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DESTAQUES
Amil compra Eye Clinic e Radium
ANS lança iniciativa para estimular remuneração baseada em valor em saúde
Artigo – Saúde no rumo da perenidade
MP cobra contratação de equipe para atualizar notificações de dengue e reativa grupo de trabalho
CDH aprova cadastro para cuidadores voluntários de pessoas com dependência
Plano de Saúde é utilizado por 88% dos beneficiários, aponta Iess
ANS divulga números de julho do setor de planos de saúde
Venda de 51 planos de saúde de 10 operadoras está suspensa a partir de hoje
VALOR ECONÔMICO
Amil compra Eye Clinic e Radium
O UnitedHealth Group Brasil, dono da Amil, fechou a aquisição da rede de clínicas oftamológicas Eye Clinic, em São Paulo, e do Radium, grupo especializado em oncologia que possui duas unidades ambulatoriais e um hospital-dia em Campinas (SP).
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PORTAL HOSPITAIS BRASIL
ANS lança iniciativa para estimular remuneração baseada em valor em saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou na última quinta-feira (29), durante o II Fórum sobre Qualidade da Atenção, o projeto Modelos de Remuneração Baseados em Valor. A iniciativa selecionará 10 projetos-pilotos de operadoras de planos de saúde fundamentados em experiências que levem em conta os resultados em saúde. Os selecionados serão acompanhados pela ANS e todas as operadoras com projetos aprovados receberão um bônus no resultado do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) a partir do ano-base 2019.
Os projetos deverão seguir as diretrizes apresentadas no Guia para a Implementação de Modelos de Remuneração Baseados em Valor, lançado no dia 20 de março, durante o I Fórum.
A participação no projeto poderá ser requisitada pelo formulário FormSUS, disponível no portal da ANS, de 29 de agosto a 30 de outubro. As experiências inscritas serão analisadas pela equipe técnica da ANS, que priorizará a seleção de projetos com enfoque na melhoria da atenção à saúde e na sustentabilidade do sistema, com iniciativas vinculadas à atenção hospitalar e aos projetos de Melhoria da Qualidade da ANS, como o Programa de Atenção Primária à Saúde na Saúde Suplementar (APS) e os Projetos Parto Adequado e OncoRede. Lembrando que valor em saúde é definido como a relação entre os resultados que importam para os pacientes (desfechos clínicos) e o custo para atingir esses resultados.
Na abertura do evento, o diretor de Desenvolvimento Setorial, Rodrigo Aguiar, destacou o papel da diretoria na promoção de melhorias no setor. “Todas as nossas ações contribuem para a harmonização entre os atores do setor e para a indução de qualidade na saúde suplementar. Nosso trabalho se pauta na regulação indutora, conduzindo de forma amistosa, não forçada, as boas práticas no mercado”, disse.
Aguiar detalhou, ainda, a importância do novo projeto. “Para a ANS, a principal diretriz para a adoção de modelo de remuneração baseado em valor é a que tem como foco alcançar bons resultados em saúde para os pacientes com um custo mais acessível tanto para pacientes quanto para os planos de saúde, evitando-se focar somente na simples redução dos gastos”, explicou o diretor.
Debate sobre modelos de remuneração na ANS
A ANS iniciou as discussões sobre modelos de remuneração de prestadores em 2016, através da criação de um Grupo de Trabalho (GT) específico sobre o tema, no âmbito do Laboratório de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação Setorial. Na Fase 1 do GT, o papel da ANS foi principalmente compartilhar estudos sobre os principais modelos de remuneração, com foco nas experiências internacionais, estabelecendo comparativo com os modelos em andamento no Brasil, em especial na saúde suplementar. Já na Fase 2, foram criados subgrupos com o objetivo de aprofundar temas específicos.
“Agora, com o lançamento do Projeto Modelos de Remuneração Baseados em Valor, o Grupo Técnico que discute esse tema entra em sua Fase 3, avançando ainda mais na implementação de iniciativas que contribuam para testar modelos de remuneração mais adequados e resolutivos para a saúde da população”, destacou o diretor.
A gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da ANS, Ana Paula Cavalcante, discutiu com os participantes as premissas para modelos de remuneração bem-sucedidos. “Temos hoje um ciclo vicioso onde o cuidado em saúde é descoordenado e fragmentado, com duplicação de esforços e sem previsão dos desfechos clínicos para a remuneração de prestadores. A qualidade do que está sendo entregue e a satisfação do beneficiário precisam ser consideradas”, ponderou a gerente. Ana Paula frisou que o atendimento oportuno, seguro, efetivo e centrado no paciente são atributos da qualidade em saúde que devem ser considerados para a remuneração de prestadores.
Outros temas discutidos no Fórum
Além do lançamento do projeto sobre remuneração, ao longo do evento outros temas foram discutidos. Técnicos da ANS realizaram palestras sobre o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde, cuja primeira iniciativa é a Certificação em Atenção Primária em Saúde. O coordenador de Indução à Melhoria da Qualidade Setorial, Eduardo Neto, falou sobre a atual fase do Projeto OncoRede: a criação da certificação em oncologia. O especialista em Regulação Felipe Riani apresentou as conquistas do Projeto Parto Adequado e destacou as prioridades atuais: intensificação do apoio às operadoras participantes, atenção aos fatores ligados à mortalidade materna e a criação da certificação em Parto Adequado. A coordenadora de Avaliação e Estímulo à Qualificação e Acreditação de Operadoras, Rosana Neves, apresentou os indicadores do Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) ano-base 2019, que passa a integrar os programas de indução da qualidade da ANS e a utilizar dados do Padrão TISS (Troca de Informação da Saúde Suplementar).
O Fórum contou também com convidados especiais apresentando suas experiências. Aline Medeiros, da Optum (empresa de serviços de saúde e inovação), compartilhou o seu conhecimento sobre análise de dados de saúde em prol da saúde baseada em valor. Elenara Oliveira Ribas falou sobre o uso de indicadores para melhoria da qualidade em saúde no Hospital Moinhos de Vento. E Ruchelli França de Lima apresentou o Projeto Consórcio de Indicadores de Qualidade Hospitalar, uma parceria do Hospital Moinhos de Vento com a ANS.
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Artigo – Saúde no rumo da perenidade
A área da saúde ainda tem apresentado muitas preocupações, dentre algumas delas, está o alto custo do setor, principalmente, diante de uma economia que ainda se recupera. Com isso, as organizações do segmento se encontram reflexivas sobre a manutenção da sustentabilidade delas neste mercado, com olhar na perenidade.
Dos diversos desafios do setor de saúde, vale destacar a busca por transparência com a promessa de transformar qualidade e custo ao longo de toda a cadeia do segmento. Mesmo nas organizações mais maduras, em muitas ocasiões, o progresso tem sido simbólico, causando frustrações na expectativa da administração com relação às áreas operacionais. De acordo com estudos recentes, até mesmo os países que lideraram essa transformação estão enfrentando dificuldades em demonstrar o valor capturado para todo o esforço aplicado. Quando se deparam com o volume crescente de dados, por exemplo, as empresas têm encontrado muitas barreiras para coletar, processar, armazenar e, principalmente, analisar as informações e descobrir como utilizá-las estrategicamente.
Há várias definições e interpretações sobre o significado de transparência em saúde, o que torna ainda mais complexa a tarefa de estabelecer e monitorar os indicadores de desempenho entre os gestores e as áreas operacionais incluindo terceiros. Para isso, é preciso utilizar alguns pilares de senso comum visando tornar a comunicação mais clara entre os diversos agentes de transformação de qualidade e custo, capturando valor na busca pela transparência nas organizações.
As literaturas ao redor do mundo sobre o assunto apontam para seis dimensões que endereçam os principais problemas e preocupações do setor de saúde e que podem ser a chave para darmos início a uma jornada de transformação na busca pela transparência. São as seguintes: qualidade do atendimento, experiência do paciente, transparência dos custos, governança, privacidade dos dados e comunicação e análise de dados.
Dessa forma, alguns temas importantes têm entrado, ainda mais, na pauta dos Conselhos de Administração e Diretorias, para melhoria deste cenário. Entre eles, estão a diminuição de custos, realização de processos mais otimizados e eficientes, além da reestruturação da gestão, de modo a torná-la mais profissionalizada, bem como a aplicação de boas práticas de governança corporativa, riscos, controles internos e compliance.
Com foco nesse panorama, no que tange à otimização na saúde, as organizações têm aderido a metodologia de Lean. Trata-se de um processo advindo da indústria automobilística, do sistema Toyota de produção, que tem o propósito de suprimir atividades desnecessárias, desperdícios, maximizando o valor ao cliente através de um método eficiente.
Na saúde, o sistema Lean Healthcare se encontra relacionado a processos assistenciais, de suporte e administrativos. Nesse prisma, podem se destacar uma economia significativa de recursos, além do aumento na qualidade dos serviços, sem deixar de resguardar algo muito relevante, a excelência no atendimento e a segurança.
Salienta-se que o sistema de saúde do Reino Unido (National Health Service – NHS), além do Sistema de Saúde do Canadá, também organizações nos Estados Unidos e algumas no Brasil já aplicam o Lean, que tem efetivamente apresentado resultados excelentes.
Nesse sentido, encontra-se a conexão com as diretrizes de governança e compliance ao tema de gestão. Todavia, quando se refere à área de saúde, convém observar não apenas a governança sob a perspectiva da gestão administrativa, mas, também, a concepção dos aspectos técnicos, clínicos e regulatórios do setor. Com isso, se destacam os aspectos de governança, como a corporativa, a clínica e, agora mais recente, a aplicada às operadoras de planos de saúde, especificada para as empresas do setor, de acordo com aa resolução normativa n.º 443/2019, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que enfatiza sobre controles internos e gestão de riscos, para fins de solvência das operadoras de planos de assistência à saúde, com obrigatoriedade de adequação até 2022.
Ressalta-se que a Governança e o Compliance, na área da saúde, são instrumentos de boas práticas que contribuem para uma maior transparência e integridade auxiliando os dirigentes e a organização na tomada de decisão, além de alcançar uma gestão mais coesa. Perante aos elevados custos que a saúde apresenta, as organizações que atuam na área devem estar conectadas com a visão da profissionalização da gestão, otimização dos processos de modo a promover a economicidade, aliada a eficiência e segurança. Nessa perspectiva, pode-se destacar o grande valor da implementação efetiva e conjunta da governança corporativa, com a que já é aplicada nas áreas operacionais como a clínica, além da advinda de obrigatoriedade regulatória, como no caso da operadoras de planos de saúde.
Por conseguinte, a implementação de um sistema de integridade e gestão em saúde deve ser estruturado de forma a alcançar a otimização e eficiência, aderente à cultura da integridade, com concretização de práticas conjuntas de governança, além do compliance efetivo e estratégico.
Sendo estas diretrizes cruciais para que se assegure, a excelência, qualidade, segurança e humanização, em consonância com os aspectos regulatórios, além da prevenção de riscos, controles internos, fraudes e combate à corrupção, para a construção íntegra e consolidada da perenidade das organizações.
Antonio Gesteira é sócio-líder da área de risco, compliance, forense e proteção de dados na KPMG e Juliana Oliveira Nascimento é gerente de estratégia, risco em compliance da KPMG
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MP GOIÁS
MP cobra contratação de equipe para atualizar notificações de dengue e reativa grupo de trabalho
O Ministério Público de Goiás, por meio da 53ª Promotoria de Justiça de Goiânia, cobrou da Superintendência de Vigilância em Saúde da capital as providências para a contratação de digitadores, que serão responsáveis por alimentar dados no sistema georreferenciado que apresenta as notificações dos casos de dengue no município. De acordo com o promotor Marcus Antônio Ferreira Alves, "é estarrecedor constatar que todo procedimento de combate a uma epidemia letal seja prejudicado pela não contratação de mão de obra consistente em 14 digitadores". A cobrança foi feita em reunião realizada nesta quarta-feira (4/9), na sede do MP-GO.
Contudo, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Flúvia Amorim, esclareceu que já está em tramitação um procedimento para a contratação da empresa que fornecerá a mão de obra, mas sem que se pudesse determinar um prazo para o procedimento de contratação.
Ficou definida também a retomada da atuação do grupo de trabalho, formado pelo MP e órgão parceiros no combate à dengue. Integram o grupo representantes das Vigilâncias Estadual e Municipal de Goiânia, Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg), Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (Secovi), Conselho de Desenvolvimento Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), Sindicato da Indústria da Construção de Goiás (Sinduscon) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO).
Falta de inseticida
Os representantes das Vigilâncias em Saúde do Estado e do Município de Goiânia alertaram para o risco de haver completa falta do inseticida utilizado para o combate do mosquito Aedes aegypti na fase adulta. Segundo apontaram, o Ministério da Saúde, que é responsável pela compra e envio do inseticida Malathion, informou que teria havido problemas com a aquisição de novos lotes do produto, que já é insuficiente para trabalho preventivo.
Ocorre que, por previsão contida na Portaria de Consolidação nº 4, do Ministério da Saúde, somente o governo federal tem atribuição para a aquisição do inseticida. De acordo com a superintendente da Suvisa de Goiânia, Flúvia Amorim, sem o produto não é possível romper a cadeia de transmissão de forma rápida e eficaz. "Se algo não for feito com rapidez, pode haver uma epidemia de grandes proporções, não somente em Goiás, mas em todo País". Ela acrescentou que uma apresentação formal sobra esta situação será feita ao Ministério Público Federal em Goiás, para eventuais providências.
A direção de Zoonozes do Município destacou que, independentemente da problemática do inseticida, a fiscalização será contínua, inclusive com a realização de diligências de apreensão de bens inservíveis e servíveis e a autuação de pessoas físicas e jurídicas que estejam descumprindo a lei e gerando focos de disseminação do Aedes .
Quanto ao aplicativo que possibilita ao cidadão a denúncia de focos do mosquito, a equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia informou que o novo sistema demandado pelo Ministério Público terá novo layout e menos burocracia para que o cidadão possa fornecer informações por meio de fotos e vídeos, que auxiliem a subsidiar ações para erradicação do mosquito.
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AGÊNCIA SENADO
CDH aprova cadastro para cuidadores voluntários de pessoas com dependência
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou, nesta quinta-feira (5), o projeto que disciplina o cadastro de voluntários para cuidado e apoio às pessoas com perda de autonomia funcional ou em situação de dependência para atividades básicas da vida diária ( PL 1.225/2019 ). A matéria segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será analisada em caráter terminativo.
De autoria da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a proposta altera a Lei Orgânica da Assistência Social ( Lei 8.742, de 1993 ), acrescentando dispositivo para permitir a criação, por território, de cadastro de voluntários, com os objetivos de ofertar serviços e apoio às pessoas com perda de autonomia funcional ou em situação de dependência; e de suprir intervalos de repouso, descanso, alimentação e necessidade de ausência temporária de cuidadores pessoais não remunerados ou atendentes pessoais não remunerados.
São modalidades de serviços e apoios voluntários a assistência doméstica, cuidados pessoais, manutenção residencial, provisão e preparação de refeições, acompanhamento em atividades dentro e fora da residência e transporte para atividades fora da residência. Pela proposta, essas atividades, exercidas voluntariamente, constituem atividade não remunerada, que não geram vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. Entretanto, o projeto permite o ressarcimento das despesas que o prestador do serviço realizar, desde que autorizadas pela unidade governamental responsável.
Na justificação do projeto, a senadora argumenta que muitos países adotam um modelo de participação da sociedade nos cuidados voluntários com pessoas com deficiência ou idosas, com evidentes benefícios mútuos.
O relator, senador Romário (Podemos-RJ), apresentou voto favorável ao projeto. De acordo com o senador, é louvável a preocupação da autora com a assistência às pessoas com perda de autonomia funcional ou em situação de dependência de outrem para atividades básicas do cotidiano .
No relatório, Romário ainda ressalta que a proposição visa, entre outros aspectos, fazer um convite para que a sociedade contribua com os cuidados e a atenção a alguns de seus grupos mais vulneráveis. "Além disso, permite uma interessante troca de experiências entre pessoas com histórias de vida muito diferentes, e abre uma oportunidade valiosa para o enriquecimento coletivo e para a transformação de nosso país em uma sociedade realmente diversa e plural", destaca o senador.
Na mesma reunião, a comissão aprovou o plano de trabalho apresentado pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN), para avaliação do programa Mais Médicos, escolhido pela CDH como a política pública do governo que irá monitorar em 2019. Zenaide é a relatora da avaliação. Pelo plano apresentando, haverá requerimento de informações, pesquisa em documentos e realização de audiências públicas. A sistematização dos dados vai começar em outubro, com o relatório final previsto para dezembro.
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MONITOR MERCANTIL
Plano de Saúde é utilizado por 88% dos beneficiários, aponta Iess
Em média, 88% dos beneficiários de planos médico-hospitalares utilizam serviços de saúde todo ano. O dado consta em pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess) e revela que o desejo de ter um plano de saúde, o terceiro maior do brasileiro segundo a mesma pesquisa, é justificado também pelo uso dos serviços de assistência médica.
A pesquisa indica que 86% dos beneficiários destes planos de saúde passaram por ao menos uma consulta nos últimos 12 meses; 78% realizaram exames diagnósticos; e, 17% foram internados. O resultado indica claramente que o brasileiro adquire um plano de saúde na quase certeza de que terá necessidade de utilizá-lo assim que tiver cumprido as carências , avalia José Cechin, superintendente-executivo do Iess. Isso vale tanto para os novos adquirentes quanto para todos os que já têm plano ou seguro de saúde, pois 88% de todos eles percebem a necessidade de utilizá-lo a cada ano , completa.
O comportamento é bastante diferente daquele encontrado em outros segmentos de seguro. Por exemplo, o total de solicitações para cobertura de sinistros automobilísticos está ao redor de 29% de toda a carteira segurada, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Economia que é responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Ou seja, de cada 100 veículos segurados, 29 buscam atendimento de algum sinistro junto ao segurador.
Cechin reforça que a diferença é positiva. Enquanto ninguém quer usar o seguro do automóvel, porque isso significa que a pessoa se envolveu em um acidente, a maioria dos beneficiários recorre à serviços de assistência à saúde, inclusive procedimentos preventivos, a cada ano , comenta. Isso significa que os beneficiários estão se cuidando mais e terão mais qualidade de vida no futuro , prevê.
O levantamento do Ibope revela, ainda, que ter segurança e respaldo com relação à saúde é o principal motivo para ter um plano de acordo com 48% dos beneficiários. Já 34% dos entrevistados apontam a qualidade do atendimento como o principal motivo para a posse de um plano.
O Ibope Inteligência ouviu 3,2 mil pessoas (1,6 mil beneficiários e 1,6 mil não beneficiários) em oito regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Brasília e Manaus) entre abril e maio de 2019. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais (p.p.) para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
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Idosos estão contratando planos de saúde
Ainda de acordo com análise especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Iess, o total de vínculos entre planos médico-hospitalares e pessoas com 80 anos ou mais é o que mais cresceu nos últimos 4,5 anos. O total de beneficiários nesta faixa etária saltou de 1,01 milhão, em dezembro de 2014, para 1,17 milhão em junho de 2019. A alta de 16,1% equivale ao acréscimo de 162,8 mil novos vínculos.
José Cechin destaca que o aumento não é exclusividade dessa faixa etária, mas dos idosos de modo geral. O total de beneficiários com 60 anos ou mais cresceu 10,1% desde dezembro de 2014 , comenta. O movimento é particularmente interessante porque, nesses 54 meses de lá para cá, o mercado como um todo registrou o rompimento de 3,2 milhões de vínculos com planos. De fato, desconsiderando a contratação por pessoas com 60 anos ou mais, o setor registrou a saída de 3,8 milhões de beneficiários da saúde suplementar no período analisado , completa. O superintendente também destaca que entre junho de 2000 e junho de 2019 o número de vínculos na faixa etária de 80 anos ou mais cresceu mais de três vezes (passou de 391 mil para 1,2 milhão) e na faixa de 75 anos a 79 anos, mais que dobrou (de 404 mil para 822 mil).
O executivo destaca que esse envelhecimento da população de beneficiários de planos e seguros de saúde ajuda a explicar por que, mesmo com a redução do total de vínculos, os custos médico-hospitalares per capita permanecem ascendentes. O crescimento acelerado do número de beneficiários nas faixas etárias mais avançadas simultaneamente ao declínio daqueles mais novos gera um descompasso financeiro crescente no longo prazo, porque desequilibra a proporção de beneficiários idosos em relação a de jovens. Com isso, fica ameaçado o pacto intergeracional, não porque as pessoas se tornem menos propensas à solidariedade, mas porque não haverá jovens em número suficiente para sustentá-la , alerta Cechin. O pacto intergeracional é um critério utilizado para a formação de preço e sustentabilidade econômico-financeira dos planos de saúde em que os beneficiários mais novos pagam um pouco a mais do que o custo médio de seu perfil para que os mais idosos possam pagar um pouco menos do que seu custo médio, tornando o benefício mais acessível a essa faixa etária. Mais informações sobre esse tema podem ser obtidas na Cartilha de Reajuste dos Planos de Saúde, do Iess.
Além dos beneficiários com mais de 80 anos, outros grupos de idosos também registraram aumento nos 54 meses analisados. Houve aumento de 3,4% (+63,3 mil) no total de beneficiários com idade entre 60 anos e 64 anos; de 13,5% (+182,4 mil) na faixa de 65 anos a 69 anos; de 14,3% (+141,3 mil) na faixa de 70 anos a 74 anos; e de 6,9% (+52,9 mil) entre aqueles que têm de 75 anos a 79 anos.
Nesse contexto, Cechin acredita que é evidente a necessidade de reavaliar e adequar todo o modelo assistencial da saúde suplementar no país. Será necessário revisitar a estrutura hospitalar para acolher uma proporção crescente de pessoas com doenças crônicas, desafio semelhante ao já enfrentado atualmente pelo NHS britânico, e, principalmente, migrar para modelos com atenção primária à saúde, com médico de família que faça a coordenação do cuidado, frequentemente prestado por profissionais diversos e em instituições diferentes. Ao invés de um sistema fragmentado, devemos ter um sistema integrado, focado no indivíduo, que o acompanhe ao longo de cada episódio de tratamento e do tempo, seguindo as linhas de cuidado com uma visão integrada , completa.
Esse movimento já está acontecendo no mercado, com mais ênfase em programas de promoção de saúde. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na última década, o número de programas de promoção de saúde saltou de 68 para 1.868. Só nos últimos cinco anos, o número de beneficiários incluídos nesses programas cresceu cerca de 50%, somando, atualmente, 2,3 milhões de pessoas.
Apenas dois grupos de beneficiários não idosos com planos médico-hospitalares cresceram entre dezembro de 2014 e junho de 2019: os da faixa de 40 anos a 44 anos tiveram aumento de 4,7% ou 178,7 mil novos beneficiários; e, os da faixa de 35 anos a 39 anos, com aumento de 5,1%, ou mais 241, 2 mil pessoas.
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Plano de saúde: 71% das empresas oferecem assistências com coparticipação
Com uma elevação de preços historicamente muito acima da inflação, uma saída encontrada pelas empresas para diminuir os custos com planos de saúde têm sido a prática da coparticipação. De acordo com a Pesquisa de Benefícios Aon 2018-2019, 71% das companhias já adotam este tipo de modelo de assistência médica, número que cresceu 6% desde que o último estudo foi publicado, há dois anos.
Em sua 12ª edição, o levantamento contou com 640 empresas participantes, somando cerca de 2,3 milhões de colaboradores analisados. De acordo com o estudo, o cenário de recessão econômica levou as organizações a reduzirem alguns custos. O número de companhias que disponibilizam mais de um nível de plano médico teve retração de 14%, enquanto as que oferecem assistências em mais de uma operadora caiu 11%.
O montante de organizações que não permite o upgrade ainda subiu de 63% para 74%. Diante desse cenário, e como forma de trazer um melhor aproveitamento de recursos nesta área, muitas organizações já adotam a gestão de saúde, que apresentou aumento de 22%.
Apesar do custo elevado, as assistências médicas continuam sendo o benefício mais comum entre as empresas, incentivo que se manteve presente em 99% das companhias, mesma quantidade registrada no levantamento feito em 2017 , explica Paulo Jorge Cardoso, Vice-Presidente-executivo de Saúde e Benefícios da Aon. Para o executivo, além de ser considerada fundamental para atrair e reter talentos, a oferta do plano de saúde traz mais segurança e tranquilidade aos funcionários, possibilitando mais produtividade e valorização dos profissionais.
O levantamento analisou 640 empresas de todo o Brasil para oferecer uma abrangente análise sobre o segmento de benefícios no país, incluindo as melhores práticas e tendências. No ranking dos incentivos mais comuns no mercado de trabalho, depois do plano de saúde, os benefícios mais comuns são o seguro de vida e plano odontológico.
Nesta edição da Pesquisa de Benefícios Aon, o número de organizações participantes subiu 19%. Entre os perfis mais representativos, 37% das empresas entrevistadas têm até 500 colaboradores, 15% entre 500 e 1 mil funcionários e 23% de 1 mil a 3 mil profissionais.
Os insights da Pesquisa foram apresentados, pela primeira vez, durante o Fórum de Benefícios 2019 da Aon, que aconteceu em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro e reuniu mais de mil pessoas. O evento, que é um dos maiores do mercado, contou com a participação de especialistas para tratar de tendências do segmento de benefícios, além de temas como reforma da Previdência e inovação.
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ANS
ANS divulga números de julho do setor de planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualizou nesta quinta-feira (05/09) os dados do setor de planos de saúde, disponibilizando os números relativos ao mês de julho. A consulta pode ser feita por meio da Sala de Situação, ferramenta disponível no portal da ANS.
Nesse mês, o setor contabilizou, em todo o país, 46.999.473 beneficiários em planos de assistência médica e 24.961.132 em planos exclusivamente odontológicos. Os dados apontam leve queda de clientes na segmentação médica em comparação ao ano anterior, o que mantém a tendência de estabilidade, com pequenas variações, que vem sendo observada nesse produto. Já o segmento odontológico segue sua trajetória de ampla expansão nos últimos anos.
Entre julho de 2018 e julho de 2019, houve aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 14 estados e no Distrito Federal (DF), sendo Goiás, DF e Pará os líderes em números absolutos. Na segmentação odontológica, 22 estados e o DF registraram crescimento.
A ANS ressalta que os números podem sofrer modificações retroativas em função das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras. Confira nas tabelas abaixo a evolução de beneficiários por tipo de contratação do plano e por Unidade Federativa.
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UOL
Venda de 51 planos de saúde de 10 operadoras está suspensa a partir de hoje
Está suspensa a partir desta sexta-feira (6) a venda de 51 planos de saúde de dez operadoras por causa de reclamações dos consumidores no segundo trimestre deste ano. A lista com todos os planos suspensos pode ser vista no site da ANS.
A medida foi anunciada pela agência na semana passada.
ANS: quem tem plano empresarial pode mudar de convênio sem carência Governo autoriza alta de até 7,35% em preços de planos de saúde individuais Entidade diz que planos de saúde avaliam cobrar mais de quem tem mais risco Nada muda para quem já é cliente
Juntos, os planos suspensos têm cerca de 278,6 mil beneficiários. Para quem já é cliente, nada muda.
O objetivo é evitar que as operadoras vendam seus produtos a novos clientes antes de resolver os atuais problemas.
Se melhorarem o serviço prestado e tiverem redução do número de reclamações, as operadoras poderão ter a venda liberada daqui a três meses.
A decisão da agência faz parte do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, que avalia as operadoras a partir das reclamações recebidas pelos canais de atendimento da ANS.
"As reclamações que são consideradas nesse monitoramento se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura. É uma medida importante para proteger quem já está no plano, além de obrigar a operadora a qualificar a assistência prestada", afirmou Rogério Scarabel, diretor da agência, na semana passada.
De volta ao mercado
Paralelamente, 11 operadoras poderão voltar a vender, a partir de hoje, 28 planos que estavam impedidos de serem vendidos. De acordo com a agência, isso acontece quando há melhoria comprovada no atendimento aos clientes.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação