Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 06/06/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DIÁRIO DA MANHÃ
Vítimas da Medicina
Falhas médicas acarretam transtornos à saúde dos pacientes, em muitos casos problemas permanentes e, em outros, situações levam à morte

O Código de Ética Médica (CEM) é claro e objetivo em seu Capítulo III em que trata da responsabilidade profissional, no artigo 1° quando proíbe ao médico “causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência”, mas o problema do erro médico é mais comum do que se pensa. É corriqueiro ver nos noticiários chamadas do tipo “médico é afastado por falha no diagnóstico”, “médico indicou ácido como colírio”, “bebê pode ter mão amputada por erro médico”, “enfermeira injetou comida na veia de paciente”, “isolante injetado na veia matou pacientes”, “advogada Ludmylla Franco morre após cirurgia plástica, em Goiânia”, revelam os noticiários.
Mesmo com todo um aparato tecnológico, é frequente ver casos de erros em procedimentos médicos, erros esses que podem resultar em tragédias, na maioria das vezes, ou prolongamento do tempo de internação e aumento dos custos hospitalares. Caso este da artista plástica Cristiane Rezende Santos, 45 anos, que ficou durante oito anos sem sentir cheiro de nada, após cirurgia plástica no nariz. “Depois da cirurgia, meu nariz colou todo por dentro e ficou cheio de fragmentos de ossos, por causa disso, fiquei sem sentir cheiros durante oito anos”, descreve.
Problemas
Para a artista plástica, após ter passado pelo procedimento cirúrgico, não sentir cheiros parecia ser normal. Mas conta que com o passar do tempo o quadro foi se agravando mais e ela resolveu procurar ajuda. “Resolvi procurar outro cirurgião plástico que disse que era preciso fazer uma reconstrução nasal e me encaminhou para um otorrino”, lembra. A situação em que se encontrava a artista, na época, era grave e lhe faltava recursos financeiros para bancar uma segunda cirurgia, agora de reconstrução nasal. “Tive que fazer um empréstimo para pagar”, conta.
Cristiane teve que passar por uma reconstrução nasal dos cornetos (tecidos esponjosos que se encontram dentro do nariz e tem como uma das suas funções controlar o fluxo de ar). “Tive que retirar os cornetos porque estavam cheios de fragmentos de ossos (os cornetos estavam inchados, hipertróficos e com isso impediam a passagem do ar). Foi uma cirurgia muito delicada”, reconhece.
Hoje a artista plástica voltou a sentir cheiros dos mais agradáveis aos ruins. Mas ruim mesmo foi à experiência de passar pelas mãos de um profissional não qualificado. Ela conta à reportagem do Diário da Manhã que se submeteu ao procedimento cirúrgico, na época, com o médico porque ele havia sido muito bem recomendado e por apresentar um preço acessível.
No entanto, o que parecia agradável e cômodo para a artista transformou-se em um intenso pesadelo que deixou resquícios até os dias de hoje. “Hoje consigo sentir cheiros, mas quase sempre preciso em determinadas ocasiões levantar a ponta do meu nariz para respirar melhor”, lamenta.
Prejuízos permanentes
Cristiane Rezende não consegue respirar direito e adquiriu uma rinite alérgica, “em qualquer ambiente que tiver algum cheiro forte o meu nariz fecha; faz parte da minha profissão ir a eventos que tem coquetel, evito ir a esses lugares porque não consigo comer, respirar e conversar, para isso preciso ficar segurando o nariz, só vou quando é inevitável”, narra o drama e reconhece que a única coisa que ficou de bom foi a estética do nariz.
Erro médico
Cristiane, assim como muitos brasileiros, optou por fazer a cirurgia de correção do nariz porque o achava desproporcional para seu rosto, “achava meu perfil feio”, diz. Depois de quase tudo dar errado ela procurou o cirurgião responsável por sua cirurgia que se negou a atendê-la. “Ele desfigurou por completo meu nariz e quando o procurei ele não quis me receber”, afirma.
Recentemente a artista procurou um cirurgião plástico para fazer uma bioplastia no nariz (técnica médica de preenchimento) acabou por aplicar botox em busca de melhores condições para respirar. “Apliquei um pouco de botox no início do nariz, mas não resolveu muita coisa”, conclui.
Órgão fiscalizador
Entre 2008 e 2013, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) recebeu 2.779 denúncias contra médicos e instaurou 1.556 sindicâncias, que resultaram em 260 processos. De acordo com informações da assessoria de comunicação do órgão, ao todo foram 313 processos instaurados na gestão 2008/2013 e em gestões anteriores, 250 médicos foram absolvidos e 111 foram apenados, sendo que seis tiveram cassados os direitos de exercerem a medicina. Informaram ainda que, desde a fundação do Cremego, em 1957, até maio de 2014, 12 médicos inscritos no Conselho tiveram seus registros cassados. “Com a cassação, eles ficam impedidos de exercerem a medicina”, informa.
Em entrevista à reportagem do Diário da Manhã, o presidente do Cremego, Erso Guimarães ressalta, que toda a atuação do órgão é baseada no Código de Ética Médica (CEM) que garante ampla defesa, aos denunciantes e denunciados. “O Cremego investiu também, e continua investindo, na conciliação entre as partes, o que explica a diferença entre o número de sindicâncias instauradas e de processos abertos”, avalia.
Erso explica o quanto é rigoroso o processo de verificação de uma denúncia, que para isso o Cremego faz uma investigação, na qual, primeiramente solicita esclarecimentos por escrito, do médico e depois são solicitados documentos para serem avaliados. “De acordo com a denúncia o Conselho analisará se existe indícios de danos”, que segundo ele são caracterizados em três etapas o “erro médico”, de fato “resultado indesejado” por parte do paciente e “acidente imprevisível”. Esse último, segundo ele, “independente da atuação do médico o paciente sofreria aquele dano”, o que não pode ser caracterizado por erro médico.
Para comprovação do erro médico é preciso, pontua ele, ser caracterizado dano ao paciente, mediante ação ou omissão, negligência, imprudência e imperícia, por parte do médico. “Quando falamos de negligência é quando o médico deixa de fazer o que precisa ser feito. Imprudência é não fazer o que deveria ser feito e a imperícia é quando ele faz mal o que deveria ser benfeito, para caracterizar um erro médico é preciso ter uma dessas características ou todas”, define Erso.

Mudanças possíveis para evitar erro médico
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Erso Guimarães, o melhor caminho para se evitar erros médicos é através da educação médica continuada, “tanto em relação à ética médica quanto à atualização científica permanente da área de atuação”. Pontua ainda a importância da implantação das comissões de ética médica nas instituições hospitalares com mais de 15 médicos no corpo clínico.
Outra medida é a ouvidoria do Conselho que fica disponível, 24 horas, para orientar os médicos e a população sobre seus direitos e deveres. “Também é disponibilizado cursos de ética médica para médicos registrados no Conselho”, informa. Reafirma a importância do instrumento de conciliação entre os envolvidos. “Quando não há dano real pode haver uma conciliação entre as partes”, avalia.
Erso faz um alerta aos profissionais da medicina, “o médico precisa tomar bastante cuidado e ter critério nas elaborações de documentos médicos, prontuários e fichas clínicas que são os grandes instrumentos de defesa do médico”, destaca.
Apoio incondicional
Contrário ao procedimento errôneo do médico que fez a cirurgia da artista plástica Cristiane Rezende, Erso adverte que em casos de erro médico ou resultados indesejados o médico não deve abandonar sob hipótese alguma o doente. “Ele tem que acompanhar esse paciente de perto, demonstrar interesse na melhora do mesmo. Não deve abandoná-lo. Agora o paciente tem o direito de escolher se quer ou não continuar com o mesmo médico”, defende.
O presidente acrescenta que as funções do Conselho são fiscalizar o exercício e a normatização da profissão e, ainda, julgar os casos das denúncias médicas. “A finalidade maior é defender o direito de todo brasileiro a ter uma assistência médica de qualidade, você defende a boa qualidade, você defende o profissional evitando que ocorram erros”, conclui.
Cristiane assegura que faria tudo de novo, mas se resguardaria com alguns cuidados importantes. “Pesquisaria primeiro e procuraria ver os resultados e não ir só por indicação. Esteticamente ficou bom, mas eu não consigo respirar direito, devemos procurar profissionais que realmente são qualificados”, aconselha.

O que diz a lei
Penalidades previstas na Lei 3.268/1957, que dispõe sobre os Conselhos de Medicina e dá outras providências.
Artigo 22 – As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais aos seus membros são as seguintes:
a) advertência confidencial em aviso reservado;
b) censura confidencial em aviso reservado;
c) censura pública em publicação oficial;
d) suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias;
e) cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal.
§ 1º Salvo os casos de gravidade manifesta que exijam aplicação imediata da penalidade mais grave a imposição das penas obedecerá à gradação deste artigo.
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Plantas que curam

Chás de diversas ervas são utilizados desde a antiguidade para a cura e tratamento de enfermidades
NAYARA REIS

Gripe, dor de estômago, náuseas, quem nunca tomou um chá de boldo, ou de alguma planta medicinal para um desses males? Essas ervas são utilizadas pelas pessoas que convencionalmente têm esse hábito por aprender com seus antecedentes como e o porquê de seu uso. Apesar dos benefícios dessas ervas, é preciso identificar e se informar bem de como e quando utilizá-las de maneira adequada, para que, ao invés de fazer bem, não cause danos à saúde.
Existem estudos científicos, e médicos especializados em medicação homeopática ou em fitomedicina, que analisam as maneiras de como utilizar essas plantas. Que além de detentoras de nutrientes, também podem enriquecer a alimentação. Também já é possível encontrar livros e artigos que falam sobre o tema, e tem o objetivo de informar a população para utilizar essas plantas de maneira responsável e correta, sem que haja interferência de mitos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a medicina herbática ou fitomedicina é aquela que utiliza preparações herbáticas produzidas pela sujeição dos materiais de origem vegetal a extração, a fracionação, a purificação, a concentração, ou outros processos físicos ou biológicos. Tais quais podem ser produzidos para consumo imediato ou como base para remédios e produtos herbáticos ou vegetais.
Uso responsável
A farmacêutica e bioquímica Mara Rubia Ferreira de Freitas explica que plantas medicinais são espécies vegetais, cultivadas ou não, utilizadas com propósitos terapêuticos, atuando para prevenção e tratamento de doenças. “Chamamos de planta fresca aquela coletada no momento do uso e planta seca a que foi submetida a processos de secagem, equivalendo à droga vegetal.” Mara esclarece que as plantas medicinais são recomendadas para a grande maioria dos problemas de saúde atuando tanto na prevenção e alívio dos sintomas manifestados nos sistemas do corpo, principalmente em casos crônicos, desde que na forma, dosagens e nas preparações corretas. “No caso de pacientes portadores de doenças específicas ou em uso de outros medicamentos devem consultar o seu médico ou demais profissionais de saúde, antes de usar plantas medicinais ou fitoterápicos”, afirma.
De acordo com a farmacêutica, as plantas medicinais usadas em excesso também podem fazer mal. “Elas possuem constituintes químicos em sua composição e, se não forem usadas de forma correta e nas dosagens recomendadas podem ter efeitos adversos, contraindicações e efeitos colaterais importantes. Portanto apesar da planta medicinal ter um equilíbrio de seus componentes e com isso diminuir a possibilidade destes efeitos, deve ser utilizada com critério e de uma forma orientada dentro de suas especificidades”, ressalta. Ela lembra ainda que também é importante observar quanto à qualidade deste produto fitoterápico, que pode comprometer todo o sucesso do uso.
De geração em geração
É comum ver na mesa de café da manhã ou da tarde dos brasileiros chás de canela, hortelã e outros, isso porque o costume muitas das vezes é passado por gerações, de mães para filhas e assim sucessivamente. A aposentada Eurides Francisa, 74 anos, confirma isso. Ela cita que desde pequena lembra de como esse hábito de tomar vários tipos de chá em sua casa era comum, o que ela trouxe também para sua família e conserva até hoje.
Eurides ressalta que aprendeu com sua avó a beber e fazer os chás que hoje ensina o preparo e faz para os netos e demais pessoas da família tomarem. “Gosto dos chás de erva-cidreira, que é calmante natural, e tem que ser tomado pela manhã, ou se o dia estiver frio a tarde, mas nunca no calor. É um chá muito gostoso”, explica.
Além desse chá, Eurides conta que também faz uso das plantas medicinais: “Quando tem alguém gripado, por exemplo, eu faço um chá de sabugueiro. Também já fiz chá de hortelã, alfavaca, poejo, canela. Isso vem de família, é quase que hábito. Nós usamos como remédio ou acompanhamento na hora dos lanches”, esclarece.
A técnica de enfermagem Maria José de Fátima Silva, 59 anos, conta que desde criança está acostumada a consumir plantas medicinais, seja para acompanhamento de refeições ou como remédio. “Sempre tomo chás de canela, erva-doce, enfim. Minha mãe e avó sempre faziam em casa e eu peguei o costume também. Além disso, já participei de palestras sobre essas plantas para entender e saber como usá-las da maneira correta”, ressalta. Ela conta que prefere usar as plantas medicinais sempre que possível.  
na alimentação
A nutricionista Kemle Semerene Costa explica que é possível utilizar essas plantas também na alimentação. “Isso pode se dar, por exemplo, a partir dos temperos e de chás (alecrim, hortelã, manjericão, açafrão, orégano, alho, camomila, erva-cidreira, erva-doce, etc.), respeitando a situação de saúde de cada pessoa. Com o uso frequente, mas moderado, junto a uma alimentação adequada, poderá contribuir na manutenção da saúde”, afirma.
Já as desvantagens estão no consumo em excesso dessas plantas. “O uso de maneira indiscriminada, sem compreensão dos efeitos colaterais que podem existir e sem considerar as individualidades. As preparações fitoterápicas são a forma ideal de se obter as doses terapêuticas das plantas medicinais, desde que seja de forma orientada, de acordo com cada situação”, esclarece Kemle.
A alimentação do brasileiro
De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (2012), 51% da população brasileira acima de 18 anos está acima do peso. A má alimentação e o sedentarismo destacam-se como principais fatores responsáveis por essa realidade. Kemle esclarece que doenças crônicas, tais como a hipertensão e o diabetes, surgem como consequência dessas ações: “Com base nas estatísticas de saúde e na experiência profissional, em minha opinião, apesar de muitas pessoas apresentarem interesse e atitudes para uma alimentação favorável à saúde, grande parte ainda não despertou para essa necessidade”, relata.
Para a nutricionista faltam verduras, legumes e frutas no cardápio do brasileiro, dados confirmados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O interessante é que nem sempre isso se dá pela falta de informações ou de condições financeiras. “Inúmeras vezes, há um gasto e um consumo maior de produtos desaconselhados para o uso diário, ricos em sal, açúcares e/ou gorduras de má qualidade, como os refrigerantes, biscoitos, salgadinhos, embutidos, doces, chocolates, bebidas alcoólicas, excesso de carnes, entre outros”, esclarece.
A nutricionista acredita que falta, sobretudo, um olhar cuidadoso para o alimento de cada dia, muitas vezes, em função de uma cultura alimentar difícil de ser mudada; pela vida “moderna”, que exige cada vez mais praticidade, levando à utilização de alimentos nem sempre saudáveis e a substituições de refeições importantes, como o almoço e o jantar, por lanches rápidos (fast food) e/ou produtos do momento que prometem juventude e emagrecimento sem fazer grandes esforços. “Tal realidade tem contribuído para que as pessoas fiquem cada vez mais cansadas, sem energia, com excesso de peso e complicações digestivas, entre outras consequências, nem sempre atribuídas por elas, ao tipo de alimentação utilizada”, diz.
Biografia sobre o tema
No livro Essência da Saúde- plantas medicinais e alimentação (Ciência da Saúde – Editora e Livraria LTDA), dos autores Mara Rubia Ferreira de Freitas (farmacêutica-bioquímica), Kemle Semerene Costa (nutricionista), Danilo Maciel Carneiro (médico) e Josué Antônio da Silva (químico) e colaborações. Os autores explicam que a publicação nasceu da vontade de se criar uma obra diferenciada na área, aproveitando os conhecimentos populares e a utilização das plantas medicinais pela população, com respaldo da comunidade científica nacional e internacional.
Na obra, foram abordados temas como o processamento de plantas medicinais, procedimentos de colheita, secagem, armazenamento, principais preparações fitoterápicas e noções sobre seus constituintes químicos. Além disso, está incluído um arsenal de plantas medicinais indicadas para alívio de sintomas, com suas dosagens, preparações usuais e precauções.
Além disso, o livro também contempla reflexões sobre alimentação saudável, tanto na prevenção quanto no alívio de sintomas manifestados nos sistemas do corpo humano. Na segunda parte, apresenta um resumo de literaturas de 102 plantas medicinais, que possuem estudos científicos e são largamente utilizadas pela população, sendo que muitas são recomendadas pelo Ministério da Saúde. Conta com a apresentação de 30 alimentos importantes para uma alimentação saudável, tendo como objetivo de informar e incentivar sua utilização.

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O POPULAR
Síndrome de Guillain-Barré
Mulher é vítima de paralisia rara
Janda Nayara

Uma mulher de 53 anos está internada no Hospital Alberto Rassi (HGG) com uma paralisia nos braços e pernas causada pela Síndrome de Guillain-Barré, conhecida também como polirradiculoneurite aguda. A principal hipótese dos neurologistas que atendem a mulher é de que a doença tenha sido desencadeada a partir de uma infecção intestinal que ela contraiu cerca de 15 dias antes de desenvolver os sintomas. Porém, não descartam a possibilidade de que seja uma reação da vacina contra a gripe H1N1.
O chefe da clínica de neurologia do HGG, o médico José Alberto Alvarenga, explica que a doença é causada por uma reação exagerada do sistema de defesa do corpo, que passa a atacar os nervos, causando a perda de reflexos e da capacidade de controle dos músculos – nos casos mais graves, a função respiratória também é prejudicada.
Alvarenga diz que o corpo médico responsável pelo tratamento da paciente aguarda o resultado de um exame, cujo resultado está previsto para a próxima semana, para confirmar o que provocou a reação autoimune. “A infecção intestinal relatada pela paciente aconteceu cerca de 15 dias antes dos primeiros sintomas, já a vacina, ela recebeu aproximadamente cinco dias antes, um tempo relativamente pequeno para a reação do sistema imunológico. Geralmente a doença se desencadeia após duas ou três semanas do estímulo externo”.
A mulher está internada desde 2 de junho, recebendo medicação para que a doença não atinja os pulmões. “É uma reação com incidência em uma a cada 100 mil pessoas”, diz o médico, que já atendeu cerca de 20 pacientes com a síndrome. Ele diz que em 90% dos casos a pessoa se recupera completamente em alguns meses.
Mal estar surgiu 8 dias após vacina, diz família
Para a família da paciente, a paralisia foi uma reação da vacina. A filha descarta qualquer infecção intestinal e diz que a mãe teve apenas uma infecção de garganta, dias antes de receber a vacina, em um posto de saúde de Goiânia, no dia 14 de maio. “Cerca de oito dias depois ela começou a sentir muita dor nas costas e fraqueza nos músculos das pernas. Procuramos por três vezes atendimentos em Cais da capital, que passavam exames e medicamentos para a coluna”. A família então, procurou um neurologista particular, que após exame, confirmou a doença. Incentivada por uma familiar da área da saúde , a família buscou novamente o Cais e conseguiu um encaminhamento para o HGG.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação