ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quadrilha que fraudava vestibulares de medicina é presa pela polícia de Goiás
Mãe pede ajuda para fazer cirurgia em bebê de 9 meses, em Goiânia
“No tratamento de AVC, tempo é cérebro”, diz presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares
Hospital Santa Helena inaugura nova UTI
Nova UTI no Santa Helena
Cirurgias feitas pelo SUS vão aumentar em Goiás
Operadoras de planos ou seguros de saúde estão submetidas a registro no CRM
Infectados de propósito com HIV
Polícia Civil pede afastamento de diretor do IPSM de Goiânia
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Quadrilha que fraudava vestibulares de medicina é presa pela polícia de Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/quadrilha-que-fraudava-vestibulares-de-medicina-e-presa-pela-policia-de-goias/5991073/
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Mãe pede ajuda para fazer cirurgia em bebê de 9 meses, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/mae-pede-ajuda-para-fazer-cirurgia-em-bebe-de-9-meses-em-goiania/5989120/
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IPASGO
“No tratamento de AVC, tempo é cérebro”, diz presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em cada grupo de seis pessoas, uma terá um Acidente Vascular Cerebral (AVC), um enorme desafio de saúde pública que pode levar à morte ou deixar sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. O AVC pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, inclusive crianças, e aproximadamente 50% dos pacientes que sobrevivem ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia.
A boa notícia é que o AVC pode ser prevenido em 90% dos casos com o controle de fatores de risco, como o tabagismo, o uso de anticoncepcionais orais, a dosagem da reposição hormonal, o sedentarismo, a hipertensão arterial e o diabetes. Outra boa notícia é que o diagnóstico e o tratamento precoces podem trazer bons resultados para os pacientes, evitando óbitos e sequelas, como paralisias em partes do corpo, problemas de visão, memória e fala.
A importância da agilidade no diagnóstico e tratamento do AVC Isquêmico, causado pela obstrução de uma artéria, foi ressaltada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e coordenador da Rede Nacional de Pesquisa em AVC, médico Octávio Pontes Neto, durante palestra promovida em Goiânia dentro das comemorações dos 60 anos do Hospital Santa Helena, um dos pioneiros na capital goiana. Falando para um público formado por médicos, diretores do hospital e representantes de compradores de serviços de saúde, Octávio Pontes Neto, enfatizou que "no tratamento do AVC, tempo é cérebro, pois cada segundo perdido representa a morte de mais neurônios". O diretor de assistência ao servidor do Ipasgo, Romeu Sussumu Kuabara, que também é médico angiologista, foi um dos participantes do evento.
Na palestra, ele abordou as Novidades e Avanços no Tratamento do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, doença responsável por mais de 100 mil mortes por ano apenas no Brasil. O diagnóstico precoce – feito em menos de 1 hora após o aparecimento dos sintomas – e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir essas mortes e complicações.
A palestra também marcou a apresentação de um novo serviço do Hospital Santa Helena: a implantação do Protocolo Gerenciado da Unidade de AVC, que deve reduzir o tempo de diagnóstico e início do tratamento da doença. Já em funcionamento, o serviço integra o Programa Angels, criado pela empresa Boehringer Ingelheim e que tem como missão oferecer treinamento aos profissionais da saúde, diretrizes de atenção ao paciente sobre a importância do reconhecimento dos sinais de AVC, modelos de protocolos e diretrizes internacionais e nacionais para a organização e melhoria da rede de atendimento ao paciente em todo o País.
Saiba mais…
Dentre os sintomas do AVC estão fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo, dificuldade para falar e/ou entender coisas simples, engolir, andar e enxergar, tontura, perda da força da musculatura do rosto, dor de cabeça intensa e perda da coordenação motora. Esses sinais podem ocorrer de forma súbita e ser únicos ou combinados.
O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, diabetes sem controle, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas, são os principais fatores de risco para o aparecimento da doença, responsável por uma morte a cada 6 segundos em todo o mundo.
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DIÁRIO DO ESTADO
Hospital Santa Helena inaugura nova UTI
O Hospital Santa Helena, um dos pioneiros da capital goiana, acaba de inaugurar sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Vascular e Cirúrgica. A inauguração da segunda UTI do hospital, que comemora 60 anos de fundação em 2017, aconteceu nesta quarta-feira, 5, e reuniu diretores, sócios, membros do corpo clínico e colaboradores do Santa Helena, como Luiz Mauro de Paula e Souza, Natalino da Cunha Peixoto, Arnaldo Lemos Porto e Djalma José do Prado Júnior.
O evento reuniu também convidados, dentre eles, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, o primeiro vice-presidente, Gustavo Clemente, e representantes de compradores de serviços de saúde, que puderam conhecer as novas instalações da UTI já em funcionamento.
Com 12 leitos, um deles de isolamento, a nova UTI possui modernos equipamentos e uma experiente equipe multidisciplinar para o atendimento aos pacientes, que poderão contar também com a presença de acompanhantes ao longo da internação, o que humaniza mais o tratamento. Coordenada por médicos intensivistas, a UTI vai receber pacientes pós-cirúrgicos, com problemas cardiológicos e neurológicos agudos, ampliando o atendimento de terapia intensiva já prestado pelo hospital, que passa agora a contar com 24 leitos de UTI.
Segundo o médico intensivista Marco Antônio Mendes Castilho, a nova UTI chega para oferecer maior segurança aos pacientes do Hospital Santa Helena. O projeto de implantação do novo serviço, de acordo com o diretor médico Arnaldo Lemos Porto, foi idealizado em 2010 e posto em prática com o apoio dos acionistas, corpo clínico, colaboradores e parceiros e com objetivo de transformar o Santa Helena em um centro de excelência para a comunidade.
A nova UTI chega também para dar suporte a outro serviço recém-implantado no hospital: o Protocolo Gerenciado da Unidade de AVC, que visa reduzir o tempo de diagnóstico e início do tratamento de vítimas de Acidente Vascular Cerebral. Luiz Faleiro, gerente regional da Postal Saúde dos Correios, prestigiou o evento.
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GAZETA DO ESTADO
Nova UTI no Santa Helena
O Hospital Santa Helena, um dos pioneiros da capital goiana, acaba de inaugurar sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Vascular e Cirúrgica. A inauguração da segunda UTI do hospital, que comemora 60 anos de fundação em 2017, aconteceu nesta quartafeira, 5, e reuniu diretores, sócios, membros do corpo clínico e colaboradores do Santa Helena, como Luiz Mauro de Paula e Souza, Natalino da Cunha Peixoto, Arnaldo Lemos Porto e Djalma José do Prado Júnior. O evento reuniu também convidados, dentre eles, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, o primeiro vice-presidente, Gustavo Clemente, e representantes de compradores de serviços de saúde, que puderam conhecer as novas instalações da UTI já em funcionamento.
O HOJE
Cirurgias feitas pelo SUS vão aumentar em Goiás
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou ontem (6), que o Ministério da Saúde destinará R$ 46 milhões para compra de equipamentos e construção de um hospital regional em Palmeiras de Goiás, na região Sul do estado. Além disso, entre os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) o dinheiro proporcionará aumento do número de consultas, exames e cirurgias feitas pelo SUS, no Estado.
Do montante, o valor destinado ao hospital será de R$ 16 milhões. Os outros R$ 30 milhões serão para aquisição de equipamentos básicos para as unidades, como andadores, bicicletas ergométricas e audiômetros, além de móveis e materiais de escritório, como mesas e computadores.
Segundo informado pelo Ministério da Saúde, os repasses serão realizados por meio do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Estadual de Saúde.
Emancipação O anúncio de investimento na saúde do Estado, foi realizado em Palmeiras de Goiás.
Neste ano, a cidade comemora 112 anos do município. Em comemoração, o Governo Estadual transferiu a Capital e os Três Poderes para a cidade, simbolicamente.
Ainda na saúde, o Governo Junto de Você (GJV) realizou na cidade atendimentos com informações básicas sobre prevenção às drogas, e orienta como buscar ajuda no próprio município, dentro da rede básica de saúde.
Geed O Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (Geed) da Secretária de Estadual da Saúde (SES), também aplica na cidade uma pesquisa de opinião para saber da população questões sobre drogas.
Além de prestar atendimentos e orientações às famílias. Estão sendo distribuídos folders e publicações com esclarecimentos sobre importância de evitar o uso indevido de drogas.(Wilton Morais)
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JUS BRASIL
Operadoras de planos ou seguros de saúde estão submetidas a registro no CRM
O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação na Seção Judiciária da Bahia objetivando obrigar operadoras que comercializam planos de saúde a promoverem seus registros no Conselho Regional do Estado da Bahia (Cremeb). O Juízo Federal da 1ª Vara da Seção Judiciária da Bahia julgou procedente em parte o pedido do MPF e julgou extinto o processo sem exame do mérito em relação à Agência Nacional de Saúde (ANS) por ter esta instituição implementado o registro definitivo das operadoras, bem como em relação às operadoras que comprovaram o registro no Cremeb.
O MPF requereu a antecipação de tutela para obrigar as empresas operadoras de planos de saúde ou seguros a procederem, imediatamente, ao registro no Cremeb.
A Bradesco Saúde S/A interpôs apelação alegando: a) incompetência da Justiça Federal para o julgamento da lide em razão de ausência de interesse em agir da Agência Nacional de Saúde Suplementar; b) Ilegitimidade ativa do Ministério Público Federal; c) que tem registro no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, d) que não exerce atividade médica, apenas tem como atividade principal a financeira, por esse motivo aduz a ausência da obrigação em registrar-se no Cremeb.
A Sul América Seguro Saúde S/A, por sua vez, argumentou que: a) apenas a ANS tem competência para fiscalizar as operadoras de seguro saúde; b) a seguradora não tem obrigação de inscrever-se nos Conselhos Regionais de Medicina e de Odontologia, pois não exerce atividades da medicina, apenas desempenha atividades de pagamento e reembolso de despesas médicas e que somente as operadoras de plano de saúde têm a obrigação de efetuar registro perante os Conselhos de Medicina, aduz que as com seguradoras não tem obrigatoriedade do registro no Conselho.
A Golden Cross Internacional de Saúde Ltda ofereceu apelação alegando: a) a ilegitimidade ativa do MPF e b) ausência de dispositivo legal que imponha o registro das empresas.
O relator, juiz federal convocado Eduardo Morais da Rocha, afastou as preliminares alegadas pelas partes: competência da Justiça Federal, legitimidade ativa do MPF e interesse jurídico e legitimidade ativa do Cremeb. Ao analisar o mérito, o magistrado afirmou, em seu voto, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRM) têm a atribuição legal de normatizar, fiscalizar e regular o exercício profissional da área médica.
O juiz destacou que os médicos inscritos no CRM só podem prestar serviços para empresas, cooperativas médicas ou de seguros que comercializam planos de saúde que estejam registrados no CRM, e, nos termos do art. 8º da Lei nº 9.656 /98 as operadoras de plano de saúde têm a obrigatoriedade de se inscreverem nos conselhos regionais.
Segundo o magistrado, não merece reforma a sentença nesse ponto, pois é obrigatório o registro das empresas que operam planos de assistência à saúde, em qualquer modalidade, nos Conselhos Regionais de Medicina. Esta exigência está inserida no âmbito da prerrogativa de fiscalizar a conduta ética do profissional inscrito em atividades ou funções relacionadas à assistência médica.
O relator destacou que incumbe ainda ao CRM, no âmbito de suas atribuições legais, proteger a coletividade dos riscos de danos inerentes à atuação profissional de pessoas físicas ou jurídicas inscritas na entidade, mesmo que a atividade da empresa se relacione apenas aos aspectos comerciais ou administrativos dos serviços médicos.
Assim, asseverou o magistrado que as empresas operadoras de assistência à saúde em atividade, seja o serviço prestado denominado "plano de saúde" ou "seguro saúde", estão submetidas à obrigatoriedade de registro nas seccionais dos Conselhos Regionais de Medicina (ou Odontologia) onde operam, além de ao registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nos termos da legislação em vigor. Processo nº: 2004.33.00.015593-5/BA
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DIÁRIO DA MANHÃ
Infectados de propósito com HIV
Dados do Ministério da Saúde mostram que taxa de homens de 15 a 19 anos com aids mais que duplicou de 2003 a 2015. O mesmo ocorreu na faixa de 20 a 24 anos. Especialistas sugerem que uso de aplicativos facilita encontro de parceiros com aids
Lucas Patrick Machado, de 24 anos, conheceu Celso* em uma rede social, em julho de 2014. Ambos viviam em Cáceres (MT), trocaram mensagens por duas semanas e marcaram um jantar no final daquele mês.
"Ele sempre dizia que eu era bonito, legal, que queria me conhecer e que poderíamos ficar juntos. Por isso decidimos sair", lembra Machado. O encontro terminou em um motel, onde mantiveram relações sexuais com preservativo.
"Eu tinha dito que estava sem camisinha e pedi a ele que levasse, porque estava sem dinheiro." Após a primeira relação, Machado estranhou a postura de Celso, que não demonstrou interesse em manter contato.
O homem contratado para fazer sexo com adolescentes "Depois que a gente transou, ele se levantou correndo e jogou a camisinha fora. Fomos embora e ele me deixou em casa. Não nos falamos mais nas semanas seguintes. Senti-me usado, porque achava que a gente poderia ter algo sério", diz.
Um telefonema, três meses após o encontro, abalaria Machado, que receberia alta hospitalar naquele dia após um procedimento cirúrgico simples.
"Ele me ligou e eu disse que estava no hospital porque tinha feito uma cirurgia. Então o Celso sugeriu que eu aproveitasse para fazer um exame de HIV, porque ele tinha me deixado um presente na noite em que a gente ficara", conta o rapaz.
Horas mais tarde, Machado recebeu resultados de exames pré-operatórios que havia feito. "O médico confirmou que eu era soropositivo. Fiquei estático. Na hora percebi que talvez ele tivesse furado a camisinha. Para mim a vida tinha acabado." Apesar de acreditar que tenha sido alvo de transmissão intencional do HIV, ele optou por não denunciar Celso. "Eu tinha 21 anos e não tinha maturidade para pensar em denúncia. Se ocorresse hoje, talvez eu denunciasse. Mas acho muito complicado levar casos assim adiante, porque é muito difícil provar", diz.
Embora sejam fatos isolados dentro de uma população de 827 mil pessoas vivendo com HIV no Brasil, situações como a de Lucas expõem o dilema de soropositivos diante da dificuldade de apuração e o preconceito comumente embutido nesses casos.
Punições em debate A transmissão de doenças venéreas ou graves já é crime no Brasil. O Código Penal prevê pena de até um ano de prisão a quem expõe o parceiro a doença venérea sabendo que está contaminado – caso a exposição seja intencional, a pena sobe para até quatro anos de cadeia.
No caso do HIV, uma decisão de 2012 do Superior Tribunal de Justiça já enquadrou a transmissão dolosa como lesão corporal gravíssima, delito que pode resultar em até oito anos de reclusão.
Ainda assim, um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados desde 2015, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), quer tornar a prática crime hediondo, que prevê pena de dois a oito anos de cadeia.
Entretanto, entidades que apoiam pessoas com HIV e observatórios de políticas públicas para a doença criticam a iniciativa legislativa. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), por exemplo, afirma que o projeto é "desnecessário" e um "retrocesso".
Projeto do deputado Pompeo de Mattos quer enquadrar transmissão intencional do HIV como crime hediondo, mas entidades criticam iniciativa como "retrocesso" em políticas para a doença O Unaids diz que já há tipificação penal para esses casos e que não há comprovação de que a criminalização da prática traga benefícios à saúde pública. Afirma ainda que há risco de indução a erros graves do Judiciário e de criminalização deliberada de pessoas que vivem com o vírus, entre outros pontos.
"Uma vez sob a ameaça de ser considerada criminosa, a pessoa tende a fugir dos serviços de saúde, evitando o teste para o HIV, tornando-se potencialmente mais propensa a transmitir o vírus de forma involuntária", afirma o programa. Para a entidade, os casos de propagação deliberada são isolados, em razão dos tratamentos com antirretrovirais, que reduzem em 96% as chances de um HIV positivo transmitir o vírus.
Preconceito e incertezas Vítimas de prováveis transmissões intencionais relatam preconceito no momento das denúncias.
"Fiz a denúncia em uma delegacia, de um homem que transou comigo contra a minha vontade. Começaram a investigar, mas no fim disseram que não existe violência sexual contra homem e não havia como provar que me infectaram intencionalmente. Essa é uma das coisas que mais me abalam, porque nem a polícia quis me ajudar", diz o universitário Luiz*, de 22 anos, do Rio de Janeiro.
Ele diz ter conhecido um homem de 40 anos, que dizia ser diretor de escola, por meio de um aplicativo de relacionamentos, em fevereiro deste ano. Eles conversaram por dois dias e marcaram um encontro em um motel.
"Ele pediu para fazermos sexo sem camisinha e falou que não tinha nenhuma doença. Mas eu não queria. Então ele usou a força contra mim, para me impossibilitar de sair, e transou comigo sem preservativo", conta.
O universitário diz ter bloqueado o homem em todos os meios de comunicação após o ato sexual. "Não sabia o que fazer, porque não ia procurar a minha família nem ninguém. Preferi guardar para mim e torcer para que não tivesse contraído o vírus. Optei por não falar mais com ele." Ele diz ter sido sua primeira relação sem preservativo. E que um mês após o encontro passou a ficar doente com frequência.
"Tive bastante febre, tomei remédio e não melhorava. Recuperei-me, mas sentia muita dor de cabeça. Em março começaram a aparecer manchas em mim e fui fazer exame de sangue."
Caso de Luiz (nome fictício) teve investigação curta; ele diz ter ouvido da polícia que homem não sofre abuso e que havia feito feito sexo por vontade própria Dois dias depois, ele recebeu o resultado e descobriu que era HIV positivo. "Minha mãe foi a primeira a saber e me contou. Foi horrível, para mim o mundo tinha acabado. Não sabia o que fazer." No dia seguinte, o universitário teve a primeira consulta médica e começou o tratamento contra o vírus. Depois foi a uma delegacia prestar queixa contra o suposto abusador.
"Decidi denunciá-lo, mas não se aprofundaram no caso. Ele foi procurado pela polícia, disse que não sabia que tinha HIV, mas teve que fazer o teste e deu positivo." Para Luiz, restou a incerteza sobre a intencionalidade na transmissão. "É difícil descobrir se foi intencional ou não. Não posso afirmar que ele sabia, mas acredito que sim. Independentemente disso, o que ele fez foi errado, porque fez sexo comigo sem camisinha, mesmo sem meu consentimento." A Polícia Civil do Rio não respondeu aos contatos da reportagem.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em nota, negou que haja descaso das polícias nessas situações. Afirmou que orienta vítimas de possíveis transmissões propositais a registrarem a ocorrência, e que há análise individualizada dos casos para "tipificação de qual crime o fato se enquadra". Informou ainda que não há levantamento estatístico dessa modalidade criminal.
Acusações O publicitário Lucas Raniel, de 25 anos, que vive em Ribeirão Preto (SP), experimentou consequências de acusações sobre transmissão intencional de HIV.
Ele convive com o vírus há três anos e chegou a ser acusado de propagar o vírus deliberadamente. "No ano retrasado, criaram um grupo de WhatsApp com uma foto minha e falaram que eu estava passando Aids. Esse boato se espalhou e eu descobri. Fiquei em choque." Na época, Raniel estava em tratamento contra o vírus e possuía carga viral indetectável. "Eu ia aos bares e sentia que ficavam me olhando. Muita gente se afastou. Fui me fechando. Era da faculdade ao trabalho e do trabalho para casa."
Publicitário Lucas Raniel diz ter sido alvo de falsos boatos de transmissão intencional do HIV O publicitário revela que chegou ao extremo de se pendurar na janela de seu quarto por uma noite inteira.
"Pensava em pular. É triste falar isso, mas não gosto de deixar de citar, porque pessoas pensam nisso. E não pode ser assim. Você não pode se suicidar por conta de uma doença. Tem que vencê-la e não se entregar. Mas a maldade e o preconceito fazem com que você se feche e se entregue a uma depressão que nem percebe." Raniel descobriu ser HIV positivo em dezembro de 2013. Diz acreditar ter sido infectado três meses antes, após encontro com um rapaz que conhecera via aplicativo.
"Tinha chegado em casa bêbado, após uma festa, e conheci o rapaz. Conversamos um pouco e nos encontramos na mesma noite. Fui para a casa dele, continuamos bebendo e acabei perdendo os sentidos. No meio da madrugada, ele me levou ao quarto, mas tenho uma lembrança muito vaga desse dia." Na manhã seguinte, ele relata que se recordou da relação sexual. "Lembro de pouca coisa dessa noite, mas sabia que ele tinha feito sem camisinha. Eu o questionei sobre isso e ele falou que eu poderia ficar tranquilo, porque ele era "de boa" e não tinha nada." Antes de descobrir o vírus, ele diz que chegou a procurar o homem novamente. "Comecei a ficar doente e cheguei a procurá-lo no WhatsApp, falei o que estava acontecendo e disse que não tinha transado sem camisinha com mais ninguém. Ele ficou muito nervoso e me bloqueou de tudo." Raniel é outro que acredita ter sido vítima de transmissão intencional do HIV, porém optou por não denunciar o caso. "Não há como provar que foi proposital. Além disso, acredito que um erro meu ocasionou isso, porque eu estava bebendo muito, por isso não denunciei. Não tenho mágoa. Espero que ele esteja bem e não faça mais isso. Torço para que esteja se cuidando e vivendo normalmente, como é possível."
Aplicativos de paquera facilitaram relações sexuais, o que pode ajudar a explicar aumento da epidemia entre homens Tendência Os três jovens citados nesta reportagem integram faixa da população que tem apresentado aumento nos índices de infecção.
Os dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de homens de 15 a 19 anos com Aids mais que duplicou de 2003 a 2015 (de 2,9 casos por 100 mil habitantes para 6,9). O mesmo ocorreu na faixa de 20 a 24 anos (de 18,1 casos por 100 mil habitantes para 33,1).
Especialistas sugerem que as razões estão ligadas a fatores como surgimento de aplicativos que facilitam encontrar parceiros sexuais e diminuição de programas de educação nas escolas.
A orientação do Ministério da Saúde é usar preservativo nas relações sexuais sempre. Em caso de suspeita de exposição ao HIV, o Sistema Único de Saúde oferece a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que é um tratamento com antirretroviral por 28 dias, cujo objetivo é evitar a infecção pelo vírus. O procedimento deve ser iniciado em, no máximo, até 72 horas após o contato com o HIV.
Estima-se que no Brasil existam 112 mil pessoas vivendo com o vírus e que ainda não sabem. Outras 260 mil já saberiam, mas ainda não fazem uso de remédios.
Das 827 mil pessoas vivendo com o HIV no Brasil, 715 mil já foram diagnosticadas – 512 mil deram início ao tratamento e 92% delas possuem carga viral indetectável.
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JORNAL OPÇÃO
Polícia Civil pede afastamento de diretor do IPSM de Goiânia
Por Marcelo Gouveia
Ex-secretário de Saúde de Inhumas, Carlos André Vila Verde Álvares é acusado de ocultar documentos públicos em sua própria residência
A Polícia Civil informou na tarde desta quinta-feira (6/7) que indiciou o ex-secretário de Saúde do município de Inhumas e atual diretor de Benefícios Previdenciários do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM) de Goiânia, Carlos André Vila Verde Álvares, pelo crime de supressão de documento.
Conforme o delegado Humberto Teófilo, responsável pelas investigações, quando esteve na Prefeitura de Inhuma, o auxiliar teria ocultado diversos documentos públicos em sua própria residência com objetivo de dificultar possíveis investigações quanto à fiscalização de sua gestão.
No relatório que foi remetido à Justiça, Teófilo pede o afastamento de Carlos André de qualquer função pública a fim de evitar novas práticas criminosas.
“O ex-secretário municipal de saúde Carlos André foi flagrado ocultando em sua residência inúmeros documentos públicos de que, sabidamente, não poderia dispor”, reforça o delegado em seu relatório final.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação