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DESTAQUES
Rede privada fala em perda de receita e dificuldade em testar profissionais da saúde para Covid-19
Paciente com Covid-19 foge do Hospital de Campanha em Goiânia antes de receber alta médica
Secretária de Saúde de Goiânia e Ahpaceg discutem medidas para evitar disseminação da Covid-19
Erros podem ter causado surto
Caiado se reúne com Bolsonaro em Brasília
Talles Barreto quer assegurar que farmácias aceitem receita médica digital durante a pandemia
Justiça faz confiscos de leitos, e rede privada teme desorganização com fila única para coronavírus
"País será epicentro da covid"
Ministro reforça o isolamento social
Goiânia alia tecnologia e informação no combate à Covid-19
Pesquisadores do Instituto Butantan preparam vacina contra o covid-19
Após afastar mais de 140 profissionais por causa da Covid-19, Hugo abre processo seletivo
JORNAL OPÇÃO
Rede privada fala em perda de receita e dificuldade em testar profissionais da saúde para Covid-19
Por Luiz Phillipe Araújo
Reunião entre a Secretaria Municipal de Saúde e Ahpaceg discutiu ações conjuntas para proteger os profissionais da saúde da capital durante a pandemia
Em reunião virtual realizada na manhã desta segunda-feira, 4, entre a Secretaria Municipal de Saúde e membros da Associação dos Hospital Privados de Goiás (Ahpaceg), os participantes discutiram ações conjuntas para proteger os profissionais da saúde da capital durante a pandemia.
O encontro proposto pela secretária Fátima Mrué teve como objetivo central definir medidas para coibir a disseminação da doença entre os profissionais. A testagem de todos os profissionais foi debatida. O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, falou sobre a dificuldade de os hospitais realizarem esse teste em massa entre os trabalhadores, principalmente neste momento em que enfrentam uma grave perda de receita. Foi solicitada e será avaliada a realização destes exames pela secretaria.
Além disso, ficou discutido o compartilhamento entre hospitais públicos e os associados da Ahpaceg de boas práticas adotadas pelos setores público e privado no combate à Covid-19, a intensificação da capacitação dos trabalhadores, o acompanhamento dos profissionais contaminados e a informação de medidas adotadas pelas unidades de saúde foram algumas ações aprovadas na reunião.
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Paciente com Covid-19 foge do Hospital de Campanha em Goiânia antes de receber alta médica
Por Luiz Phillipe Araújo
De acordo com informações do HCamp, homem teria recebido tratamento na unidade, pediu alta, mas evadiu antes da qualquer autorização médica
Em nota divulgada nesta segunda-feira, 4, a assessoria do Hospital de Campanha (HCamp), que trata casos de infecção pelo novo coronavírus em Goiânia, confirmou o registro da evasão de um paciente com Covid-19 da unidade no último domingo, 3.
Identificado apenas pelas iniciais P.C.P. D.S, o homem de 54 anos deu entrada no hospital no dia 1° de maio, recebendo o resultado positivo para a doença. Após pouco mais de dois dias em tratamento em leito da Unidade Semicrítica, o homem decidiu pedir alta médica, mas evadiu antes da liberação.
Nota do HCamp
O Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus (HCAMP) informa que o paciente P.C.P.D.S (sexo masculino), 54 anos, deu entrada na unidade de saúde no dia 1º de maio, às 21h39. Regulado para o HCAMP pelo Hospital municipal da cidade de Morrinhos-GO, com resultado positivo para Covid-19. O mesmo foi atendido de acordo com todos os protocolos do Ministério da Saúde, ficou internado em leito da Unidade Semicrítica até ontem, 03/05, em estado estável. P.C.P.D.S solicitou alta médica a pedido e antes de recebê-la, acabou evadindo do HCAMP.
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O POPULAR
Secretária de Saúde de Goiânia e Ahpaceg discutem medidas para evitar disseminação da Covid-19 https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/secret%C3%A1ria-de-sa%C3%BAde-de-goi%C3%A2nia-e-ahpaceg-discutem-medidas-para-evitar-dissemina%C3%A7%C3%A3o-da-covid-19-1.2046903
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Erros podem ter causado surto
Profissionais de saúde do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) relatam falhas na segurança que podem ter levado aos casos de Covid-19 na unidade, que já tem 160 afastados
Uso incorreto de máscaras e aventais, entubação de pacientes sem proteção adequada, demora para diagnóstico e qualidade de equipamentos individuais de proteção (EPIs) podem ter causado a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A reportagem conversou com três profissionais de saúde que trabalham na unidade, com a condição de anonimato. Eles relataram estes problemas. O hospital, um dos principais de Goiás, passa por um surto da doença e chegou a 160 trabalhadores afastados por suspeita ou confirmação da Covid-19, nesta segunda-feira (4).
A entubação de um paciente com Covid-19, sem que os profissionais soubessem do diagnóstico, pode ter sido um dos momentos de contaminação. Ele sofreu um acidente e deu entrada na unidade com falta de ar. No entanto, o sintoma é típico tanto para coronavírus como trauma no tórax, que era o caso do paciente.
Mais tarde, depois de ter feito procedimento cirúrgico, ficar internado dias em uma enfermaria e em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo, o paciente teve agravamento e foi diagnosticado com Covid-19. Vários profissionais que estavam na UTI com este paciente foram afastados por suspeita ou confirmação da doença.
Por mais que não se saiba se ele trouxe a doença para o hospital ou se foi contaminado enquanto estava hospitalizado, um técnico em enfermagem relatou para a reportagem que este paciente foi entubado várias vezes por profissionais que utilizavam máscara cirúrgica.
Uma entubação de paciente com Covid-19 deve ser feita com a máscara N95, que tem maior proteção contra os aerosóis, partículas finíssimas que contêm o vírus e podem ficar durante horas no ar. Além disso, uma técnica em enfermagem relatou que os profissionais ficavam sem óculos de proteção ou protetor facial, dentro do ambiente da UTI.
"Teve momento que a gente não tinha noção de quem era e quem não era Covid. O hospital é porta aberta, o motociclista se acidenta, quem vai saber se ele tem Covid ou não? Não é feito teste no momento que é admitido", avalia o técnico em enfermagem da unidade.
Reportagem do POPULAR publicada no último sábado (2) revelou o caso de um paciente de 63 anos de Águas Lindas de Goiás, positivo para o novo coronavírus, que teve os primeiros sintomas após 15 dias internado no Hugo para uma cirurgia ortopédica. O período é um forte indício de que ele se contaminou enquanto estava hospitalizado.
Diagnóstico errado
Já uma técnica em enfermagem do Hugo conta que quando apresentou sintomas de Covid-19, recebeu atestado de suspeita de dengue. Quando voltou a trabalhar, sentiu muita falta de ar ao subir escadas no primeiro dia de retorno e só então foi feito o teste, que deu positivo para coronavírus.
Um supervisor de enfermagem ouvido pela reportagem admite que nem todos os profissionais utilizam os equipamentos de proteção de forma adequado, mas ele garante que foram repassadas orientações corretas da direção do hospital e que há um trabalho de fiscalização constante. "É como se fosse uma escola, tem o aluno nota 10, o nota 8 e o nota 3", exemplifica o técnico. Da mesma maneira, ele relata que nem todos obedecem às regras de distanciamento em ambientes comuns.
Outra profissional de saúde relatou para a reportagem que no início da epidemia havia pouca distribuição de máscaras N95. Apenas profissionais que tinham contato com pacientes suspeitos ou confirmados da Covid-19 tinham acesso ao equipamento que protege mais. Além disso, a profissional relata que as máscaras cirúrgicas oferecidas eram de dupla camada, ao invés de tripla. "A máscara era tão fina que a gente via o batom da colega", descreve. Os capotes, da mesma maneira, eram de gramatura 20, sendo que o recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a gramatura 50, com mais proteção.
Máscara N95 se tornou obrigatória após problema
Por nota, a organização social que administra o Hugo, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), informou que os treinamentos de segurança da equipe são periódicos e que está sendo feita uma busca ativa de profissional que se sinta inseguro ou que quiser ser treinado novamente.
Desde a semana passada, o Hugo tornou obrigatório o uso de máscara N95, com mais proteção, para todos os profissionais que trabalham na assistência ao paciente.
Também está sendo exigido uso de todos os equipamentos de proteção para profissionais que assistem pacientes em ventilação mecânica, independente se há suspeita ou não de infecção pelo vírus.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), Franscine Leão, diz que no momento da pandemia toda entubação deve ser feita com máscara N 95, seja paciente com coronavírus ou não. Ela relata que denúncias sobre a qualidade ruim de máscaras cirúrgicas e aventais chegaram até o sindicato.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), Flaviana Alves, reforçou que o uso de N95 para mais profissionais foi defendido pela entidade. Segundo ela, não só o Hugo, como outros hospitais, dificultavam o acesso à máscara com maior proteção.
Idoso morre 4 dias após ter alta do Hugo
Um idoso, de 77 anos, morreu vítima do novo coronavírus após quatro dias de alta do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O homem, que residia em Campos Belos, cerca de 600 quilômetros de Goiânia, deu entrada na unidade da capital com falta de ar no início de abril e ficou internado por 26 dias. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde de Campos Belos. Este é o primeiro caso confirmado, e também de óbito por Covid-19 no município.
No último dia 26, segundo a secretaria, ele foi liberado do Hugo e retornou para casa. No entanto, na madrugada do dia 30 voltou a ter falta de ar e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campos Belos. No mesmo dia o quadro se agravou e ele faleceu. A causa da morte foi registrada como síndrome respiratória aguda grave.
O secretário de saúde Guilherme Davi da Silva explica que, pelo quadro de saúde do idoso, houve a suspeita para a Covid-19. Por isso, foi colhido material e encaminhado para o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen Goiás). "No último sábado o resultado do teste ficou pronto, dando positivo para o novo coronavírus", frisa.
Uma amiga da família, que não quis ser identificada, relata que os parentes do idoso não aceitaram a causa da morte. "No velório não foi permitido ter aglomeração, mas eles (familiares) não concordavam e negavam que poderiam estar infectados", afirma.
Após a confirmação da causa da morte do idoso, a prefeitura de Campos Belos afirma que está monitorando a família. Tanto eles quanto pessoas que tiveram contato com a vítima estão de quarentena. Foi verificado que seis profissionais de saúde do município estão com sintomas da Covid-19. Eles foram afastados das atividades.
O prefeito de Campos Belos, Carlos Eduardo Pereira Terra (PR), afirma que os casos suspeitos, mesmo assintomáticos, também são acompanhados. "Pelo tempo que ele ficou fora, e internado, nossa suspeita é que tenha contraído a doença em Goiânia", afirma. Para verificar os parentes do idoso, o prefeito pretende fazer testes rápidos em todos os suspeitos.
Após a morte do idoso, o prefeito de Campos Belos publicou no último domingo o Decreto Municipal 78. Neste novo documento, a administração municipal adota medidas um pouco mais rígidas para evitar a disseminação do novo coronavírus. A principal mudança, segundo Terra, é nos estabelecimentos do ramo alimentício. "Agora as pessoas não poderão mais consumir dentro de bares, restaurantes, padarias e lanchonetes. Apenas poderão funcionar como delivery", destaca. Antes, tudo funcionava normalmente.
Como a prefeitura não divulgou o nome completo da vítima, o Hugo informou que não poderia repassar dados do paciente. A Secretaria Estadual de Saúde também foi procurada para dar detalhes do caso, mas não retornou à reportagem
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Caiado se reúne com Bolsonaro em Brasília
REAPROXIMAÇÃO Pelas redes sociais, governador afirmou que conversou com presidente sobre 'fortalecimento da democracia'
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), participou de reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ontem. Caiado esteve no Palácio do Planalto, em Brasília, para participar do encontro, que também teve a participação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A reunião ocorreu 40 dias após o governador criticar o presidente por minimizar as consequências da pandemia de Covid-19.
Ontem, no Twitter, o governador disse que agradeceu a Bolsonaro e Alcolumbre pelo projeto de socorro aos Estados e municípios, que prevê ajuda de R$ 125 bilhões para entes subnacionais (leia na página 4). "Em pauta também a união dos 3 Poderes e o fortalecimento da democracia" , escreveu Caiado.
Na semana passada, Bolsonaro contrariou a Advocacia-Geral da União (AGU) ao afirmar que iria recorrer de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a posse de Alexandre Ramagem para a dir-ção-geral da Polícia Federal. A declaração do presidente foi vista como um desafio ao ONA Judiciário. A mudança no comando da Polícia Federal foi um dos motivos da saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, que foi seguida por uma série de acusações contra Bolsonaro, inclusive de tentativa de intervenção na instituição. O presidente também tem feito aparições em manifestações contra o Congresso Nacional, o que gerou crise com o Legislativo.
CLIMA AMIGÁVEL
Apesar de o governador de Goiás ter chegado a dizer que falaria com Bolsonaro apenas por meio de comunicados oficiais, Caiado se encontrou com o presidente em visita ao Hospital de Campanha de Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, no dia 11 de abril. Na época, Luiz Henrique Mandetta ainda era ministro da Saúde. O clima da visita a Goiás foi amistoso. O presidente abraçou Caiado, que em seguida pediu para Bolsonaro passar álcool em gel nas mãos.
O governador já havia diminuído o tom das críticas a Bolsonaro em entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, no dia 7 de abril, quando minimizou a importância de declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre supostos ganhos da China com a crise provocada pelo novo coronavírus.
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GOIÁS 24 HORAS
Talles Barreto quer assegurar que farmácias aceitem receita médica digital durante a pandemia
O deputado Talles Barreto (PSDB) apresentou o projeto de lei com o objetivo de tornar obrigatória a aceitação de receita médica digital por parte dos estabelecimentos que comercializam remédios, drogas licitas e insumos farmacêuticos no Estado durante a vigência dos decretos de combate a pandemia da covid-19. A proposta está em tramitação na Casa de Leis.
De acordo com o texto da matéria, "a receita médica digital é um documento digitalizado onde consta o nome completo do paciente, nome do medicamento, dosagem a ser ministrada, o tempo de duração do tratamento, o nome e número do CRM do médico, seguidos de sua assinatura digital e em formato pdf".
Além disso, no caso de medicamentos de uso continuado também poderão ser aceitas receitas com data anterior ao período de isolamento social determinado em razão da epidemia do novo coronavírus.
"Essa proposição pretende assegurar a aceitação da receita digital, para garantir a continuação do uso da medicação, somente durante a pandemia, tendo em vista que o acesso do público aos consultórios médicos está comprometido, tanto pela imposição de medidas de isolamento social, como pelo fechamento de locais que habitualmente concentram aglomerações de pessoas", justificou Talles Barreto.
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FOLHA DE S.PAULO
Justiça faz confiscos de leitos, e rede privada teme desorganização com fila única para coronavírus
Leitos públicos e privados serviriam igualmente aos pacientes de Covid-19 por ordem de chegada
Com a falta de leitos de UTI na rede pública , hospitais privados em alguns pontos do país têm sido obrigados pela Justiça a abrir vagas a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) sem qualquer remuneração.
Diante disso, redes particulares em vários estados passaram a inventariar rapidamente os leitos de UTI ainda disponíveis para oferecê-los em negociação ao setor público.
O temor dos hospitais é que esse tipo de requisição acabe ocorrendo em breve de forma desorganizada, tanto por decisões da Justiça quanto pelo confisco direto por estados e municípios.
Membros da rede privada consideram que a adoção de uma "fila única" sem detalhamento técnico e financeiro neste momento traria problemas a médio prazo à manutenção do sistema.
Na "fila única", leitos públicos e privados serviriam igualmente aos pacientes de Covid-19 por ordem de chegada.
"Com algumas exceções, não fomos procurados para disponibilizar as vagas existentes de forma organizada. Assim, é melhor tentarmos uma má negociação do que não receber nada", diz Leonardo Barberes, diretor da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Aherj), que reúne cerca de 160 unidades privadas.
Segundo ele, pelo menos três hospitais do Rio foram obrigados a cumprir decisões da Justiça para ceder leitos a pacientes do SUS , fato que vem se repetindo em outros estados. Nesses casos, os hospitais não têm sido compensados.
A operação de um leito de UTI custa entre R$ 2.000 e R$ 3.500 ao dia, dependendo da complexidade, entre manutenção e pessoal.
No início de abril, o Ministério da Saúde publicou portaria dobrando, para R$ 1.600, o valor do custeio diário dos leitos de UTI, preço considerado insuficiente.
"Não adianta tentar pegar um leito privado abaixo de seu custo. Em 15 dias, o hospital não terá a receita necessária para pagar insumos ou pessoas e continuar a operação", diz Leando Reis Tavares, vice-presidente médico da Rede D'Or, no Rio.
Segundo ele, não há nenhuma novidade na utilização, pelo SUS, de leitos privados -e há anos existem protocolos técnicos de uso e remuneração.
Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) mostram que dos mais de 430 mil leitos de internação do país, 62% estão em instituições privadas , sendo que 52% dessa infraestrutura já é disponibilizada ao setor público mediante remuneração.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2017, 59% das internações de alta complexidade do SUS foram realizadas por instituições privadas.
Tavares afirma que os estados de São Paulo e Espírito Santo são dois exemplos de onde as negociações têm sido satisfatórias.
A prefeitura de São Paulo, por exemplo, fechou parceria com o hospital da Cruz Vermelha para obter 54 leitos, sendo 20 de UTI. Pelo valor de R$ 2.200 por leito, o Ministério da Saúde entra com R$ 1.600 e a prefeitura, com o restante.
No Espírito Santo , leitos de maior complexidade estão sendo alugados pela rede pública por R$ 3.100 e os de enfermaria, por R$ 1.200, segundo Tavares.
Há dez dias, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão do Ministério da Saúde, divulgou resolução pedindo à pasta que "assuma a coordenação nacional da alocação dos recursos assistenciais existentes, incluindo leitos hospitalares de propriedade de particulares, requisitando seu uso quando necessário, e regulando o acesso segundo as prioridades sanitárias de cada caso".
A mesma orientação foi repassada às secretarias estaduais e municipais de saúde, o que poderá dar margem para a requisição direta de leitos.
Diante desse quadro, a Anahp defende uma regulação mais detalhada neste momento para o uso de unidades públicas e privadas.
Se realizada de outra forma, a medida trará consequências adversas, prejudiciais ao sistema em um todo, já que os hospitais privados serão obrigados a lidar com múltiplas requisições de seus leitos de UTI sem qualquer controle ou planejamento , diz a Anahp, que reúne 122 hospitais e entidades filantrópicas.
Há cerca de um mês, algo parecido ocorreu com os EPIs (equipamentos de proteção individual) e ventiladores mecânicos, que acabaram confiscados em vários pontos do país , atrapalhando o planejamento dos afetados.
Para Barberes, da Aherj, a "simplificação e o voluntarismo na questão do uso dos leitos privados por estados e municípios poderá causar muitos danos ao sistema.
"O mesmo vem ocorrendo com a compra de ventiladores. De que adianta ter o equipamento sem contar com um anestesista na hora de intubar o paciente? É o que estamos vendo por ai", afirma.
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JORNAL DO COMMÉRCIO
"País será epicentro da covid"
Entrevista Neurocientista Miguel Nicolelis
Para o neurocientista Miguel Nicolelis, presidente do comitê científico que assessora os governadores do Nordeste no enfrentamento do novo coronavírus, não há dúvidas: o Brasil caminha para ser o novo epicentro mundial da pandemia de covid-19. Com a explosão de casos no País e, especialmente, em Pernambuco, ele diz que a decretação de lockdown é uma possibilidade absolutamente concreta neste momento. "Esse é um dos temais vitais da nossa discussão agora."
JORNAL DO COMMERCIO – Com o agravamento do número de mortos e infectados pela covid-19, Pernambuco estuda decretar lockdown.
Como o senhor avalia essa possibilidade?
É o momento ideal para adotar essa medida?
MIGUEL NICOLELIS – Nossas previsões (do comitê), que já tínhamos remetido ao governo de Pernambuco, mostravam essa possibilidade, com risco grande para esta semana. É uma possibilidade absolutamente concreta neste momento, mas ela tem que ser tomada pelos gestores de Pernambuco.
JC – Essas duas primeiras semanas de maio serão as mais difíceis?
NICOLELIS – As previsões dos nossos modelos mostravam, sim, que essas duas primeiras semanas do mês de maio seriam o começo do período realmente mais difícil. Tanto é que, na semana passada, eu fiz uma alerta em relação a Sergipe sobre a possibilidade de redução de isolamento social, e o governador de Sergipe viu a gravidade da situação e decidiu revogar o decreto.
A possibilidade de lockdown tem sido discutida desde o início da crise, visto que foi um instrumento usado em vários lugares do mundo.
Primeiro na China, depois na Itália, e na Espanha. Então, essa possibilidade sempre esteve em nossas mentes. Nós estamos preparando um boletim e vamos ter essa discussão hoje (ontem) e amanhã (hoje) para ter uma recomendação com critérios quantitativos.
Quais são os critérios mais básicos que levariam um governo ou gestor a decretar lockdown? Pode ser numa cidade, em sub-regiões de uma cidade ou sub-regiões de um Estado. Esse é um dos temais vitais da nossa discussão agora.
JC – Como os Estados podem agir de forma integrada?
NICOLELIS – Temos insistido para que os governos dos Estados do Nordeste adotem o nosso aplicativo Monitora Covid-19, que já tem 60 mil usuários no Nordeste, porque ele é uma forma de monitorar em tempo real o que está acontecendo, em nível de município, vizinhança da capital. Ele nos dá um quadro absolutamente real, baseado em autoreferenciamento clínico das pessoas. Nesse momento, seria fundamental que Pernambuco adotasse.
Cinco Estados já aderiram ao Monitora: Sergipe, Bahia, Maranhão, Piauí e Paraíba. Nós tivemos notícias de que Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará também estão se preparando para adotar. Mas ainda estamos sem notícia de Pernambuco. Eu já comecei a analisar os dados no fim de semana, e você consegue ver onde estão os novos focos, baseado no georeferenciamento dos sintomas das pessoas.
JC – Esse aplicativo foi desenvolvido pelo comitê científico?
NICOLELIS – Na realidade, ele já vinha sendo desenvolvido pelo governo da Bahia, em colaboração com a Fiocruz.
Quando o comitê foi instalado, nós adotamos como parte da nossa estratégia.
Na Bahia, em Sergipe, no Piauí, Maranhão e agora na Paraíba, já existe o serviço de telemedicina.
Quando a pessoa relata sintomas que a classificam como de alto risco para ter coronavírus, ela recebe o telefonema de um médico e tem uma consulta mais detalhada. O médico recomenda que ela fique em casa e tome certas medicações ou vá para um posto de saúde ou hospital mais perto dela.
Além disso, os dados são coletados para que a gente possa ter uma análise estatística em tempo real e mandar isso para os governadores. Também nos auxiliam a direcionar os trabalhos das Brigadas Emergenciais de Saúde, que nós esperamos que sejam efetivadas nos próximos dias. Então, você cria todo um sistema de monitoramento, uma sala de situação que recebe os dados em tempo real e realiza uma série de análises e entrega essas informações para quem vai coordenar o direcionamento de médicos, insumos e equipamentos para as localidades que estão tendo os focos (da doença).
Para o comitê poder realmente ajudar com informações, sugestões e análises precisas seria importante que todos os Estados do Nordeste usassem o Monitora como sendo o seu aplicativo oficial. Cada Estado vai poder acessar não só os seus dados, mas os dados do Nordeste inteiro, com as análises que nós estamos fazendo. Então, agiliza dramaticamente o tempo de reação e o tempo de decisão.
JC – Pernambuco e Ceará estão se alternando em primeiro lugar entre os mais atingidos pela doença no Nordeste. Há como apontar qual é o Estado em situação mais grave?
NICOLELIS – Nas estatísticas, nós temos três Estados que preocupam muito. Pernambuco, Ceará e Maranhão. As curvas de Pernambuco e Ceará estão mais avançadas, em termos da inclinação exponencial, do número de casos e de fatalidades. O Maranhão tem um número muito grande de casos. Já é metade da quantidade de casos de Pernambuco e do Ceará. Mas você tem um crescimento que vem sendo notado na Bahia e também em Sergipe. Ao mesmo tempo, nós observamos, a partir da semana passada, que, das 187 sub-regiões do Nordeste, 112 apresentavam um número de notificações inferior a 50 casos.
Isso dá, mais ou menos, 93% do Nordeste.
Ocorre que, do dia 24 a 30 de abril, o número de municípios do Nordeste que tinham descrição de casos de coronavírus dobrou. Saiu de 437 para 736. Então, essas 112 sub-regiões são, na verdade, o nosso front da batalha no Nordeste. Se nós conseguirmos segurar a explosão de casos nessas sub-regiões, a gente consegue um resultado positivo. Pra você evitar a sobrecarga das UTIs nas capitais, você tem que ganhar essa batalha nessas sub-regiões e nas periferias das cidades.
JC – As Brigadas Emergenciais preveem a convocação de médicos para atuar nas cidades do interior e nas periferias, levando informação e atendimento para a população.
A sugestão do comitê é a de que uma parte desse contingente seja de médicos formados no exterior, mediante aprovação no Revalida.
Mas o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, tem se colocado contra essa ideia. No último domingo, o senhor publicou, no seu Twitter, uma crítica dura a esse posicionamento do CFM, dizendo que é uma atitude corporativista e política.
Há como superar esse impasse?
NICOLELIS – Vivemos uma guerra com perspectiva de perdermos dezenas de milhares de vidas. Numa guerra, você tem que tomar medidas extraordinárias estratégicas. O nosso objetivo central é salvar vidas. Nesse fim de semana, como eu sou médico, eu reli o juramento que eu fiz, 36 anos atrás, que é o juramento de Hipócrates. Ele é a base que rege todo e qualquer documento sobre a ética da medicina no mundo. Eu reli e não encontrei em lugar nenhum algo que diga que o médico que foi graduado e teve o seu registro em qualquer lugar do mundo não pode ser convocado numa emergência como essa, a maior guerra biológica que o Brasil já enfrentou, para salvar vidas. Um médico formado em Buenos Aires, Paris, Madri, Lisboa, numa guerra, estando disponível, ele tem que ser chamado. Nós estamos numa batalha de vida ou morte.
Nessa questão, eu não tenho nenhum receio. Mesmo porque a lei permite que as universidades estaduais façam esse processo. A revalidação pode ser feita em nível estadual.
JC – Então essa convocação de médicos estrangeiros pode ocorrer sem o aval do CFM?
NICOLELIS – Neste momento, é óbvio.
Como eu disse no meu Twitter, se o presidente do CFM está tão preocupado, ele poderia se voluntariar para ir para as trincheiras no interior do Nordeste. Assim como os colegas que concordam com ele poderiam largar suas clínicas particulares e irem ajudar o povo do Nordeste, como Hipócrates fala no seu juramento. Outros países do mundo estão fazendo a mesma coisa. Desde que nós anunciamos as Brigadas, eu já recebi centenas de e-mails de médicos brasileiros formados no exterior interessados em participar desse enfrentamento. Se não fizermos isso, o mais rápido possível, vamos perder a luta. Nosso trabalho será empilhar corpos, diante do número explosivo de pessoas que, infelizmente, vão falecer.
JC – O Brasil caminha para ser o novo epicentro da covid-19 no mundo?
NICOLELIS – Se você for ver as minhas previsões feitas em março, antes mesmo do comitê científico ser criado, eu já dizia que o Brasil dava toda a impressão de ser, depois dos Estados Unidos, o novo epicentro da crise mundial. Nos Estados Unidos, você vê uma estabilização do número de casos.
Ainda não caiu, chegou num platô, com números ainda bem altos. Está migrando pelo País. Em Nova York, os números estão caindo. E é bem claro para mim que o Brasil será o novo centro mundial da covid. Se você olhar e projetar as curvas, o Brasil tem uma subnotificação enorme, então os nossos números de casos reais devem ser de 10 a 12 vezes maiores do que o oficial. Nós estaríamos chegando a um milhão de infectados no País, possivelmente.
JC – E quanto à subnotificação do número de mortes?
NICOLELIS – Se você acompanhar os dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave para o Brasil, você vê um número muito grande. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, 73% dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave são, provavelmente, casos de covid-19 não notificados. Certamente esse número de óbitos é muito maior, cinco a sete vezes maior, são as estimativas que eu ouvi. E, se você olhar para as curvas, mesmo com os dados oficiais, vai ver o quão rápido estamos aumentando o número de casos.
A cada oito dias, nós estamos dobrando a quantidade de casos. Isso mostra claramente que a chance de nós passarmos ou chegarmos próximo dos Estados Unidos é real.
JC – Apesar desse cenário terrível, desde o início da pandemia, o Brasil tem enfrentado o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro e uma falta de liderança e de ações articuladas por parte do governo federal.
A gente vive uma crise política dentro da mais grave crise sanitária do mundo. Em que essa situação vai afetar no número de mortos no País?
NICOLELIS – Sem dúvida nenhuma, isso é um contribuinte inédito no mundo inteiro. Você não tem isso em lugar nenhum do mundo. O Brasil é o único País que enfrenta uma crise política, institucional no meio da pandemia.
Eu estou dizendo, há mais de um mês, que é a interferência do pandemônio na pandemia. E esse pandemônio gera mortes. Você viu uma quantidade enorme de pessoas que negavam o coronavírus e vieram a falecer. Inclusive ontem (domingo), um médico em Mossoró (RN) ouviu um relato de uma pessoa que, aparentemente, não acreditava no isolamento social e veio a falecer. Esse é um problema gravíssimo. O mundo inteiro não entende. O Brasil está nas manchetes do mundo inteiro, como tendo que lidar com um governo federal que não assumiu a existência da maior crise sanitária do mundo. A negação disso e a falta de uma diretriz federal e de apoio aos Estados são um ônus histórico, que vai ficar na biografia de todas essas pessoas que estão impedindo que os Estados brasileiros tenham condições de receber auxílio do governo federal, em todos os níveis, desde financeiro, até em equipamentos, suporte e ajuda estratégica. É um ônus histórico. Realmente, como médico e como brasileiro, para mim, é chocante e deprimente, sentir que, em meio a esse caos sanitário, a gente ainda tem que perder tempo e perder vidas por causa dessa atitude irresponsável do governo federal e do presidente.
Vivemos uma guerra com perspectiva de perdermos dezenas de milhares de vidas. Numa guerra, você tem que tomar medidas extraordinárias estratégicas. Um médico formado em Buenos Aires, Paris, Madri, Lisboa, numa guerra, estando disponível, ele tem que ser chamado. Nós estamos numa batalha de vida ou morte"
"Se você olhar e projetar as curvas, o Brasil tem uma subnotificação enorme, então os nossos números de casos reais devem ser de 10 a 12 vezes maiores do que o oficial. Nós estaríamos chegando a um milhão de infectados no País, possivelmente"
Vivemos uma guerra com perspectiva de perdermos dezenas de milhares de vidas. Numa guerra, você tem que tomar medidas extraordinárias estratégicas. Um médico formado em Buenos Aires, Paris, Madri, Lisboa, numa guerra, estando disponível, ele tem que ser chamado. Nós estamos numa batalha de vida ou morte"
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Ministro reforça o isolamento social
CORONAVÍRUS Em visita a Manaus, que vive colapso, Nelson Teich reiterou orientação
MANAUS E BRASÍLIA – Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar a desrespeitar e a atacar o distanciamento social, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que a política oficial do governo federal é a de manutenção dessa medida para enfrentar a pandemia.
"A gente tem deixado claro que não existe uma mudança de política em relação ao distanciamento, tem de ser mantido", disse Teich nesta segunda-feira (4), após visita ao Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus.
"Neste momento, a política de distanciamento não foi mudada." As declarações de Teich repetem o roteiro do seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), demitido por Bolsonaro após defender enfaticamente o isolamento, medida criticada reiteradas vezes pelo presidente.
Como tem sido a praxe, neste fim de semana, Bolsonaro voltou a desafiar o isolamento social e a promover aglomerações. No sábado (2), ele visitou duas cidades de Goiás, onde cumprimentou apoiadores e gerou tumulto.
No dia seguinte, cumprimentou simpatizantes reunidos em frente à Praça dos Três Poderes.
Aos apoiadores, Bolsonaro repetiu o discurso de que as medidas de isolamento estão destruindo os empregos. "É inadmissível", afirmou. Para ele, o efeito colateral das restrições pode ser mais danoso do que o próprio coronavírus.
O número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 105.222, e o total de mortes chega a 7.288.
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta segunda-feira.
No último balanço do governo, no domingo, o total de infectados chegava a 101.147, com 7.025 mortes confirmadas.
De acordo com o balanço do ministério, o número de casos cresceu 4%, com 4.075 novos casos informados nas últimas 24 horas. Já os óbitos aumentaram 4%, com 263 novas mortes registradas de domingo para segunda.
Normalmente, os dados divulgados às segundas-feiras são inferiores àqueles que são disponibilizados ao longo da semana útil porque as equipes que fazem a atualização dos dados da doença nos estados trabalham em ritmo reduzido nos finais de semana e feriados.
Mortes e casos registrados ao longo do final de semana ainda podem entrar na contabilização do Ministério da Saúde ao longo dos próximos dias.
Os estados com o maior número de mortes causadas pela covid-19 são: São Paulo (2.654), Rio de Janeiro (1.065), Pernambuco (691), Ceará (691) e Amazonas (585).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Goiânia alia tecnologia e informação no combate à Covid-19
Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), oferece atendimentos e acompanhamento via mensagens de texto pelo aplicativo WhatsApp
Goiânia alia tecnologia, interatividade e informação no combate à covid-19. Além de disponibilizar o serviço de tele-atendimento, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece dúvidas sobre os sintomas da doença, as formas de transmissão e o isolamento social pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Lançado no início de abril, o serviço, que é oferecido Central Humanizada de Orientações sobre a Covid-19 da Prefeitura de Goiânia, já atendeu 1938 usuários.
O atendimento é realizado por 36 técnicos em enfermagem, 16 enfermeiros, 16 médicos e um coordenador de equipe. Entre as dúvidas mais frequentes estão a realização de exames que identificam o novo agente do coronavírus, quais unidades de saúde do município procurar em caso de sintomas e como deve ser o isolamento domiciliar e social.
Todos os questionamentos, segundo a técnica da Gerência de Atenção Primária de Goiânia Erika Fernandes Soares, são respondidos seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias. "Nossos profissionais estão preparados para orientar a população e realizar o primeiro atendimento em caso de suspeita da doença", afirma.
Para utilizar o serviço, os cidadãos devem salvar o número (62) 98599-0200 no dispositivo móvel. Em seguida, basta acessar o WhatsApp e enviar uma mensagem para o novo contato. Durante o atendimento os usuários respondem questionamentos sobre o estado de saúde e podem tirar dúvidas com os especialistas do município.
Para a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, a Central tem a missão de otimizar os serviços de saúde e de evitar que os usuários SUS procurem de maneira inadequada as unidades durante o período de pandemia. "O sistema foi idealizado para viabilizar uma comunicação efetiva entre os moradores de Goiânia e a SMS. Tirando dúvidas pelo WhatsApp ou ligando, muitas pessoas não precisarão sair de casa. Isso representa mais segurança para todos"," garante.
Se durante o atendimento virtual os pacientes informarem a presença de sintomas leves, como coriza, febre baixa e quadro gripai, a Central realiza imediatamente a notificação e encaminha o usuário para o serviço de Telemedicina da SMS, que oferece acompanhamento médico diário via chamadas de vídeos.
Os serviços da unidade são realizados das 7h às 13h e das 13h às 19 todos os dias da semana, inclusive nos feriados. Nos demais horários, das 19h às 7h, o atendimento é eletrônico, informando e instruindo o usuário sobre os horários de funcionamento do serviço. Para entrar em contato com a Central Humanizada de Orientações sobre a Covid-19 por telefone basta ligar no (62) 3267-6123.
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Pesquisadores do Instituto Butantan preparam vacina contra o covid-19
A intenção é que o corpo intensifique a produção de anticorpos e a reação dos leucócitos para atacar contra o vírus
Uma vacina inovadora está sendo preparada por um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, para ser testada contra o covid-19. O projeto tem como base uma forma de imunização contra a esquistossomose que ainda está sendo patenteado.
A intenção é chegar em uma resposta do corpo que intensifique a produção de anticorpos e a reação dos leucócitos (células brancas responsáveis pela defesa do organismo) para atacar contra o vírus.
Os pesquisadores irão desenvolver pequenas estruturas em forma de vesícula (chamas de “OMVs”) cobertas com a proteína do coronavírus para enganar o sistema imunológico. É esperado que as OMVs estourem uma produção de anticorpos até 100 vezes maior do que a que o corpo, geralmente, manifesta quando está junto da mesma proteína.
Além disso, as vesículas unidas com a proteína do coronavírus, estimularia também a ação dos leucócitos para criar uma certa “memória de defesa” caso a pessoa tenha contato com o vírus após a vacina.
Segundo a pesquisadora do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto Butantan, Luciana Cezar Cerqueira Leite, o grupo busca uma resposta imunológica mais ampla. “No nosso modelo, estão envolvidos tanto os anticorpos como as estruturas celulares”, detalha.
O segredo da vacina, é a fabricação das vesículas com ligação da proteína do covid-19, realizada a partir da biotecnologia. A pesquisadora garante que há experiências com outras doenças e a expectativa é que a vacina brasileira possa ser testada em ratos durante seis meses a um ano.
Apoiado pela Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo engloba uma plataforma que desenvolve vacinas para, além da mais recente adicionada contra o covid-19, coqueluche, pneumonia, tuberculose e esquistossomose.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que há, pelo menos, 20 diferentes técnicas de imunização sendo estudadas no mundo. Grupos de cientistas chineses e americanos divulgaram nas últimas semanas, testes em humanos.
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TV ANHANGUERA
Após afastar mais de 140 profissionais por causa da Covid-19, Hugo abre processo seletivo
https://globoplay.globo.com/v/8531199/programa/
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação