Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04 A 06/10/14

 

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE
• Tragédia – Médica morre após cirurgia de lipoaspiração
• Saúde Pública -Socorro médico no lugar errado
• Corte na saúde
• Anvisa lança manual contra incêndio em hospitais

O POPULAR

Tragédia
Médica morre após cirurgia de lipoaspiração
Poliana Morais formou-se em agosto deste ano. Cirurgia era para colocar prótese de silicone também

A médica Poliana Morais de Araújo Costa, de 28 anos, morreu ontem em decorrência de complicações após cirurgia para colocação de próteses de silicone nos seios e lipoaspiração. Ela colou grau em Medicina em agosto desse ano na Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC.
Amigos dela comentaram sobre a morte precoce em redes sociais, mas a família preferiu não se manifestar. “Era o momento dela”, disseram. Por meio de redes sociais, parentes e amigos falavam que estavam perplexos com a notícia da morte de Poliana.
Uma prima chegou a dizer que “a ficha não caiu ainda”. Médicos que se formaram junto com Poliana evitaram falar sobre a morte da colega. “Soube da notícia por meio de amigos que estão fazendo curso comigo, mas não sei detalhes”. O médico pediu para não ter o nome revelado.
Os médicos entrevistados e a família de Poliana não revelaram em que hospital ela estava internada, alegando que as complicações pós-operatórias podem ocorrer em qualquer paciente. O corpo dela foi velado e sepultado no Memorial Parque, em Goiânia. (06/10/14)
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Saúde Pública
Socorro médico no lugar errado
Desconhecimento leva goiano a buscar atendimento em unidades de saúde destinadas a outras demandas
Gabriela Lima

Por desconhecimento, os usuários da saúde pública na Grande Goiânia muitas vezes perdem tempo ao buscar atendimento médico no local errado e, assim, acabam contribuindo para a superlotação nas unidades de urgência e emergência. Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) a pedido do POPULAR mostra que dos 44 mil pacientes atendidos nos prontos-socorros da rede municipal no mês de junho, 80% poderiam ter procurado a atenção básica. Nas unidades de urgência da rede estadual, esse índice varia de 25%, no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a 88% no Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), de janeiro à primeira quinzena de setembro deste ano (veja quadro na página 4).
Para especialistas, saber o local mais adequado para cada tipo de atendimento pode ajudar a população a conseguir um atendimento de forma mais rápida e satisfatória. “O Sistema Único de Saúde (SUS) possui uma lógica que, se melhor divulgada e colocada em prática, pode melhorar tanto a vida do paciente quanto a rotina de trabalho do médico”, explica a professora de relação médico-paciente da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Rita Francis.
Na “lógica do SUS”, as unidades básicas são a porta de entrada do sistema público de saúde para atendimentos. UPAS, Cais e Ciams são unidades que devem prestar atendimento de média complexidade, para os casos de urgência e emergência. Já os hospitais públicos são para os casos graves de urgência e emergência ou para os atendimentos de alta complexidade. Goiânia possui 85 unidades básicas de saúde, para atendimento em pediatria, ginecologia e clínica geral. Mas os goianienses preferem recorrer aos Cais e Ciams.
“A população não sabe para que serve um Cais. Em análise de casos com os alunos do 7º período de medicina, percebemos que é comum as pessoas buscarem o Cais para o tratamento de doenças crônicas, para renovar receitas médicas e outras situações que não são da urgência”, afirmou a professora.
Francis também destaca que os doentes crônicos desconhecem os programas de acompanhamento oferecidos nas unidades básicas de saúde . “Quem tem pressão alta pode procurar o postinho da sua região e participar do programa Hiperdia. Se você tem diabetes, por exemplo, o melhor é conhecer a equipe de saúde da família. Em caso de transtorno mental, deve-se procurar um CAPs”, explicou.
QUESTÃO CULTURAL
Para o secretário municipal de saúde, Fernando Machado, existe uma questão cultural da população, que se acostumou a ser atendida nos Cais em todas as situações. “O Cais é anterior à estratégia de saúde família. Ele tem o atendimento ambulatorial eletivo (consultas) e urgência. Com o advento do PSF, a gente está, aos poucos, desmontando esse perfil eletivo e passando para a estratégia. E nosso papel agora é informar às pessoas que estamos em um processo de migração.”
Segundo Machado, esse processo de migração ainda deve levar ano, pois só será concluído depois que todos os Cais forem convertidos em UPAs. Quando isso acontecer, as unidades intermediárias terão apenas o componente da urgência e emergência. O primeiro deles será o Cais Novo Horizonte. Depois dele, Jardim América, Guanabara, Novo Mundo e Goiá.
Antes dessa conversão dos Cais e UPAs, no entanto, a saúde municipal precisa estruturar as unidades básicas. “A gente pretende criar um sistema de vinculação das famílias com a equipe médica”, diz Machado.
PRIORIDADE
O superintendente de Controle e Avaliação Técnica da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Dante Garcia, explica que existem quatro tipos de acesso ao SUS. São as chamadas portas de entrada: a atenção primária, a urgência e emergência (via Samu, unidades intermediárias e hospitais que recebem as demandas expontâneas), o atendimento ambulatorial marcado via telefone e os Centros de Atenção Psicosocial (Caps).
Na urgência e emergência, para definir a prioridade no atendimento, os hospitais da SES utilizam um sistema de classificação de risco com cinco cores: vermelho (emergência), laranja (muito urgente), amarelo (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente).
Garcia explica que o paciente que chegar a esses hospitais com um quadro menos grave, terá, obrigatoriamente, de esperar mais que um paciente com doença grave e aguda (urgência) ou com risco de morte (emergência). A hospital também pode, se assim entender, pedir o encaminhamento do enfermo para outra unidade.
“Nós temos um sistema de acolhimento e classificação de risco. Quando o paciente recebido estiver fora do perfil da unidade, ela pode contrareferenciar, ou seja, encaminhá-lo para um local mais apropriado”, diz.

Mãe de paciente diz que é bom ter postinho perto de casa
A auxiliar de consultório Ana Lúcia Souza de Oliveira, de 22 anos, conhece bem a atenção básica à saúde. Ela mora perto do Centro de Saude Parque Amazônia, na região Sul de Goiânia. Na última quinta-feira, levou o filho Isac Souza de Oliveira, de 2 meses, para se consultar pela segunda vez no postinho.
Chegou à unidade com horário marcada e foi atendida em poucos minutos. “Estou gostando da pediatria aqui. Da primeira vez, foi rápido conseguir vaga e, agora, o retorno do nenê eu marco aqui com as meninas da recepção, até os nove meses”, relatou.
No entanto, diz que o mesmo não acontece em todas as especialidades. “Já fiquei mais de 20 dias tentando consulta com ginecologista e os atendentes do teleconsulta falavam que não tinha vaga aqui. Já aconteceu de me mandarem para posto de saúde em bairros que eu nunca tinha ouvido falar, longe da minha casa. Cheguei lá, fiquei esperando e o médico não apareceu”, afirma.

Resistência em conhecer outra unidade
Aos 62 anos, a dona de casa Raquel Sebastiana de Lima Santana nunca esteve em um posto de atenção básica à saúde. Já ouviu falar no Programa de Saúde da Família (PSF), mas, acostumada a ir no Centro Integrado de Assistência Médica Sanitária (Ciams) do Setor Pedro Ludovico, não pensa em procurar atendimento em outro local. “Gosto daqui. É perto da minha casa e o pessoal é educado”, diz.
Na quinta-feira, ela procurou o Ciams para se consultar com um clínico geral. Não havia marcado via teleconsulta. Também não estava em uma situação de urgência. Mas chegou à unidade de saúde e pediu para ser encaixada no horário e conseguiu atendimento. “Estou me sentindo mal, com a boca dormente, dor de cabeça e muito calor”, relatou os sintomas. Questionado por que não procurou o teleconsulta, ela diz que nem sempre dá sorte de conseguir a vaga para o Ciams.
Esse é o tipo de comportamento desaconsalhedo pelos especialistas. Mas assim como Santana, vários pacientes resistem em conhecer os Postos de Saúde da Família por estarem habituados com cais e ciams. Nos 20 minutos que a reportagem permaneceu no Ciams Pedro Ludovico, quatro pacientes procuraram a unidade sem ter marcado atendimento.
O diretor técnico do Ciams, Gleydson Ferreira de Melo, explica que os encaixes são feitos, geralmente, quando um paciente que agendou a consulta por telefone não comparece. Mas admite que os médicos acabam tendo de atender mais que o previsto. “Hoje (quinta-feira) mesmo a clínica geral tinha 20 pacientes agendados para o dia todo. Mas já atendeu 24.” (05/10/14)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Corte na saúde
Demissão de gestores no setor pode prejudicar atendimento de pacientes, é o que afirma a conselheira de saúde da região leste

ELPIDES CARVALHO


Após cerca de duas semanas da exoneração de sete gestores de unidades de saúde da região leste de Goiânia, pelo prefeito Paulo Garcia, seis cargos ainda permanecem ociosos. As demissões têm preocupado conselheiros de saúde, que temem prejuízos para a comunidade local, como dificuldades nas marcações de exames por meio de “chequinhos”, cirurgias, recebimento de medicamentos e insumos.

Ednamar Aparecida Oliveira, conselheira de saúde da região leste, explica que através dos gestores foi possível humanizar os atendimentos das unidades de saúde da região. “No passado, pacientes tinham dificuldades para agendar atendimentos médicos ou retirar chequinhos nos postos de saúde porque esses serviços eram priorizados às pessoas apadrinhadas. Ao contrário dessa realidade, com esses gestores que aqui estavam, conseguimos priorizar os serviços para a comunidade da região. Humanizamos a saúde, na região leste, com a participação dos gestores”, afirma.

Junto com os diretores de unidades de saúde, outros trabalhadores em cargos comissionados também foram dispensados de suas atividades. O principal motivo apontado pelos conselheiros de saúde seria por retaliação política, quando vereadores petistas votaram contra o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Territorial Urbano (ITU) proposto pela prefeitura. O parlamentar Felizberto Tavares, é o representante da saúde da região leste.

Problema

Os gestores por serem concursados da saúde foram apenas remanejados de área e função. Ednamar garante que os serviços de atendimentos médicos nos Cais e PSF’s, da região leste da Capital, deram um salto de qualidade desde a vinda dos diretores demitidos. “Pedimos que o prefeito se sensibilize com toda a comunidade da região leste de Goiânia e deixe que os gestores voltem para suas respectivas unidades de saúde. Esses profissionais são comprometidos com a população e estavam desenvolvendo um excelente trabalho”, pede. Ednamar diz ainda que a ausência dos gestores compromete a seriedade de serviços de saúde da região. “Quero deixar claro também ao prefeito Paulo Garcia, que eu não apoio as ações do atual vereador (que representa a comunidade) da região leste, que por sinal move uma ação judicial contra minha pessoa”, esclarece. (06/10/14)
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SAÚDE BUSINESS 365

Anvisa lança manual contra incêndio em hospitais
Obra tem por objetivo fornecer orientações sobre prevenção e combate a incêndios nos Serviços de Saúde. Confira!

O manual “Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde” já está disponível para consulta. A publicação é direcionada a gestores e profissionais envolvidos com projetos e obras em estabelecimentos de saúde.
A obra tem por objetivo fornecer orientações sobre prevenção e combate a incêndios nos Serviços de Saúde, em complementação às regulamentações contidas na Resolução nº 50/2002, norma que trata de projetos de arquitetura para prédios destinados a esses serviços.
“Além de estarem em constante transformação espacial, os equipamentos existentes nos serviços de saúde exigem instalações bastante complexas. O risco de incêndio num estabelecimento desses é tão presente ou maior que em outros, evidenciando, assim, a necessidade de medidas de controle rígidas e atualizadas”, afirma a Gerente de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Diana Carmem Almeida, em nota.
O lançamento da obra se insere nos esforços da Anvisa para colaborar com a diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) que preconiza segurança máxima no atendimento aos pacientes. “Num estabelecimento de saúde em chamas, problemas de mobilidade podem dificultar grandemente o resgate ou abandono do local por pacientes já muitas vezes prejudicados em sua locomoção. Por isso a importância do treinamento de funcionários e da presença de equipamentos e planos de contingência específicos para situações críticas como um incêndio”, explica Diana.
Segundo ela, todas essas providências, baseadas no tripé Segurança da Vida, Proteção do Patrimônio e Continuidade das Operações, estão listadas passo a passo na publicação produzida pela Agência.
O guia foi escrito pelo engenheiro elétrico e especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, Marcos Linkowski Kahn, sob supervisão de técnicos da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde por meio de cooperação com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS). A obra tem tiragem inicial de três mil exemplares e será distribuído às vigilâncias sanitárias, hospitais e profissionais de saúde. (06/10/14)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação