Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/09/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Câmara de Goiânia – Casa aprova prazo para atendimento na saúde
• Cartas dos leitores – Cadu
• Cartas dos Leitores – Hugo
• Cadu – Se cometeu crime, não foi psicótico, diz psiquiatra
• Hospital condenado por omissão de socorro


O POPULAR
Câmara de Goiânia
Casa aprova prazo para atendimento na saúde
(Daniel Gondim)
Por unanimidade, a Câmara de Goiânia aprovou ontem em primeira votação um projeto, de autoria do vereador Elias Vaz (PSB), que estabelece prazos para o atendimento ao usuário da rede pública de saúde na Capital. Agora, o texto segue para a Comissão de Saúde e Assistência Social, onde será analisado. Depois, volta para a segunda votação no plenário da Casa, antes de seguir para sanção do prefeito Paulo Garcia (PT).
O POPULAR tentou contato com a líder do petista na Casa, Célia Valadão (PMDB), para saber se há a intenção da Prefeitura de trabalhar contra a aprovação da matéria, que poderia gerar desgaste para a administração municipal em caso de descumprimento da lei, se ela for aprovado. O celular de Célia estava desligado.
A reportagem apurou que não houve orientação formal do Paço para os vereadores da base votarem contra ou a favor do projeto. No entanto, o texto teria entrado na pautada Câmara despercebido, sem que houvesse tempo para discussão.
Segundo a proposta, o tempo máximo de espera do paciente deve ser de 15 dias para exames médicos, 30 dias para consultas e 60 dias para cirurgias eletivas. Para pacientes com doenças graves e crianças até 12 anos, os prazos seriam reduzidos pela metade.
Portadores de necessidades especiais e gestantes que não tenham necessidade de internação imediata poderiam esperar por, no máximo, três dias úteis.
Segundo Elias, o projeto beneficia o cidadão e a própria Prefeitura. “A pessoa não tem que esperar por atendimento, então o quadro dela não vai se agravar, gerando também um tratamento mais barato.”
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Cartas dos leitores – Cadu

Em resposta à carta da juíza Telma Aparecida Alves, publicada ontem, eu gostaria de dizer o seguinte:
Imagine uma cena mais ou menos assim… 22 horas do dia 30 de agosto de 2014, dois indivíduos colocam revólver niquelado cano curto gelado na cabeça de um casal. O primeiro fala para o segundo, “mata, mata que ele tá armado”. A vítima, pai de dois filhos, desesperado, levanta as mãos ao alto e num ato derradeiro, aguardando o estampido do revólver apontado para a cabeça, grita, “pelo amor de Deus, não mata. Por favor, não mata, sou médico e não estou armado”. Numa frieza crua, o indivíduo usando capuz diz: “Só não morre se tiver (sic) desarmado”. Ele revista a vítima, que nessa hora ajoelha-se ao chão com a nítida impressão de que tudo acabou aos 48 anos. O desarme é constatado e o indivíduo entra no Honda e desaparece com seu comparsa. O que resta é uma sensação única, inédita, inenarrável de alívio e medo. O ato de implorar pela própria vida deixa suas cicatrizes … (para não falar da crise aguda de asma desencadeada instantaneamente pelo pânico).
O indivíduo de capuz era Cadu e a vítima suplicante era eu.
A senhora, eu imagino, jamais deva ter atravessado algo assim, pois tenho a impressão de que, caso tivesse, sua resposta ao POPULAR não teria sido da forma que foi, pois muito provavelmente sua decisão teria sido outra, no que se refere à condenação de Cadu. Não obstante, resguardada convenientemente pelo anacrônico Código Penal Brasileiro, perde a oportunidade de sensibilizar-se com as famílias de quem Cadu retirou do convívio três vítimas fatais e uma derradeira com uma bala na cabeça. Ao contrário, num primor de insensibilidade orienta-nos, nós vítimas, a votar conscientes. Eu quero acreditar piamente que a senhora digitou errado o que escreveu e de modo sequencial foi impresso neste jornal. Não quero acreditar que alguém tenha tamanha mesquinhez ao olhar para esses familiares e solicitar-lhes refletir um pouco mais sobre a urna (não a fúnebre e sim a eletrônica).
Bom, mas se essa for mesmo a sua contribuição como ser humano, já que como juíza a contribuição é irreversível (pois Cadu já matou), eu gostaria de perguntar: a senhora, quantas vezes foi a uma unidade prisional? Quanto tempo passou visitando os presidiários? Considera psiquiatricamente normais os indivíduos que estupram, matam e sequestram? A resposta é simples. Segundo dados dos presídios brasileiros, 25% dos detidos são psiquiatricamente conturbados. No entanto, estão lá trancafiados. Ora, se é para soltar essa escória chamada Cadu para a sociedade, por que não soltar os outros? Poder-se-iam soltar 25% com laudo da mesma junta psiquiátrica desse homicida serial.
Aliás, outra pergunta: onde estão os psiquiatras da Clínica de Repouso de Goiânia responsáveis pela junta médica que laudou esse assassino confesso como apto a viver em sociedade?
Cesar de Paula Lucas
Setor Marista – Goiânia

Cartas dos Leitores – Hugo
Em resposta a carta publicada ontem, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), administrado atualmente pelo Instituto Gerir, esclarece que até 2009 atendia a todos os tipos de demanda espontânea. O que implicava em manter pacientes na unidade com necessidades de baixa complexidade. No entanto, a partir deste ano, seguindo diretriz imposta pelo Ministério da Saúde, o hospital passou a integrar a rede de hospitais que atendem exclusivamente os perfis de urgência e emergência.
Anteriormente, o hospital atendia a todos os tipos de casos, gerando uma diversidade de procedimentos dos quais pequenas suturas eram apenas parte da grande demanda. Após a determinação do Ministério da Saúde, passou a atender somente a casos de alta complexidade e que possam colocar a vida dos pacientes em risco. São exemplos as fraturas expostas e os grandes traumas. E o número de cirurgias realizadas no Hugo refletem essa realidade.
Em 2012, foram feitas 9.250 cirurgias e em 2013, 11.949, o que representa um aumento de 30% no número de atendimentos. Dentro do perfil a que se destina hoje, a unidade de saúde não registra queda na assistência dada à população. Enquanto em 2012 um total de 59.949 demandas foram atendidas, em 2013 este número subiu para 69.083. Houve um acréscimo de 15% nas admissões.
Em maio de 2012, o Instituto Gerir passou a ser responsável pela gestão do hospital e imprimiu maior agilidade e qualidade a todos os tipos de atendimentos, consequência de uma série de melhorias adotadas. Estruturas física e recursos humanos recebem atenção contínua e ininterrupta. Pesquisas já divulgadas apontam o alto índice de satisfação dos usuários com o atendimento médico prestado na unidade. Opinião que é aval de que o Hugo vivencia uma nova realidade, bem mais digna de toda a população que busca aqui a assistência a que tem direito.
Ciro Ricardo Pires de Castro
Diretor-geral do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo)
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Cadu
Se cometeu crime, não foi psicótico, diz psiquiatra
Coordenador de Saúde Mental do município diz que suspeito não apresentou alteração psíquica
Gabriela Lima

Um relatório divulgado pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) onde Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 28 anos, o Cadu, fazia tratamento mostra que o rapaz apresentou alteração de comportamento dias antes dos crimes dos quais é suspeito. Mas, segundo o coordenador do departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o psiquiatra Sérgio Nunes, ele passou por avaliação e nenhuma alteração psíquica foi constatada. “Se ele perpetrou crimes, foram crimes comuns. Não foram crimes psicóticos”, afirmou.
Nunes explica que o crime psicótico é aquele em que o autor está em uma vivência delirante, fora da realidade ou com os pensamentos desorganizados e impulsos desinibidos. É o caso do crime cometido por Cadu em 2010, quando confessou ter matado o cartunista Glauco Vilas Boas e o filho dele, Raoni Vilas Boas, em Osasco (SP). Para o coordenador, a surto não se repetiu nas últimas semanas, quando Cadu, de acordo com a polícia, cometeu um latrocínio e uma tentativa de latrocínio.
Durante um ano, Carlos Eduardo passou por sete consultas com psiquiatra (uma a cada dois meses) e 34 sessões com o psicólogo. Nunca faltou a nenhuma. Na sessão de psicoterapia da última semana, no dia 25 de agosto, a equipe do Caps observou, de acordo com o relatório psicosocial da unidade, que Cadu estava magro e apresentava tremores nas mãos. Questionado, ele alegou que seria o excesso de atividades no trabalho e faculdade.
No dia seguinte, 26 de agosto, o pai de Cadu, Carlos Grecchi, entrou em contato com o Caps e revelou preocupação com o filho, que estava passando o dia todo fora de casa e com alterações de comportamento. De acordo com o relatório, a equipe tentou contato telefônico com Carlos Eduardo imediatamente, em várias tentativas, sem sucesso.
Nunes conta que a equipe marcou, por intermédio do pai, uma sessão para a manhã seguinte, no dia 27, véspera do crime que deixou ferido o agente prisional.
Cadu compareceu ao Caps às 8h e, segundo o relatório, apresentou comportamento normal. “Os profissionais o avaliaram e viram que ele não estava com sintomas psicóticos, que ele não tinha perdido a sua noção de realidade, ou seja, que ele tinha a sua autonomia de escolher o que fazer preservada. Ele sabia o que era certo, o que era errado”, avalia Nunes.
Considerado inimputável (incapaz de responder por seus atos) pela Justiça de São Paulo, Cadu, que cumpria medida de segurança em um complexo médico penal do Paraná, foi transferido para Goiânia, onde mora a família, em outubro de 2012. Em Goiás, o sistema público de saúde não trabalha com internações prolongadas e o assassino de Glauco passou a ser acompanhado pelo Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili).
Em Goiânia, Cadu passou por duas clínicas psiquiátricas e, após 10 meses de internação, ganhou liberação da Justiça e voltou para casa.

Cadu alegou uso de drogas, segundo PM
Entre os policiais militares que prenderam Carlos Eduardo estava o soldado Wilson Júnior Ávila, ex-colega de faculdade de Cadu. Em entrevista ao POPULAR, o PM disse que Cadu relatou que estava roubando carros para pagar dívidas de drogas. Agentes da delegacia de homicídios, que preferem não ser identificados, falaram que o rapaz afirmou fazer uso diário de cocaína.
Mas a psicoterapia, segundo o Departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, não captou o uso de substâncias ilícitas. O pai de Cadu, Carlos Grecchi, preferiu não dar entrevista.
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O HOJE

Hospital condenado por omissão de socorro

O desembargador Gilberto Marques Filho manteve decisão que condena o Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG) a indenizar por danos morais paciente em R$ 6.780 mil por omissão de socorro. Consta dos autos que, após sofrer um acidente, ele procurou o hospital para atendimento médico, contudo, não obteve nem mesmo os primeiros socorros, sendo que um funcionário do hospital se recusou a realizar o procedimento mesmo com o pagamento da consulta. O IOG alegou que, na ocasião, o atendimento foi realizado por um arquivista, e não pelo recepcionista, que estava cobrindo falta do atendente, motivos pelos quais deixou a desejar. O magistrado contudo pontuou que os primeiros socorros devem ser executados por todos os profissionais da saúde e hospitais, porque somente após o atendimento prévio é possível avaliar a extensão da lesão e o tipo de tratamento adequado ao caso.


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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação