Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07 A 09/12/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


SAÚDE BUSINESS WEB
Materiais impulsionam custos de internação hospitalar
Item subiu duas vezes mais que o IPCA em 5 anos. Estudo do IESS mostra que, entre 2008 e 2012, gasto com internação aumentou 53,7%

Os custos médios de internações pagas por planos de saúde individuais cresceram 53,7% entre 2008 e 2012. No mesmo período, a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 24,3%. Os números fazem parte do estudo “Por que os custos com internação dos planos de saúde são os que mais crescem?”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e que analisou uma amostra de mais de 1 milhão de beneficiários de planos de saúde individuais.
Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, diz que o estudo mostra que as internações tornaram-se um vetor de custos para o mercado de saúde suplementar. O Instituto considerou, para chegar aos valores, o total de despesas do plano de saúde com internações de beneficiários dividido pelo número de beneficiários.
Embora diárias hospitalares, com alta de 68,8%, tenha sido a componente de maior expansão dos custos das internações, o item “materiais”, com elevação de 60,4% no período, é o principal propulsor do amplo aumento de custo com internações, de 53,7%. Além disso, conforme identificou o IESS, 23% dos gastos totais com internações, em 2012, destinaram-se ao pagamento de materiais, enquanto que as despesas com diárias representaram 14,1% dos pagamentos no ano.
Uma das principais causas para a escalada de custos dessa componente, aponta o estudo, é a assimetria de informações, o que dificulta a comparação de preços no setor e compromete a competitividade entre os concorrentes de mercado.
Mais despesas
Outra despesa relevante é a de honorários médicos, que apresentou alta de 55,1% no período, e correspondeu a 17,2% dos gastos com internações em 2012. Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia (SADT), que incluem exames diagnósticos e terapias necessárias durante a internação, como, por exemplo, uma tomografia computadorizada ou uma hemodiálise, registraram alta de 17,4% no período, equivalendo a 5,1% dos gastos em 2012, item que contribuiu para que a variação dos custos de internação não fosse ainda maior.
O levantamento constatou que o gasto médio de cada internação saltou de R$ 7,6 mil, em 2008, para R$ 11,8 mil, em 2012. Dessa maneira, o IESS estima que, em 2012, o valor total das internações pagas pelos planos de saúde, em todo o País, atingiu R$ 37,6 bilhões.
A íntegra do estudo está disponível (em pdf) no endereço iess.org.br. (07/12/13)
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IV Simpósio da Unimed Cerrado começa no dia 12
O simpósio, um dos principais eventos do cooperativismo no Centro-Oeste, vai debater a valorização do cooperado, a qualificação da atenção à saúde, a melhoria da gestão e da sustentabilidade das cooperativas

Entre os dias 12 e 14 de dezembro de 2013, Goiânia (GO) vai sediar o IV Simpósio da Unimed Cerrado. O evento será realizado no Centro de Convenções da capital goiana e, durante esses três dias, serão debatidos vários assuntos de grande interesse dos setores de saúde e cooperativismo, com enfoque na valorização do cooperado, na busca da qualificação da atenção à saúde dos clientes, da melhoria da gestão das cooperativas e da sustentabilidade do cooperativismo unimediano.
Paralelamente ao IV Simpósio da Unimed Cerrado, que terá como tema central “Intercooperação, Integração e Inovação”, serão realizados o V Seminário de Mercado da Unimed Cerrado, o Workshop de Auditoria, a tradicional Feira de Negócios e oficinas nas áreas Contábil, Jurídica, de Regulação, de Responsabilidade Social e de Tecnologia da Informação.
“Contamos com a participação de todos: dirigentes, cooperados e colaboradores do Sistema Unimed”, convida o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, ressaltando que essa edição busca ampliar a integração regional do Sistema Unimed, visando uma ampla reflexão sobre a necessidade de uma maior integração no âmbito político, de negócios, operacional e de procedimentos.
Mesas-redondas vão reunir lideranças do cooperativismo
Eudes de Freitas Aquino, Roberto Rodrigues, Márcio Lopes de Freitas, Haroldo Max e Edivaldo Del Grande estão entre os palestrantes do IV Simpósio da Unimed Cerrado
Palestrantes e debatedores de grande representatividade e expressiva atuação nas áreas de saúde, cooperativismo e mercado foram convidados para o IV Simpósio da Unimed Cerrado. A abertura oficial do evento será no dia 12, às 20 horas, mas as atividades começarão mais cedo, às 8 horas, quando terão início as oficinas técnicas.
No dia 13, das 9 às 11 horas, dirigentes da Unimed do Brasil, entre eles o presidente Eudes de Freitas Aquino, participarão da mesa-redonda “Prestando Contas”. Das 11h30 às 12h30, o diretor de Fiscalização da ANS, Bruno Sobral, participará da mesa-redonda “O Perfil das Unimeds do Centro-Oeste – Óptica das Unimeds X ANS”.
À tarde, das 14 às 16 horas, Roberto Trinas, diretor de Marketing do Superar, e o velocista Lucas Prado, vencedor de cinco medalhas paraolímpicas, ministrarão a palestra “Superar”. Em seguida, das 16h30 às 18 horas, Roberto Rodrigues, Márcio Lopes de Freitas, Haroldo Max e Edivaldo Del Grande, grandes lideranças do setor cooperativista, vão participar da mesa-redonda “Visão Panorâmica do Cooperativismo no Mundo e no Brasil”, enfocando a visão internacional, nacional e regional do cooperativismo.
No dia 14, encerrando o simpósio, serão abordados os temas: “Ato Cooperativo”, “Modelos de Atenção Integral à Saúde” e o “Papel da Educação no Sistema de Cooperativismo de Saúde”.
Confira a programação do IV Simpósio da Unimed Cerrado
Dia 12/12 – 5ª feira
08h – 08h30 / Credenciamento
08h30 – 18h / Oficinas Técnicas
10h20 -10h40 / Coffee-break
12h30 -14h / Almoço
16h -16h20 / Coffee-break
20h / Solenidade de Abertura
21h30 – Abertura Oficial da Feira de Negócios e Coquetel
Dia 13/12 – 6ª feira
9h – 18h / Mesas-Redondas
10h30 -11h / Coffee-break
12h30 – 14h – Almoço
16h – 16h30 Coffee-break
9h – 10h30 – MESA 1 – UNIMED DO BRASIL – “PRESTANDO CONTAS”
Expositores: Dirigentes da Unimed do Brasil
– Eudes de Freitas Aquino – Presidente
– Orestes Barrozo Medeiros Pullin – Vice-Presidente – a confirmar
– João Luís Moreira Saad – Diretor Administrativo
– Euclides Malta Carpi – Diretor Financeiro
– Edevard José de Araújo – Diretor de Marketing e Desenvolvimento – a confirmar
– Valdmário Rodrigues Júnior – Diretor de Integração Cooperativista e Mercado
– Antônio Cesar Azevedo Neves – Diretor de Tecnologia e Sistema
11h00 – 12h30 – MESA 2 – PANORAMA DAS UNIMEDS DO CENTRO-OESTE E TOCANTINS
Expositores:
– Visão ANS – Bruno Sobral – Diretor de Fiscalização da ANS
– Visão Unimed – Isabel Marques Rizo – Unimed do Brasil
– Moderador – José Abel Ximenes – Presidente da Unimed Cerrado
14h – 15h30 – MESA 3 – MODELOS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
Expositores:
– Dra. Bruna Alves de Rezende – Médica sanitarista, mestre em economia da saúde, Responsável de projeto em avaliação da Agence nationale d’appui à la performance des établissements de santé et médico-sociaux (ANAP), Professora substituta da ISSBA.
– Dr. Paulo Eugênio de Tarso Meira Borem – a confirmar
15h30 – 16h20 – PALESTRA – SUPERAR
Expositores:
– Roberto Trinas – Diretor de Marketing do Superar
– Lucas Prado – Velocista cego mais rápido do mundo, 5 medalhas paraolímpicas.
17h – 18h – PALESTRA – ROBERTO RODRIGUES
Dia 14/12 – Sábado
8h – 12h30 / Mesas-Redondas
10h -10h30 / Coffee-break
12h30 – Almoço
21h – Jantar de Encerramento
8h30 – 10h – MESA 1 – VISÃO PANORÂMICA DO COOPERATIVISMO NO MUNDO E NO BRASIL
Expositores:
– Roberto Rodrigues – Visão Mundial
– Márcio de Freitas – Visão Nacional
– Haroldo Max – Visão Regional
– Edivaldo Del Grande – OCESP
10h – 10h30 – SOLENIDADE DE HOMENAGEM
11h – 12h30 – MESA 2 – O PAPEL DA EDUCAÇÃO NO SISTEMA DE COOPERATIVISMO DE SAÚDE
Expositores:
– Nemízio Antônio de Souza – Mestre em Administração – FPL-MG; pós-graduado em Gestão de Cooperativas – FPL-MG; pós-graduado em Gestão de Iniciativas Sociais – UFRJ-RJ, graduado em Estudos Sociais – FEMM. Coordenador e professor no MBA Gestão de Cooperativas pela Fundação Pedro Leopoldo; coordenador do Núcleo de Estudos Cooperativista e Associativista da Fundação Pedro Leopoldo; consultor e instrutor no SESCOOP/ES; SESCOOP/GO; SESCOOP/TO; Fesp; Sebrae-MG e Fundação Unimed.
* A educação cooperativista: importância e desafios;
* A educação cooperativista enquanto estratégia de gestão;
* Mudanças de comportamento do quadro social e a consciência coletiva – como desenvolver;
* Educar o quadro social para o negócio coletivo;
* A educação cooperativista como elemento transformador nas relações cooperado/cooperativa.
– Dr. Alexandre Chater Taleb – Médico Oftalmologista
– Prof. Dr. Edward Madureira – Reitor da Faculdade Federal de Goiás
Para saber mais sobre o IV Simpósio da Unimed Cerrado, acesse www.unimed.coop.br/cerrado/ivsimposio (07/12/13)

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IDSS coloca a Unimed Cerrado entre as melhores operadoras de planos de saúde

A Unimed Cerrado está entre as melhores operadoras de planos de saúde do País, de acordo com o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 2 de dezembro. Operadora das carteiras de clientes das Unimeds Goianésia, Porangatu, Norte Goiano (Uruaçu) e Vale do São Patrício (Ceres), a Unimed Cerrado novamente foi classificada como boa e muito boa, as maiores classificações do índice, em todos os quesitos avaliados pela ANS.
Em uma pontuação que vai de zero a 1, o IDSS da Unimed Cerrado alcançou 0,7963. No Índice de Desempenho de Atenção à Saúde (Idas), a nota foi 0,6999. No Índice de Desempenho de Estrutura e Operação (Ideo), a nota da Unimed Cerrado foi 0,8135. No Índice de Desempenho de Satisfação dos Beneficiários (Idsb), mais uma nota muito boa: 0,8053. No Índice de Desempenho Econômico-Financeiro, a Unimed Cerrado teve nota 0,9628, superior ao da última avaliação, que foi 0,9165.
O resultado do IDSS recém-divulgado e referente ao desempenho das operadoras em 2012 mostra que a Unimed Cerrado encontra-se em uma posição econômico-financeira sólida; oferece aos clientes uma boa rede de consultórios, hospitais, ambulatórios, laboratórios e centros diagnósticos; desenvolve boas ações de promoção, prevenção e assistência à saúde e é bem avaliada pelos usuários.
Para o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, a posição alcançada no IDSS é fruto de muito trabalho realizado com o objetivo de oferecer o melhor aos clientes. “A boa classificação da Unimed Cerrado no IDSS mostra também o reconhecimento de pessoas e empresas que confiam na operadora e na marca Unimed para cuidar de seu maior bem: a saúde”, diz, ressaltando que esse resultado também estimula a Unimed Cerrado a continuar trabalhando e buscando melhorar sempre. (07/12/13)
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O POPULAR

Custo do Hugo
A Secretaria da Saúde prevê que cada leito do Hugo 2 terá custo médio mensal de R$ 28,7 mil. Como serão 360, o contrato com a OS que administrará o hospital deverá ser de R$ 124 milhões/ano.(08/12/13)
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Dependência de drogas
Ajuda cada vez mais difícil
Falta de oferta em unidades de saúde aumenta procura por comunidades terapêuticas, apoiadas pelo Estado
Alfredo Mergulhão
Rafael (nome fictício) tem 23 anos e está internado pela segunda vez para tratar da dependência de drogas, novamente em uma comunidade terapêutica, a Associação Servos de Deus. Na primeira passagem ficou um semestre, mas teve uma recaída três meses depois que saiu. A internação é a primeira opção de pessoas que procuram ajuda para se livrar da dependência de drogas, mas as vagas são insuficientes para quem quer. Apesar do tratamento não se resumir à internação, parte dos psiquiatras a consideram importante, sobretudo em momentos de crise, como surtos, quando o dependente de drogas fica agressivo ou tenta se matar.
No entanto, o serviço particular não dispõe de clínicas exclusivas para esses pacientes – exceto alcoolismo – e a rede pública conta com apenas 200 vagas em Goiânia. Diante do desespero das famílias, essa lacuna vem sendo ocupada pelas comunidades terapêuticas, que embora não sejam unidades de saúde, oferecem 20 vezes mais vagas para acolhimento de usuários. O governo estadual anunciou que em janeiro o Centro Estadual de Avaliação Terapêutica Álcool e outras Drogas (Ceat-AD) será responsável pelo encaminhamento e regulação das vagas estaduais e federais em comunidade terapêutica (CT) em todo Estado.
Rafael começou a usar maconha aos 15 anos. Depois passou para o álcool, cocaína até conhecer o crack aos 18 anos. “No começo era de boa, mas eu passei a faltar no trabalho, perdi o emprego e entrei no desespero. Levei três anos para pedir ajuda.” Na semana passada, um estudo divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que é exatamente esse o prazo médio para usuários de drogas procurarem ajuda.
A pesquisa mostrou que a maioria dos dependentes de drogas recorre prioritariamente a internações, bancadas pela própria família em 58% dos casos. Em seguida vêm grupos de autoajuda, igrejas e familiares (veja quadro). Somente depois está buscar tratamento com psiquiatras e nos Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).
“O mais difícil é encarar os parentes, porque você está decepcionando. Na segunda vez foi ainda mais complicado. Mas eu não usei de novo para curtir, como era no começo. Parece que alguma coisa pressiona a gente para usar a droga”, relata Rafael. Do total de pacientes que estavam se tratando da dependência de drogas, segundo a pesquisa, 84,5% estão ou estiveram internados, sobretudo em comunidades terapêuticas (62%). E mesmo assim não tinham conseguido se livrar da dependência de substâncias psicoativas, o que coloca em xeque a ideia de que internação é sinônimo de tratamento. A média de internações é de 2,7 vezes por paciente.
Presidente da Associação de Comunidades Terapêuticas e vice-presidente do Centro de Recuperação Vida Nova, Karlyle de Oliveira relata que boa parte dos internos procura ajuda quando está devendo traficantes e sofre ameaças de morte. Ele revela dificuldade em lidar também com pessoas com problemas na Justiça, que buscam uma forma de se esconder. “É complicado esta situação, mas a gente nega o acolhimento dessas pessoas.”

Diária chega a custar R$300 em particulares
Nas clínicas particulares, o tratamento é medicamentoso. O psiquiatra Aírton Ferreira explica que o trabalho consiste em manejar a abstinência e desintoxicar o paciente, acompanhado de atividade física e psicoterapia. A diária em um estabelecimento privado chega a custar 300 reais. Como os pacientes chegam a ficar internados por 45 dias, o preço do tratamento vai até R$ 13,5 mil.
A psiquiatra e psicanalista Valéria Ávila sustenta que o valor é elevado porque o tratamento envolve equipe grande e multidisciplinar: nutricionista, clínico geral, psicólogo e enfermeiros, além de necessitar de vigilância especializada. “A internação é necessária em muitos casos. Em alguns, é questão de salvar a vida do paciente e outras pessoas, pois há risco de suicídio, homicídio e agressões”, diz. De acordo com ela, as vagas na rede particular são escassas. “Os profissionais de Goiânia e de Brasília sempre conversam para saber da disponibilidade de internação de algum paciente na cidade do outro”.
Uma dos autoras da pesquisa da Unifesp, a psiquiatra Maria de Fátima Rato Padin ressalta que a necessidade de internação decorre do diagnóstico tardio. O estudo mostrou que as famílias levam 3 anos para descobrir que um parente usa drogas, quando o dependente está agressivo e alienado. “A essa altura os casos já são de alta complexidade e por isso a maior procura por internações”, analisa.

Dois momentos de oração por dia
A rotina de Rafael conta com dois momentos de oração, um pela manhã e outro à noite. Durante o dia ele trabalha na horta, cuida de animais, ajuda na limpeza ou na cozinha. E ainda participa de dinâmicas na parte da tarde, com psicólogas ou seguindo a dinâmica dos 12 passos, adotada na comunidade terapêutica em que está internado, e que consiste em um programa para despertar a fé e renovar valores e atitudes.
A metodologia mantém Rafael sem usar drogas há oito meses. Presidente da Associação de Comunidades Terapêuticas de Goiás, Karlyle de Oliveira acredita que a dependência de drogas é um problema “biopsicosocial e espiritual”. “A religiosidade tem papel importante na cura do paciente”, afirma. Presidente do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (Geed), Ivânia Alves Fernandes afirma que o tratamento “tem de ter cunho religioso sim”. “Quando a pessoa está num processo de tratamento você precisa estimular a fé para dar força para sair do mal que está te assolando”, diz.
Vera Lúcia Alves Cardoso, gerente de saúde mental da Secretaria Estadual de Saúde (SES), afirma que as comunidades terapêuticas não têm profissionais de saúde 24 horas por dia, salvo alguns profissionais que fazem serviços voluntários esporádicos. “Quando o governo criou o Geed, tivemos várias reuniões para estabelecer limites de atuação de cada um. Eles ficaram de cuidar das comunidades terapêuticas enquanto assistência social. Nós conduzimos as políticas de saúde”, explica.

Repasse de R$ 50 mil a comunidades terapêuticas
Com uma oferta de serviço aquém da demanda por tratamento de dependentes de drogas, o governo estadual integrou as comunidades terapêuticas à política oficial. Na semana passada, 21 dessas entidades com a documentação regular receberam cheques de R$ 50 mil para serem aplicados em estrutura, como reforma ou aquisição de equipamentos ou automóveis.
O Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (Geed) – que atua de forma independente da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) – prepara outros três editais para ampliar o apoio às comunidades terapêuticas.
Dependência de drogas
Críticas à política de internação
Especialistas dizem que apoio a comunidades terapêuticas vai contra política do MS, de paciente se tratar em seu próprio ambiente
Alfredo Mergulhão
O respaldo financeiro às comunidades terapêuticas é alvo críticas. Psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), Lourival Belém ressalta que a estratégia adotada pelo governo estadual vai no caminho oposto da política adotada pelo Ministério da Saúde, que preconiza o tratamento do paciente no próprio ambiente onde vive. “Há uma clara contradição entre as políticas dos ministérios da Saúde e da Justiça, uma libertária e a outra repressiva. É evidente que há pressão de parlamentares ligados às igrejas, tanto católicas quando evangélicas, para esse apoio”, diz.”, sustenta.
Lourival Belém enfatiza que não há estudos que comprovem a eficácia das internações. “Existe um mito da cura pela desintoxicação, que só interessa a quem lucra em manter os pacientes internados”, diz. Ele defende o tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que “faz uma contraposição ao modelo asilar, manicomial repressivo das comunidades terapêuticas e clínicas, ambos legitimados pelo poder público”.
O promotor Haroldo Caetano, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), ressalta que as comunidades terapêuticas não são unidades de saúde nem estão ligadas à política brasileira de saúde mental. “Adotar uma política distinta da nacional acaba por não ser contemplada com recursos federais”.
3 UNIDADES NA CAPITAL
Chefe da Divisão de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, o psiquiatra Sérgio Nunes é responsável pelos CAPS da capital. Porta de entrada para o tratamento de dependentes de drogas pelo SUS, eles são apenas três em Goiânia: um para adultos, outro para crianças e adolescentes e mais um para os dois públicos. Cada unidade precisa dar cobertura de atendimento a uma população entre 70 mil e 200 mil pessoas, recebendo de 40 a 60 pacientes por período.
Sérgio Nunes informa que o ideal seria existir pelo menos sete CAPS-AD na cidade, um para cada distrito sanitário. Mas a estrutura ainda não chegou à metade do mínimo recomendado. “Há recursos do Ministério da Saúde para construção de mais três, obtidos por edital. Para cada um teremos R$ 1 milhão”, revela. Ele é favorável ao aumento de investimentos no SUS, mas entende que as comunidades terapêuticas poderiam estar articuladas com a rede pública, recebendo pacientes indicados por médicos, como um complemento ao tratamento.
Em Goiás, são 56 CAPS, sendo que dez são totalmente dedicados ao tratamento de dependentes de álcool e drogas. De acordo com Vera Lúcia Alves Cardoso, gerente de saúde mental da Secretaria Estadual de Saúde (SES), há recursos para construção de outras 25 unidades. “A internação deve ser feita em último caso, durante uma crise, mas é forma mais fácil de lidar com o problema. As pessoas querem que o Estado interne o paciente e devolva uma pessoa exemplar depois de seis meses. Não é assim que funciona”, diz.
Vera Lúcia argumenta que o tratamento tem que ser próximo e com o envolvimento da família, no território de origem do paciente. Afinal, depois de uma internação dependente as chances são grandes dele voltar ao mesmo contexto social que vivia anteriormente. “O tratamento demora e as recaídas acontecem. O uso é reduzido aos poucos, não tem como interromper de uma vez”. .(08/12/13)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Alertas do coração
Cardiologista diz que cerca de 10% dos pacientes não sentem nenhum tipo de dor, “fica pálido e logo vem a crise”
NAYARA REIS
O corpo dá sinais de que algo ruim está por vir, isso para que o indivíduo se prepare, encontre uma maneira para que o pior não aconteça. Os sintomas que antecedem o infarto agudo do miocárdio podem acometer quase todo o corpo, causando desconforto nas costas, formigamento na língua, falta de ar e outros indícios, que variam de uma pessoa a outra. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES), só no ano passado foram cerca de 1.960 casos de infarto no Estado, os dados deste ano serão divulgados entre fevereiro e março de 2014.
De acordo com o cardiologista Alberto Las Casas Junior, o infarto é a manifestação da doença crônica-degenerativa aterosclerótica que leva à obstrução das artérias (vasos que levam o sangue para os tecidos), principalmente pelo acúmulo de placas de gordura. Quando ocorrem no coração, tem-se o infarto cerebral, que é o derrame. A obstrução das artérias das pernas, mais conhecida como gangrena, pode levar em alguns casos a amputação, a fisiopatologia é a mesma, são placas de colesterol que se formam lenta e progressivamente.
O cardiologista explica que não há idade para iniciarem os problemas que levam ao infarto, no entanto pessoas acima dos 40 anos já devem redobrar os cuidados com a alimentação e o estilo de vida. “Diversos estudos já mostraram que as placas começam a se formar em torno dos 15 anos de idade, de forma bem precoce. As manifestações ocorrem habitualmente após os 40 anos no homem e 50 anos nas mulheres, isso em virtude do crescimento lento dos fatores de risco na mulher”, cita. Fatores como: colesterol alto, cigarro, histórico familiar em parentes de primeiro grau (pai, mãe, irmãos), falta de atividade física, má alimentação, ingerindo muita fritura, gorduras e doces em excesso, além do próprio passar dos anos.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES), foram registrados do ano de 2002 a 2011 cerca de 9.800 mortes entre os homens por infarto agudo do miocárdio. Nas mulheres o número chega a 5.700 pessoas. Tais dados demonstram que o infarto é uma doença grave, e que a população deve ficar atenta aos sinais do corpo. Ao menor indício, procure o médico, não fique na dúvida.
Alertas do corpo
Em 60% dos casos os sintomas dados pelo corpo são o que os médicos chamam de dores típicas, e podem ser confundidas com outras doenças. De acordo com Alberto, pode ser um aperto ou queimação localizada no lado esquerdo do peito, não uma dor localizada, mas sim espalhada, o paciente não sabe precisar onde, normalmente tende a ir para o braço esquerdo. Em 30% das vezes a dor é atípica, pode ser no estômago, e a pessoa pensa que é gastrite, ou até mesmo na mandíbula: “Eu já vi pacientes que extraíram vários dentes achando que era esse o foco do problema. Também pode ter dores no ombro direito, até no braço direito e costas”, diz.
Segundo o cardiologista apenas cerca de 10% dos pacientes não sente nenhum tipo de dor, tem um infarto silencioso, às vezes um suor frio, fica pálido e logo depois vem a crise. “Já presenciei pacientes idosos que enfartaram tendo apenas tosse, a manifestação era essa ou o soluço, por isso o melhor é prevenir, manter os fatores de risco controlados”, explica. Para o médico a principal complicação dessa doença e que ainda não foi possível mudar é a morte súbita, que ocorre na primeira hora do incidente. “Muitas vezes o que fica é uma sequela, a região do coração que infartou morre, então quando o órgão vai contrair a artéria deixa de ajudar, o coração é uma bomba, que fica pulsando, se uma parte que o auxilia não funciona ele acaba sendo prejudicando”, ressalta. A principal sequela do infarto é a insuficiência cardíaca, o coração cresce e a pessoa sente falta de ar. Em alguns casos também pode ocorrer de o paciente contrair arritmia cardíaca.
O aposentado Daril Santana, 52 anos, explica que teve infarto duas vezes, no primeiro, há cerca de sete anos, ele conta ter sentido alterações de pressão arterial, depois dores localizadas no peito que davam a impressão de sufocamento e causava dores no pescoço. Pela localização da dor, Daril chegou a pensar que se tratava apenas de um torcicolo, e por trabalhar o tempo todo com médicos, não procurou ajuda profissional. Após o primeiro episódio o aposentado conta que no dia 5 de janeiro de 2010, teve a segunda crise, ainda mais grave. “Minha primeira morte súbita durou de 11 a 12 segundos até conseguirem me reanimar, depois tive outras três paradas cardíacas durante a angioplastia. Convivia com médicos em cerca de 80% do meu tempo, então achava que não era nada demais, que estava tudo bem”, diz.
Para contornar os problemas de saúde, Daril passou a ter uma vida mais regrada: “Desde então sou controlado por medicamentos, faço exercícios aeróbicos e caminhadas, fico sempre atento. Passamos a conhecer mais o organismo, não senti mais nada depois do ocorrido. A alimentação e o controle da pressão arterial, também são constantes”, explica.
Existem vários tratamentos com intuito de evitar ou tardar o infarto, um dos principais é o chamado tratamento medicamentoso. “É quando o paciente começa a tomar os remédios prescritos, onde entra a questão da aspirina, remédios para o colesterol, e outros para adequação da pressão, diabetes. São fatores que ajudam a controlar e diminuir esses riscos. Os remédios do colesterol, sempre são utilizados independente do valor deste no sangue”, explica. O médico ressalta que existem remédios potentes que muitas vezes conseguem manter a placa estável, não consegue reduzir, mas não deixa aumentar a quantidade de gordura no sangue.
Alberto cita que é possível infartar durante o sono, apesar de não ser algo comum. A gravidade do caso de cada paciente, se deve à localização e em qual artéria a placa de colesterol está, se é na região mais inicial ou distal. “Nós temos algumas artérias mais importantes que outras, então em alguns casos o risco pode aumentar ainda mais”, diz. Segundo o médico normalmente o infarto acontece no início da manhã. Cerca de meia-hora antes de acordar, nosso corpo começa um ciclo, nesse tempo quando ainda estamos dormindo, é a hora que nossa pressão é mais baixa e a frequência cardíaca também, o organismo está em repouso, antes mesmo de despertar o coração já começa a acelerar e a pressão vai subindo para que não tenhamos tontura quando nos levantarmos da cama.
Com o comerciante Heitor Tadeu de Andrade, 56 anos, os sinais dados pelo seu corpo o salvaram do infarto. Ele diz que sentia muita dor no peito e isso se estendia para os braços e pernas, fazendo com que tivesse uma sensação de ardência nesses membros e nas veias do corpo. “Assim que comecei a sentir isso procurei um médico, que me prescreveu vários exames. Mas até conseguir um cardiologista meu problema já estava num estágio bem grave”, diz. O comerciante explica que teve uma crise muito forte dessas dores, mas não chegou a enfartar. “Eu estava com 99% das veias do coração obstruídas, segundo meus exames. Fiz uma angioplastia e resolvi o problema”, diz. Depois do susto, Heitor conta que passou a ter uma vida mais saudável e a fazer acompanhamento médico.
O que fazer caso ocorra o infarto
Quando alguém está tendo um infarto o ideal é levar a pessoa de imediato a um pronto-socorro. O cardiologista ressalta que remédios infantis como AS podem ajudar, mas o quanto antes o paciente for socorrido mais chances de vida e menos sequelas ele terá. “O tempo que temos é primordial, nas primeiras três horas os resultados são bem melhores, com 12 horas, são bons, depois desse período o tratamento já não é tão satisfatório. Ouvi uma vez que nesse caso, tempo é músculo, então o quanto antes o paciente chegar ao pronto-socorro, mais cedo conseguirmos desentupir a artéria e fazer o sangue chegar ao músculo do coração”, explica o cardiologista.
Alberto diz que a placa de colesterol que aumenta não chega a entupir completamente a artéria, ela chega até 80% apenas, o cérebro interpreta aquilo como se fosse um corte, e se tem um corte, vai sangrar, para que isso não ocorra se cria um coágulo. Então, o infarto é causado por esse coágulo em cima da placa de gordura, ela é o que pré-dispõe o infarto. O AS infantil ajuda a dissolver o coágulo. “Existem remédios que nós cardiologistas prescrevemos e tem tanto efeito quanto o AS, e resolve de forma mais definitiva, o AS é uma ótima medicação, mas como todo remédio tem efeitos colaterais”, ressalta. (08/12/13)
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Exame médico na hora de tirar ou renovar a CNH
Exames psicotécnico e médico são exigidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran) para evitar e prevenir supostas eventualidades graves. Mas mesmo com todos os procedimentos exigidos pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), ainda tem pessoas que omitem problemas de saúde e até mesmo que tomam medicamentos controlados, fazendo com que acidentes que poderiam ser evitados aconteçam.
Dias atrás um veículo que trafegava próximo ao Anel Viário, no Setor Três Marias. Quando condutor teve uma crise epilética e perdeu o controle do carro, que foi parar dentro do córrego, felizmente o motorista e o passageiro foram socorridos e passam bem. Os dois não tiveram os nomes divulgados e não foi possível ter a certeza se o homem que dirigia era habilitado.
São casos assim que pode colocar a vida de motoristas e de outras pessoas em risco. O que não é o caso do motorista veterano Silon Divino Alves, 43, que já é habilitado a mais de 15 anos e retorna ao Detran periodicamente para refazer seus exames e ter a certeza de que esta apto para trafegar nas ruas e avenidas.
Silon garante não ter problemas de saúde e procura se controlar no trânsito, faz valer a direção defensiva que aprendeu quando fez o curso para tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele está pela quarta vez a fazer os exames exigidos pelo Detran, “entendo que é uma forma de prevenir, apesar de que ninguém esta isento de sofrer um ataque cardíaco onde quer que seja”, disse.
Detran
De acordo com a assessoria de imprensa do Detran, é o Denatran quem determina as normas a serem seguidas dos exames. Que são repassadas para as clínicas e médicos credenciados, os quais não cumprem as regras levam advertência ou são descredenciados.
O coordenador do Padrão Vap-Vupt do Detran, Rodrigo Rezende (foto), explicou que quem determina se o indivíduo está ou não apto para dirigir é o médico, cujo exame deve acontecer de cinco em cinco anos, na maioria, para renovar a permissão de renovar a CNH.
Rodrigo afirmou que o candidato só é eliminado se realmente apresentar condições que não condizem com as normas estabelecidas. “A pessoa vai passar por três médicos distintos, o avaliador do Detran, servidor do Cetran e o médico em si.”, diz.
Questionado sobre os condutores que sofrem de epilepsia como o caso citado acima. Rodrigo disse que o motorista tiver essa doença, não o invalida de dirigir, desde que o mesmo faça uso da medicação corretamente, para não causar problemas ou acidente no trânsito.
Palavra de médico
A cardiologista Ana Lúcia, 40, que atende candidatos a possuir ou renovar a CNH, no Detran e em uma clínica credenciada, disse seguir a todas as exigências cobradas. “Infelizmente se o candidato omitir algum problema de saúde fica difícil em apenas uma consulta diagnosticar que ele tenha algo, a não ser que eu perceba irregularidades na pressão arterial, visão ou deficiência física notável.”, disse.
Segundo a cardiologista, através do exame de aptidão física e mental e questionário a ser preenchido antes da consulta, que o motorista ou futuro condutor deve responder com honestidade. “É possível definir se o candidato será considerado pelo médico perito examinador de trânsito como apto, apto com restrições, inapto temporário ou inapto”, explica. .(07/12/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação