Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/05/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Rio Verde
Dentista pode ser punida por afixar cartaz
Mãe de paciente considerou ofensivos e desrespeitosos os dizeres e denunciou à Secretaria Municipal de Saúde. Papel foi retirado
Fernando Machado, de Rio Verde (Com AE)

Uma dentista de rede municipal de Saúde de Rio Verde, cidade localizada a 215 quilômetros de Goiânia, na Região Sudoeste do Estado, poderá sofrer punições administrativas por ter pregado um cartaz onde estava escrito: “Crianças que choram serão atendidas por últimos (sic).” O papel foi afixado na entrada da sala de odontopediatria em um posto de saúde e revoltou pais que aguardavam atendimento.
O superintendente de saúde bucal do município, João Bosco Campos, considerou a situação “inadmissível”. “Um cirurgião-dentista não põe isso na porta de seu consultório particular.” Ele explicou que a profissional é concursada e que levará o assunto ao departamento jurídico para analisar se cabe alguma punição administrativa.
João Campos considerou o caso já superado. “Todos os pacientes devem ser bem atendidos, receber os cuidados necessários e criança que chora também deve ser atendida, e muito bem atendida, como as demais”, disse. Segundo ele, o caso é antigo. “O cartaz estava afixado no local há um ano, e já existiam outras reclamações”, afirmou.
A denúncia foi feita pela mãe de um paciente, que considerou o cartaz um desrespeito com os usuários do serviço público. Depois da reclamação, a direção da unidade retirou o papel. Conforme a coordenadora do posto, Ana Socorro Gonçalves, a intenção da dentista foi orientar os pais a deixarem as crianças quietinhas. “Senão as outras não iam querer no consultório depois de ouvir tanto barulho e choro.” A reportagem não conseguiu entrar em contato com a odontóloga.
Ana Socorro entende que as chamadas “medidas de humanização” no atendimento dos pacientes deverão ser reafirmadas e observadas. “Não basta retirar um cartaz, mas criar meios que reduzam a ansiedade dos pais e das crianças, nos momentos que antecedem as consultas”, afirmou.
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O HOJE
Novo Hospital de Urgências será entregue neste semestre
Além da unidade hospitalar, o primeiro Credeq do Estado e obras rodoviárias devem ficar prontos até o final do ano

Kamylla Rodrigues

Unidade terá mesmo perfil de atendimento do Hugo, mas com internações clínicas, banco de sangue e atendimento a queimados (Sebastião Nogueira)
O secretário de Estado da Saúde, Halim Girade, e o presidente da Agência Goiana de Obras e Transportes Públicos (Agetop), Jayme Rincón, apresentaram na manhã de ontem o andamento das obras do Hugo 2 e do Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) de Aparecida de Goiânia. Na ocasião, foram anunciados também os cronogramas de obras civis e rodoviárias. Segundo Jayme Rincón, é o maior volume de obras feito por um governo em Goiás.
Durante o evento, Halim falou do avanço que o atendimento hospitalar estadual obteve nos últimos três anos, com a gestão das Organizações Sociais (OS’s). “Por meio da gestão inteligente, conseguimos fazer melhor com menor custo. Fizemos reformas, ampliações de leitos – inclusive de UTI –, adquirimos novos equipamentos e mais modernos, tudo com a otimização dos recursos públicos. A parceria com as Organizações Sociais já foi percebida pelo público, que aprovou a mudança”, afirmou.
O novo Hospital de Urgências de Goiânia, chamado de Hugo 2, deve desafogar o Hugo 1, que ainda sofre com o problema de superlotação. A unidade, que também será administrada por uma Organização Social, terá um perfil igual ao do hospital do Setor Pedro Ludovico, mas com diferenciais. “Teremos um atendimento ampliado, com internações clínicas, o que atualmente o Hugo 1 não faz. Além disso, vamos contar com 13 leitos para atendimento aos pacientes vítimas de queimaduras e um banco de sangue”, afirmou Halim. Segundo a SES, a nova unidade para urgência e emergência vai contar com 485 leitos, sendo 80 de UTI, além de dez Centros Cirúrgicos.
Segundo o secretário da Saúde, a previsão é que até o final de junho a parte física seja entregue. “Após a finalização dessa etapa, vamos colocar a unidade para funcionar gradativamente. Estamos a todo vapor na compra de equipamentos hospitalares. Muitos são importados, porque queremos que o Hugo 2 seja ‘top de linha’, afirmou Halim.
O secretário acredita que com a entrega do Hugo 2 e outras unidades que estão sendo construídas em Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas e Uruaçu – este com 40% das obras concluídas e com previsão de entrega para julho de 2015 –, o cenário da Saúde em Goiás será outro. “A Rede Hugo, que integra os nove hospitais, incluindo os que estão em construção, vai qualificar a assistência de urgência e emergência e dar a sociedade goiana um atendimento de primeira na área da saúde”, finalizou.
Credeq
Previsto para ser entregue no dia 16 de junho deste ano, o primeiro Credeq do Estado, construído em Aparecida de Goiânia, está com 55% das obras concluídas. Orçado em R$ 19,8 milhões, o centro terá 90 vagas e segue política de internação, com três núcleos de atendimento aos dependentes químicos, separados por faixa etária. Conta também com um centro de atenção psicossocial, casa de acolhimento transitório além de área verde, esportiva e de lazer. Além dele, outros quatro Credeqs estão em construção nas cidades de Morrinhos, Caldas Novas, Quirinópolis e Goianésia.
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PORTAL G1
Cartaz em posto revolta pacientes: 'Criança que chorar fica por último'
Há um ano, papel foi afixado na porta que dá acesso à odontopediatria.
Secretaria da Saúde de Rio Verde (GO) diz que situação é 'inadmissível'.

Pais ficaram revoltados ao ler um cartaz afixado na porta que dá acesso ao serviço de odontopediatria de um posto de saúde da cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano. No papel, estava escrito: "Crianças que choram serão atendidas por últimos (sic)".
Para a professora Elisângela Guedes, a situação reflete o descaso com a população: "Você vem procurar auxílio para o seu filho e encontra um cartaz desses. Até onde nós vamos com o descaso com o ser humano?".
Apesar de o posto de saúde atender cerca de 250 crianças por mês, o cartaz, que está no local – com erro de português – há cerca de um ano, causou indignação após a recente denúncia de uma mãe.
Depois da reclamação, a direção da unidade retirou o papel. Segundo a coordenadora do posto, Ana Socorro Gonçalves, o cartaz foi feito por uma dentista que atendia no local. "Ela só orientou os pais para eles compreenderem. Porque, senão, as outras crianças que ficam quietinhas não iam querer entrar no consultório depois de ouvir tanto barulho e choro", afirmou.
A Secretaria da Saúde de Rio Verde investiga o caso. De acordo com o superintendente de saúde bucal do município, João Bosco Campos, a situação é "inadmissível". "A gente vai passar isso para o setor jurídico, para ver se cabe penalização. Ela [a dentista] é concursada e pode sofrer penalização como funcionária pública. É inadmissível pôr isso na porta de um consultório público, porque um cirurgião-dentista não põe isso na porta de seu consultório particular", destacou  Campos.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa suspende comércio de lotes de remédio para transtorno depressivo

São Paulo – Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada ontem (6) no Diário Oficial da União suspende a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, de seis lotes do medicamento Aropax 20mg comprimidos revestidos, da empresa GlaxoSmithKline.

Os lotes são os seguintes: SH0040V (data de fabricação, junho de 2013, e data de validade, junho de 2015), RK0084V (data de fabricação, agosto de 2012, e data de validade, agosto de 2014), RJ0220V (data de fabricação, julho de 2012, e data de validade, julho de 2014), RJ0219V (data de fabricação, julho de 2012, e data de validade, julho de 2014), RC0113V (data de fabricação, março de 2012, e data de validade, março de 2014) e RC0113V1 (data de fabricação, março de 2012, e data de validade março de 2014).

De acordo com o texto, a própria empresa enviou à Anvisa comunicação de recolhimento voluntário do remédio diante da suspeita de que os lotes podem ter sido fabricados com a utilização de princípio ativo com a presença de resíduos. (Agência Brasil)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Comunidade em GO tem maior índice de doença rara que provoca tumores no rosto
DANIELLY SODRÉ

Mais de 20 pessoas das 800 que residem na pequena cidade Araras, em Goiás, sofrem de uma doença rara que provoca tumores na face, de acordo com informações da AFP. A doença de pele é conhecida como xeroderma pigmentoso, ou "XP". A taxa de incidência é de cerca de uma a cada 40 pessoas, muito superior, por exemplo, à taxa norte-americana (uma em cada um milhão).
As pessoas diagnosticadas com a doença são extremamente sensíveis aos raios ultravioletas do sol e altamente suscetíveis ao câncer de pele. A condição também faz com que os pacientes não consigam se recuperar dos danos causados pelo sol na pele.
Visto que Araras é uma comunidade essencialmente agrícola, o trabalho ao ar livre é a principal fonte de renda da população. Isso torna ainda mais difícil a vida dos portadores da doença.
A doença
O xeroderma pigmentoso devora a pele de lábios, nariz, bochechas e olhos, obrigando os pacientes a usarem uma máscara rudimentar.
Além dos danos à pele e do câncer, cerca de um em cada cinco pacientes com XP também podem sofrer de surdez, músculos espásticos (que se contraem), má coordenação ou atrasos de desenvolvimento, segundo o National Cancer Institute.
Árvore genealógica
Segundo especialistas, essa alta incidência é explicada pelo fato de o distrito ter sido fundado por algumas famílias portadoras da doença, o que fez com que ela passasse de geração para geração. Tanto o pai quanto a mãe de Jardim eram portadores do gene defeituoso que causa a doença, o que fez com que ele também a desenvolvesse.
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Cansada de cirurgias
A cabeleireira Ana Paula alega que já realizou inúmeros processos cirúrgicos para a mudança de sexo, mas todos não obtiveram sucesso
MARIA PLANALTO
Uma mulher no corpo de um homem. "Me via com desejos de namorar meninos, de casar e de ter filhos", afirma a cabeleireira Ana Paula Rodrigues de Almeida, 38 anos, moradora de Nazário, situada a 71 km de Goiânia. Loira, alta, sobrancelhas finas e voz firme caracterizam a mulher que descobriu que era transexual em 1997, porém biologicamente o seu corpo era de um homem.
"Eu tinha desejos e vontades de mulheres, mas a sociedade me enxergava diferente e eu era o gay e a travesti", revela a cabeleireira. Ela afirma que foi por meio de outra amiga também transexual que descobriu o que acontecia com sua mente e encontrou de verdade sua identidade de gênero. Em 66% dos transexuais, a incongruência se instala já na infância, nos demais, ela se desenvolve na adolescência e na vida adulta. Quanto mais tardia for a transição para o novo sexo, mais dolorosa será.
Após uma visita à capital paulista e andar na Rua Augusta, a cabeleireira confirmou quem realmente era. "Desde criança eu sabia que tinha algo de diferente comigo, porém naquela época ser diferente era mais difícil que nos tempos de hoje, e ao descobrir que era uma transexual, eu quis logo me submeter a tratamentos hormonais e uma cirurgia para mudar o corpo", esclarece.
Para Ana Paula, assim como tantas outras meninas e meninos, o processo cirúrgico é o único que pode realmente satisfazer os desejos de uma vida completa. Entretanto, ela diz que se arrepende de optar por fazer as cirurgias do processo de mudança de corpo físico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital das Clínicas situado em Goiânia, onde, conforme ela, passou por mais de dez cirurgias e nenhuma com sucesso.
Assim que confirmada a sua vontade de mudar de sexo, Ana Paula iniciou uma pesquisa para saber onde havia as cirurgias e como era. Em 1999 foi o início do projeto para a realização destas cirurgias no HC, e depois de todo o processo de burocracia, realmente começou a passar por todo procedimento necessário para conseguir mudar o seu corpo.
""Tiraram pele do meu abdômen, tiraram pele de trás da minha orelha, até eu passar por um procedimento que tira um pedaço do intestino para conseguir a profundidade vaginal", disse Ana Paula
Bisturi
Antes de entrar em uma sala de cirurgia, os transexuais precisam passar por tratamentos hormonais, além de terapias e acompanhamentos por profissionais de psiquiatria e psicologia. São em média dois anos de preparação para só então enfrentar o bisturi. A cabeleireira Ana Paula ressalta que sua primeira cirurgia foi em 2006 e que de lá para cá vem enfrentado vários problemas de infecção, profundidade vaginal e estética.
"Já foram 13 cirurgias ao todo, destas, 10 foram em Goiânia e as outras três em São Paulo. A primeira foi para a mudança do órgão e deste então começou a luta de idas e vindas de Nazário para Goiânia", explica. De acordo com ela, as primeiras cirurgias aconteceram porque sua vagina não tinha profundidade e ela também assegura que após as cirurgias, mesmo com o uso do molde, a vagina se fechava. A partir daí começaram as complicações, afirma Ana Paula. "Tiraram pele do meu abdômen, tiraram pele de trás da minha orelha, até eu passar por um procedimento que tira um pedaço do intestino para conseguir a profundidade vaginal", diz.
Ana Paula afirma que está muito decepcionada com a equipe de médicos do HC e esgotada de tanta cirurgia. Ela explica que já teve várias infecções e denuncia que, em uma delas, os médicos não passaram medicamentos. "Eu não tinha profundidade vaginal, era muito superficial, não tinha como ter uma vida sexual ativa. E entre tantos processos cirúrgicos, meu corpo já não estava respondendo a mais nenhuma tentativa de consertar o erro. Começou então as infecções e a descolagem da pele, uma coisa horrível. Minha bexiga está comprimida, estou cansada", desabafa.
Depois de vários procedimentos e tentativas de corrigir o seu problema, a cabeleireira ressalta que não suporta mais passar por mesas de cirurgias e não quer ser mais atendida pela equipe médica do HC. "Eles não assumem que erraram comigo, eu fui cobaia em alguns procedimentos, eu fiquei sabendo de coisas ilegais, eu já procurei outros profissionais e eles me afirmam que o meu caso não foi devidamente cuidado. Já gastei 35 mil reais nas cirurgias em São Paulo", afirma. Ela ainda pontua, "se eu estivesse escolhido fazer essa cirurgia particular, eu teria gastado 30 mil reais e ainda sobravam cinco mil de bobeira".
"Já foram 13 cirurgias ao todo, destas, 10 foram em Goiânia e as outras três em
São Paulo”, afirmou triste com sua situação
Hospital das Clínicas
A professora de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), responsável pela equipe de profissionais nas cirurgias de transformação de sexo do HC de Goiânia, Mariluza Terra, afirma que em todo País existem apenas quatro centros universitários que fazem essas cirurgias, vinculado ao Ministério da Saúde e autorizado pelo MS, são os hospitais do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás.
No Hospital das Clínicas do Estado, desde o início do projeto, já foram realizadas 55 cirurgias na transição de homem para mulher e 10 cirurgias na transição de mulher para homem. Só neste ano já foram realizadas duas cirurgias de transformação de sexo e ainda há previsão para outras duas.
A professora Mariluza Terra explica que o caso da Ana Paula não foi erro médico, não houve abandono da equipe e muito menos do Hospital das Clínicas. "Nós temos em nossa equipe um dos mais conceituados médicos de Goiás quanto a este tipo de realização. E não é verdade que foram feitas 10 cirurgias como alega Ana Paula, aqui no HC nós realizamos sete cirurgias nela", afirma.
Procedimento
Conforme Mariluza Terra, a primeira cirurgia foi de mudança de sexo, a segunda aconteceu porque a vagina ficou curta e assim vieram mais três cirurgias para tentar reverter a profundidade. "Mesmo com 10 centímetros a Ana Paula não quis, então fizemos a cirurgia com o intestino. A atual situação dela (Ana Paula) é que ela não está mais curta, porém o anel de penetração dela está com fibrose, é possível a penetração de um dedo, por exemplo", esclarece.
Ainda de acordo com a professora, a retirada de pele de trás da orelha e do abdômen são procedimentos normais e usados para conseguir alongar a vagina quando a primeira tentativa que é com a própria pele do pênis não da certo.
"Os seus procedimentos cirúrgicos tiveram algumas complicações que, como qualquer outra cirurgia, pode chegar a ter. Ela chegou a fazer uma cirurgia em São Paulo, mas também não deu certo. Existem mulheres biológicas que nascem com defeito na vagina e é preciso passar por métodos parecidos e que também corre o risco de fechar como aconteceu com a Ana Paula", afirma Mariluza.
De acordo com o diretor do HC, José Garcia, e a professora Mariluza Terra, o HC já ofereceu a reconstrução vaginal da paciente e aguarda sua resposta. Embora a cabeleireira afirme que não irá mais se submeter a ser operada novamente pela equipe técnica em Goiânia e agora fará mais outras três cirurgias em São Paulo.
"Eu só queria ser bem tratada, eu só queria ter um acompanhamento digno e uma cirurgia bem feita. Assim como eu, existem outras meninas que estão sofrendo, mas elas não têm coragem de falar por medo de serem abandonadas como eu fui. Agora me diz, cadê o Ministério da Saúde? Cadê os direitos humanos nessa hora? Ninguém quer saber de uma transexual", lamenta Ana Paula.
""Eu só queria ser bem tratada, eu só queria ter um acompanhamento digno e uma cirurgia bem feita. Assim como eu, existem outras meninas que estão sofrendo, mas elas não têm coragem de falar por medo de serem abandonadas como eu fui. Agora me diz, cadê o Ministério da Saúde? Cadê os direitos humanos nessa hora? Ninguém quer saber de uma transexual", lamenta Ana Paula.
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SAÚDE WEB
Complicações na gravidez matam mais de 800 por dia
Dados da Organização Mundial de Saúde incluem complicações na gestação e no parto. Mortalidade materna, no entanto, diminuiu

Mais de 800 mulheres morrem todos os dias devido a complicações na gravidez e no parto, revelam dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (6). A mortalidade materna, no entanto, registra redução de 45% desde 1990.
Segundo a OMS, 289 mil mulheres morreram em 2013 devido a complicações relacionadas à gravidez e ao parto. Em 1990, foram 523 mil mortes.
A quase totalidade das mortes maternas (99%) ocorre em países em desenvolvimento e um terço do total é regitrado em apenas dois países: a Índia (50 mil) e a Nigéria (40 mil). De acordo com a OMS, a região mais perigosa para se ter um filho é a África Subsaariana.
A taxa de mortalidade materna nos países em desenvolvimento em 2013 foi 230 por 100 mil nascimentos, enquanto nos países desenvolvidos foi 16 por 100 mil nascidos vivos. A organização, sediada em Genebra, alerta para as grandes disparidades entre os países – com alguns registrando taxas de mortalidade materna extremamente elevadas, de 1.000 por cada 100 mil nascidos vivos – e também entre pobres e ricos dentro de alguns países.
Outro estudo da agência da ONU para a saúde, publicado hoje na revistaThe Lancet Global Health revela que uma em cada quatro mortes se deve a complicações previamente existentes, como diabetes, HIV, malária ou obesidade, cujos impactos são agravados pela gravidez.
Um quarto das mortes deve-se a hemorragia severa. Outras causas identificadas são a hipertensão induzida pela gravidez (14%), as infeções (11%), obstruções e outras complicações no parto (9%), complicações relacionadas com o aborto (8%) e coágulos sanguíneos (3%).
“Juntos, os dois relatórios destacam a necessidade de investir em soluções comprovadas, como cuidados de saúde de qualidade para todas as mulheres durante a gravidez e o parto, e cuidados especiais para grávidas com problemas clínicos pré-existentes”, disse a diretora-geral adjunta da OMS para a Saúde da Família, Mulher e Criança, Flavia Bustreo, citada em comunicado da OMS.
Outro alerta da organização é sobre a falta de dados rigorosos relacionados à mortalidade materna. Apesar de ter aumentado o conhecimento sobre o número de mulheres que morrem e as razões das mortes, muitos dados ainda não são registrados. “Trinta e três mortes maternas por hora são 33 mortes a mais”, disse o diretor de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial, citado no comunicado.
“Precisamos documentar cada um desses acontecimentos trágicos, determinar as suas causas e iniciar ações corretivas urgentemente”, acrescentou Bustreo.* com informações da Agência Lusa
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação