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DESTAQUES
Morre o doutor das mentes doentes
Fundação Banco de Olhos realiza mutirão de cirurgias de glaucoma em Goiás
Área de recomendação de vacina contra febre amarela será ampliada
Bactérias de tuberculose resistentes a antibióticos desafiam combate à doença
Criminosos aplicam "golpe da UTI" e extorquem familiares de pacientes do HGG
Cerca de 50% dos pacientes deixam de seguir a orientação médica diante dos custos dos remédios
Após cirurgias para conseguir andar, família de Kaká tenta conseguir sessões de fisioterapia, em Goiânia
Polícia apura suspeita de omissão de socorro na morte de grávida em Caldas Novas
DIÁRIO DA MANHÃ
Morre o doutor das mentes doentes
Reportagem trata da morte do médico psiquiatra Walter Massi
http://impresso.dm.com.br/edicao/20180105/pagina/2
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A REDAÇÃO
Fundação Banco de Olhos realiza mutirão de cirurgias de glaucoma em Goiás
A Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog) realiza nesta sexta-feira (5/1), às 10 horas, no Hospital da Fundação, em Goiânia, o lançamento do mutirão de cirurgias para o tratamento de glaucoma. O objetivo é reduzir a fila de espera no Estado, que hoje conta com 2 mil pessoas cadastradas.
As cirurgias serão realizadas de 15 a 19 de janeiro, também no Hospital da Fundação Banco de Olhos, por mais de 30 profissionais da área de oftalmologia. No lançamento, o presidente da Fubog, Zander Campos da Silva, dará mais detalhes sobre como serão realizadas as cirurgias, quem poderá fazer os procedimentos para o tratamento do glaucoma, entre outras informações. A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Muré, participará também do lançamento do mutirão.
Mais dados sobre a doença
O glaucoma é causado pela alteração na pressão ocular decorrente de lesão no nervo óptico. Em sua forma crônica, o paciente perde a visão periférica. Porém, na forma aguda, pode deixar a pessoa completamente cega. É a segunda maior causa de cegueira no mundo e é um dos distúrbios mais traiçoeiros da oftalmologia por afetar a visão lentamente e raramente apresentar sintomas. O glaucoma afeta 60 milhões de pessoas em todo o mundo, e uma em cada dez sofre perda total da visão em ambos os olhos. A doença não tem cura, mas existem tratamentos eficazes. E a detecção precoce significa que os médicos podem iniciar tratamentos antes que a perda de visão comece.
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Área de recomendação de vacina contra febre amarela será ampliada
A área de recomendação de vacinação contra febre amarela deverá ser novamente ampliada. A ideia, de acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, é tornar mais rígidos os padrões que hoje são utilizados. "Queremos nos antecipar ao risco", disse. Ele lembrou que no ano passado, quando o País foi afetado pelo pior surto da doença em toda a história, casos foram identificados em cidades consideradas livres de risco e, consequentemente, com uma baixa cobertura vacinal. Vacinações de bloqueio foram feitas, mas não impediram o aumento de casos.
O plano de ação deverá ser apresentado na próxima semana. A ação prioritária em análise é o fracionamento de doses da vacina. Nessa estratégia, cada pessoa recebe uma dosagem menor do imunizante do que a medida tradicional. Ano passado, foram comprados 20 milhões de seringas usadas especialmente para o fracionamento. Na época, o insumo não foi usado. Desse total, 9 milhões já foram enviados para São Paulo, que deverá fazer a vacinação com doses fracionadas em duas campanhas, programadas para a primeira e última semana do mês de fevereiro.
Bahia e Rio deverão também anunciar o fracionamento. Barros assegurou não haver problemas com fornecimento do imunizante, produzido por Biomanguinhos. Em São Paulo, conforme o Estado mostrou, o fracionamento foi decidido justamente pela necessidade de expandir a área de cobertura da vacina. O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Marcos Boulos, afirmou que a estratégia no Estado será ofertar para população tanto a vacina integral quanto a fracionada. Essa última será aplicada em regiões que entram para a área considerada de risco, como litoral norte e cidades próximas.
A vacina fracionada contém um décimo da dosagem da vacina integral. O modo de aplicação também é diferente. Profissionais de saúde já foram treinados para fazer a operação, sobretudo em São Paulo. Inicialmente, o uso da vacina fracionada provocava grande resistência de médicos infectologistas, principalmente por causa da sua duração. A proteção estimada era de 1 ano, enquanto a vacina integral é por toda a vida.
O uso da vacina fracionada, no entanto, ganhou força no fim do ano passado, com a divulgação de estudos que indicam que a proteção chega a 9 anos. "Esse foi o período de acompanhamento de pessoas vacinadas. Essa observação será mantida. Pode ser que o tempo de proteção supere até mesmo a marca dos 9 anos", afirmou Boulos ao Estado, em entrevista realizada semana passada. (Agência Estado)
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GAZETA DO ESTADO
Bactérias de tuberculose resistentes a antibióticos desafiam combate à doença
Enquanto os países de todo o mundo buscam meios para eliminar a tuberculose como principal problema de saúde pública, o avanço de bactérias resistentes aos antibióticos mais usados no tratamento desafiam os especialistas e serviços de saúde que lutam contra a enfermidade.
No caso das pessoas com HIV e tuberculose, a necessidade de conciliar grande quantidade de medicamentos aumenta o risco de abandono do tratamento e de suas possíveis consequências devido à baixa imunidade. A Agência Brasil publica esta semana uma série de matérias sobre a infecção simultânea de pessoas com o vírus HIV e a bactéria da tuberculose. O Brasil tem 34% dos casos de coinfecção do mundo e menos da metade dessas pessoas tomam antirretroviral.
Nos últimos anos, no país, quase duas mil pessoas desenvolveram tuberculose resistente às principais drogas de tratamento. A resistência extrema, que atinge quase todos os medicamentos da terapia, foi confirmada em apenas dez pacientes brasileiros no último ano, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mas em outros países da América, como o Peru, a situação de alta resistência aos antibióticos da tuberculose já é considerada epidemia pela organização. “É uma epidemia, a tuberculose resistente. A extremamente resistente está em fase de crescimento alarmante no Peru. No Brasil, temos pouquíssimos casos, que se conta nos dedos das mãos e estão bem controlados, estão recebendo tratamento pra tuberculose extremamente resistente”, disse Fábio Moherdaui, consultor nacional de tuberculose da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
A organização alerta que a tuberculose resistente aos principais medicamentos de tratamento se tornou uma ameaça no mundo. No último ano com estatísticas disponíveis, havia 600 mil novos casos de resistência à rifampicina, antibiótico mais efetivo contra a doença. Dentre esses casos, 490 mil também eram resistentes às outras drogas que compõem a terapia contra tuberculose. Metade dos casos foram diagnosticados na Índia, China e Rússia, países que junto com o Brasil e a África do Sul compõem o bloco chamado Brics.
Estima-se que, no mundo, pelo menos 700 mil pessoas já morreram por resistência antimicrobiana e que um quarto desses óbitos foram por tuberculose. Se o número de casos de resistência aos antibióticos seguir essa tendência, até 2050 morrerão cerca de 10 milhões de pessoas devido à ineficácia dos antibióticos, ou seja, uma pessoa a cada três segundos, segundo as estimativas internacionais.
Custo do tratamento
“O problema da multirresistência é que você consegue curar só metade das pessoas [com o tratamento comum]. E os 50% que sobram vão para outro tratamento de resistência, que leva 18 meses, ou seja, três vezes mais demorado que o tratamento básico”, explica Valeria Rolla, coordenadora do laboratório de micobacterioses da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O tratamento da tuberculose resistente é feito com uma combinação de sete medicamentos e causa um alto impacto financeiro. O custo para tratar casos de resistência antimicrobiana em todo o mundo pode chegar a US$ 100 trilhões.
Diante desse risco, o Ministério da Saúde anunciou, durante a Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças de 2017, que está desenvolvendo um plano estratégico de prevenção e controle de resistência aos antimicrobianos. O programa deve ser executado a partir deste ano até 2022 e tem como uma de suas prioridades a implantação de um sistema nacional de vigilância dos casos de resistência, além de promover ações de educação com estudantes, profissionais e gestores de saúde sobre o tema.
Simplificar o tratamento é fundamental para quem tem HIV
Os quatro medicamentos utilizados no tratamento básico de tuberculose são rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, administrados por um período de seis meses a um ano. Já nos casos de tuberculose resistente, o tratamento é feito com uma combinação de sete medicamentos, por um período de um ano e meio, o que torna a adesão dos pacientes ainda mais difícil devido aos fortes efeitos colaterais.
Se a pessoa infectada pela tuberculose tiver HIV, ainda deve adicionar à sua rotina os medicamentos antirretrovirais, como o efavirenz ou o dolutegravir – este último foi incorporado recentemente ao Sistema Único de Saúde (SUS) e foi recebido com muita expectativa por apresentar menos danos colaterais. Ainda assim, a combinação das duas infecções pode ter impacto na resistência dos antibióticos e na eficácia do tratamento.
“A pessoa está enjoada, se sentindo mal, sem apetite, aí tem que tomar o tratamento da tuberculose, que pra uma pessoa de 50 e poucos quilos vai ser quatro comprimidos por dia, em jejum de manhã. O tratamento do HIV para pessoas que estão com tuberculose vai ser feito com pelo menos três drogas. E ainda tem as outras profilaxias e remédios para tratar as outras doenças que essa pessoa pode ter adquirido por estar com a imunidade baixa. Então, não é difícil você encontrar uma pessoa tomando dez ou 12 comprimidos por dia”, relata o médico infectologista Rafael Sacramento.
Pesquisas
Há vários estudos em andamento com o objetivo de tornar o tratamento da tuberculose mais curto, barato e com menos efeitos adversos para o paciente. Mas a maioria dos medicamentos que têm apresentado resultados positivos de cura ainda não está disponível no mercado.
“Desde meados da década de 60 a gente não tinha drogas novas para tratar tuberculose. Até que recentemente a gente desenvolveu duas moléculas, bemaquilina e delamanide, mas que ainda estão em pesquisa e análise para se tornarem realmente efetivas para o tratamento”, afirmou Sacramento. Os resultados, no entanto, podem levar alguns anos para serem consolidados e chegar ao mercado.
Algumas das pesquisas desenvolvidas com as novas drogas foram apresentadas durante a 48ª Conferência Internacional sobre Doenças Pulmonares, na cidade de Guadalajara, no México, em outubro do ano passado. Um dos estudos apontou que o tratamento baseado em novas drogas aumenta em seis vezes a chance de cura dos pacientes infectados pela tuberculose multirresistente.
“O novo tratamento aumenta de 28 para 82% a taxa de cura dos casos extensivamente resistentes. Claro que a gente tem que ter muito cuidado, mas já é um estudo observacional”, ou seja, em que o paciente mantém suas rotinas sem um controle estrito dos pesquisadores, explica Dráurio Barreira, médico sanitarista e gerente técnico da Unitaid, organização internacional que busca novos métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e da tuberculose no mundo.
O estudo foi realizado em 15 países que apresentam diferentes programas de controle da doença. O Brasil não foi incluído no projeto por não se enquadrar no perfil de país com média e alta renda e também por apresentar poucos casos de tuberculose resistente.
Mas o país tem feito pesquisas para aumentar a eficácia e a adesão dos pacientes ao tratamento. Alguns dos estudos buscam avaliar a combinação entre os medicamentos usados para tratar a coinfecção HIV e tuberculose.
A pesquisadora Mariana Xavier, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem estudado a comparação do uso das dosagens usuais do medicamento efavirenz (usado no tratamento do HIV) em conjunto com a rifampicina (antibiótico que trata a tuberculose) e sua comparação do tratamento com a dosagem aumentada, recomendado no caso de coinfecção.
O problema é que, segundo os especialistas, a interação da droga contra tuberculose com os antirretrovirais, principalmente se a dose for aumentada, implica em mais efeitos colaterais para o paciente, o que dificulta sua adesão ao tratamento. “O resultado [do nosso estudo] é que, pela eficácia, não precisa aumentar a dose, a quantidade usual já é suficiente”, explica Mariana.
No entanto, a pesquisadora ressalta que, apesar da disponibilidade dos medicamentos da tuberculose ser boa no país, ainda é preciso melhorar a conscientização entre os pacientes para não abandonar o tratamento e renovar os tipos de drogas mais usadas, priorizando as que apresentam efeito contra as microbactérias resistentes.
Outro estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros busca novos métodos para aumentar a capacidade de identificação de casos de tuberculose em pessoas que vivem com HIV a partir de experimentos com novos marcadores biológicos. O Brasil também integra um grupo de países que buscam a formação de um protocolo comum de dados e coleta de amostras. (ABr)
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PORTAL 730
Criminosos aplicam "golpe da UTI" e extorquem familiares de pacientes do HGG
Um golpe que aproveita a fragilidade das vítimas para se chegar à conta bancária está tentando ser aplicado entre os pacientes do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG). Os golpistas alegam que é preciso pagar para agilizar um ou mais exames de alto custo e pedem para o familiar depositar o valor na conta de uma pessoa física. O assessor jurídico da unidade, Marcelo Matias, explica que como o HGG é um hospital 100% SUS, a prática é totalmente ilegal.
Cerca de seis familiares de pacientes já entraram em contato com o HGG para informar do golpe. Em um dos casos, os criminosos pediram cerca de R$ 1,5 mil. O assessor jurídico conta ainda que o DDD do número que entra em contato com as vítimas é de Mato Grosso e o titular da conta repassada pelos golpistas é de "Magno Patrick M. Fernandes". Todos os casos já foram registrados na 4ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia e, por enquanto, nenhum estelionatário foi identificado. Marcelo Matias, assessor jurídico do HGG, orienta as pessoas a como evitar o golpe.
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Artigo – Cerca de 50% dos pacientes deixam de seguir a orientação médica diante dos custos dos remédios
A compra de medicamentos é o item de saúde que mais pesa no bolso do brasileiro, principalmente entre as famílias carentes, e a falta de recursos financeiros afeta o bem-estar da população. Aproximadamente 50% dos pacientes deixam de seguir a orientação médica diante dos custos dos remédios e os tratamentos imprescindíveis são adiados, provocando impactos não apenas para as pessoas, mas também para os sistemas de atendimento. A doença não tratada de acordo com as recomendações dos especialistas vai evoluir e, em muitos casos, aumentar os gastos com internações e outros procedimentos médicos.
A questão do custo do medicamento é essencial para garantir a qualidade da saúde pública. A Câmara do Deputados, por exemplo, discute um Projeto de Lei para aposentados e pensionistas com 60 anos ou mais deduzirem o gasto com medicamento do Imposto de Renda (IR), desde que seja comprovado com receituário médico e nota fiscal em nome do beneficiário. A iniciativa segue a demanda dessa população, que mais precisa de cuidados nessa fase da vida e tem gastos 58,1% maiores para bancar custos médicos do que a média dos brasileiros.
A iniciativa é louvável e vai deixar mais leve o bolso de aposentados e pensionistas. Nas próximas décadas, esse é um público que merecerá cada vez mais atenção tanto do setor público como também do sistema privado. O Brasil passará por profundas mudanças na pirâmide etária. Hoje, os brasileiros com 65 anos de idade ou mais representam aproximadamente 8% da população. As projeções para 2030 mostram que 14% estarão nessa fase da vida. O perfil das doenças também deve mudar ao longo desse período. Os registros de doenças infecto-parasitárias já estão em redução no país e caminhamos para o aumento dos diagnósticos de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) como diabetes, hipertensão arterial, artrite e problemas cardíacos, entre outras doenças típicas de países desenvolvidos. A ampliação da longevidade vai demandar novos tratamentos. E a compra de medicamentos, mesmo com a possibilidade de dedução do IR não será suficiente para garantir o tratamento prescrito pelo profissional de saúde.
Para se ter uma ideia dessa demanda, pacientes medicados com remédios para controlar as altas taxas de colesterol tiram do bolso cerca de R$ 1.267,48 por ano. Dados do Painel Saúde 2016, da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), apontam ainda que as despesas totais com saúde alcançam 9% do PIB, ou R$ 561 bilhões. Os investimentos públicos no setor respondem por 41% desses recursos, ou 3,7% do PIB (R$ 231,9 bilhões). Já os gastos privados representam 59% desse montante ou 5,3% do PIB (R$ 329 bilhões). Um recorte nesses números aponta ainda que apenas os gastos particulares com saúde e medicamentos, que são as despesas das famílias brasileiras com o setor, alcançam 2,7% do PIB ou R$ 169,2 bilhões.
Por isso, a desoneração para os medicamentos deve ser um tema que devemos colocar como prioridade na nossa pauta sobre a saúde da população. O sistema tributário brasileiro precisa ser revisto como forma de garantir o bem-estar social. Ainda hoje, os remédios têm tributação de aproximadamente 34% nas farmácias do país. A média mundial para impostos desses produtos fica em 6%, mas pode variar de um país para outro. Canadá, Estados Unidos e Reino Unido têm tributação zero para medicamentos, enquanto países como Holanda, Bélgica, França, Portugal, Suíça e Itália tributam em até 10% esses itens. É uma realidade bem diferente da nossa e mostra que ainda não tomamos o rumo certo para garantir a saúde dos brasileiros, principalmente entre os mais carentes.
Outras iniciativas vêm facilitando o acesso da população brasileira aos medicamentos. As empresas de PBMs (Programa de Benefício de Medicamentos) vem conquistando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Criadas nos EUA na década de 1980, elas garantem às corporações atendimento na compra de medicamentos para os colaboradores com até 100% de cobertura. Isso permite ao trabalhador e seus familiares manterem o tratamento adequado, principalmente para as doenças crônicas, e ainda ajudam a reduzir custos para a própria empresa, diminuindo os indicadores de absenteísmo.
O Brasil precisa urgentemente definir uma política de acesso a medicamentos, um dos maiores gaps de nosso modelo de atenção à saúde, passando por revisão da política tributária e custeio dos medicamentos. O Projeto de lei em questão é um avanço.
*Luiz Carlos Silveira Monteiro é presidente da ePharma e conselheiro da Asap (Aliança para Saúde Populacional).
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G1/GOIÁS
Após cirurgias para conseguir andar, família de Kaká tenta conseguir sessões de fisioterapia, em Goiânia
Após conseguir R$ 280 mil em doações e fazer cirurgias nos Estados Unidos para conseguir andar, o estudante Carlos Eduardo Capucho Maia, de 9 anos, conhecido como Kaká, agora precisa passar por sessões de terapia durante quatro anos. A família do garoto conta que todo o dinheiro arrecadado foi gasto nas operações e agora não tem o dinheiro necessário para dar continuidade ao tratamento.
Kaká teve paralisia cerebral quando nasceu e, como sequela, perdeu o movimento das pernas e precisa do apoio de um andador para se locomover. Ele chegou ao EUA em 13 de novembro. Desde então, passou por quatro cirurgias e fez fisioterapia em um hospital em Saint Louis, no estado de Missouri. Depois de quase dois meses ele retornou a Goiânia na noite de quarta-feira (3).
Feliz, ele agradeceu todo o apoio e comemora a evolução.
“Não foi fácil, mas fiquei orando todo dia e, com as orações de vocês aqui, eu consegui”, disse o menino após desembarcar na capital.
Mesmo após as cirurgias, o tratamento ainda precisa continuar por um longo tempo. Mãe do menino, Gabriela Maia comemora a evolução do filho.
“Ele já apoia os dois pés no chão, antes era só a ponta, faz abertura, movimento repetitivo alternando as pernas, estica as pernas. Ele não fazia nada disso, graças a Deus, ele está ótimo”, explica a mãe.
Agora a família busca por ajuda para as sessões de fisioterapias que são necessárias. “Todo o dinheiro que tínhamos gastamos na viagem, com as cirurgias. E ele não pode parar o tratamento. Era para continuar fazendo fisioterapia hoje, mas ainda não temos nenhum lugar para fazer”, contou o pai do Kaká, Luciano Maia.
A família conta que, antes da viagem, o menino era atendido no Centro de Reabilitação e Readaptação Doutor Henrique Santilo (Crer). Porém, ele recebeu alta para fazer a cirurgia nos Estados Unidos e a vaga dele foi passada a outro paciente.
“A gente ainda vai procurar novamente o Crer para ver se ele volta a ter acompanhamento lá, se há vaga. Mas também estamos vendo se conseguimos alguma ajuda com clínicas particulares para que ele não fique sem essa continuidade do tratamento, que é tão importante”, completou Luciano.
Campanha
Ao descobrir que havia um tratamento que poderia ajudar o menino a andar, a família iniciou em março de 2017 a campanha #TodosPeloKakápara custear o procedimento, avaliado em R$ 280 mil. A terapia, conhecida como risotomia dorsal seletiva, só é feita nos EUA, no hospital onde a técnica foi desenvolvida.
Ao longo de oito meses, os pais do garoto fizeram mobilização nas redes sociais e promoveram ações em Goiânia. O cantor Gusttavo Lima também postou um encontro com o menino nas redes sociais, incentivando doações.
Quando soube que conseguiu o valor necessário para a operação, Kaká se emocionou. “Eu só sei que agora eu quero agradecer a todos que me ajudaram, porque eu vou andar!”, disse Kaká, na época.
LINK:
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/apos-cirurgias-para-conseguir-andar-familia-de-kaka-tenta-conseguir-sessoes-de-fisioterapia-em-goiania.ghtml
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Polícia apura suspeita de omissão de socorro na morte de grávida em Caldas Novas
Polícia Civil investiga a morte da gestante Sunamita Pimentel, de 31 anos, após sofrer convulsões enquanto se recuperava, em casa, de um acidente de trânsito, em Caldas Novas, no sudeste de Goiás. Amigo da vítima que estava com ela no momento em que ela começou a passar mal, na segunda-feira (1º), relatou que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a ambulância só atendeu ao chamado duas horas depois.
“Liguei para o Samu, a moça atendeu e foi fazendo aquelas perguntas, demorando, passou para a médica. A medica também fez várias perguntas e ela [Sunamita] continuava tendo convulsões e passando mal. Isso aí foi uma falta de respeito pelo ser humano”, afirmou o amigo da família Jueltevan Batista.
O delegado responsável pelas investigações, Marco Antônio Martins de Araújo, explicou que o Samu vai ser investigado por suspeita de omissão de socorro.
“Estamos aguardando os parentes virem à delegacia para prestarem depoimentos sobre o fato. Também vamos ouvir testemunhas que possam atestar os procedimentos para atendimento, verificar horário da chamada, se tinha disponibilidade, se o médico do plantão estava no local ou fora e aguardar laudo que vai indicar a causa da morte”, explicou ao G1.
O Samu e a Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas informaram à TV Anhanguera que, durante o socorro, a pessoa que solicitou socorro para a grávida não passou informações precisas e que a central teve dificuldade de atender a ocorrência imediatamente. As instituições disseram ainda que estão à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários sobre o caso.
Acidente
Conforme apurou a TV Anhanguera, a vítima, que estava grávida de dois meses, sofreu um acidente de moto no dia 25 de dezembro. Ela foi socorrida, levada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caldas Novas, depois a um hospital particular da cidade e foi liberada.
No acidente, Sunamita havia quebrado a clavícula, a bacia e o tornozelo, mas já estava se recuperando em casa. Ela começou a passar mal na segunda-feira e não resistiu. Corpo de Sulenita foi velado e enterrado em Caldas Novas na terça-feira (2).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação