Estado e da capital. Responsável pela regulação em Goiânia, o secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, considera que o novo complexo é um marco na assitência em saúde de Goiás. Para ele, a unidade garantirá atendimento mais ágil a pacientes enfartados e vítimas de acidente vascular cerebral (AVC).
“O hospital vem ajudar muito, principalmente na parte das urgências clínicas. O Hugo já faz a parte cirúrgica de traumas e pacientes neurocirúrgicos, mas nós temos uma carência muito grande de atendimento na rede para os pacientes cardiológicos e pacientes com AVC que precisem de intervenções rápidas. O Hugol vai fazer um grande papel nessa área”, argumentou.
Outro diferencial é a parte de traumatologia pediátrica, com enfermarias e UTIs específicas para atender crianças. (04/07/15)

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DIÁRIO DA MANHÃ

Cesariana só será paga pelo plano de saúde se médico justificar motivo

Medida exige relatório do trabalho de parto e acesso à cesariana fica mais difícil

RIO – A partir desta segunda-feira, as gestantes que quiserem fazer parto cesariana, via plano de saúde, precisarão ter uma justificativa médica por escrito. Com as novas regras do Ministério da Saúde para a realização de partos, os médicos deverão, entre outras medidas, preencher um partograma — documento com registros do trabalho de parto — a fim de justificar a necessidade de uma cesariana. Na prática, a medida inibe a realização de intervenções cirúrgicas desnecessárias no parto.
Os hospitais privados serão obrigados a apresentar o partograma e, caso não apresentem, poderão ficar sem receber pelo procedimento, ficando a cargo da operadora do plano cobrar a conduta dos médicos e decidir se acertará ou não o pagamento.
A intenção do Ministério da Saúde é reduzir a alta taxa de cesarianas do Brasil, onde cerca de 85% dos nascimentos registrados via plano de saúde são por cesariana, quando a indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que somente 15% dos partos sejam por esse método. Na rede pública, a taxa de partos via cesariana chega a 40%.
A resolução também estabelece que as gestantes tenham acesso à taxa de cesáreas realizadas por cada estabelecimento de saúde e cada médico, a fim de orientar a escolha da mãe. Caso as operadoras não prestem esse tipo de informação ficarão sujeitas à multa. As medidas passaram também por consulta pública e recebeu sugestões da sociedade. (05/07/15)

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação