Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/12/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Denúncia de procedimentos estético em GO e DF
Novas vítimas denunciam médico por sequelas após procedimentos estéticos
Médico investigado por assédio quer afastar promotores
130 médicos ainda não se apresentaram para trabalhar em GO
Deformidades na mira da polícia

SBT
Denuncia de procedimentos estético em GO e DF
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=55288162
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TV ANHANGUERA
Novas vítimas denunciam médico por sequelas após procedimentos estéticos
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/novas-vitimas-denunciam-medico-por-sequelas-apos-procedimentos-esteticos/7216077/
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O POPULAR
Médico investigado por assédio quer afastar promotores

Ricardo Paes Sandre entrou com pedido de liminar contra servidores do Ministério Público responsáveis por apuração contra ele

O médico ginecologista Ricardo Paes Sandre, investigado por suspeita de praticar os crimes de assédio moral e sexual e abuso de poder, quer afastar os promotores responsáveis por investigá-lo. Seis médicas, uma enfermeira e uma psicóloga dizem ter sido vítimas do profissional enquanto ele era diretor do Centro de Saúde do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Um inquérito para apurar o caso foi instaurado na 73ª Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) no início do ano, mas ainda não foi concluído.
Paes Sandre, que é genro do presidente do TJ-GO, desembargador Gilberto Marques Filho, nega as acusações e diz estar sendo injustiçado pelos investigadores. Ele chegou a levar a reclamação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que pediu que o caso fosse apurado pela corregedoria regional do MP, em Goiás.
Em outubro, o médico entrou com um pedido liminar no TJ-GO em que solicita o afastamento dos promotores que o investigam, Fabiana Lemes Zamalloa do Prado e Geibson Cândido Martins Rezende por 120 dias. Entre as reclamações, está a de que ele teria sido prejulgado quando o caso foi divulgado na imprensa. O médico incluiu no processo o corregedor-geral do MP-GO, Abraão Júnior Miranda Coelho, dizendo que ele teria prestado informações incorretas ao CNMP e que teria sido corporativista ao não afastar os promotores.
O pedido de afastamento foi negado em primeira instância pelo juiz Élcio Vicente da Silva, que considerou ser "temerário intervir na gestão do MP-GO sobre a questão, ainda mais quando significaria coarctar (restringir) o exercício de funções constitucionais atribuídas a instituição". Além disso, o juiz diz que "não se justifica" presumir má-fé dos promotores "com base em alegações unilaterais sujeiras a prova."
A defesa do médico recorreu ao indeferimento e o pedido de afastamento dos promotores segue em segunda instância. A empreitada de processos contra os promotores demandou a contratação de um advogado específico para essas causas, enquanto outro continuou responsável pela investigação por assédio.
Questionado se os processos contra os promotores não poderiam parecer perseguição ao Ministério Público, o advogado do médico, Adilson Ramos, diz que não. "Ele (Ricardo) foi estudar as falas da testemunha, as manifestações, para depois de longos meses para as ações serem propostas". Segundo Ramos, as queixas levadas ao CNMP são sigilosas.
A reportagem entrou em contato com a promotora Fabiana Zamalloa, que disse estar de férias e que não teve contato com o pedido liminar do médico contra ela. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o promotor Geibson Cândido, que também está de férias.
Por nota, o Ministério Público informou que o inquérito que investiga o médico está em curso, dentro do prazo, já em fase final. Ainda na nota, em resposta a uma pergunta da reportagem, o órgão também disse que não vê com normalidade o pedido do investigado para afastar os promotores, mas não entrou em detalhes.
Disciplinar
Paralelamente à investigação do Ministério Público, corre um procedimento administrativo disciplinar contra o médico no Tribunal de Justiça para apurar as denúncias de assédio, feitas oficialmente ainda em dezembro do ano passado. Seis vítimas ouvidas pela reportagem reclamam que não foram chamadas para nenhum depoimento desse procedimento.
Por telefone, o presidente do TJ-GO e sogro do médico investigado, desembargador Gilberto Marques Filho, informou que esse processo interno ainda está em fase inicial porque estariam esperando o inquérito do MP ser concluído. "É uma coisa sem fim. Já ouviram mais 80 pessoas, ouvem novamente.", opinou.
Indagado sobre se considerava que o inquérito estava rápido ou lento, o desembargador disse que não pode fazer juízo de valor sobre isso e que não está seguindo o caso pessoalmente. Ele nega que acompanhe a defesa do genro de perto. "Não é o meu papel estar acompanhando, nem sei ainda qual é o profissional (advogado). Ouvi falar um, depois outro", garantiu.
Oficialmente o TJ-GO disse que o processo é sigiloso, mas que já foi constituída uma comissão, com audiência já designada. Paes Sandre deve ser ouvido este mês. O procedimento é coordenado pela vice-presidente do TJ-GO, já que Gilberto tem relação com o investigado e se considerou em suspeição.

Mais de 80 pessoas já foram ouvidas em processo
Mais de 80 pessoas foram ouvidas como vítimas ou testemunhas no inquérito que investiga o médico ginecologista Ricardo Paes Sandre. Seis médicas dizem ter sido vítimas de abuso de poder e assédio moral por ele, enquanto uma psicóloga e uma enfermeira relatam ter sido abusadas sexualmente. Os crimes teriam acontecido enquanto ele era diretor do Centro de Saúde do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
Entre os episódios mais graves, estão os narrados por uma técnica de enfermagem, que era estagiária do médico. Ela conta que chegou a ter de aumentar as doses de seu remédio antidepressivo por conta das atitudes do chefe.
"Quando eu saía da sala dele, terminava as consultas, ele falava: 'fala para mim, você é virgem?'. Enquanto eu não respondia, ele não parava. 'Você está precisando dar, dar resolve todos os seus problemas'", descreve a vítima.
A enfermeira diz que "brincadeiras" com cunho sexual como essas eram frequentes, ao ponto das funcionárias comemorarem as ausências dele. Entre outros assédios relatados estão o de que ele se ofereceu a fazer sexo casual com a funcionária e que zombou dela por usar aparelho ortodôntico, dizendo que quando ela fizesse sexo oral ficaria com os dentes cheios de pelos pubianos.

Outra testemunha, psicóloga, conta que os assédios eram contra todas as mulheres, mas que eram mais intensos contra as que reclamavam. Essa psicóloga conta que algumas mulheres tentavam ignorar a situação e só fugiam do médico, enquanto outras reclamavam. Essas últimas seriam as perseguidas por ele, ao ponto de serem remanejadas para outros setores como retaliação.
Contrário
No primeiro semestre, quando começou a ser investigado, o médico entrou com um pedido para quebrar o sigilo do inquérito e teve acesso a todos os vídeos com depoimentos das denunciantes. A partir deles, ele entrou com um processo contra quatro delas. Segundo um dos advogados de Ricardo, Thomas Rangel, elas teriam praticado crimes contra a honra, como xingamentos.
A reportagem conversou com seis das denunciantes que demonstraram revolta com a tentativa do médico de, segundo elas, "se colocar como vítima" e "inverter os papéis". Desde que soube que está sendo investigado, Ricardo se afastou de sua função e pegou licenças e férias.
No próximo dia 19 vence sua última licença prêmio, mas ele não deve voltar a trabalhar. Sua defesa disse não ter informações sobre se ele deverá pegar férias acumuladas ou se está de atestado, mas garantiu que ele não vai voltar a trabalhar. A reportagem tentou entrar em contato com Ricardo, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
6 Perguntas para Thomas Rangel
Advogado do médico Ricardo Paes Sandre, investigado por assédio, diz que Ministério Público foi unilateral e reclama que cliente nunca foi ouvido
1 – O Ricardo reconhece que fazia "brincadeiras" de cunho sexual com subordinadas?
Não. Esses episódios, dessa natureza como são narrados, nada disso confere, o que existe é uma potencialização das coisas.
2 – Qual sua interpretação para as denunciantes narrar esses episódios de assédio com tantos detalhes?
Essa é uma pergunta sem possibilidade de resposta, é difícil dizer como eu interpreto. A princípio, nos causa algumas perspectivas de explicação por conta da gestão que estava exigindo mais presença dos médicos. A questão do ponto (obrigar), das gratificações.
3 – O fato do Ricardo ter sido investigado pelo Cremego, quando comandava o Samu, pode prejudicá-lo nesse processo?
Ele foi absolvido. Não consigo imaginar como uma absolvição pode atrapalhar.
4 – Por que vocês entendem que o MP está sendo unilateral na investigação?
Ao longo desse tempo todo jamais chamaram ele para ser ouvido, depois de tantas pessoas que foram ouvidas. A defesa jamais tentou refrear nada.
5 – Mas isso também não pode significar morosidade na conclusão do inquérito?
Eu não tenho condição de te aferir. São estratégias que o próprio MP mantém. Não posso entrar na cabeça deles. Se há alguma coisa, o tempo todo poderia ser feita e não foi feita até agora, não consigo entender.
6 – Por que entrou com processo contra quatro denunciantes?
Em razão do que foi dito no conteúdo dos depoimentos do MP. Algumas delas excedem, passam dos limites da investigação com valorações pessoais, crimes contra a honra.
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130 médicos ainda não se apresentaram para trabalhar em GO

Apenas 72 médicos dos 202 inscritos, compareceram aos municípios até quinta-feira (6). Novo edital deve ser lançado na próxima segunda-feira
Até agora, apenas 72 médicos se apresentaram nos municípios goianos depois de se inscreverem no Programa Mais Médicos. Ao todo, 202 vagas são ofertadas em Goiás e os interessados têm até o dia 14 de dezembro para se manifestarem e serem acolhidos nos municípios no dia 17. A suspeita dos gestores pela baixa adesão é que alguns dos profissionais não se atentaram para as exigências do programa, como trabalhar 40 horas semanais e não possuir outros vínculos profissionais, e agora não se enquadram no perfil.
Houveram interessados para ocuparem as 202 vagas ofertadas em Goiás, inclusive para as áreas consideradas de extrema pobreza, como São Domingos, que está localizada a 641 km da capital, e Guarani de Goiás, que está a 549 km de Goiânia. O Ministério da Saúde não informou em quais municípios já existem médicos atuando. Mas em Aparecida de Goiânia, que oferta dez vagas para o programa, cinco médicos já se apresentaram e três já estão atuando.
Por enquanto os municípios não deverão se manifestar porque precisam aguardar o final do prazo, daqui a dez dias, segundo explica a presidente do Conselho Dos Secretários Municipais De Saúde (Cosems), Gercilene Ferreira. Ela diz que espera que, caso as vagas não sejam preenchidas, outro edital seja lançado logo. "Já houve a publicação de um edital, que está disponível desde quarta-feira para as vagas dos médicos que desistiram de ingressar no programa", disse.
O Ministério da Saúde (MS) informou na terça-feira que cerca de 200 profissionais já haviam anunciado a desistência e essas vagas já foram colocadas como disponíveis novamente. Levantamento do Ministério da Saúde mostra que das 8.517 vagas ofertadas em todo País – em 2.824 municípios e 34 distritos indígenas – 123 ainda estavam disponíveis para serem preenchidas. Segundo o MS, 3.721 médicos se apresentaram aos municípios onde deverão trabalhar, o que corresponde a 44% do total.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou em entrevista para a imprensa na tarde desta quinta-feira (6) que espera que as vagas remanescentes sejam ocupadas por médicos brasileiros. Ele também disse que um novo edital do Programa Mais Médicos será publicado na segunda-feira (17). A intenção é abrir mais vagas para médicos brasileiros formados no exterior e para estrangeiros formados no exterior, mas ele ressaltou que médicos brasileiros formados no País também poderão continuar aderindo ao programa.
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JORNAL DE BRASÍLIA

Deformidades na mira da polícia

Pelo menos 21 pacientes registraram ocorrência no DF e em Goiás. Delegado considera lesão corporal
Pelo menos 21 pessoas registraram boletim de ocorrência contra o médico Wesley Murakami.
Destas, dez são do Distrito Federal e 11 de Goiânia, município onde o médico também mantém uma clínica de estética. Ao longo dos últimos dias, o JBr. tem mostrado a denúncia dos pacientes, que o acusam de deformar seus rostos por meio de bioplastia – um preenchimento na pele.
Na capital federal, a Coordenação de Combate a Fraudes (Corf), da Polícia Civil, está à frente das investigações.
De acordo com o delegado Jonatas Silva, a maioria das vítimas fez o boletim de ocorrência na última terça-feira. "As vítimas que compareceram à delegacia já foram ouvidas. Depois, foram encaminhadas para fazer o exame de corpo delito no IML (InstitutoMédico Legal)", pontua.
Por ser recente, o delegado explicou que ainda não é possível afirmar quais são os crimes aos quais Murakami pode responder. "I nstauramos o inquérito policial nos últimos dias. Então, ainda estamos analisando os casos para fechar uma ou mais qualificações", aponta.
Para ele, ainda é possível que mais vítimas registrem o boletim de ocorrência. "Uma das vítimas me antecipou que um grupo de pacientes irá à delegacia", completa.
Goiânia Em Goiânia, 11 pessoas registraram denúncia contra Wesley Murakami.
Segundo o delegado à frente das investigações no município goiano, Carlos Caetano, da 4ª Delegacia de Polícia, as investigações ainda estão em fase de coleta de depoimentos.
"Estamos ouvindo as vítimas e testemunhas dos casos.
Só depois iremos encaminhá-las para o IML para fazer exame de corpo delito", explica. Em Goiás, Murakami está sendo investigado pelos crimes de lesão corporal.
Além disso, Caetano afirma que acionou o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para compreender até que ponto a falta de especialidade barraria o médico na realização dos procedimentos estéticos. Por telefone, o delegado contou que pretende trabalhar o caso junto `à Polícia Civil do Distrito Federal.
Apesar da repercussão, a paciente de Goiânia Camila (nome fictício), 37 anos, diz estar sem esperança.
"Estamos fazendo a nossa parte, indo à delegacia,mas pará-lo vai ser difícil. As leis do País não resolvem nada", critica. Para ela, Murakami continuará a atuar. "Vai ser só um susto. O assunto vai morrer e ele vai voltar a deformar o rosto de outros pacientes. Estou sem esperança", dispara.
Ausência de especialidade não o impede
Embora o Conselho Federal de Medicina seja o órgão máximo que responde pelo exercício da profissão do Brasil, a assessoria do CFM não respondeu às demandas da reportagem.
Em vez disso, passou a bola à instância local – que não estabelece normas -, o Conselho Regional de Medicina do DF. Por telefone, porém, a assessoria do CFM esclareceu apenas que a falta de especialização não limita a atuação de um médico. Com o diploma em mãos, o profissional pode exercer o ofício em sua plenitude.
No entanto, a assessoria informou que, durante a graduação, os estudantes são orientados a buscar residência ou provas de títulos nas áreas almejadas. Além disso, pacientes são recomendados a buscar profissionais com formação adequada e necessária .
O Conselho Regional do DF confirmou a resposta do CFM. Por nota, esclareceu que a única proibição é anunciar uma especialidade a qual não tenha registro de qualificação no CRM. Com relação a Wesley Murakami, não haveria novidades nas investigações. A única informação é que ele possui uma sindicância instaurada e um processo ético em andamento, em sigilo.
Cremego Em nota publicada no site do Cremego, o Conselho diz estar adotando "todas as medidas cabíveis para a apuração dos fatos, envolvendo a conduta deste profissional que está inscrito desde 2003 e não tem especialidade registrada".
Porém, o Cremego afirma que nunca foi procurado por pacientes de Murakami, embora denúncias veiculadas citem a realização dos procedimentos desde 2012. Conforme a assessoria já havia informado ao JBr., as denúncias tramitam em sigilo processual – segundo determinação do Código de Processo Ético-Profissional Médico.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação