Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05 E 06/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Saúde troca "fique em casa" por "vá logo ao médico" e exalta cloroquina
Fake news: Ipasgo esclarece que não cancelou atendimentos eletivos
“Não se deve fazer política pública de saúde sem validação científica”, diz Ismael Alexandrino
Goiás completa 24 horas sem registros de mortes por covid-19, informa SES-GO
Isolamento social em Goiás segue entre os três piores do país
Saúde de Goiás anuncia novo protocolo para casos leves de covid-19
Em intervalo de três dias mãe e filha morrem vítimas de Covid-19
Medicamento pode causar taquicardia
Goiás tem 82 cidades com internação por Srag
Mortes avançam no Sudoeste
Remédio tem efeitos adversos

VALOR ECONÔMICO

Saúde troca "fique em casa" por "vá logo ao médico" e exalta cloroquina

O Ministério da Saúde está mudando sua política de comunicação e produzindo peças para recomendar que as pessoas procurem logo um médico, assim que sentirem sintomas da covid-19.
A orientação é tirar o foco do "fique em casa", recomendação dada pela pasta no início da pandemia. Agora o objetivo é ter como foco o tratamento precoce da doença.

"O que nós não queremos é que o paciente caminhe para uma síndrome respiratória aguda grave, porque lá é que pode complicar. A ideia é que o paciente, ao sentir os primeiros sintomas, possa tanto ser testado como ser tratado", disse ao Valor o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. "A ideia não é que você não fique em casa. É que você não fique doente em casa."

Além de recomendar a ida a um médico logo nos primeiros sintomas, a pasta segue estimulando o uso da hidroxicoloroquina, exaltada desde o início da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de tratamento da covid-19.
Um vídeo postado no canal do Youtube da Secretaria de Gestão e Trabalho da Educação na Saúde (SGETES) faz propaganda quase "subliminar" do medicamento.

A narradora não faz menção explícita ao remédio. Mas caixas de um genérico de sulfato de hidroxicloroquina são exibidas no momento em que ela diz que as pessoas, "após a devida orientação médica, possam ter a opção de receber a prescrição de medicamentos utilizados para tratar o coronavírus com doses seguras".

"O Conselho Federal de Medicina já conferiu autonomia aos médicos para a prescrição desses medicamentos e os pacientes poderão optar por recebê-los", completa.

A recomendação do ministério para o uso da cloroquina e da hidroxicoloroquina, uma variante menos agressiva do remédio, remonta ao dia 20 de maio, no início da gestão de Eduardo Pazuello à frente da Saúde.
Em junho, a pasta ampliou as orientações para o uso da substância, recomendando sua prescrição para gestantes, crianças e adolescentes. Em todos os casos, é necessário o consentimento dos pacientes ou de seus responsáveis.

O vídeo também afirma, logo em sua abertura, que "o Ministério da Saúde elaborou uma orientação para que, em todo o Brasil, as pessoas com sinais e sintomas de covid-19 possam procurar uma unidade de saúde mais próxima logo no início da doença".

O material, postado no dia 29 de junho, ainda não está disponível nos principais canais do ministério, como o canal de Youtube, o site e as contas da pasta no Instagram e no Facebook.
Fontes explicam que isso ocorre provavelmente porque esse material, assim como outros que indicam a mudança de orientação, ainda está pendente de aprovação pela cúpula do ministério.

Técnicos da pasta, que avalizam a nova política, criticam a demora em atualizar o site e as redes. Isso porque a orientação de ficar em casa em caso de sintomas leves era válida no início da pandemia, mas ainda sob a gestão de Luiz Henrique Mandetta cristalizou-se a percepção de que é melhor procurar um médico antes de o quadro se agravar.

As fontes ponderam que demoras na atualização do site ocorriam desde o início da pandemia. Mas não um atraso tão grande. Questionado sobre a demora, Correia afirmou: "Cada etapa é sua etapa, eu estou aqui há três semanas."
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JORNAL OPÇÃO

Fake news: Ipasgo esclarece que não cancelou atendimentos eletivos

Por Felipe Cardoso

Instituto esclarece que mudanças englobam apenas cirurgias eletivas e não possuem qualquer ligação com a substituição da presidência na semana passada e seguem, na verdade, uma recomendação da OMS. Entenda

Tem circulado nas redes sociais uma suposta nota técnica assinada pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) que diz que todos os atendimentos eletivos estão temporariamente suspensos em decorrência da “situação de crise pela qual atravessa o órgão”. Como justificativa da decisão, o documento cita, ainda, a substituição da presidência do Instituto realizada na semana passada e argumenta que as mudanças irão acarretar na perda da cobertura de milhares de segurados.
No entanto, conforme apurado pela reportagem, trata-se de uma notícia falsa. Em comunicado oficial, o Ipasgo esclareceu que todos os exames estão liberados e que não houve qualquer alteração na cobertura dos exames para o diagnóstico da Covid-19. As mudanças em relação às cirurgias eletivas não possuem qualquer ligação com a substituição do presidente do Ispasgo na semana passada e segue, na verdade, uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A suspensão das cirurgias e serviços em caráter eletivos tem como objetivo evitar o colapso nos hospitais, com a superlotação e também ajudar na liberação de leitos para atender aos casos de internação em função da pandemia do novo coronavírus e casos gerais de urgência e emergência. Neste período, somente serão efetivados procedimentos e cirurgias que tenham riscos e necessidades de caráter emergencial”, explica o Instituto.
Atendimentos autorizados
O Ipasgo explicou que as alterações não afetaram atendimentos de urgência e emergência e também para gestantes que estão em fase de período pré-natal ou com partos agendados. Também não afetam pacientes oncológicos; doentes crônicos; tratamentos continuados; revisões pós-operatórias; controle da dor e disfunções orgânicas; diagnóstico e terapias em oncologia; psiquiatria e aqueles tratamentos cuja não realização ou interrupção coloque em risco o paciente.
Ao total, 14 especialidades e serviços estão autorizados, assim como atendimentos de urgência e emergência, em qualquer área, incluindo pediatria. Para o público infantil, o Ipasgo possui duas unidades de pronto-atendimento 24 horas, em Goiânia e Aparecida.
O informe lembra ainda que a realização de qualquer tipo de exame também está liberada. Os serviços devem ser executados desde que a solicitação já tenha sido cadastrada pelo profissional médico no sistema Ipasgo e autorizada pela auditoria do órgão.
As especialidades autorizadas são: psicologia, psiquiatria, ginecologia e obstetrícia, atendimentos referentes a revisão de cirurgias, oncologia, neurocirurgia, neurologia, cardiologia, colonoscopia terapêutica, endoscopia terapêutica, infectologia e pneumologia. Em caso de dúvidas basta discar 0800 62 1919
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“Não se deve fazer política pública de saúde sem validação científica”, diz Ismael Alexandrino

Por Eduardo Pinheiro

Em entrevista ao Jornal Opção, transmitida por live, secretário de saúde pontou medidas adotas pelo estado para conter pandemia

O secretário de estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, assumiu a pasta no início do governo Ronaldo Caiado (DEM) e passa pelo maior desafio sanitário dos últimos 100 anos: a pandemia de Covid-19. Em entrevista ao Jornal Opção, transmitida em live na tarde deste sábado, 4, ele pontuou as ações do estado para conter a doença.
Ismael salientou que a estrutura de saúde expandiu de forma significativa, sobretudo com a criação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) em todas as macrorregiões do estado. Foram mais de 450 leitos abertos, boa parte de UTI. Além de contratação de mais 1900 pessoas e compra de aparelhos e 4 milhões de Equipamentos de Proteção Individual.
A preparação do governo, segundo o secretário era para a forte pressão que virá a partir de julho, e já era prevista. Não somente da capital, mas da interiorização da Covid-19 no estado.
“Esse discurso de que nada foi feito, não é fidedigno. Fizemos muito. Para a estrutura estadual investimos mais de R$ 250 milhões, mandamos EPI para os municípios, compramos ventiladores, direto da fábrica. Do ponto de vista de estruturação o que precisa ser feito, foi. Agora é preciso fazer também a questão comportamental”, aponta.
Chegar ao número de 2 mil leitos de UTI público é impossível chegar em pequeno intervalo de tempo, de acordo com o secretário. Esse número é apontado por estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) como ideal para tratamento dos goianos durante a pandemia.
Isolamento
Sobre o isolamento 14 x 14 proposto pela UFG, Ismael salienta que se não houver adoção em massa pode perder a eficácia. No entanto, reafirma que os municípios têm autonomia para adotar ou não as medidas sugeridas pelo decreto assinado pelo governador na última semana.
“Temos a oportunidade de adotarmos medidas para diminuição do número de óbitos e infectados através de medidas não contidas no estudo da UFG. Como, por exemplo, o uso correto da máscara, álcool gel e outra medidas sanitárias individuais”, aponta. “São atenuantes muito válidos além do isolamento social”, continua.
Ismael reforça que é preciso cuidar da saúde dos trabalhadores para que a economia possa se recuperar de maneira mais rápida possível. O secretário lembra que outros países, que adotaram medidas de distanciamento social, conseguem recuperação econômica de forma mais rápida.
Remédios
Sobre protocolo do tratamento da doença, Ismael afirma que só é possível adotar um protocolo único quando há sabidamente, reconhecido pela ciência, o comportamento da doença e os medicamentos que a curam. Por enquanto, ainda não há nem um nem outro.
Entretanto, a SES utiliza nos hospitais medicamentos dexametazona, corticoide que tem atividade antiinflamatória, e evitam o deslanchar da doença. Ismael critica a adoção indiscriminada e baseada em paixões, sem critérios científicos, de medicamentos.
“Quando está no campo das pesquisa precisamos avaliar caso a caso, sem prescrever de forma indiscriminada. Não se deve fazer política pública de saúde sem validação científica. De forma apaixonada. Precisamos ter equilibrio e que o médico tenha autonomia para prescrever. Ele não pode vender uma falsa esperança. É preciso ter transparência”, diz.
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A REDAÇÃO

Goiás completa 24 horas sem registros de mortes por covid-19, informa SES-GO
Estado soma 621 óbitos pela doença |
Goiânia – Goiás registrou 15 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e o total de contaminação no Estado vai a 28.526. Os dados, divulgados na tarde deste domingo (5/7), são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que informou que não houve nenhum registro de morte pela doença entre ontem (4/7) e hoje (5/7). O Estado soma 621 óbitos confirmados.

No Estado, há 69.731 casos suspeitos em investigação. Outros 32.663 já foram descartados.

Além dos 621 óbitos confirmados em Goiás até o momento, há 49 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 491 mortes suspeitas nos municípios goianos.

O número total de pessoas curadas não foi informado.
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Isolamento social em Goiás segue entre os três piores do país

Adriana Marinelli

Goiânia – O isolamento social em Goiás segue abaixo do esperado pelas autoridades, com índice de 39,5%. A informação é do portal inloco e é referente ao sábado (4/7).

Trata-se do terceiro pior índice do País. A situação só é melhor do que o Pará (39,4%) e  Tocantins (37,2%).

Com o isolamento alternado determinado pelo governo de Goiás, a expectativa do governador Ronaldo Caiado é chegar ao índice de 55%.
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Saúde de Goiás anuncia novo protocolo para casos leves de covid-19

Febre e cansaço são sintomas para internação

Goiânia – Goiás adotou um novo protocolo para tratamento de casos leves de covid-19. A medida consiste em orientar que as secretarias municipais solicitem internação em enfermaria para pacientes com sintomas como “febre e algum nível de cansaço”, segundo o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino. Ele explica que esse processo evita o agravamento da doença no paciente e reduz a demanda por UTI e respiradores.

A decisão de aplicar esse novo protocolo ocorreu na sexta-feira (3/7), após reunião de Ismael com pesquisadores da Fiocruz que estiveram em Goiânia. “Quando é feita a internação precoce, o paciente já começa a receber medicamentos e o tempo médio de permanência é de três dias, enquanto na UTI pode durar até 12 dias”, disse o secretário.

Ismael afirma que durante esses 14 dias de isolamento social, baseado em estudo da Universidade Federal de Goiás, a estrutura do governo e da secretaria vai intensificar as pesquisas e monitoramento para que não aconteça o surto de covid-19 projetado pela universidade.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Em intervalo de três dias mãe e filha morrem vítimas de Covid-19

As vítimas, a professora Lucimar Neves, 59 anos, e a filha Camila Neves, 35, morreram com três dias de diferença, ambas diagnosticadas com Covid-19 . Moradoras de Edealina, distante 137 km de Goiânia, elas têm outros quatro familiares contaminados pelo novo coronavírus, que estão em isolamento domiciliar.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Morrinhos informou que mãe e filha precisaram ser internadas em um hospital da cidade, após apresentarem sintomas da doença.

Para a pasta, elas foram ao município justamente para cuidar do filho de Lucimar, que é irmão de Camila, que também foi contaminado. Ele chegou a ser internado em estado grave, mas conseguiu se recuperar e recebeu alta dias depois.

A SMS ainda informou, que o quadro delas se agravou e, depois de dois dias de internação foi necessário transferi- las para um hospital em Catalão, no sudoeste de Goiás.

Ainda internada na unidade, Lucimar não resistiu às complicações da doença e morreu na última segunda-feira (29). Três dias depois, na quinta-feira (2), o mesmo ocorreu com Camila

Ambas foram homenageadas pela Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Edealina. Nas redes sociais, várias pessoas lamentaram o acontecido.
O boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mostrava Edealina com seis casos confirmados da doença.

Em Morrinhos, onde moram os famíliares de Lucimar e Camila, o boletim informou que já havia 200 casos confirmados, sendo quatro mortos.
Já em Catalão, onde mãe e filha ficaram internadas antes de morrerem, haviam sido contabilizadas mais de 230 pessoas contaminadas pelo coronavírus, com quatro óbitos.
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O POPULAR

Medicamento pode causar taquicardia
Ivermectina Mutirão em Aparecida distribuiu 1,8 mil kits do medicamento, que não tem comprovação de eficácia P14
Grupo distribuiu 1,8 mil kits de ivermectina em Aparecida de Goiânia ontem (5). Substância não tem eficácia comprovada contra Covid 19

O uso de ivermectina, antiparasitário que mesmo sem nenhuma comprovação científica, está sendo utilizado para o tratamento do novo coronavírus (Sars-CoV-2), pode ter efeitos colaterais. É o que afirma a médica infectologista e membro da  Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marianna Tassara. "Os efeitos colaterais podem ser febre, alergia, vermelhidão na pele, dor abdominal, hipotensão, taquicardia, diarreia, náuseas, sonolência, edema facial, dentre outros", aponta a infectologista.

Neste domingo (5), 1,8 mil kits de ivermectina foram distribuídos no estacionamento da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia. A ação vai contra os alertas da SBI e do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) sobre o uso indiscriminado de medicação sem a eficácia comprovada para combater o novo coronavírus. O mutirão, realizado por um grupo intitulado Goiânia Frente a Covid-19, ocorreu em sistema de drive thru, com senhas, para pessoas acima de 60 anos ou com problemas de saúde identificados. Cada veículo recebe apenas um kit com 3 cápsulas do medicamento.

Tassara explica que não existe nenhuma comprovação científica de que o uso de ivermectina ajuda no tratamento ou prevenção do novo coronavírus. "Os estudos mostram que realmente o remédio tem uma ação antiviral em laboratório. Entretanto, a quantidade usada para matar o vírus é muito grande e poderia fazer mal caso fosse ministrado a uma pessoa. Isso nos leva a crer em  uma não eficiência do produto", esclarece.

A especialista conta que a substância já foi estudado no tratamento de outras doenças como a dengue. "Aconteceu a mesma coisa. No laboratório os resultados foram positivos, mas quando testado no ser humano, a resposta não era tão expressiva", enfatiza. Tassara ressalta que o mesmo que o remédio tivesse ação na diminuição da carga viral, ele não ajudaria no tratamento de casos graves da doença. "Ele não conseguiria ajudar a tratar a resposta inflamatória que o corpo nos casos mais graves por conta do vírus", pontua.

Distribuição
Um dos coordenadores da ação feita em Aparecida, o oftalmologista André Luis diz que o grupo Goiânia Frente a Covid-19 conta com a participação de 242 profissionais na capital e mais de 200 no interior. Segundo ele, durante este domingo houve uma distribuição maciça dos kits, com prescrição médica e descrição de como usar. Além disso, um termo de consentimento foi assinado. As cápsulas, de  acordo com André, foram doadas por duas farmácias de manipulação.

O motorista de aplicativo Kleber Motta Silva, de 51 anos, foi uma das pessoas que recebeu o kit. "Eu acredito que o remédio é benéfico e por isso peguei. Ele pode ter efeito no nosso organismo", explica o motorista. Entretanto, ele acredita que a prevenção ainda é o melhor remédio. "Temos que nos cuidar, usar máscara e álcool 70% e lavar as mãos. Não dá para facilitar com a doença", esclarece Kleber.

A Vigilância Sanitária de Aparecida de Goiânia informou que foi procurada pelos organizadores do evento e os orientou que a distribuição de medicamentos deveria seguir a prescrição mediante consulta médica. Procurado, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que não irá se manifestar.
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Goiás tem 82 cidades com internação por Srag
S R AG: Número de cidades com internação salta para 82 p11
Em janeiro deste ano, antes da pandemia de Covid-19, eram dez municípios com hospitalização por Srag

O número de cidades goianas que demandam leitos de internação por síndrome respiratória aguda grave (Srag) aumentou de 10 para 82 entre janeiro e junho deste ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que o acréscimo se deu a partir de março, quando os primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) foram confirmados em Goiás. Entre fevereiro e março, o total de internações por Srag saltou de 34 para 396, quase 11 vezes mais.

Não existe consolidado o total de leitos de enfermaria e UTI disponíveis dedicados para Covid-19 em Goiás, muito menos por cidades goianas, apesar de no dia 12 fazer quatro meses do primeiro registro da doença no Estado. Mas sabe-se que menos de 30 municípios o possuem. Por isso, preocupa as autoridades o total de cidades que demandam internações por Srag, que são taratadas inicialmente como todos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus.

Desde a epidemia de H1N1 no Brasil em 2009, o Ministério da Saúde exige que todos os casos de internação por Srag sejam notificados, tanto na rede pública como particular. A síndrome é um dos sintomas considerados graves de Covid-19, mas pode ter outros motivos, seja infecção por outros vírus ou bactéria ou causas distintas de contaminações. Entretanto, as autoridades alertam para o aumento do número de notificações fora da média anual.

Entretanto, mesmo com a obrigatoriedade, há uma subnotificação que impede ter uma noção real dos casos de internação por Srag e, por tabela, por Covid-19. Os números variam conforme a fonte pesquisada: Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Dados da Fiocruz, por exemplo, mostram que até o dia 20 de junho já haviam sido notificadas 2.798 internações por Srag, sendo que a estimativa é que este total poderia chegar a 3.330, considerando a demora para os casos chegarem aos bancos de dados do Ministério da Saúde. Os números consolidados vão até a 10º semana epidemiológica (entre os dias 1º e 7 de março). Para se ter uma ideia, o boletim epidemiológico da SES-GO da 26ª semana mostrava que até o dia 23 de maio havia 1.295 internações confirmadas por Covid-19.

Os números da Fiocruz que constam na base de dados Infogripe mostram que os casos de internações por Srag até a 25ª semana epidemiológica aumentaram 4,6 vezes em relação ao mesmo período de 2019 e quase 3 vezes em relação a 2018, quando foi registrado um surto de H1N1 entre meados de março e fim de abril. Neste ano, até o momento, a única epidemia ou surto registrada no Estado é de Covid-19. Em 2019, neste mesmo período, foram 596 notificações e 1.173 em 2019.

O último boletim epidemiológico da SES-GO aponta que houve um aumento de 247% no total de notificações por Srag entre 2019 e 2020 considerando apenas o período entre a 10ª semana epidemiológica, quando surgiram os primeiros pacientes confirmados de Covid-19 em Goiás e a 26ª – a mais recente com dados mais consolidados.

Origem
Os dados do Ministério da Saúde apontam que 230 unidades hospitalares fizeram notificações de casos de pacientes que foram internados por Srag, sendo que muitos deles estavam em postos de saúde de atendimento básico, sem leitos de UTI instalados. Pelo menos 95 casos, por exemplo, vieram de Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) em Goiânia. Há 7 casos de unidades de saúde da família (USF) e 765 de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). De acordo com o ministério, a unidade hospitalar que mais encaminhou notificações de Srag neste ano até o dia 30 de junho foi uma UPA em Aparecida de Goiânia.

Algumas cidades aparecem apenas com notificações em somente um mês, como Acreúna. Mas isso pode ser devido a casos de subnotificação, uma vez que no banco de dados do Ministério da Saúde municípios como Senador Canedo, que até o dia 30 de junho tinha 624 casos confirmados de Covid-19, segundo boletim da SES-GO, porém apenas uma notificação por Srag, de acordo com o Ministério da Saúde. Outra cidade que aparece com poucos casos de internações por Srag apesar de ter um número até maior de pessoas internadas por Covid-19 é Rio Verde, que em junho registrou apenas 40 notificações de Srag no Ministério da Saúde, apesar de ter confirmado mais de 6 mil casos de novo coronavírus e de ter visto o total de leitos ocupados aumentar.

A Srag é uma das principais causas de internação por Covid-19 e, ainda conforme o boletim estadual, 49,7% dos testes feitos com pessoas com sintomas como Srag, febre, tosse entre outros mais comuns nesta doença na 26ª semana epidemiológica deram positivo para infecção pelo novo coronavírus.
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Mortes avançam no Sudoeste

Regional que tem Rio Verde como sede, passou de 1,2% para 12% das mortes causadas pela Covid 19 em Goiás no prazo de um mês. Maior testagem e momento da pandemia podem explicar o cenário

No início de junho, mais de 40% das mortes pelo novo coronavírus em Goiás estavam concentradas na Região de Saúde Central, mais populosa, onde está Goiânia. No entanto, com o avanço da pandemia, a proporção de óbitos por regional começou a ser mais distribuída. O maior aumento desta fatia de vidas perdidas foi na Região Sudoeste I, cuja sede é Rio Verde. Entre o dia 31 de maio e 30 de junho, a região passou de 2 para 71 mortes de Covid-19 e deixou de representar 1,2% desta estatística do Estado para chegar a 12%. Nesse mesmo período, Goiás passou de 172 para 590 mortes.

A Regional Sudoeste I também se destaca com a maior taxa de mortes por Covid-19 a cada 100 mil habitantes, de 16,9, considerando dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Na segunda colocação está a Regional Central, com a taxa de 12,2. No Brasil, este índice já é de cerca de 30 mortes a cada 100 mil habitantes. A Regional Sudoeste I tem uma população de cerca de 420 mil habitantes em 18 municípios, sendo que nove já tiveram pelo menos uma morte confirmada por coronavírus. Goiás é dividido em 18 regionais de saúde.

O aumento destas mortes na Sudoeste I se deve principalmente a Rio Verde, quarta maior cidade de Goiás. O município tem 59 óbitos por Covid-19 segundo dados da SES-GO e 68 conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade. Considerando as cidades com mais de 100 mil habitantes de Goiás, tem a maior quantidade de óbitos por coronavírus proporcional à população.

Médico e coordenador do Centro de Operações de Emergências (COE) municipal de combate ao novo coronavírus, Wellington Carrijo tem duas explicações para este alto número de óbitos em Rio Verde e consequentemente na Regional Sudoeste: maior testagem da população e diferença no tempo epidemiológico de outras cidades do Estado.
O POPULAR já mostrou que Rio Verde teve uma testagem em massa de trabalhadores da indústria. Dos mortos por Covid-19 da cidade, um deles era um destes trabalhadores.

No entanto, de acordo com Carrijo, o município também tem feito cerca de 50 testes diários terceirizados, além de outros cerca de 50 por dia exclusivos da rede privada. Todos do tipo RT-PCR, considerado padrão ouro da testagem. Esta alta testagem reflete na taxa de mortalidade em Rio Verde, de 1,2% dos casos confirmados. Em Goiás a taxa é de 2,2% e em Goiânia 2,5%.
"Quando você testa, você acha. A subnotificação de óbito no Brasil é clara. Todo óbito a gente colhe exame. Isso pode sim ter aumentado", defende o médico. A epidemiologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Silveira, corrobora para esta tese. "Testar mais reduz a subnotificação de casos e de óbitos. O Brasil está com muita subnotificação."

Rio Verde foi o primeiro município a adotar o escalonamento de funcionamento das atividades econômicas, alternando paralisação e abertura do comércio de 14 em 14 dias. Além disso, foi a primeira cidade a abrir um Hospital de Campanha.

A cidade do Sudoeste goiano também teve o primeiro caso confirmado de Covid-19 de Goiás, ainda no mês de março, junto com a capital. Carrijo avalia que Rio Verde está em um estágio mais avançado da pandemia, mais próximo do pico de mortes. Isso também explicaria o número alto de óbitos.
"Acredito que a gente está na frente do Estado três semanas e a gente está chegando no pico. A gente vai desacelerar óbitos na frente do Estado", explica.

Rede privada recorre às vagas de outras cidades

Uma peculiaridade de Rio Verde é que a rede privada de saúde da cidade está mais lotada que a rede pública. Cerca de 80 mil habitantes da cidade possuem plano de saúde, o que representa cerca de 35% da população. Na última sexta-feira (3), os leitos privados de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estavam com ocupação de 94,4%, enquanto os da rede pública tinham ocupação de 41,5%.

A situação demandou intervenção do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). No dia 10 de junho, o promotor Márcio Lopes Toledo se reuniu com representantes da Unimed Rio Verde e São Francisco Saúde, principais planos da cidade, para estabelecer um fluxo dos pacientes conveniados e garantir que eles sejam atendidos por seus respectivos planos. Na época, as empresas garantiram que tinham condições de manter o atendimento aos clientes.
"Na rede pública trabalham com certa folga, mas é preciso esta folga, porque a demanda é grande e duas semanas podem mudar completamente o quadro. A gente está exigindo que o plano cumpra seu papel, atenda bem seu cliente", explica o promotor.

Com esta lotação da rede privada, pacientes de Rio Verde com plano de saúde têm sido internados em Goiânia, 230 km de distância, e até Ribeirão Preto, em São Paulo, cerca de 600 km. "Gerou um caos na iniciativa privada, porque aqueles que têm plano de saúde não estão podendo mais ser atendidos em Rio Verde. Têm que ser transferidos para outras cidades", descreve a promotora Renata Dantas, que também acompanha a situação.

Ela lembra que a rede pública de Rio Verde aumentou seus leitos e se preparou para o aumento da demanda. Segundo a promotora, as decisões municipais têm sido bem embasadas em pareceres técnicos e por isso ainda não foi necessária uma intervenção do Ministério Público.

"Não foi necessária a atuação nossa no sentido de forçar, pedir ou exigir do poder público a tomada de alguma atitude. A atuação do Ministério Público tem sido mais de forma colaborativa. Nós temos acompanhado e as verbas que têm chegado têm sido sim implementadas no combate a Covid-19", garante.

Resposta

Por nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás informou que, apesar do aumento no número de casos confirmados da Covid-19 no último mês, a taxa de letalidade em Goiás é uma das menores do Brasil.
Além disso, a pasta citou o Decreto Estadual nº 9.685 publicado em 29 de junho que determina medidas de fechamento intermitente de atividades econômicas não essenciais e reforça as orientações de cumprir o distanciamento social das publicações que são feitas desde o início da pandemia.

Municípios contabilizam mais mortes que secretaria

As 14 cidades de Goiás com maior população, todas acima de 100 mil habitantes, registraram 34 óbitos a mais por Covid-19 que os computados pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). No caso de Rio Verde, na noite do último sábado (4), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contabilizou um total de 68 mortes, enquanto a SES-GO tinha o registro de 59.

Por nota, a SES-GO informou que o painel Covid-19 extrai os dados dos sistemas de notificação oficiais, o Sivep Gripe e o E-SUS. Segundo a pasta, estas informações são preenchidas e atualizadas pelos municípios. "Enquanto a cidade não registrar os dados ou atualizar a evolução do caso, as informações não são contabilizadas no sistema. A SES-GO trabalha junto aos municípios para que este monitoramento seja contínuo. Há, inclusive, uma portaria da pasta, que dispõe sobre a necessidade de notificação dos casos", diz trecho de nota do Estado enviada para a reportagem.

Médico e coordenador do Centro de Operações de Emergências (COE) municipal de combate ao novo coronavírus, Wellington Carrijo, explica que como o município testa muito, acaba tendo um tempo entre a divulgação pelo portal da prefeitura e o cadastramento dos dados no sistema. "Como a gente faz testagem em massa, está demorando para processar", explica.
Cidades apostam em maneiras de combate à pandemia no Brasil

Com dores de cabeça e no corpo, perda do olfato e do paladar, vômito e febre, a secretária Ariana dos Santos, de 27 anos, de São Caetano do Sul, ligou para um 0800 e recebeu em casa um kit de autocoleta para o teste da Covid-19.

Em 48 horas, foi avisada do resultado positivo e teve de se isolar por 14 dias. Durante o período, foi monitorada a distância por profissionais da saúde. "Me recuperei em casa, tive sorte."
Entre as iniciativas adotadas pela prefeitura de São Caetano do Sul (SP) durante a emergência sanitária, há o monitoramento de doentes crônicos, principal grupo de risco para complicações e morte pela Covid-19.
Mais de mil experiências em atenção primária estão concorrendo a uma premiação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde. As inscrições se encerram no próximo dia 15.

Os testes fazem parte das estratégias do município para o combate a Covid-19. Ao todo, foram testadas mais de 38 mil pessoas, o que representa 24% da população.

Até o último dia 30, a cidade tinha 1.924 casos confirmados, com uma taxa de letalidade de 4,4% (86 mortos). "Pelo perfil mais envelhecido da nossa população, poderia se esperar um cenário muito pior", diz a secretária de saúde Regina Zetone.

Em Belo Horizonte (MG), também houve uma iniciativa de manter o cuidado com doentes crônicos, como diabéticos e hipertensos.
Desde o início da pandemia, em março, os usuários deixaram de procurar por atendimentos. Por isso, foi elaborada uma lista com os dados dos que tinham condições crônicas mais complexas. Eles são acompanhados.
Em Teresina (PI), a prefeitura reservou 23 unidades básicas de saúde, de um total de 90, para atender aos pacientes suspeitos e confirmados de Covid-19. Nas unidades e nas visitas domiciliares são testadas cerca de mil pessoas por dia.

Cerca de 27% dos testes são positivos. Os dados são enviados para um sistema que importa a lista de casos confirmados das redes pública e privada.
A relação dos pacientes é enviada para um grupo de enfermeiros, que monitora os sintomáticos e identifica os contatos a serem testados.

A capital do Piauí trabalha com um número de WhatsApp com o qual é possível agendar o teste de Covid-19. "A gente conseguiu evitar a circulação de pessoas possivelmente infectadas e o agravamento do quadro da infecção", diz Andréia Sena, da diretoria de atenção básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS).()

Goiânia tem 7.792 infectados pelo novo coronavírus

Os casos confirmados para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) em Goiânia chegaram a 7.792 neste domingo (5). Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e foram divulgados por meio de boletim, no fim da tarde. No total, são 22 positivos a mais que os dados divulgados no sábado (4) e nenhum óbito foi confirmado nas últimas 24 horas na capital.

Do total de 7.792 casos, 6.558 foram considerados curados, número equivalente a 84% do total. Além disso, a SMS informa ainda que 247 pessoas se encontram internadas, 788 em isolamento domiciliar. A taxa de mortalidade é de 3%. No total, 51% dos contaminados são mulheres e 49% homens.
Levando em conta a faixa etária, a maior parte dos casos de Covid-19 na capital, (43,8%) é de adultos com idade entre 20 e 39 anos. Em seguida, 35,8%, de 40 a 59 anos. Os idosos, acima de 60 anos, concentram 15,2% dos casos com 1.192 confirmações. Também há registros de infectados com idades abaixo de 10 anos (149 casos) e de 10 a 19 anos (247 casos).

Até o momento, a média de internação foi de 10% dos casos, que dá um total de 771 pessoas. Destas, 382, precisaram de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Profissionais da Saúde

Os trabalhadores da Saúde em Goiânia somam 1.005 infectados, o que corresponde a 13% do total. No topo destes profissionais estão os técnicos de enfermagem, seguidos de médicos e enfermeiros.
Sintomas

Se acordo com a SMS, em 53% dos casos da capital, os contaminados tiveram tosse; 50% tiveram febre e 24% dor de garganta. Em 21% dos confirmados também houve queixa de dor de cabeça e 16% dores musculares. Perda de olfato foi relatada por 10% das pessoas e 9% teve perda de paladar. Diarreia e desconforto respiratório foram relatados por 7% do total e 3% também teve vômito.

Goiás
Nas últimas 24 horas, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás confirmou 15 novos casos do novo coronavírus, totalizando 28.526. No boletim epidemiológico divulgado neste domingo (5), o número de mortes se manteve em 621 como informado no último sábado.

O boletim informa ainda que no Estado, há 69.731 suspeitas em investigação e 32.663 já foram descartadas por não confirmarem a doença. A pasta investiga 49 mortes que podem ter como causa complicações do novo coronavírus. A pasta já descartou 491 óbitos não associados a Covid-19.
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DAQUI

Remédio tem efeitos adversos
MESMOS EM COMPROVAÇÃO, IVERMECTINA É USADA PARA TRATAR COVID-19

O uso de ivermectina, antiparasitário que mesmo sem nenhuma comprovação científica está sendo utilizado para o tratamento da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, pode ter efeitos colaterais adversos.
É o que afirma a médica infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (S-BI), Marianna Tassara. "Podem ser febre, alergia, vermelhidão na pele, dor abdominal, hipotensão, taquicardia, diarréia, náuseas, sonolência, edema facial, dentre outros", aponta.

Ontem, 1,8 mil kits de ivermectina foram distribuídos no estacionamento da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia. A ação vai contra o alerta da SBI e do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) sobre o uso indiscriminado de medicação sem a eficácia comprovada. O mutirão, realizado por um grupo intitulado Goiânia Frente a Covid-19, ocorreu em sistema de drive thru, com senhas, para pessoas acima de 60 anos ou com problemas de saúde identificados.

Um dos coordenadores da ação, o oftalmologista André Luis, diz que a distribuição contou com prescrição médica e descrição de como usar. Além disso, um termo de consentimento foi assinado. Aproximadamente 10 médicos e voluntários participaram da ação. Segundo ele, as cápsulas foram doadas por duas farmácias de manipulação. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) preferiu não se manifestar sobre a ação.

SEM COMPROVAÇÃO
Tassara explica que não existe nenhuma comprovação científica de que o uso de ivermectina ajuda no tratamento ou prevenção da Covid-19. "Os estudos mostram que remédio tem uma ação antiviral em laboratório. Entretanto, a quantidade usada para matar o vírus é muito grande e poderia fazer mal caso ministrado a uma pessoa", esclarece.

A especialista conta que a substância já foi estudado no tratamento de outras doenças como a dengue: "Aconteceu a mesma coisa. No laboratório os resultados foram positivos, mas quando testado no ser humano, a resposta não era tão expressiva".
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação