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DESTAQUES
TJGO avalia pedido de intervenção estadual na Saúde de Goiânia
Maqueiro filmado ao levar ‘mata-leão’ de policial durante confusão em maternidade diz que prisão foi humilhante: ‘Não tinha que chegar a esse ponto’
Ex-secretário de Saúde, Wilson Pollara é solto após ser preso suspeito de irregularidades na pasta
Fraudes em planos de saúde que ocorrem na via do reembolso
Logística de Saúde: os desafios na distribuição de medicamentos e vacinas
Rede D’Or contrata Tiago Machuca, líder em cirurgia torácica nos EUA
A REDAÇÃO
TJGO avalia pedido de intervenção estadual na Saúde de Goiânia
Goiânia – O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) deve analisar nesta segunda-feira (9/12) um pedido de intervenção estadual na gestão da Saúde de Goiânia, feito pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). A solicitação busca transferir o controle da área para um interventor designado pelo Governo de Goiás, como resposta à crise que se agravou nas últimas semanas.
Procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres protocolou o pedido na última sexta-feira (6), apontando a necessidade de uma ação urgente para sanar problemas financeiros e administrativos. O foco é garantir a continuidade dos serviços.
Entre os episódios recentes que motivaram o pedido de intervenção, destacam-se prisões de integrantes da cúpula da Secretaria Municipal de Saúde em uma operação do MPGO, além do pedido de demissão da secretária substituta e de auxiliares em menos de uma semana. Esses episódios expuseram irregularidades graves na área da Saúde na capital, gerando impacto direto nos serviços prestados à população.
O TJGO pautou o julgamento em caráter emergencial e, nesse caso, pode ocorrer nesta segunda (9/12). Caso a intervenção seja aprovada, caberá ao Governo de Goiás nomear um interventor para assumir a gestão da Saúde municipal e promover as mudanças necessárias.
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PORTAL G1/GOIÁS
Maqueiro filmado ao levar ‘mata-leão’ de policial durante confusão em maternidade diz que prisão foi humilhante: ‘Não tinha que chegar a esse ponto’
Valteir Santos foi detido após tentar impedir prisão de uma enfermeira. Maqueiro foi liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 1.412 (um salário mínimo).
O Maqueiro Valteir Santos, que foi filmado ao receber um “mata-leão” de um policial e ser preso durante a confusão na Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, disse que a prisão foi humilhante. Valteir foi detido após tentar impedir a prisão de uma enfermeira da unidade. Imagens mostram o momento da confusão
“Foi muito humilhante. Não tinha que chegar a esse ponto”, disse o maqueiro sobre a prisão.
O caso aconteceu na última sexta-feira (). As imagens obtidas com exclusividade pela TV Anhanguera mostram ainda quando a enfermeira Fabiana Ribeiro, que foi detida, conversa com os policiais militares. Em seguida, ela se dirige para um corredor e é puxada por um policial.
O militar segura a enfermeira e tenta colocar os braços dela para trás, com o auxílio do colega. Outros funcionários tentam impedir, inclusive o maqueiro, que é imobilizado por outro policial pelo pescoço. Fabiana lamentou o episódio.
“Não precisava disso tudo. Era uma situação que estava para ser contornada com conversa. A gente está se sentindo injustiçado, por conta de toda essa situação”, ressaltou a enfermeira.
A Polícia Militar de Goiás (PM-GO) informou, em nota, que os funcionários se recusaram a fornecer informações para o registro dos fatos, o que teria comprometido o andamento da ocorrência. “Tal conduta exigiu medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais e o restabelecimento da ordem”
Fabiana lamentou o constrangimento que passou dentro da unidade de saúde, que enfrenta uma crise financeira intensificada nos últimos dias com a prisão da alta cúpula da Secretaria de Saúde do município.
“Eu estava no meu ambiente de trabalho, prestando uma assistência, que com certeza, eu nunca deixei a desejar. Eu estava prestando serviço à comunidade e ao município, que inclusive não pagou os nossos salários. E, nosso décimo terceiro está atrasado”, pontuou a enfermeira.
A Prefeitura de Goiânia, por meio de nota, informou que “acompanha o caso com atenção, aguardando o desenrolar das investigações. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão da Maternidade Célia Câmara, disse que não iria se manifestar sobre a divulgação dessas novas imagens internas da unidade. No sábado (), a Fudahc enviou uma nota sobre o caso
Ao g, Rilmo Braga, delegado da Central de Flagrantes, contou que contra Valteir Vieira foi registrado um auto de prisão em flagrante por resistência com lesão corporal. Para ser liberado, ele precisou pagar R$ . (um salário mínimo).
Fabiana, segundo o delegado, teve que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por desobediência. Ela foi liberada com compromisso de comparecer à audiência de custódia.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), a confusão, que foi filmada, começou após o marido de uma gestante, classificada como de “menor gravidade”, ter exigido atendimento prioritário.
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão da unidade, informou que a paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe, cita a Fundahc
Vídeos divulgados por colegas dos profissionais mostram o momento em que os policiais prendem o maqueiro. Em uma das cenas, o homem está deitado no chão e é algemado. Na sequência, tanto ele quanto a enfermeira são levados para a viatura
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Ex-secretário de Saúde, Wilson Pollara é solto após ser preso suspeito de irregularidades na pasta
Secretário executivo e diretor financeiro, Bruno Vianna Primo e Quesede Ayres Henrique, da secretaria também foram soltos na madrugada deste sábado.
Por Vanessa Chaves, g1 Goiás
O ex-secretário municipal de saúde de Goiânia, Wilson Pollara foi solto após ser preso suspeito de irregularidades na pasta. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) concluiu que não há motivos para converter a prisão temporária em prisão preventiva.
Pollara e os dois auxiliares, também investigados na operação Operação Comorbidade, o secretário executivo Bruno Vianna Primo e o diretor financeiro, Quesede Ayres Henrique foram soltos na madrugada deste sábado (7), às 00h, na Casa do Albergado, no Jardim Europa. A informação foi confirmada pela Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) e pela defesa de Pollara.
O g1 tentou contato com a defesa de Bruno Vianna Primo e Quesede Ayres Henrique, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A defesa do ex-secretário disse que a partir de agora irá acompanhar o desenrolar das investigações por parte do órgão ministerial, que poderá ou não ofertar denúncia contra Pollara, resultando eventualmente na instauração de uma ação penal pública (veja a nota na íntegra abaixo).
A operação
De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), a investigação aponta que os envolvidos concederam vantagens indevidas em contratos, desrespeitaram a ordem cronológica de pagamentos e causaram prejuízos ao erário público. De acordo com o Ministério Público, a manobra viola o princípio da impessoalidade, conforme previsto em lei.
Em coletiva de imprensa, os promotores também explicaram que foram feitos pagamentos “fora dos canais oficiais”. Esses pagamentos “extra caixa” não eram registrados na contabilidade pública.
“Nós identificamos o direcionamento de pagamentos a determinadas pessoas jurídicas credoras da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas, em detrimento de outros credores. Identificamos também pagamentos feitos de maneira irregular, podemos dizer, clandestinamente, fora dos cofres ou caixas oficiais, sem a devida declaração na contabilidade pública”, disse o promotor Rafael Correa Costa.
Além das práticas criminosas, o MP-GO destacou que o esquema agravou a crise na saúde pública de Goiânia e que a dívida atual do município com unidades de saúde é de cerca de R$ 300 milhões. Segundo os promotores de Justiça, o esquema teria impactado o repasse de verbas a entidades como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc).
Somente a Fundahc enfrenta uma dívida acumulada de R$ 121,8 milhões e tem passado por dificuldades operacionais. Em agosto deste ano, a instituição chegou a suspender os atendimentos nas maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara, mantendo apenas os procedimentos eletivos na ocasião.
Nesse cenário, a rede pública também tem registrado falta de insumos básicos, interrupção de serviços e restrições ao acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Recentemente, mortes de pacientes à espera de vagas têm sido relatadas.
Nota da defesa de Wilson Pollara na íntegra
“A defesa disse que não há provas de materialidade delitiva por parte do cliente. Wilson Pollara não apenas não praticou qualquer tipo de crime à frente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como, ao contrário, veio à Goiânia para tentar contribuir para a melhoria da atuação do órgão.
Com mais de 50 anos de carreira, mestrado e doutorado em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo (USP) e uma gestão à frente da Secretaria Municipal de Saúde que se tornou sinônimo de eficiência, onde conseguiu zerar a fila de espera por exames, Pollara foi convidado para assumir a SMS, no ano passado, e colaborar para sanar os problemas da saúde em Goiânia.
Em todos os depoimentos das testemunhas ouvidas pelo MP-GO fica claro que a crise da dívida da SMS com prestadores de serviço e fornecedores já existia antes da vinda de Pollara, desde a gestão anterior do órgão, e que jamais houve qualquer tipo de prática ilegal, como suborno e propina, por parte do cliente.
Ao tentar solucionar os problemas da saúde em Goiânia, Pollara acabou perseguido e injustiçado. A defesa está certa de que irá conseguir comprovar a inocência de seu cliente que, neste momento, tem como foco principal buscar assistência médica para tratar de um câncer no rim, detectado durante a internação hospitalar nesta semana.”
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JOTA INFO
Fraudes em planos de saúde que ocorrem na via do reembolso
As fraudes contra planos de saúde têm se tornado um problema crescente no Brasil, gerando impactos financeiros expressivos para as operadoras e comprometendo a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar. Estima-se que bilhões de reais são desviados anualmente em práticas fraudulentas, envolvendo prestadores de serviços, beneficiários e até profissionais médicos[1].
Casos recentes noticiados pela imprensa revelam esquemas cada vez mais sofisticados de fraude, merecendo destaque as fraudes que ocorrem na via do reembolso[2], em especial, aquelas relacionadas aos tratamentos voltados aos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que conforme previsão legal, são tratamentos que se dão por prazo indeterminado, o que facilita ainda mais a prática fraudulenta.
A Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998) prevê que os tratamentos para TEA e TGD sejam garantidos de forma contínua, sem limitação de tempo, considerando a natureza crônica e multidisciplinar da condição. Essa previsão é essencial para assegurar o acesso irrestrito às terapias necessárias, como acompanhamento psicológico, fonoaudiológico entre outros.
No entanto, essa característica também pode facilitar práticas fraudulentas, uma vez que a ausência de limites temporais abre margem para a solicitação de reembolsos repetitivos e irregulares, baseados em laudos médicos ou declarações adulteradas.
As fraudes envolvendo reembolsos de tratamentos de pessoas diagnosticadas com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), incluindo-se neste grupo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), são uma preocupação crescente no Brasil, especialmente em um cenário onde os custos elevados de terapias multidisciplinares e a demanda crescente desafiam a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar.
Esse tipo de fraude geralmente envolve esquemas em que prestadores de serviços, beneficiários e até profissionais de saúde agem em conluio para desviar recursos. Algumas das práticas mais comuns incluem:
Apresentação de documentos falsificados: Notas fiscais e recibos adulterados para inflar valores ou justificar despesas inexistentes.
Cobrança por sessões não realizadas: Clínicas e prestadores solicitam reembolsos por atendimentos que não ocorreram.
Laudos médicos indevidos: Profissionais emitem atestados para justificar tratamentos mais caros, em volume desproporcional, ou que fogem à realidade clínica do paciente.
Os custos elevados das terapias multidisciplinares para TEA e TGD, que podem ultrapassar R$ 15 mil por mês, agravam a situação. Pesquisas apontam que há um aumento significativo nas reclamações de famílias de autistas contra os planos de saúde devido a recusas de reembolso e cancelamentos unilaterais de contratos.[3] Muitas operadoras justificam essas recusas alegando irregularidades ou suspeitas de fraude.
O sistema de reembolso em planos de saúde, apesar de oferecer uma alternativa importante quando a operadora não possui profissionais em sua rede para prestar atendimento, pode inadvertidamente abrir brechas para práticas fraudulentas. Isso ocorre porque esse modelo permite maior autonomia para o usuário na escolha de prestadores, o que dificulta a fiscalização e aumenta a vulnerabilidade a desvios. A via de reembolso fortalece o oportunismo por quatro motivos principais:
Falta de controle direto sobre o prestador: Diferentemente dos serviços oferecidos pela rede credenciada, onde operadoras têm contratos e mecanismos de auditoria estabelecidos, o reembolso envolve prestadores externos, dificultando a verificação da autenticidade dos serviços prestados e dos valores cobrados.
Documentação manipulável: O sistema de reembolso depende de notas fiscais e recibos emitidos pelos prestadores de serviços. Documentos fraudulentos podem ser apresentados por beneficiários ou prestadores, inflando valores ou declarando serviços não realizados. Essa prática é uma das mais comuns em esquemas de fraudes.
Alinhamento de interesses entre beneficiário e prestador: Em alguns casos, beneficiários podem concordar com esquemas fraudulentos para obter vantagens financeiras, como dividir valores superfaturados ou justificar despesas que não ocorreram. Isso fortalece o conluio entre as partes.
Dificuldade de auditoria retroativa:
Como os reembolsos geralmente são pagos após a apresentação dos documentos, identificar fraudes exige auditorias detalhadas e muitas vezes demoradas, o que compromete a eficiência e a eficácia no combate a desvios.
As fraudes que ocorrem na via do reembolso incluem em seu modus operandia emissão de notas fiscais para sessões de terapias que nunca ocorreram, volume de sessões de terapia multidisciplinar incompatíveis para a realidade de qualquer ser humano, e muitas vezes, há a prescrição de terapias que sequer são validadas pelos conselhos de classe para justificar tratamentos fora da rede credenciada[4].
Esse cenário reflete a facilidade com que prestadores e beneficiários podem burlar as normas, sobrecarregando as operadoras e prejudicando a sustentabilidade do sistema . Além disso, ainda existem lacunas regulatórias em relação à documentação exigida para os pedidos de reembolso, o que também pode facilitar práticas fraudulentas .
Para enfrentar essas fraudes e seus impactos, é necessário pensar em propostas para mitigar as fraudes que ocorrem, especialmente na via de reembolso, como por exemplo:
Automação e análise de dados: Utilizar inteligência artificial para identificar padrões anômalos em pedidos de reembolso, como frequência excessiva ou valores muito acima da média de mercado.
Auditoria preventiva e periódica: Criar mecanismos de verificação mais rigorosos para reembolsos acima de um determinado valor ou envolvendo tratamentos com alta demanda, como os de TEA.
Parcerias interinstitucionais: Promover maior integração entre a ANS, Ministério Público, Polícia Federal e operadoras para identificar e desarticular redes criminosas.
Revisão regulatória: Estabelecer normas mais claras e restritivas para reembolsos, incluindo a exigência de comprovantes mais detalhados e a fiscalização de prestadores que atuam frequentemente fora da rede credenciada.
Educação do beneficiário: Campanhas para conscientizar os usuários sobre as implicações éticas e legais das fraudes, desincentivando práticas de conluio com prestadores.
Embora o sistema de reembolso seja essencial para garantir o acesso a tratamentos, sua estrutura pode facilitar práticas oportunistas. O fortalecimento de controles, aliado ao uso de tecnologia e à conscientização dos envolvidos, são medidas cruciais para reduzir fraudes e preservar os recursos das operadoras, beneficiando todo o sistema de saúde suplementar. Este é um desafio que exige esforços conjuntos das operadoras, da ANS, dos órgãos públicos e dos profissionais de saúde para proteger a sustentabilidade do sistema e garantir que os beneficiários tenham acesso aos cuidados que realmente necessitam.
As pessoas diagnosticadas com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), incluindo-se o Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm direito ao tratamento adequado e digno, de acordo com as suas necessidades específicas. No entanto, é fundamental que as prescrições e solicitações de reembolso estejam embasadas em critérios éticos, respeitando os regulamentos e a integridade da cadeia de beneficiários vinculada aos planos de saúde. Fraudes envolvendo laudos falsos ou serviços fictícios geram impactos graves, como o aumento dos custos assistenciais, que são diluídos entre todos os usuários do sistema, prejudicando tanto a sustentabilidade das operadoras quanto o acesso aos serviços essenciais pelos demais beneficiários.
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CANAL COM Q
Logística de Saúde: os desafios na distribuição de medicamentos e vacinas
Ainda que muitas vezes passe despercebida, a logística de saúde, envolvendo a distribuição eficiente e segura de medicamentos e vacinas, é uma área crítica e que merece cuidados muito particulares, conforme ficou evidenciado, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19.
Uma boa gestão é essencial para garantir que hospitais, centros de saúde e pacientes recebam aquilo de que precisam no tempo adequado, minimizando o desperdício e assegurando a qualidade dos produtos.
Entre os principais desafios, é possível citar a manutenção da cadeia de frio, o rastreamento em tempo real e a conformidade regulatória, que podem ser superados com o uso de novas tecnologias, por intermédio de parcerias eficientes e ainda, contando com o investimento em infraestrutura e capacitação de pessoal.
Roberto de Oliveira Gonçalves, tutor do curso Técnico em Logística do Senac EAD, aponta que os centros de armazenamento de produtos farmacêuticos exigem cuidados especiais para garantir a qualidade e a segurança dos medicamentos.
Entre os pontos de atenção, ele menciona a necessidade de um rígido controle ambiental, organização e limpeza, segurança, controle de pragas, controle de qualidade e atendimento à legislação vigente. “É fundamental que todos os funcionários envolvidos no processo de armazenamento sejam treinados e capacitados para seguir os procedimentos adequadamente”, afirma.
Sobre o último ponto, Gonçalves indica que existem diversas normas e leis que regulamentam as boas práticas de armazenamento de produtos farmacêuticos, visando garantir a qualidade e a segurança dos medicamentos. No Brasil, a principal agência reguladora responsável por estabelecer essas normas é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela publicação de resoluções e normas técnicas que detalham como deverá ser feito esse tipo de armazenamento.
“A Anvisa publica RDCs com orientações específicas sobre as Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição (BPAD) e ainda, as chamadas normas técnicas, que complementam as resoluções e oferecem orientações mais detalhadas sobre aspectos específicos do armazenamento”, explica.
Além disso, segundo o especialista, cada estado ou município pode ter legislações complementares, estabelecendo requisitos adicionais para o acondicionamento de medicamentos em suas respectivas jurisdições.
Atuação do profissional de Logística
Para Cristiane Janaina Duso, tutora do curso Técnico em Logística do Senac EAD, não são apenas os centros de distribuição que devem ser específicos e seguir as regras e procedimentos fornecidos pela Anvisa e pelo fabricante do medicamento: o profissional técnico em logística também deve ser especializado.
“Em uma área tão específica e sensível aos níveis de serviços logísticos, o técnico de logística também será especializado, com domínio para entender e resolver as peculiaridades de cada tipo de produto farmacêutico. Este mesmo profissional precisará ter uma série de certificações e conhecimentos particulares, sendo que muitos destes são fornecidos e certificados por treinamentos na própria indústria e pelos fabricantes de medicamentos”, comenta.
Como dica para quem está começando na área, Cristiane aponta que, acima de tudo, o profissional deve estudar o ramo de atividade e suas peculiaridades, assim como as técnicas, tecnologias, melhores práticas do mercado e as melhores empresas do ramo logístico farmacêutico.
“Por se tratar de uma área ligada diretamente com a saúde, procure participar de cursos voltados para a logística da saúde, desenvolvendo conhecimentos matemáticos e em sistemas básicos como Microsoft Office. Não menos importante, leia muito a respeito da logística e suas implicações e aplicações, a relevância global do setor no mundo em que vivemos e esteja atento às mudanças regimentais ditadas pelo governo ou pela indústria farmacêutica”, conclui.
Sobre o Senac EAD
Com mais de 77 anos de atuação em educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nessa modalidade se deu em 1947 com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio.
A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 380 polos presenciais para avaliações. Acesse aqui a programação completa de cursos do Senac EAD.
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METRÓPOLES
Rede D’Or contrata Tiago Machuca, líder em cirurgia torácica nos EUA
O cirurgião, com reputação internacional, retorna ao Brasil para liderar a área de medicina respiratória de alta complexidade da empresa
A Rede D’Or, maior empresa de saúde da América Latina, reforça novamente o time técnico contratando o médico Tiago Noguchi Machuca, um dos mais renomados cirurgiões torácicos do mundo, reconhecido por tratar casos considerados inoperáveis.
Após uma década de sucesso entre o Canadá e os Estados Unidos, Machuca retorna ao Brasil para liderar um projeto nacional da empresa com foco na medicina respiratória, cirurgia torácica de alta complexidade e transplante pulmonar.
Quem é o Dr. Tiago Machuca
Formado em 2005 pela Universidade Federal do Paraná, Dr. Tiago Machuca seguiu para a residência em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da FMUSP, e depois especializou-se em Cirurgia Torácica na Santa Casa de Porto Alegre, onde atuou até 2010.
Durante esse período, integrou a equipe do renomado Dr. José Camargo, pioneiro em transplante de pulmão na América Latina e responsável pelo primeiro transplante pulmonar intervivos fora dos Estados Unidos.
Buscando aperfeiçoamento, Machuca foi para a Universidade de Toronto, um dos maiores centros de cirurgia torácica do mundo, onde se especializou em cirurgia minimamente invasiva e transplante pulmonar.
O talento o levou a ser indicado para chefiar o serviço de cirurgia torácica na Universidade da Flórida, em Gainesville, onde, a partir de 2015, desenvolveu um dos programas mais bem-sucedidos dos EUA.
Sob liderança dele, a universidade se tornou um centro de referência nacional, atraindo pacientes de todo o país. No campo da cirurgia robótica, o programa dele alcançou tanto sucesso que a instituição designou um sistema robótico exclusivamente para a equipe dele.
Em 2022, Machuca assumiu o comando do programa de transplante pulmonar do Miami Transplant Institute (MTI), da Universidade de Miami. Em menos de um ano, o programa ganhou reconhecimento nacional e passou a atrair pacientes internacionais, principalmente da América do Sul e Europa.
Dr. Machuca é também um dos pioneiros mundiais no transplante de pulmão em pacientes com sequelas graves de Covid-19.
Na carreira, já realizou mais de 1000 cirurgias robóticas, 500 ECMOs – um tipo de assistência extracorpórea cardiopulmonar – e 650 transplantes pulmonares. Para se ter uma ideia da magnitude da experiência, em 2023, o Brasil inteiro realizou apenas 78 transplantes de pulmão.
Agora, em 2024, ele retorna ao Brasil para liderar uma equipe multidisciplinar com mais de 50 profissionais na Rede D’Or.
O objetivo é trazer aos brasileiros o que há de melhor em termos de assistência para doenças pulmonares complexas, como câncer de pulmão, enfisema pulmonar e transplantes, elevando o padrão de cuidado no país.
Um projeto para todo o Brasil
A contratação do Dr. Tiago Machuca faz parte de um grande investimento da Rede D’Or em um projeto que começou a ser desenhado há cerca de 5 anos.
De acordo com o fundador da empresa, o cardiologista Jorge Moll, a Rede D’Or vem se preparando para oferecer novas opções de tratamento e mais qualidade de vida aos pacientes.
Com um olhar cada vez mais direcionado para o futuro, a Rede D’Or pretende não apenas deixar uma marca na medicina de alta complexidade torácica, como também contribuir com a melhoria nos indicadores médicos no país.
Em 18 meses, 14 transplantes bem-sucedidos
Com presença em 13 estados e no Distrito Federal, a Rede D’Or revolucionou a cirurgia torácica e o transplante pulmonar no país. Ao inaugurar o primeiro Centro de Cirurgia Torácica e Transplante Pulmonar no Rio de Janeiro, no Hospital Copa D’Or, a Rede já realizou com sucesso 14 transplantes de pulmão.
O próximo centro a ser inaugurado será no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. A equipe que já atua no eixo RJ-SP é composta por cerca de 20 cirurgiões torácicos altamente especializados.
Nos próximos anos, outros centros serão abertos no Brasil criando uma base nacional de atuação para que pacientes de todas as regiões tenham acesso a tratamentos de ponta em cirurgia torácica, câncer de pulmão e transplante pulmonar.
Prêmios internacionais e equipes de alto desempenho
A Rede D’Or, reconhecida por criar o mais abrangente Programa de Qualidade Técnica do país, conquistou mais um feito: o Hospital Copa D’Or recebeu, em 2023, o prestigioso prêmio Silver Level Elso Award, concedido pela organização líder mundial em pesquisa sobre membrana de oxigenação extracorpórea (ECMO).
Esse reconhecimento destaca a excelência do programa ECMO da Rede D’Or, que oferece um tratamento vital para pacientes com insuficiência respiratória grave ou falência cardíaca.
A equipe multidisciplinar, composta por médicos intensivistas, cirurgiões e enfermeiros altamente qualificados, trabalha em conjunto para garantir o sucesso dos procedimentos.
A enfermeira Shirley Belan de Sousa, supervisora de transplante de pulmão da Rede D’Or, enfatiza a importância da formação e do trabalho em equipe: “O sucesso do tratamento ECMO depende da colaboração de todos os profissionais envolvidos, desde médicos até fisioterapeutas. A enfermagem, com sua sólida formação e acompanhamento intensivo do paciente, desempenha um papel fundamental nesse processo”.
Com investimentos contínuos em tecnologia e treinamento, a Rede D’Or se destaca como referência em cuidados intensivos no Brasil e no mundo. O prêmio Elso é um reconhecimento ao compromisso da instituição com a excelência em saúde e à dedicação dos profissionais.
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Assessoria de Comunicação