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Lula garante Nísia Trindade na Saúde e pagamento de retroativo do piso de enfermagem
Hospfar se destaca no mercado de distribuição com a implementação do programa de compliance
Aplicações financeiras garantem lucro de planos de saúde no primeiro trimestre
Procedimentos estéticos invasivos: dermatologista orienta sobre o que observar antes de contratar o serviço
Estudo aponta que investir em tecnologia médica tem impacto positivo sobre o custo de saúde no país
Artigo – Chave para a saúde suplementar pode estar na medicina preventiva
O HOJE
Lula garante Nísia Trindade na Saúde e pagamento de retroativo do piso de enfermagem
Governo pagará salário retroativo a enfermeiros desde maio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou mudanças no Ministério da Saúde (MS) e afirmou que a ministra Nísia Trindade fica no comando da pasta “até quando eu quiser”. Nesta quarta-feira (5), Lula participou da 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), em Brasília, e afirmou ainda que o governo pagará o salário retroativo aos enfermeiros desde o mês de maio, referente à diferença do piso nacional da enfermagem.
“[Na semana passada], eu tinha visto uma pequena nota no jornal de que tinha alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Eu fiz questão de ligar [para ministra Nísia] porque eu ia viajar para fora do Brasil, eu disse ‘Nísia, vá dormir e acorde tranquila porque o Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim e ficará até quando eu quiser”, disse.
A própria Nísia já afirmou “estar tranquila” com relação a pressões políticas para troca do comando da Saúde. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também negou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tenha reivindicado a indicação do ministério e afirmou que Lula não colocará a pasta como cota de nenhum partido.
Ministra é elogiada
Hoje, Lula elogiou o trabalho de Nísia Trindade à frente do Ministério da Saúde nesses seis meses de governo. “Poucas vezes na vida a gente teve a chance de ter uma mulher no Ministério da Saúde para cuidar do povo com o coração, como a mãe cuida dos seus filhos. E eu não tenho dúvida, eu tive muita sorte com os meus ministros da Saúde, todos eles foram extraordinários, mas precisou uma mulher para fazer mais e fazer melhor do que todos nós somos capazes de fazer”, acentuou.
O presidente enalteceu o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos seus profissionais no combate à pandemia de covid-19 e afirmou que o negacionismo não ficará impune na história da saúde brasileira.
“As pessoas morreram porque esse país, em algum momento, teve um governo que não era um governo, era um genocida colocando em prática a mais perversa atitude com relação ao ser humano”, disse.
“Haverá um dia, neste país, em que a covid-19 será estudada com mais profundidade e haverá um dia em que alguém será julgado pela irresponsabilidade e pelo descaso que houve no tratamento do SUS [Sistema Único de Saúde]”, acrescentou.
Piso da enfermagem
Durante seu discurso, Lula afirmou hoje que o governo pagará o salário retroativo aos enfermeiros desde o mês de maio, referente à diferença do piso nacional da enfermagem. Naquele mês, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, estabeleceu regras para o pagamento do piso aos profissionais que trabalham no sistema de saúde de estados e municípios nos limites dos valores recebidos pelo governo federal.
Nesta quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que algumas falhas no texto da lei atrasaram o repasse do valor para estados e municípios, mas isso será resolvido.
O presidente da República argumentou que o trabalho da enfermagem não pode ser considerado menor. “Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira de quatro mil e pouco [reais] é caro”, disse. “Mas é preciso que a gente avalie efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele representa na nossa vida. Quem leva as pessoas para tomar banho, quem vai limpar as pessoas, quem dá comida, quem aplica injeção, quem mede a pressão, quem leva ao banheiro é exatamente o pessoal de baixo que trabalha e por isso esse pessoal tem que ser valorizado”, acrescentou.
O novo piso para enfermeiros – contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434.
Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). Pela lei, o piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
Conferências de saúde
As conferências de saúde são espaços de participação popular e diálogo entre gestores e sociedade. Elas são realizadas a cada quatro anos para definição e construção conjunta das políticas públicas do SUS.
Com o tema “Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia!”, a Conferência Nacional de Saúde (CNS) começou no último domingo (2) e termina hoje em Brasília. O evento reuniu representantes da sociedade civil, entidades, fóruns regionais, movimentos e organizações sociais.
Mais de quatro mil pessoas foram eleitas delegadas para deliberar sobre propostas e diretrizes elaboradas em conferências municipais, estaduais e conferências livres. O resultado dessa etapa nacional deverá ser contemplado no próximo ciclo de planejamento da União, servindo de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual (PPA) de 2024-2027.
Durante o evento, o Ministério da Saúde – em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a CNS – lançou o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde.
O mapa é uma plataforma coletiva e interativa que reunirá iniciativas práticas e saberes dos movimentos sociais. O objetivo é que a ferramenta seja uma fonte para construção de redes colaborativas sobre políticas públicas em saúde.
O Ministério da Saúde anunciou o investimento anual de R$ 414 milhões na Rede de Atenção Psicossocial. A iniciativa é para aumentar a assistência na rede de saúde mental no SUS em todo Brasil.
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Hospfar se destaca no mercado de distribuição com a implementação do programa de compliance
A Hospfar é uma empresa líder no mercado de distribuição de medicamentos e materiais hospitalares
A Hospfar, uma das principais empresas de distribuição do mercado, está conquistando reconhecimento por seu compromisso com a ética e transparência em seus processos comerciais, graças ao programa de compliance implementado e reformulado.
Com o objetivo de garantir qualidade, segurança e bem-estar da sociedade através da distribuição de medicamentos e materiais hospitalares com excelência, a Hospfar tem se empenhado em estabelecer uma estrutura sólida e transparente em seus processos. A implementação do programa, reforça o comprometimento da Hospfar em conduzir seus negócios de forma responsável, em total conformidade com as leis e regulamentações do mercado.
O programa de compliance da Hospfar tem se revelado uma ferramenta essencial na promoção da saúde e no atendimento aos mais altos padrões de qualidade. Esses resultados positivos são feitos do trabalho árduo de toda a equipe, que se esforça para promover a ética e a transparência em todas as relações comerciais.
A Coordenadora Jurídica e Compliance da Hospfar, Jozi Marques, expressou sua satisfação com os avanços alcançados: “Seguimos com a certeza de estarmos vivendo uma transformação necessária ao nosso redor e que isso só é possível graças a cada uma das pessoas que fazem parte da nossa história e que acredita em nosso trabalho”.
A Hospfar reafirma seu compromisso com a excelência e a promoção da saúde e do bem-estar da população. Com o esforço conjunto de sua equipe, a empresa continua avançando na busca pelas melhores práticas comerciais, sustentadas pelos valores da ética, transparência e responsabilidade.
Para mais informações, entre em contato com:
Jozi Marques – Coordenadora de Compliance
Telefone: 62 9 8298-2353
E-mail: jozisilvestre@hospfar.com.br
Sobre a Hospfar
A Hospfar é uma empresa líder no mercado de distribuição de medicamentos e materiais hospitalares, dedicada a fornecer produtos de qualidade e seguros para a saúde e bem-estar da população. Com um compromisso inabalável com a ética e a transparência, a Hospfar busca constantemente a excelência na prestação de seu serviço e em seus processos comerciais.
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AGÊNCIA BRASIL
Aplicações financeiras garantem lucro de planos de saúde no primeiro trimestre
O setor de saúde suplementar registrou lucro líquido de R$ 968 milhões no primeiro trimestre de 2023. Esse resultado foi influenciado pela remuneração recorde obtida pelas operadoras com aplicações financeiras. Os dados do período foram divulgados no painel contábil mantido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em seu portal eletrônico.
Em termos relativos, esse resultado equivale a aproximadamente 1,45% da receita efetiva de operações de saúde principal negócio do setor que foi de R$ 66,8 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Ou seja, para cada R$ 100 de receita efetiva de saúde no período, o setor teve no período cerca de R$ 1,45 de lucro ou sobra, diz nota da ANS.
Chama atenção que o resultado operacional das operadoras médico-hospitalares principal segmento do setor fechou o primeiro trimestre com um déficit de R$ 1,7 bilhão. Significa que os valores arrecadados com as mensalidades pagas pelos usuários não foram suficientes para garantir lucro. O prejuízo, no entanto, foi revertido através de ganhos recordes decorrentes de aplicações financeiras, que geraram uma remuneração de R$ 2,5 bilhões. Com esses rendimentos, foi registrado lucro líquido de R$ 620,6 milhões pelas operadoras médico-hospitalares.
Resultados positivos são observados em todos os demais segmentos. O lucro foi de R$ 202 milhões entre as operadoras exclusivamente odontológicas e de R$ 145,5 milhões entre as administradoras de benefícios (empresas que atuam como intermediárias na contratação de planos de saúde coletivos, como a Qualicorp e a AllCare).
O painel contábil mantido pela ANS é atualizado com dados financeiros que as próprias operadoras de planos de saúde devem apresentar. É possível fazer a consulta por cada uma delas.
Sinistralidade
De acordo com a ANS, o resultado operacional negativo das operadoras médico-hospitalares resulta da alta sinistralidade. Mais de 87% das receitas advindas das mensalidades estão sendo consumidas com as despesas assistenciais. O restante não tem sido suficiente para fazer frente às demais despesas, que envolvem gastos administrativos e de comercialização, entre outros.
A ANS avalia que a manutenção dos altos patamares da sinistralidade está sendo mais influenciada pela lenta recomposição das receitas das grandes operadoras após a pandemia de Covid-19 do que por um maior uso dos serviços dos planos de saúde.
A dinâmica das contas do setor nos últimos anos foi influenciada pelos efeitos da pandemia. Em 2020, com o baixo uso dos serviços dos planos de saúde em um contexto de isolamento social, houve um lucro líquido recorde de R$ 18,7 bilhões. Já em 2021, foram contabilizados R$ 3,8 bilhões. Em 2022, em meio ao enfraquecimento da pandemia, o resultado deixou a casa dos bilhões. Houve um lucro de R$ 2,5 milhões.
Em abril, quando foi apresentado o resultado de 2022, o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, disse à Agência Brasil que a mensagem era de cautela, mas que já havia sinais de recuperação.
Com a divulgação dos dados do primeiro trimestre de 2023, a agência reiterou em sua nota que há indicativos de melhora. Cabe ressaltar que neste trimestre foi observada reversão de tendência, com a receita (ajustada pela inflação do período observado) subindo mais que a despesa assistencial (também ajustada pela inflação)
Reajuste de planos
Os dados do primeiro trimestre de 2023 estão sendo divulgados 10 dias após a aprovação do limite de 9,63% para o reajuste de planos de saúde individuais e familiares. O anúncio foi acompanhado de críticas de diferentes entidades. A organização não governamental Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) considerou que o reajuste autorizado extrapola o limite do razoável.
A nota divulgada pela entidade chama atenção justamente para a capacidade das operadoras compensarem prejuízos operacionais através da rentabilidade das suas aplicações financeiras, que vêm sendo impulsionadas pelas altas taxas de juros em vigor. Para o Idec, houve um descolamento entre o reajuste permitido e o IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -, considerado a inflação oficial do país.
O índice de 9,63% é quase 67% maior do que o valor da inflação acumulada em 2022 e mais uma vez empurra para o consumidor problemas de gestão das operadoras do setor, disse o Idec, em nota, acrescentando que os rendimentos dos usuários não crescem no mesmo ritmo e lembrando ainda que mais de 82% do mercado de saúde suplementar são compostos por planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão, que não são submetidos aos tetos fixados pela ANS e tendem a aplicar reajustes maiores. O percentual máximo é fixado apenas para aumentos nas mensalidades dos contratos individuais e familiares firmados a partir de janeiro de 1999.
Índices
Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa as maiores operadoras de planos de saúde do país, avalia que a fórmula de cálculo gera índices descolados do avanço real dos custos, desconsiderando parâmetros como a sinistralidade das carteiras, a diferença entre modalidades de negócios, a regionalização de produtos e a velocidade da atualização da lista de procedimentos e medicamentos de coberturas obrigatórias. A entidade sustentou, em nota, que o reajuste anual é fundamental para assegurar o equilíbrio financeiro do setor.
A atual fórmula é aplicada desde 2019. Ela é influenciada principalmente pela variação das despesas assistenciais do ano anterior. Também é levado em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país. De acordo com a ANS, a fórmula garante maior transparência e previsibilidade e foi desenvolvida de modo a evitar um repasse automático da variação de custos, assegurando uma transferência da eficiência média do setor para os consumidores.
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PORTAL CERRADO NOTÍCIAS
Procedimentos estéticos invasivos: dermatologista orienta sobre o que observar antes de contratar o serviço
A médica dermatologista Mayra Inhaez, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO) alerta sobre os riscos da realização de procedimentos estéticos invasivos, como preenchimentos, com profissionais não médicos e não habilitados para esses atendimentos.
Ela também orienta os pacientes a ficarem atentos à segurança e à higiene do local onde será feito o atendimento e aos produtos que serão usados.
Frequentes complicações decorrentes da realização desses procedimentos por profissionais não habilitados e os casos recentes devido ao uso de produtos inadequados reforçam o alerta sobre os cuidados que devem ser seguidos por quem busca mais beleza e bem-estar.
“A população precisa ter em mente que deve avaliar o local onde será realizado o procedimento, a formação do profissional e se ele está apto a prestar assistência em caso de complicação, se o produto é liberado para o uso injetável, se é registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e se está dentro do prazo de validade”, alerta.
A médica dermatologista ressalta que as complicações variam de infecções relacionadas à limpeza da pele e à técnica de aplicação, à necroses, que podem levar à perda de partes do corpo. Também podem causar cegueira, derrame
e embolia pulmonar, que pode levar à morte do paciente.
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MEDICINA S/A
Estudo aponta que investir em tecnologia médica tem impacto positivo sobre o custo de saúde no país
Os idosos são os mais beneficiados por esse cenário e as novas tecnologias chegam para auxiliar no gerenciamento dos riscos para elevar a segurança do paciente
Um estudo realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED), em parceria com a LCA Consultores, buscou avaliar o custo e bem-estar social provenientes da tecnologia médica e impacto que o investimento na área pode causar no sistema de saúde.
Segundo o estudo, entre 2008 e 2019, o Índice de Tecnologia Médica cresceu 117% e teve impacto positivo sobre o custo de saúde. O impacto médio anual da tecnologia médica sobre o Produto Interno Bruto (PIB) per capita foi de um aumento de 0,2% no PIB real, o que equivale a R$ 13,84 bilhões a mais de renda para o país, em média, a cada ano, totalizando R$152,24 bilhões. A pesquisa afirma ainda que os idosos podem se beneficiar mais da tecnologia através do aumento da qualidade de vida. Consequentemente no mês de junho é comemorado o Dia Mundial de Prevenção de Quedas, 24, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre os riscos de queda, principalmente para os idosos. Dados da OMS apontam que as fraturas decorrentes de quedas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes acidentais em pessoas acima de 75 anos, e que os idosos apresentam dez vezes mais hospitalizações e oito vezes mais mortes derivadas de quedas do que outros grupos.
Outro fator de risco para a queda é a hospitalização. Em sua última atualização, o Relatório da Avaliação Nacional de Práticas de Segurança dos Pacientes da ANVISA, destacou indicadores sobre prevenção de quedas em hospitais com leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Para Danilo Klein, gerente médico da Baxter, líder global em tecnologia médica, esse aumento acontece devido aos pacientes estarem em ambientes que não lhes são familiares e a solução para a diminuição desse risco está no investimento em novas tecnologias.
“Investir em tecnologia médica é fundamental para a segurança do paciente. Uma das soluções encontradas para diminuir o risco de quedas está em uma plataforma que opera com foco na detecção precoce da deterioração clínica e no gerenciamento dos riscos para elevar a segurança do paciente”, informa o Gerente Médico da Baxter. O ConnectaTM permite visualizar a condição dos pacientes do hospital, nos painéis de visualização no Posto de Enfermagem ou através do dispositivo móvel. Ele está interligado a uma cama inteligente que sinaliza à central de enfermagem qualquer manipulação, reduzindo o risco de queda.
Ter um portifólio de equipamentos e dispositivos que se complementam e se comunicam entre si é fundamental para o sistema de saúde. “É claro que a expertise do profissional de saúde é essencial para que a tecnologia trabalhe a seu favor, mas não há mais como pensarmos em medicina sem o uso desses recursos”, finaliza Danilo Klein.
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Artigo – Chave para a saúde suplementar pode estar na medicina preventiva
A evolução tecnológica atingiu um patamar que, há poucas décadas, parecia ser apenas um bom enredo para filmes de ficção científica. Os avanços estão por toda parte e não há como imaginar que o mundo retroceda em suas conquistas. Mais do que nunca, o conhecimento tornou-se fundamental para garantir qualidade de vida à população.
Nessa busca pelo aprimoramento global, a área da saúde mostrou ser a mais rápida e a mais bem sucedida. Basta citar a expectativa de vida, que aumenta a cada ano graças às pesquisas de incansáveis cientistas – hoje, viver mais e melhor deixou de ser uma utopia.
Se a população passa a viver mais, ela também passa a exigir mais atenção à sua saúde. As pessoas não querem esperar pela doença. Elas buscam prevenir-se para garantir seu bem-estar. Nesse sentido, sai na frente aquele que oferece cuidados preventivos entre seus benefícios.
Trata-se de procedimentos que melhoram a qualidade de vida dos clientes antes que eles adoeçam, por meio de tecnologias que facilitam o acesso e a utilização dos serviços pelos beneficiários.
Desafios enfrentados em 2023 pelo setor
Para as operadoras de saúde, a prevenção pode ser o melhor caminho para enfrentar a crise que se instalou no setor. Com o fim da pandemia da Covid-19, o aumento da demanda pelos planos de saúde trouxe prejuízos ainda difíceis de recuperar.
Consultas, exames e cirurgias que ficaram estacionados por quase três anos voltaram a ser solicitados por pacientes que aguentaram doenças e dores sem saber quando voltariam a ter qualidade de vida. Nem mesmo o aumento contínuo de novos associados tem sido suficiente para estancar a sangria financeira das operadoras.
Segundo a Agência Nacional de Saúde, ANS, as empresas do setor tiveram um prejuízo de R$ 11 bilhões em 2022, valores difíceis de resgatar em curto prazo, a não ser que novas estratégias de atendimento sejam adotadas.
Medicina preventiva e telereabilitação: o caminho para reduzir custos e aumentar a qualidade de vida
A medicina preventiva e a telereabilitação fazem parte das novas estratégias para impulsionar o setor da saúde. Com ela, evita-se que a doença se instale e, caso surja, o seu impacto seja reduzido visando uma recuperação mais rápida e duradoura.
A promoção da saúde é o foco dessas especialidades que ganham cada vez mais espaço entre a população, tanto entre os idosos, mais acometidos pelas doenças crônico-degenerativas, quanto pelos mais jovens, atingidos por distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
A conta é simples: se a população está vivendo mais e quer viver melhor, onde vai buscar ajuda? Em quem lhe oferecer os melhores serviços. No caso, o operador de saúde que incorporou em seu atendimento propostas para a manutenção de seu bem estar físico, mental e emocional.
Benefícios da medicina preventiva
Com a prevenção, diminui a procura por consultas médicas, exames laboratoriais e cirurgias. O resultado? Com menos procura, os planos de saúde também diminuem as despesas com profissionais da saúde, laboratórios e hospitais, cujo impacto nas finanças é assustador.
Há muito o que oferecer em práticas de prevenção de enfermidades. São cuidados diários que incluem uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e a realização periódica de exames, além da vacinação, testes para detecção de possíveis doenças, entre outros.
O que é mais vantajoso para todos? Um check-up semestral ou anual, ou as despesas decorrentes de uma internação hospitalar que os planos precisam custear? Em vinte anos de trabalho na prevenção de doenças osteomusculares, posso garantir que os resultados são surpreendentes.
Um exemplo é um levantamento realizado com 354 pacientes acima de 70 anos que passaram pela metodologia da ginástica holística, dos quais 27% tiveram redução das dores, em todas as partes do corpo, no primeiro mês de tratamento. Também obtivemos a redução de 46% de internações hospitalares.
Cada vez que um paciente se recupera, todos ganham. Ele, sua família, a operadora do seu plano de saúde e a sociedade em geral, que recebe de volta um indivíduo em condições de conviver com qualidade de vida.
A telereabilitação como aliada das operadoras
Além da medicina preventiva, a telereabilitação também confere ganhos adicionais para todos, inclusive após a pandemia. Mesmo à distância, é possível oferecer atendimento humanizado e personalizado, seja de forma individual ou coletiva.
São as próprias empresas contratantes desse método que constatam os benefícios entre seus funcionários, como redução de dores, do uso de medicamentos e, inclusive, do número de cirurgias decorrentes de alterações posturais. Com isso, também diminuem as faltas ao serviço e aumenta a produtividade do colaborador não mais enfermo.
Há relatos de pacientes que confirmam a redução das dores em 71% e a diminuição do uso de medicamentos em 60%. Mas, sem dúvida, um número impactante refere-se às cerca de 94% das cirurgias decorrentes de alterações posturais que são evitadas.
No processo de telereabilitação os planos de saúde acompanham todas as etapas do atendimento ao paciente, o que lhes garante transparência, eficiência e o controle dos gastos durante cada procedimento. O acompanhamento remoto simplifica o atendimento, sem perder o foco no paciente.
Graças às novas tecnologias, é possível ao operador de saúde ter um conhecimento personalizado de cada cliente, que impacta tanto na qualidade de vida do beneficiário quanto na redução de sinistralidades.
Redução no número de cirurgias como resultado da medicina preventiva e da reabilitação
Na minha experiência com a ginástica holística, realizada presencialmente ou com acompanhamento online, como uma alternativa para a fisioterapia do futuro, foi possível notar excelentes resultados, tanto para os pacientes, quanto para as empresas que contratam esse modelo de atendimento e, consequentemente, para os demais personagens dessa cadeia que envolve o setor saúde.
A redução de 94% no número de cirurgias tem um impacto profundo. Não precisar enfrentar um procedimento cirúrgico modifica a expectativa de vida do paciente ou colaborador. Os ganhos são mais do que físicos. São mentais e emocionais. Para as empresas, cada funcionário que é reabilitado significa o retorno ao trabalho de um profissional cuja ausência se fez sentir no processo produtivo.
O que podemos esperar do futuro para a área da saúde?
Como profissional do setor de fisioterapia há mais de 20 anos, coleciono depoimentos de clientes que viram suas vidas mudar desde o início do processo de reabilitação. Jovens desesperançados por causa de dores que não conseguiam vencer e que, logo nas primeiras sessões, voltaram a realizar posturas simples mas que lhes causavam grande incômodo.
E mais: numa mesma sessão, é possível reabilitar e prevenir. Quero dizer com isso que a cobertura das operadoras de saúde precisa focar nas novas necessidades dos clientes. É preciso visar mais os cuidados de prevenção e reabilitação para evitar as doenças do que a quantidade de clientes que impactam a rede de assistência oferecida – trocando o quantitativo pelo qualitativo.
*Patricia Lacombe é CEO e founder da Aira e criadora da plataforma de fisioterapia digital FisioClub.
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Assessoria de Comunicação