CLIPPING SINDHOESG 05 A 07/05/18

7 de maio de 2018

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Falta de leitos de UTI aumentaram número de mortes de pacientes em Goiânia, diz promotor
Cuidadoras de pacientes com Alzheimer adoecem mais facilmente
Luta contra a mortalidade materna
Desigualdade social impede fim da hanseníase na América Latina
Demora no diagnóstico de câncer leva à mastectomia em 70% dos casos
Injeção errada
Ecstasy é foco de pesquisa
Iris se diz contra transferir regulação de vagas para Estado
Bichectomia: especialista explica o que é, quais os prós e os contras
Com aprovação dos municípios, Governo de Goiás irá assumir regulação de hospitais
Hipnose é usada como método alternativo de tratamento terapêutico


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Falta de leitos de UTI aumentaram número de mortes de pacientes em Goiânia, diz promotor
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/falta-de-leitos-de-uti-aumentaram-numero-de-mortes-de-pacientes-em-goiania-diz-promotor/6713360/

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DIÁRIO DA MANHÃ

Cuidadoras de pacientes com Alzheimer adoecem mais facilmente

Mulheres que exercem a função têm cinco vezes mais chances de desenvolver depressão e ansiedade, constatou estudo
Segundo o IBGE, a população brasileira era de aproximadamente 205 milhões de pessoas em 2016; destes, cerca de 30 milhões eram idosos. Seja por fatores genéticos ou pelo desgaste natural do tempo, muitos desses idosos desenvolvem problemas de saúde, sendo o Alzheimer uma das doenças mais recorrentes. Dados do Ministério da Saúde apontam que o mal atinge cerca de 30% da população com mais de 80 anos.
Com esse cenário e sabendo do grande número de mulheres idosas que exercem o papel de cuidadoras de doentes com Alzheimer, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP confirmaram, em estudo recente, que "cuidar de pessoas doentes pode deixar os cuidadores também doentes".
A equipe analisou o dia a dia e a saúde de 62 mulheres idosas na mesma faixa etária. Destas, 31 eram parentes e cuidadoras de pacientes com Alzheimer e outras 31 não exerciam essa função e residiam na vizinhança. A comparação mostrou que as cuidadoras apresentaram 35,5% de sintomas de ansiedade e cerca de cinco vezes mais chance de terem depressão do que as idosas não cuidadoras.
Os resultados, conta a professora Nereida Kilza da Costa Lima, do Setor de Geriatria da FMRP, confirmam que "a sobrecarga emocional e física destas cuidadoras é imensa". Antes do estudo, Nereida e sua equipe já conheciam o impacto negativo sofrido por aqueles que cuidam de idosos dementes, agora conseguiram quantificar esse impacto na população.
As idosas cuidadoras convivem diariamente com pessoas que, elas sabem, não terão melhora; em alguns casos, os pacientes até mesmo as agridem por não reconhecê-las. Segundo a professora, essa rotina gera um estresse muito alto.
Pelo estudo, verificaram que "a chance de diagnóstico de ansiedade foi 4,8 vezes maior" entre as cuidadoras. Os idosos com Alzheimer, dependendo do estágio da doença, necessitam de cuidados constantes, desde uma simples companhia até ajuda para se alimentar e cuidar da higiene pessoal.
A pesquisa mostrou que 90% das cuidadoras dedicam período integral aos pacientes; todas moram com eles. "Essa situação gera sobrecarga que vai além de seus poderes; para piorar, acabam realizando tudo sozinhas, sem apoio de outros familiares ou com dificuldade em aceitar ajuda de outras pessoas", comenta a professora.
Níveis altos de colesterol também apareceram, agravando o quadro de saúde dessas cuidadoras. Acreditam os especialistas que sejam resultado de má alimentação e falta de tempo para cuidados com a própria saúde.
Segundo Nereida, os altos índices de depressão e ansiedade descobertos na pesquisa abrem uma nova visão para os profissionais da área da saúde, que, na maioria dos casos, durante os atendimentos, mantêm o foco nos doentes com Alzheimer, se esquecendo dos cuidadores.
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Luta contra a mortalidade materna

SUS realiza semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres; ideia é fortalecer promoção de ações na atenção básica à saúde e difundir informações
Com o tema Redução da Mortalidade Materna, a partir do próximo dia 28 será realizada a Semana de Mobilização pela Saúdedas Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é fortalecer a promoção de ações para a saúde da mulher na atenção básica à saúde e difundir informações. A portaria que institui a semana foi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 de abril.
Para estimular ações focadas no público feminino, o Ministério da Saúde vai liberar para os municípios R$ 14 milhões a serem investidos em saúde sexual e reprodutiva. O edital com a previsão de recursos está disponível no site do ministério desde o dia 16 de março com orientações aos gestores e metas a serem atingidas até 2022.
Entre as metas estão a redução de 17,5% para 15% da gravidez não planejada na adolescência até 2020; ampliar em 20% a oferta de DIU de cobre na atenção básica; aumentar de 37% para 67% a participação dos homens no pré-natal; e incluir as mulheres idosas no planejamento das ações de saúde sexual e climatério.
A semana terá início no dia 28 de maio por ser a data em que é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher.
Em 28 de maio do ano passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou dados que mostram que a hipertensão e a hemorragia estão entre as principais causas da mortalidade materna no Brasil e no mundo, e ocorrem principalmente pela má qualidade da assistência no pré-natal e no parto.
Segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade materna no Brasil caiu 58% entre 1990 e 2015, de 143 para 60 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos.
As ações da semana serão coordenadas pela Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres, do Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com a Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher (Cismu) e entidades de classe.
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Desigualdade social impede fim da hanseníase na América Latina

Entre os desafios para a erradicação da hanseníase no Brasil, pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP encontraram desigualdades sociais, como baixas condições de moradia, de renda e educação precária. Esses determinantes sociais aparecem relacionados a casos de hanseníase detectados na tríplice fronteira Brasil, Argentina e Paraguai, região sul.
A análise foi feita a partir do diagnóstico de 840 pacientes, com idade entre 15 e 59 anos, atendidos entre 2003 e 2015 no serviço de saúde da cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. A região fronteiriça recebe grande fluxo de migrações dos países vizinhos, sendo os dados relativos somente aos doentes que passaram por atendimento brasileiro. "Infelizmente não tivemos acesso aos dados de Paraguai e Argentina, pois estes países não apresentam os dados informatizados e são de difícil acesso, até mesmo pelo sistema de saúde ser diferente do existente no Brasil", relata o professor Ricardo Arcêncio, um dos autores de estudo.
Mesmo assim, os pesquisadores acreditam que essas informações ajudem a explicar o mapa da hanseníase na região. Às condições sociais, soma-se a importação de doentes argentinos e paraguaios que vêm ao Brasil em busca de cuidados médicos.
O professor da USP afirma que esses pacientes utilizam as unidades de atendimento do lado brasileiro, tanto do serviço público quanto do privado, porque o Brasil é "o único país da América Latina com um sistema nacional de saúde". No Paraguai, por exemplo, "somente 50% da população possui saneamento básico e aquele país tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América do Sul".
Mulheres mais suscetíveis e baixa escolaridade
Esta pesquisa não observou diferença significativa na incidência da hanseníase quanto ao sexo, mas outros estudos já demonstram que pode ocorrer aumento da incidência da hanseníase em mulher. Arcêncio comenta que, devido à estigmatização da doença, a vergonha em procurar ajuda médica por parte dos homens (que em geral já acessam menos o serviço de saúde) poderia explicar o maior número de diagnósticos em mulheres e, consequentemente, de notificações de casos novos.
Outro fator que pode ser considerado nesta questão é o do convívio familiar. "Na maioria das famílias a mulher tem a função de cuidadora, dona do lar e o contato com os moradores do domicílio é direto e prolongado", lembra o professor.
Entre os motivos para o estigma, o pesquisador cita medo da rejeição da família, dos amigos, das pessoas do seu ciclo social; medo de contaminar outras pessoas, o que acarreta o diagnóstico tardio; as incapacidades e o aumento da cadeia de transmissão da doença. Falar abertamente sobre a doença no cotidiano dos territórios – seja por profissionais de saúde e líderes comunitários ou pela educação popular – é um recurso para superar o problema.
A baixa escolaridade também aparece no estudo como fator relevante. Dos pacientes diagnosticados, 60% possuem ensino fundamental incompleto, o que impacta em oportunidades para uma condição de vida melhor e, consequentemente, maior vulnerabilidade para a hanseníase. Arcêncio argumenta que a escolaridade é componente importante nos processos saúde-doença de forma geral. Menor escolaridade tende a menores oportunidades sociais e vulnerabilidade "não somente à hanseníase mas também a outras doenças negligenciadas".
Apesar do estudo evidenciar relação muito forte da hanseníase com os determinantes sociais ou com "as iniquidades", o professor lembra que "todos, independente de classe social, estão vulneráveis à hanseníase".
Hanseníase
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa, crônica e incapacitante que afeta o sistema nervoso central e causa graves neuropatias que geram deformidades e incapacidades físicas. Pode ser transmitida pelas gotículas de saliva no ar presente na respiração e se manifesta  principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015 o País ocupava o segundo lugar em número de ocorrências, com uma taxa de 14,6 casos por 100 mil habitantes. Por esses números e por não ter atingido a meta da OMS de um caso por 10 mil habitantes, o Brasil é considerado prioritário para o controle da hanseníase.
Ainda segundo a OMS, a detecção de casos novos, no estado do Paraná e no Brasil, vem caindo a uma taxa anual de 4%. Entretanto, os pesquisadores da EERP questionam se esses resultados demonstram real diminuição ou refletem as subnotificações, pelas dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Arcêncio lembra que há poucos estudos no Brasil com esse enfoque, e que os resultados das análises que apresenta agora objetivam ajudar no planejamento de ações de erradicação da hanseníase, principalmente nas regiões da tríplice fronteira.
O estudo faz parte do doutorado da professora Ivaneliza Simionato de Assis, em andamento na EERP, com orientação do professor Ricardo Arcêncio. Também estão no artigo Social determinants, their relationship with leprosy risk and temporal trends in a tri-border region in Latin America, publicado na edição de abril da revista Plos One Neglected Tropical Disease. Ao lado de Arcêncio e Ivaneliza, assinam a publicação os pesquisadores Marcos Augusto Moraes Arcoverde, Antônio Carlos Viera Ramos, Luana Seles Alves, Thais Zamboni Berra, Luiz Henrique Arroyo, Ana Angélica Rêgo de Queiroz, Danielle Talita dos Santos, Aylana de Souza Belchior, Josilene Dália Alves, Flávia Meneguetti Pieri, Reinaldo Antônio Silva Sobrinho e Ione Carvalho Pinto.
Estratégia Global de Hanseníase
A OMS e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) criaram a Estratégia Global de Hanseníase 2016-2020, com diretrizes para ações que detectem precocemente a enfermidade e para fornecer tratamento imediato para prevenir e reduzir a transmissão. A estratégia foi apresentada em Palmas, Tocantins, em outubro de 2017, na primeira Conferência Livre de Vigilância em Saúde, que teve como foco a hanseníase.
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Demora no diagnóstico de câncer leva à mastectomia em 70% dos casos

O alerta é da Sociedade Brasileira de Mastologia

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que em 70% dos casos de câncer de mama diagnosticados no país a mulher passa por uma mastectomia (remoção total da mama). O principal motivo é que a doença é identificada em estágio avançado.
Para a sociedade, esse índice está ligado à dificuldade do diagnóstico precoce e demora ao acesso a consultas, exames, biópsia e tratamento. Pesquisas internacionais apontam que se o tumor é descoberto logo no início – com menos de 2 centímetros – as chances de cura podem chegar a 95%, conforme a sociedade.
"Isso é um problema muito ligado à questão econômica com dois problemas básicos: a disponibilidade dos recursos, dos exames, a qualidade dos equipamentos e dos resultados. A limitação do acesso é um problema muito sério no nosso país, as mulheres no SUS [Sistema Único de Saúde] passam por uma verdadeira 'via crucis' que é conseguir consulta num posto de saúde, conseguir um pedido de exame e depois realizá-lo. Com o diagnóstico tardio, a agressividade do tratamento é maior", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Antônio Frasson.
Para Frasson, a queda na busca pelos exames está relacionada também ao fato de muitos brasileiros estarem sem emprego ou terem perdido a cobertura de plano de saúde.
"Quando a gente observa o número de mulheres que vem fazendo exames, esse número, em vez de aumentar, vem caindo. Isso é muito ligado à questão econômica, questão da falta de recursos, estamos falando isso no sistema público e no sistema privado. Com a crise, muita gente perdeu o acesso, o convênio".
De acordo com o Ministério da Saúde, estados e municípios têm autonomia para organizar a rede de atendimento "e o tempo para realizar diagnóstico depende da organização e regulação desses serviços". "Em 2017, foram realizados no SUS 4,04 milhões de mamografias de rastreamento, sendo 2,6 milhões na faixa etária prioritária preconizada pela Organização Mundial da Saúde, que são mulheres de 50 a 69 anos. Além disso, também houve aumento de 100% dos valores repassados para exames essenciais para o diagnóstico e para a decisão médica do tratamento dessa doença". Conforme a pasta, o repasse de recursos federais para tratamento passou de R$ 2,2 bilhões em 2010 para R$ 4,6 bilhões em 2017.
Cirurgias menos invasivas
Com intuito de preservar as mamas, médicos têm adotado técnicas que permitem, por meio de um acesso pequeno (pela borda da aréola e mamilo ou pelo sulco mamário) fazer a retirada dos tumores, com menor risco de complicações e melhores resultados estéticos.
De acordo com o mastologista, incisões escondidas podem ser feitas na retirada total da mama ou quando é retirado somente o tumor com margem livre. Esse tipo de cirurgia evita que a mulher tenha o estigma de uma cirurgia radical, com cicatrizes no meio do seio.
"A pessoa faz cirurgia, e pode fazer radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia. A associação das múltiplas terapias faz com que um tratamento exclusivo seja menos utilizado e isso ajuda muito no avanço das técnicas cirúrgicas, fazendo com que o tratamento cirúrgico passe praticamente desapercebido".
Durante a Jornada Brasileira de Oncoplástica, ocorrida em São Paulo no mês passado, profissionais da área focaram na qualificação de técnicas cirúrgicas de reconstrução mamária. "Durante o evento, especialistas internacionais e nacionais realizaram as cirurgias em um hospital e as imagens foram transmitidas ao vivo para uma plateia de médicos que puderam participar discutindo as melhores opções", disse Frasson.
A dona de casa Ruth Pereira Waiteman foi uma das pacientes. Há dois anos, ela passou pela mastectomia da mama esquerda, em seguida, colocou a prótese, fez quimioterapia e radioterapia. Após a retirada, surgiram nódulos na mama direta, o que a levou a retirar a glândula mamária direita. A reconstrução das duas mamas, segundo ela, foi um presente de aniversário, ao ter sido feita no dia 20 de abril, quando completou 65 anos. "Fiz a reconstrução porque acho que ainda me sinto nova, sou ativa e isso fez muito bem. Não é totalmente pela estética, mas é pelo meu conforto e meu bem-estar. Sinto que fechei um ciclo, foi um presente"
Espera pela cirurgia
Enquanto Ruth comemora, muitas mulheres ainda esperam pela cirurgia de reconstrução, como a faxineira Aparecida de Fátima de Souza Augusto, de 49 anos.
Em 2016, ela passou por uma mastectomia do seio esquerdo, no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Desde outubro do ano passado, está apta para a reconstrução, mas o procedimento deve levar ainda pelo menos dois anos para ocorrer. "Já estou livre do câncer, fui bem tratada no Inca, mas acho que demora muito. Daqui a dois anos ainda, é muito tempo, poderia ser mais ágil", lamenta.
Embora já tenha se acostumado com a situação, passar pela reconstrução será importante para auto estima. "Hoje já estou mais acostumada a não ter o seio, mas acho muito difícil".
A lei que prevê reconstrução mamária imediatamente após mastectomia completou cinco anos em abril. A Lei 12.802 prevê que pacientes submetidas a mastectomia têm o direito de realizar a reconstrução mamária por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) imediatamente após a retirada do tumor. A SBM afirma que apenas 20% das 92,5 mil mulheres que retiraram as mamas entre os anos de 2008 e 2015 passaram pelo procedimento de reconstrução. De acordo com a instituição, a reconstrução mamária imediata é viável em cerca de 90% dos casos.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que "segundo a mesma lei, quando não houver indicação clínica para realização dos dois procedimentos ao mesmo tempo, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias. Sendo assim, cabe à equipe médica responsável pela paciente avaliar se é possível realizar os dois procedimentos no mesmo ato cirúrgico. A decisão é tomada com base em diversos fatores, como a condição da área afetada para evitar infecção ou rejeição da prótese e a vontade da própria paciente. Em alguns casos, é necessária a radioterapia ou quimioterapia antes da reconstrução mamária ser realizada".
Conforme o ministério, em 2013, foram feitas 11.931 cirurgias de mastectomia e 3.411 de reconstrução mamária no SUS. Em 2017, dados preliminares, foram 10.186 mastectomias e 3.413 reconstruções mamárias. Os investimentos federais para a reconstrução mamária passaram de R$ 2,21 milhões, em 2013, para R$ 2,39 milhões no ano passado.
Há também desconhecimento das mulheres sobre a legislação. Pesquisa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), a Johnson & Johnson Medical Devices e o instituto Ideafix mostrou que de 468 mulheres entrevistadas apenas 27,6% disseram conhecer bem a lei. Conforme a pesquisa, 74,8% das entrevistadas que trataram o câncer no sistema privado fizeram a cirurgia de reconstrução mamária e 53,4% das pacientes do sistema público passaram pelo procedimento.
"Imediata ou não, a cirurgia de reconstrução é um direito de toda paciente de câncer de mama que passou por mastectomia durante o tratamento da doença. Esse direito deve ser exigido junto ao SUS e aos planos de saúde e discutido com o médico antes da realização da cirurgia ou a qualquer momento após o procedimento de retirada do tumor, no caso de uma reconstrução tardia", disse a presidente da Femama, Maira Caleffi.
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Injeção errada
Criança será indenizada por ter ficado com sequelas. Ela recebeu injeção benzetacil, mas o fármaco foi aplicado em porção fibular do nervo ciático, o que causou dano estético ao requerente

O ente público possui responsabilidade objetiva pelos danos causados por seus agentes a terceiros, sobretudo quando o hospital que disponibiliza seus serviços, equipamentos e equipe médica aos pacientes, assistidos pelo Sistema Único de Saúde(SUS). Esse é o entendimento do juiz Luciano Borges da Silva, do Juizado Especial, Cível e Criminal, da comarca de Pontalina, que condenou a Prefeitura Municipal a pagar R$ 100 mil a uma criança, a título de indenização por danos morais e estéticos, em razão dela ter sofrido lesão na perna direita, decorrente de erro na aplicação de injeção que atingiu o nervo ciático do menor.
Consta dos autos, que, no dia 12 de agosto de 2011, uma criança deu entrada no hospital municipal de Pontalina, apresentando tosse seca, febre e alergia. Em decorrência dos sintomas, o profissional de saúde receitou alguns remédios. Com isso, o menino e sua mãe retornaram a suas residência, entretanto, por não apresentar melhoras com a medicação ministrada, eles retornaram novamente à unidade de saúde.
No local, a criança foi atendida por outro médico que prescreveu a aplicação de injeção benzetacil na região do glúteo. Ao ministrar o fármaco, a enfermeira acabou atingindo a porção fibular do nervo ciático, causando dano estético ao requerente. Ele, então, teve lesão permanente na perna direita, momento em que começou a ter o membro atrofiado.
Conforme os autos, devido a atrofia da perna direita, não consegue brincar com outras crianças e, ainda, foi retirado de suas aulas de futebol, tendo mudado totalmente seu comportamento no seio da sua família. Salientou que em função do aleijamento está passando por longas e exaustivas sessões de fisioterapia.
Com isso, a mãe da criança ajuizou ação, representando a criança, pleiteando a condenação da prefeitura ao pagamento de danos morais e estéticos. No mérito, o hospital, por sua vez, pugnou pela improcedência dos pedidos iniciais, argumentando que o autor não comprovou os fatos alegados, bem como o nexo de causalidade entre a lesão e o suposto abalo moral e estético que teria sofrido.
Decisão
Ao analisar os autos, o magistrado (foto à direita) argumentou que ficou comprovado no prontuário, relatórios médicos e perícia realizada, inclusive, pela Junta Médica do TJGO, bem como pelos documentos acostados aos autos, que o autor sofreu lesões na perna direita, decorrente de erro ou falha na aplicação da injeção benzetacil, que acabou por atingir o nervo ciático da criança.
De acordo com Luciano Borges, o ente público possui responsabilidade objetiva pelos danos causados por seus agentes a terceiros, sobretudo quando o hospital que disponibiliza seus serviços, equipamentos e equipe médica aos pacientes, assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o juiz, os documentos acostados aos autos, bem como perícia médica realizada, demonstrou que o requerente ficou com sequelas permanentes no membro inferior direito da perna, com hipertrofia muscular e déficit de força, no percentual de redução de 25%. Além dos danos morais e estéticos, o magistrado condenou a prefeitura municipal a arcar com o tratamento de fisioterapia do requerente na rede pública da cidade.
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O POPULAR
Ecstasy é foco de pesquisa

SAÚDE Princípio ativo da droga alucinógena comum em baladas é estudado como forma de combater estresse intenso causado por traumas. Pesquisador busca goianos para testes
Pesquisadores buscam pacientes em Goiânia para participarem de um estudo com pessoas que passaram por algum tipo de estresse intenso, como vítimas de violência, abusos sexuais ou outras situações graves e que trazem problemas psicológicos e psiquiátricos às vítimas. Serão avaliados os efeitos da melilenodioximetanfetamina (MDMA), que é o princípio ativo de uma droga alucinógena conhecida nas baladas como ecstasy.
Um dos pesquisadores, Eduardo Schenberg é neurocientista especialista no desenvolvimento de novos tratamentos psiquiátricos assistidos por substâncias psicodélicas. Tem experiência com neurociência básica e estudos clínicos. Possui várias formações, entre elas, mestrado em psicofarmacologia, doutorado em neurociências e comportamento e pós-doutorado em neuropsicofarmacologia. Entre os estudos, passou um tempo em Londres e nos Estados Unidos. Lá conheceu estudos relacionados à MDMA.
Schenberg diz que a metodologia usando o princípio ativo da droga famosa nas baladas é nova e ainda está em análise. Nos EUA ele explica que estudos já estão mais avançados e que, inclusive, já apresentam resultados positivos. "Veteranos de guerra, como Afeganistão, passaram pelo tratamento depois de terem se submetido a várias outras terapias e sido tratados com diversos medicamentos. Dessa vez, com a MDMA, eles estão apresentando melhora considerável", destaca.
Esse foi o motivo que o incentivou a buscar a ampliação da pesquisa e trazê-la para o Brasil. Outra novidade que o cientista explica é que nessa modalidade estudada, a terapia é realizada junto com a administração do medicamento. "O paciente só toma o medicamento no cônsultório, com o acompanhamento de dois profissionais psicoterapeutas", detalha. Segundo Schenberg, os efeitos momentâneos da MDMA são acompanhados e avaliados pelos médicos dentro do consultório.
O assunto foi tratado pelo jornal norte-americano New York Times em 2012, quando os exames começaram a ser feitos com pessoas lá. Segundo o periódico, "o primeiro estudo clínico com MDMA assistido para psicoterapia concluiu que ela (a terapia) pode ser administrada a pacientes com transtorno de estresse pós-traumático, sem evidências de danos, e pode ser útil em pacientes refratários a outros tratamentos".
O pesquisador brasileiro diz que conheceu casos de pacientes americanos que apresentaram resultados importantes de melhora e que esse é um tema que precisa ser discutido. "Muito se fala em prevenção de violência, mas pouco, ou quase nada, se discute sobre o que fazer com essas pessoas que foram vítimas de estresse pós-traumático e convivem com problemas sérios. Muitas vezes esses pacientes nem procuraram ajuda, não sabem como lidar com as situações, com a depressão, ou outras doenças", alerta.
O neurocientista explica que o estudo sugere que a substância MDMA induz, entre outras coisas, liberação de hormônios importantes nas áreas de afeto, segurança, confiança, entre outros. Assim, ela poderá auxiliar pessoas em busca de melhora nos casos de estresse severo ou traumas. Depois do estudo concluído, ele será publicado e caso os resultados confirmem a eficácia, o medicamento poderá chegar ao mercado, depois de devidamente registrado.
A pesquisa realizada por Schenberg e sua equipe possui todos os requisitos necessários para os testes com pessoas. Isso significa que já obedeceu uma série de critérios exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (An visa), entre eles testes de segurança do fármaco. Para que as pessoas se submetam ao tratamento, além de passar por uma triagem, o paciente precisará, obrigatoriamente, passar por dois exames: sangue e eletrocardiograma.
A equipe já tem pacientes selecionados para o estudo e há mais vagas. O anonimato dos pacientes sempre será respeitado, conforme determina a legislação.
A Anvisa foi questionada sobre como está o processo de estudo desse novo medicamento, mas a agência informou em nota que não divulga quaisquer dados ou informações de medicamentos que ainda estão em fase de análise de registro.
A nota enviada pela agência diz que, além da questão do sigilo industrial, tais informações impactam diretamente nas estratégias comerciais do setor de medicamentos.
Candidatos vão passar por triagem
Os interessados em ser voluntários no estudo devem procurar o cientista pelos contatos listados no quadro nesta página. Eduardo Schenberg destaca que o estresse pós-traumático geralmente desencadeia uma perturbação mental. Mas não são todas as pessoas que passaram por situações traumáticas que desenvolvem essas consequências. Entre os sintomas comuns existem os pensamentos, sentimentos ou sonhos perturbadores relacionados ao evento estressante.
Depois de fazer contato com os pesquisadores, o interessado no tratamento deverá passar por uma triagem. Assim que for definido e escolhida, essa pessoa fará os exames clínicos e uma entrevista presencial será marcada, para início do tratamento. O paciente será acompanhado por três meses, uma vez por semana. Em três encontros o paciente será submetido ao medicamento e à psicoterapia e nos outros encontros, apenas a terapia acompanhada por dois profissionais.
Goiânia foi a cidade escolhida para realização do estudo porque a clínica onde será feito o tratamento está na Capital. O paciente não terá custo com o tratamento, apenas de deslocamento até o local de atendimento, que será apresentado para os pacientes que se enquadrarem no perfil. No Brasil é proibido pagar para que pessoas colaborem com pesquisa clínica.
"Pouco, ou quase nada, se discute sobre o que fazer com essas pessoas que foram vitimas de estresse pós traumático e convivem com problemas sérios "
Eduardo Schenberg, neurocientista e pesquisador
"Neurotoxidade deve ser avaliada", afirma conselho
O uso da substância MDMA no tratamento de pessoas é avaliado com cautela por Daniel Jesus, diretor secretário do ConselhoRegional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) e professor de Farmacologia em cursos de pós-graduação. Ele explica que essa é uma substância que interfere em vários neuro-transmissores causando liberação de serotonina, dopamina e noradrenalina no sistema nervoso central, que estão envolvidos no controle do humor, termorregulação, sono, apetite e no controle do sistema nervoso autônomo.
Ele destaca que vários aspectos da farmacologia dessa substância ainda precisam ser investigados, principalmente em relação aos mecanismos de ação e de neuro toxicidade. "Sabe-se que o MDMA interfere em muitos neuro-hormônios e promove uma liberação maciça de serotonina, seguida por um período de depleção (perda de elementos fundamentais no organismo) , antes de retomar aos valores normais", detalha. O professor acrescenta que o mecanismo em que o uso da substância está envolvido ainda não é totalmente conhecido.
Para o professor, muitos dos efeitos tóxicos crônicos do MDMA envolvem primariamente o sistema de comunicação entre os neurônios e é sabido que pode ocorrer degeneração dessas células em várias espécies animais, incluindo primatas não-humanos. O especialista destaca, entretanto, que existem controvérsias se realmente a MDMA promove neuro degeneração em humanos. Mas como o mecanismo de neuro toxicidade não está totalmente esclarecido, ele avalia ser necessário que se façam novos estudos.
Daniel Jesus faz questão de ressaltar que o ecstasy que é comumente conhecido nas festas é diferente da MDMA, enquanto substância pura. Ele explica que o que é oferecido na "ma" é uma substância "impura", misturada com outros produtos, na maioria das vezes desconhecidos. "Eu acredito que o estudo controlado desta e de outras drogas podem trazer a luz sobre aspectos de melhor controle de dosagem, formas farmacêuticas inovadoras e aspectos de alterações de dosagem e outras questões tecnológicas e podem permitir num melhor aproveitamento terapêutico da droga, que se mostra, pelas evidências atuais, um aspecto toxicológico muito desfavorável", ressalta.
A metilenodioximetanfetamina, que tem sigla MDMA, foi sintetizado e patenteado pelo laboratório farmacêutico alemão Merck, em 1912, como inibidor do apetite, mas não se tomou comercialmente viável principalmente em razão de vários efeitos adversos, segundo explica o diretor secretário do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) e professor de Farmacologia Daniel Jesus.
Ele detalha que em 1950, a substância ressurgiu como método para reduzir a inibição em pacientes submetidos a psicanálise, atuando como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. Ele acrescenta que em 1953, o MDMA reapareceu nos Estados Unidos, quando o exército americano testou inúmeras substâncias com fins militares.
O período compreendido entre os anos de 1977 e 1984 ficou conhecido como a época áurea do agora chamado ecstasy. Alguns terapeutas reconheciam que a MDMA era uma poderosa ferramenta, considerada a penicilina para a alma. Mas, em 1985, a MDMA tomou-se restrito devido aos riscos de abuso e até mesmo o risco associado ao seu uso. No início dos anos 2000 foi descoberto o primeiro laboratório de ecstasy em São Paulo.
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Iris se diz contra transferir regulação de vagas para Estado

SAÚDE PÚBLICA – Prefeito diz que tarefa deve continuar sob responsabilidade do Município. Secretaria estadual rebate dizendo que condição atual permite mudança

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), se posicionou contrário à intenção do Governo Estadual de cuidar da regulação de vagas para procedimentos médicos. Durante coletiva de imprensa para a inauguração de um Ecoponto, no Jardim Guanabara II, na manhã deste sábado (5), ele aumentou o tom ao comentar o assunto. "Querem tirar da Prefeitura porque a Prefeitura está exigindo que ninguém tire proveito escuso do sistema de Saúde. Aí eu não vou aceitar", declarou.
O governador José Eliton (PSDB) anunciou no final do mês passado que quer controlar a administração dos leitos de todos os hospitais estaduais. O Sistema Único de Saúde (SUS) prevê que isso é de responsabilidade dos municípios, mas a regra pode ser alterada após novas pactuações entre as prefeituras e o Estado.
Ao ser questionado se entraria na Justiça para impedir a mudança, Iris disse acreditar que o José Eliton deve mudar de opinião após estudar melhor a questão. "O governador assumiu agora, no momento em que ele se inteirar bem do que eles estão tentando fazer não vai aceitar. O ex-governador não fez."
Iris ainda alfinetou a gestão estadual, que segundo ele não teria cumprido com compromissos firmados na divisão de atribuições na área da Saúde. "Quando se decidiu que Goiânia cuidaria (da regulação), o Estado ficou responsável por instalar 16 pontos de regulação em todas as regiões de Goiás. Até hoje instalaram três. Vão dar conta de Goiânia se não dão conta dos outros? Não. Nós não podemos brincar com os interesses do povo. Com saúde não se brinca", afirmou o prefeito.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) que não respondeu sobre a criação dos pontos de regulação citadas pelo prefeito. Por nota, o titular da SES, Leonardo Vilela, afirmou que um terço dos pacientes atendidos nos hospitais estaduais da capital são do interior.
"Isso torna perfeitamente legal a regulação do Estado, prevista inclusive na legislação do SUS. Vários Estados a fazem, como São Paulo, Espírito Santo e Pará. A regulação estadual, compartilhada com os municípios, aumentará a eficiência e, sobretudo, a transparência do acesso de pacientes aos hospitais estaduais", afirmou o secretário, por meio da nota.
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JORNAL OPÇÃO
Bichectomia: especialista explica o que é, quais os prós e os contras

Por Matheus Monteiro

Cirurgia que consiste na retirada de uma porção de tecido gorduroso das bochechas tem ganhado cada vez mais adeptos
Nos últimos anos, a bichectomia, que consiste na retirada de uma porção de tecido gorduroso das bochechas, por meio de uma pequena incisão realizada dentro da boca, tem ganhado mais e mais adeptos. Mas quais o pós e contras da cirurgia? O Jornal Opção entrevistou um especialista que conta tudo que você precisa saber.
Nome
De acordo com o médico Luís Felipe Maatz, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a palavra faz referência à bola de Bichat, tecido gorduroso localizado nas bochechas e que foi batizado em homenagem ao anatomista francês Marie François Xavier Bichat, o primeiro a descrever tal estrutura).
Pós-operatório
De acordo com o especialista, a recuperação costuma ser rápida. “Em geral, o paciente recebe alta no mesmo dia da cirurgia. O inchaço local dura cerca de uma semana, e é mais intenso nos três primeiros dias. O afastamento do trabalho é de 2 a 3 dias, desde que o inchaço não atrapalhe a rotina do paciente”, diz o especialista.
Segundo ele, nesse curto período inicial é necessário repouso relativo, alimentação mais pastosa e menos quente. Compressas frias no rosto ajudam a diminuir o inchaço e o s resultados começam a se tornar visíveis após os primeiros sete dias.
A questão é que só quando desinchar de vez que será possível ver o resultado definitivo, e isso pode levar algumas semanas.
Profissional
Somente um médico experiente (de preferência, um cirurgião plástico, e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) poderá indicar o melhor tratamento para a queixa do paciente.
O rosto pode parecer largo, por exemplo, devido à hipertrofia do músculo masseter, que pode ser tratada com aplicação de toxina botulínica. Já o excesso de gordura abaixo do queixo (papada) pode conferir ao rosto um formato arredondado, o que pode ser resolvido com lipoaspiração desta região. No caso de flacidez de pele, pode ser necessário um lifting facial ou outros tratamentos para que haja melhora dos contornos da face. Ou seja, busque sempre orientações de um médico especialista e de confiança. Somente ele poderá indicar qual o melhor procedimento.
Quem pode fazer?
Segundo o cirurgião, a bichectomia é indicada para diminuir a proeminência da bochecha, melhorando o formato arredondado do rosto, realçando a região malar (maçã do rosto) e resultando em uma face mais magra e harmoniosa.
Riscos
Apesar de ser considerada uma técnica relativamente simples, a bichectomia é uma cirurgia delicada, pois a bola de Bichat fica localizada muito próxima a estruturas nobres da face: artérias, nervos e ducto salivar.
“Se o procedimento for realizado por mãos experientes, de preferência, por um cirurgião plástico de confiança, as complicações são raras. Se houver lesão de alguma dessas estruturas, será necessário um cirurgião plástico para a tentativa de reparação”, diz Luís Felipe.
Local
A cirurgia deve ser realizada em hospital ou clínica com estrutura adequada, e requer sedação e anestesia local.
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Com aprovação dos municípios, Governo de Goiás irá assumir regulação de hospitais

Por Matheus Monteiro

Atualmente, o serviço é responsabilidade das prefeituras. Ação é uma resposta ao caos verificado na gestão de Saúde de Goiânia
O projeto que transfere para o Estado a responsabilidade da regulação nas unidades de saúde estaduais, hoje gerida pelas prefeituras, teve os últimos detalhes acertados e não irá passar pelo Assembleia. “A Procuradoria entendeu que não há necessidade de encaminhamento de um projeto de lei para tratar dessa questão”, anunciou o governador José Eliton (PSDB) durante coletiva nesta segunda-feira (7/5).
“Essa matéria está sendo discutida no ambiente dos municípios goianos. Portanto, nós já estamos no processo de chamamento para estruturação do órgão que irá fazer a regulação estadual no que diz respeito aos hospitais estaduais pactuadas com os municípios”, disse o governador.
De acordo Eliton, mais de 90% dos municípios estão favoráveis a essa posição a ser tomada pelo governo do Estado de Goiás. A partir da estruturação da agência de regulação, todo o processo será executado.
Goiânia
A iniciativa vem de encontro aos problemas relacionados à gestão das vagas por parte do executivo municipal. A prefeitura chegou a trocar o software da rede do final do ano passado, mas a situação não melhorou.
Com a transferência de responsabilidade, o objetivo é aumentar a eficiência do sistema e a transparência na disponibilização das vagas, já que os painéis da regulação serão compartilhados.
A atribuição do Governo do Estado na regulação do atendimento público de saúde já é uma realidade em estados como São Paulo, Espírito Santo e Pará. Segundo Leonardo Vilela, secretário Estadual de Saúde, os hospitais estaduais atendem cerca de 60% da população do município e os outros 40% são de outras cidades.

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Hipnose é usada como método alternativo de tratamento terapêutico

Por Mayara Carvalho
Técnica pode ser bem eficiente em problemas relacionados a questões emocionais como depressão, distúrbios alimentares e insônias
A hipnose é um fenômeno humano que tem registros desde tempos remotos da história, mas, desde 1970, um estudo científico comprovou que o cérebro em hipnose trabalha de maneira diferente de quando está acordado ou dormindo.
O que se pôde observar durante o estudo é que o cérebro hipnotizado fica com um nível de concentração bem superior, estimulando o uso da técnica para diversas finalidades. A hipnose já foi utilizada, por exemplo, para ajudar soldados na guerra preparando-os para enfrentar o frio e as adversidades. Também já foi usada como ferramenta de aumento de desempenho de atletas.
Famosos como Ayrton Senna, Gustavo Kuerten e Diego Hypólito já se utilizaram dos benefícios da hipnose para melhorar a performance. A técnica entre atletas brasileiros ficou ainda mais conhecida durante as Olimpíadas do Brasil.
Agora, a utilização da hipnose como método alternativo de tratamento terapêutico tem ganhado força. O hipnólogo Lenilson Rezende garante que a técnica pode ser utilizada para ajudar a solucionar qualquer problema de saúde relacionado a questões emocionais.
A hipnose é indicada em diversos tratamentos como, por exemplo, de depressão, ansiedade, dos distúrbios provocados ou acentuados pelo estresse, desequilíbrio emocional, distúrbios psicossomáticos, distúrbios de sono como insônia, distúrbios de alimentação, fobias além de dores crônicas de fundo emocional, como cefaleia e enxaqueca.
Lenilson conta que uma cliente que tinha uma série de traumas, problemas de auto estima e com sinais de depressão procurou a hipnose como alternativa para tratar um distúrbio alimentar que a fez engordar.
“O distúrbio dela estava completamente ligado a questão emocional e com o auxílio da hipnose ela conseguiu emagrecer 22 quilos em 24 semanas”, contou.
A técnica consiste em se aproveitar do estado de superconcentração do cérebro do paciente hipnotizado para resignificar traumas e inserir pensamentos otimistas que levem ao resultado esperado.
Foi assim que uma outra adepta da hipnose conseguiu se livrar de uma insônia que já durava 20 anos. Lenilson explica que a mulher “dormia” em estado de alerta desde que o filho pequeno enfrentou problemas de saúde. Durante a sessão, ele induziu o cérebro da cliente a perceber que o filho já estava saudável e que não havia razões para preocupação.
“Hoje o filho dela é adulto e só agora ela conseguiu voltar a dormir uma noite inteira. Nesses casos de insônia causada por questões emocionais a hipnose é bastante eficiente”, explica o especialista.
A técnica como ferramenta terapêutica é reconhecida pelos conselhos de medicina, odontologia, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional, apesar de não reconhecida como uma especialidade clínica. No entanto, não existe nenhuma regulamentação sobre o exercício da atividade realizada por outros profissionais. Por isso, Lenilson ressalta a importância de conhecer bem o profissional a que o cliente se submeterá.
Em Goiânia, a hipnose tem ganhado popularidade e diversos profissionais já atuam na capital. Uma sessão pode custar entre R$ 100 a R$ 500.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação