Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08/02/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Conselho Federal de Medicina permite que médicos possam fazer consultas à distância
Ipasgo quita primeira parcela da dívida com rede credenciada
Governo investe R$ 452 mil em berços aquecidos para o Materno Infantil
Laudo reprova teste de dengue do SUS
A era do doutor robô
Texto de Ministério da Saúde dá aval ao eletrochoque


PUC TV
Conselho Federal de Medicina permite que médicos possam fazer consultas à distância
https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=FNrt4zeVEW8
…………………

PORTAL R7

Ipasgo quita primeira parcela da dívida com rede credenciada

Pagamento é referente aos meses de setembro e outubro de 2018 O post Ipasgo quita primeira parcela da dívida com rede credenciada apareceu primeiro em Jornal Opção.
Pagamento é referente aos meses de setembro e outubro de 2018
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) iniciou o pagamento das dívidas com os prestadores de serviço de saúde da rede credenciada. Nesta quarta-feira, dia 6, foram quitados os valores referentes aos meses de setembro e outubro de 2018, que deveriam ter sido liquidados em dezembro.
O pagamento faz parte do compromisso firmado entre o presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, e os integrantes do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás (Cemeg), grupo formado pela Academia Goiana de Medicina (AGM), Associação Médica de Goiás (AMG), Cremego e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), após reunião no dia 25 de janeiro, em Goiânia.
Até agora, cerca de 3,7 mil prestadores, entre eles pessoas físicas e jurídicas, que apresentaram as notas referentes aos meses de setembro e outubro até o período da manhã do dia 18 de janeiro, bem como as certidões, estão com os recebimentos atualizados.
"Não podemos deixar que nossos servidores e usuários sejam punidos pelas irresponsabilidades passadas. Estamos agindo para evitar quaisquer tipo de problemas nas prestações dos serviços", disse Silvio Fernandes.
O presidente do Ipasgo afirma que as dificuldades financeiras do órgão são graves. Segundo ele, além da dívida com os prestadores de serviço há um déficit mensal de R$ 10,5 milhões.
Fernandes recorda ainda que os valores recolhidos dos servidores em novembro e dezembro de 2018 não foram repassados ao órgão no ano passado e somam R$ 89.239.090,16.
Após essa primeira etapa de pagamentos, o presidente do Ipasgo trabalha para anunciar ainda neste mês de fevereiro um novo calendário para quitar as dívidas referentes ao mês de novembro do ano passado.
O post Ipasgo quita primeira parcela da dívida com rede credenciada apareceu primeiro em Jornal Opção .
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) iniciou o pagamento das dívidas com os prestadores de serviço de saúde da rede credenciada. Nesta quarta-feira, dia 6, foram quitados os valores referentes aos meses de setembro e outubro de 2018, que deveriam ter sido liquidados em dezembro.
O pagamento faz parte do compromisso firmado entre o presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, e os integrantes do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás (Cemeg), grupo formado pela Academia Goiana de Medicina (AGM), Associação Médica de Goiás (AMG), Cremego e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), após reunião no dia 25 de janeiro, em Goiânia.
Até agora, cerca de 3,7 mil prestadores, entre eles pessoas físicas e jurídicas, que apresentaram as notas referentes aos meses de setembro e outubro até o período da manhã do dia 18 de janeiro, bem como as certidões, estão com os recebimentos atualizados.
"Não podemos deixar que nossos servidores e usuários sejam punidos pelas irresponsabilidades passadas. Estamos agindo para evitar quaisquer tipo de problemas nas prestações dos serviços", disse Silvio Fernandes.
O presidente do Ipasgo afirma que as dificuldades financeiras do órgão são graves. Segundo ele, além da dívida com os prestadores de serviço há um déficit mensal de R$ 10,5 milhões.
Fernandes recorda ainda que os valores recolhidos dos servidores em novembro e dezembro de 2018 não foram repassados ao órgão no ano passado e somam R$ 89.239.090,16.
Após essa primeira etapa de pagamentos, o presidente do Ipasgo trabalha para anunciar ainda neste mês de fevereiro um novo calendário para quitar as dívidas referentes ao mês de novembro do ano passado.
………………

JORNAL OPÇÃO

Governo investe R$ 452 mil em berços aquecidos para o Materno Infantil
Por Elisama Ximenes

Governador esteve no Materno Infantil para entregar os equipamentos e garantiu que Saúde é prioridade
O governador Ronaldo Caiado (DEM) esteve no Hospital Materno Infantil, na manhã desta sexta-feira, 8, quando entregou 15 berços aquecidos na unidade de Saúde. Segundo ele, foram investidos R$ 452 mil na compra.
“Isso traz vida para nós que somos médicos. Uma mãe e um pai que têm uma criança recém-nascida terão condições de ter uma incubadora, um berço aquecido à disposição, além de todas as ferramentas necessárias para garantir a sobrevivência daqueles que nascem mais debilitados”, disse.
Caiado repetiu que as condições do HMI era de sucateamento e disse estar empenhado em melhorar a saúde do Estado, que considera prioridade. “Temos que dar atenção ao que é fundamental, eu não deixei de ser médico, eu apenas estou governador”, disse.
Questionado sobre a dívida com as Organizações Sociais que administram hospitais estaduais, o democrata garantiu que ela já está sendo paga. “Estamos aos poucos quitando com as negociações feitas pela Secretaria da Saúde com as empresas e com ajuda do Governo Federal”, disse.
……………..

AGÊNCIA ESTADO

Laudo reprova teste de dengue do SUS

Brasília – O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) reprovou testes rápidos para diagnóstico de dengue, zika e chikungunya que haviam sido comprados pelo Ministério da Saúde e estavam em uso nos Estados. Após queixas de Minas, São Paulo, Rio, Acre e Goiás, lotes foram enviados para análise.

O resultado apontou baixa sensibilidade dos lotes, o que indica risco de o paciente com a doença ser considerado saudável. O laudo do INCQS ficou pronto em dezembro e, a partir do resultado, o ministério determinou nova análise. Agora, o teste será feito com lotes distribuídos para todos os Estados. Esse é um dos exames usados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Bahiafarma, laboratório público produtor dos testes, foi notificado do resultado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também foi acionada e abriu investigação.

O ministério adquiriu em duas ocasiões testes de diagnóstico da Bahiafarma. O primeiro lote, de R$ 119 milhões, foi comprado em 2016, um ano após o grande surto de zika no País. A transação ocorreu a toque de caixa, sob o comando do então ministro da Saúde, o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Em 2017, foram adquiridos 6,5 milhões de testes, desta vez de dengue, zika e chikungunya, de cerca de R$ 162,5 milhões.

Testes do segundo contrato foram distribuídos para todo o País em 2018. Ao longo do ano, laboratórios de alguns Estados encaminharam laudos técnicos apontando inconsistência nos kits. A partir daí, foi pedida avaliação no INCQS. Queixas também foram feitas em reuniões de secretários estaduais e municipais com o ministério.

Enquanto esperam resultado definitivo, alguns Estados suspenderam o uso dos kits da Bahiafarma. Foi o caso das cidades de Goiás. A Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado diz que, enquanto o produto estava em uso, foram identificadas deficiências. A suspeita maior era de resultados falso negativo, como aponta o INCQS.

Defesa
Presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias diz não ter sido comunicado previamente sobre o exame do INCQS. Segundo ele, a praxe é de o produtor acompanhar o processo e apresentar contraprova. Sem haver o acompanhamento, afirmou ele, não há como garantir que os problemas não tenham ocorrido pelo armazenamento incorreto ou até mesmo pelo transporte. "Por que durante todo esse tempo ninguém encaminhou notificação formal de suspeita da eficiência?"

Dias observou que muitos Estados não usaram o que o ministério encaminhou. "Havia resistência. Talvez provocada pelo fato de que as secretarias teriam de custear material para a realização do exame."

A reportagem apurou que o maior descontentamento dos Estados era o fato de o teste demandar certa estrutura para ser realizado. Diferentemente de testes rápidos, que em geral ficam prontos tão logo o material a ser examinado é colocado em contato com o kit, o exame da Bahiafarma exigiria processamento, o que não está disponível em todos os centros de saúde.

O ministério informou que pode haver estoque com prazo de validade vencido entre os exames enviados aos Estados, mas não disse quantos. Estão nos armazéns da pasta 600.160 testes para dengue; 25.300 de testes para zika e 659.660 de testes para chikungunya.

Já foram enviados 1.237.420 testes para dengue, 738.750 para Zika e 906.960 para chikungunya. Só após a conclusão de novos testes de qualidade é que se saberá o que pode ser feito com os exames e a Bahiafarma.
…………………….

REVISTA VEJA

A era do doutor robô

O Brasil autoriza as consultas pela internet, o que terá um impacto incancelável no relacionamento entre médico e paciente
Poucos contatos humanos são mais reverenciados que o diálogo entre um médico e seu paciente – aquela troca, nem sempre fácil, às vezes francamente tensa, entre o profissional que zela pela saúde alheia e a pessoa que teme estar se aproximando da pior das notícias. Tem sido assim desde que Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.), o pai da medicina, intuiu a necessidade de detalhar as doenças de quem o procurava para chegar ao diagnóstico, inicialmente com muita conversa, depois com cuidadosos exames. Desse modo, com variações mínimas, passaram-se séculos. Nos últimos anos, dada a explosão tecnológica que destruiu muitas atividades e inventou outras, abrindo atalhos inimagináveis para a humanidade, também a medicina passou a atravessar aceleradas modificações – e no centro da revolução está a convivência entre homens e mulheres de jaleco e os enfermos. Ela sempre exigiu o contato pessoal, a presença física no consultório, mas essa era está chegando ao fim.
Na semana passada, o Conselho Federal de Medicina (CFM), o órgão que regula a atividade, divulgou uma resolução de doze páginas. Nela, autoriza e incentiva o recurso à telemedicina, ou seja, o uso das inovações eletrônicas e dos meios de comunicação que surgiram com a internet para a prática de uma medicina que já não exige o contato físico. A resolução – que entra em vigor dentro de noventa dias – permite, por exemplo, que os médicos atendam seus pacientes através de um simples vídeo, coisa que, até agora, era expressamente proibida.
Telos, em grego, raiz da expressão telemedicina, significa distância. E é justamente a distância, o avesso da proximidade, que produz a estranheza. A inexistência do encontro pessoal pode parecer a negação de um princípio básico ensinado em início de carreira: a medicina de qualidade se faz sobre a tríade "ver, sentir e escutar". Diz Renato Anghinah, professor de neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: "Conhecer o paciente é essencial. O médico precisa saber da história de vida, da família, dos problemas e frustrações de cada doente que chega ao consultório. Quanto mais empatia houver com o paciente, mais informações ele conseguirá coletar".
Empatia, eis um conceito-chave para acompanhar a novidade. Estudo conduzido pela Universidade da Califórnia revela que, em qualquer sociedade, apenas 7% da comunicação emocional ocorre através da palavra, enquanto 38% são dados pelo tom de voz e 55% pela postura e pelo contato visual. Será que, com os recursos da inteligência artificial, com a distância física proporcionada pela tecnologia, haverá espaço para uma comunicação completa entre médico e paciente? Ainda não há resposta para essa questão, mas as primeiras reações à decisão do CFM mostraram que as resistências são grandes. Conselhos regionais alegaram não ter participado da elaboração das normas. Chegou-se a pedir inclusive a suspensão do documento. O CFM refutou as críticas declarando que a resolução foi resultado de dois anos de amplas discussões deflagradas em todo o país, e não aceitou adiar sua publicação.
Não será uma adoção fácil, e nas dores iniciais de qualquer parto é sempre bom olhar para experiências mais antigas. Nos Estados Unidos, a medicina baseada na tecnologia foi muito celebrada nos últimos trinta anos, desde a popularização do computador doméstico e, depois, com a chegada da internet. O efeito colateral: o esfriamento da relação entre o médico e o paciente. Ancorados nas máquinas, auxiliados por algoritmos, os especialistas são capazes de revelar detalhes duros do prognóstico e apontar chances de cura com extrema objetividade, mas sem exibir envolvimento emocional. A relação médico-paciente ficou técnica, fria, impessoal.
A partir dos anos 2000, como reação a esse estado de coisas, surgiu entre os americanos um movimento de "humanização na medicina", que prega a reaproximação do profissional com o paciente. As faculdades criaram disciplinas específicas para ensinar a boa conduta de um médico. Os críticos do uso da telemedicina afirmam que, por mais que o vídeo tenha alta resolução, que a conexão seja boa, que o microfone tenha bom alcance e o médico do outro lado da tela seja experiente, a consulta a distância pulveriza o convívio primordial. "A humanização precisa ser um princípio básico também da telemedicina", diz um dos maiores estudiosos do tema no Brasil, Chao Lung Wen, professor da USP.
Em termos práticos, como se dará essa humanização? Como contraponto ao "ver, sentir e escutar" da medicina tradicional, os entusiastas da telemedicina baseiam-se em uma trinca diferente: "praticidade, redução de custos e ampliação do acesso à saúde". O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, é uma instituição que usa o recurso de forma experimental desde 2012. Circula, em seus corredores, um robô com jeitão de enceradeira, controlado por celular, cuja missão é visitar os pacientes nos quartos. No topo do robô, numa tela que funciona à guisa de cabeça, aparece o médico, que pode estar a milhares de quilômetros de distância. Parece coisa de seriado futurista, mas está acontecendo neste momento. A telemedicina funciona? No Einstein, um projeto de orientação aos pacientes a distância evitou 83% das idas desnecessárias à emergência e obteve 96% de aprovação dos usuários. "A telemedicina agrada aos pacientes, evita desperdícios e desafoga o pronto-socorro", diz Sidney Klajner, presidente do Albert Einstein.
Saliente-se, contudo, que a telemedicina não serve para todos os momentos. Pode ser útil para situações pontuais, como nos casos de acompanhamento pré-na¬tal e mesmo depois do nascimento, já que as mães podem receber instrução remotamente sobre a melhor forma de amamentar o bebê ou sanar as angústias tão naturais dessa fase da vida. No entanto, a telemedicina não serve – pelo menos no estágio em que se encontra hoje – para pacientes com queixa de dores abdominais ou para aqueles que precisam realizar exames ginecológicos e urológicos. Muito menos para dar o diagnóstico de um câncer. "A medicina virtual dificilmente conseguirá ser tão completa quanto a consulta presencial", diz o cirurgião oncológico Ademar Lopes, do A.C. Camargo.
Na resolução divulgada na semana passada, o CFM chancelou a cirurgia a distância (mediada pelos braços de um robô), o diagnóstico a distância (com os dados de exames transmitidos pelo computador) e a triagem a distância (uma orientação para o próximo passo do cuidado), entre outras modalidades (veja o quadro abaixo). Para consultas, a regra impõe uma relação prévia entre o médico e o paciente. Ou seja: não é permitido marcar consulta virtual com um cardiologista desconhecido. O contato inaugural tem de ser cara a cara, presencial. A consulta a distância pode servir para contatos posteriores em que médico e paciente queiram discutir o resultado de um exame ou fazer o acompanhamento de situações pontuais. A exceção, segundo o CFM, é para as pessoas que vivem em regiões remotas do país, embora não se tenha dito ainda quais são elas.
A consulta a distância, num país desigual como o Brasil, porém, tem limites – e nota-se aí a fragilidade do lema "ampliação do acesso à saúde". Como ampliar o acesso à telemedicina no Nordeste se nessa região somente 64% das pessoas estão conectadas à internet, contra 81% no Sudeste? Ar¬gu¬menta-se que a medicina a distância é promissora para os doentes crônicos. Sete em cada dez idosos vivem com problemas como hipertensão, diabetes ou colesterol alto. Um acesso remoto ao médico evitaria deslocamentos cansativos e resolveria situações emergenciais com mais facilidade. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, em 2017, o Brasil superou a marca de 30 milhões de idosos. O problema é que somente 25% da população brasileira com 60 anos ou mais, um dos alvos evidentes da telemedicina, usa a internet. "É preciso que haja uma participação ativa do governo. Se as novas práticas forem bem aplicadas, vamos ter uma redução de filas em hospitais e melhor atendimento nas localidades isoladas, sem acesso à saúde", diz Roberto Stryjer, fundador da Telecardio.
Há obstáculos, sem dúvida, mas parece inexorável que, num futuro muito próximo, vejamos cada vez mais bons exemplos da telemedicina. Imaginava-se, lá atrás, que o bom gerente de uma instituição bancária seria personagem vitalício, que as filas à frente dos caixas eram uma imposição sem saída. Os aplicativos de instituições financeiras, cada vez mais práticos e seguros, estabeleceram um novo mundo – tão cômodo que quase já nos esquecemos de como era antes. Será assim com a medicina. Vivemos agora um extraordinário ensaio geral, como comprovam o robô do Einstein e outros exemplos internacionais. O Reino Unido, os Estados Unidos e a Tailândia já praticam a telemedicina há um bom tempo – fizeram muito sucesso os vídeos e as fotografias de uma simpática enfermeira de alumínio, um autômato que distribui exames e remédios num hospital de Bangcoc. Nos EUA, 76% dos hospitais usam a telemedicina e 35 estados têm leis próprias em torno do assunto. Mas existe evidente espaço para crescimento. Uma pesquisa americana realizada pela Physicians Foundation com mais de 8 000 especialistas informa que apenas 18,5% dos médicos usam alguma forma de tecnologia para diagnóstico remoto. Haverá expansão porque ela resulta em economia e, afinal de contas, é sempre disso que se trata ("redução de custos", não nos esqueçamos, é um dos lemas da telemedicina).
Na Inglaterra, um serviço de cuidados a distância para idosos com doenças crônicas reduziu em 15% as visitas de emergência; em 20% as admissões hospitalares; em 14% a ocupação de leitos hospitalares; e em 45% as taxas de mortalidade. São números que explicam como e por que a tecnologia se expande cada vez mais no campo da saúde. Não por acaso, proliferam, especialmente nos Estados Unidos, os aparelhos de uso doméstico preparados para avaliações médicas e ingestão de medicamentos em casa (veja o quadro acima).
A jornada da medicina colada às descobertas da ciência e da tecnologia é um belo capítulo da inteligência humana, e as inclinações luditas são, quase sempre, apenas uma manifestação do atraso. Você ainda será atendido por um robô – eis o que já era possível prever lá atrás, em 1959, quando médicos da Universidade de Nebraska deram o primeiríssimo passo e transmitiram exames neurológicos a estudantes em todo o câmpus por meio de televisores. No fim dos anos 1960, a Nasa, a agência espacial americana, deu o empurrão definitivo. Os cientistas estavam preocupados com os efeitos fisiológicos da gravidade zero nos astronautas. Para isso, criaram-se formas de estabelecer a distância um monitoramento de funções fisiológicas como frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura. Eles estavam longe, no lugar mais longe possível, na franja da Lua. A necessidade de saber o que lhes ocorria impulsionou a telemedicina – que está cada vez mais próxima de nós.
…………………

O ESTADO DE S.PAULO

Texto de Ministério da Saúde dá aval ao eletrochoque

Nota técnica orienta compra de aparelhos no SUS, além de pregar abstinência para usuários de drogas e leitos psiquiátricos infantis
Documento do Ministério da Saúde publicado esta semana dá sinal verde para a compra de aparelhos de eletroconvulsoterapia (os eletrochoques) para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reforça a possibilidade da internação de crianças em hospitais psiquiátricos.
O texto ainda prega a abstinência para o tratamento de dependentes de drogas.
Com 32 páginas, o texto sobre as mudanças na Política de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da pasta tira ainda o protagonismo da redução de danos, adotada há pelo menos 30 anos no País. A estratégia prevê o cuidado geral do dependente químico e tem como principal objetivo a melhora de seu estado.
Ao Estado, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta disse não conhecer o documento.
E ao ouvir os temas abordados, emendou: "Sem dúvida (as medidas) são polêmicas." "Trata-se de retrocesso sem precedentes e uma amostra da preferência por intervenções autoritárias nessa área", afirma Andrea Gallassi, professora da Universidade de Brasília (UnB). "No documento, a abstinência passa a ser o ponto central.
E a redução de danos aparece camuflada." Embora apontada como recurso para tratamento de pacientes com depressão grave, a eletroconvulsoterapia no passado foi associada a torturas em pacientes e abusos cometidos por profissionais de hospitais psiquiátricos.
Defesa. Coordenador Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro – que assina a nota técnica -, defendeu o destaque dado ao tratamento. A ideia, de acordo com ele, é orientar gestores do SUS sobre a política de saúde mental, o que passa por abordar o uso da eletroconvulsoterapia.
O mesmo raciocínio se aplica à internação de crianças e adolescentes em hospitais psiquiátricos.
O coordenador avalia haver um número insuficiente de leitos no País para atendimento de saúde mental. Ele diz que crianças e adolescentes podem ser internados, mas isso raramente é feito pela carência de vagas. "Daí fazermos uma menção especial." Os rumos da Política de Saúde Mental no País foram alterados nos últimos anos. Depois de um esforço intenso para reduzir a hospitalização de pacientes de saúde mental, agora a política vive um movimento inverso, com a pressão de alguns setores pelo aumento das vagas para internação. No documento, a pasta critica o fechamento de leitos psiquiátricos e aponta, entre as medidas necessárias, o tratamento de dependentes de drogas em comunidades terapêuticas.
A medida é criticada por integrantes do movimento de desospitalização, sob o argumento que tais instituições são pouco fiscalizadas e palco de desrespeito a direitos. "Há sim uma fiscalização. E abusos podem ser cometidos em qualquer instituição", rebateu Cordeiro.
Polêmica
"É como se todas as experiências bem-sucedidas fossem deixadas de lado.
Venceu o obscurantismo." Dartiu Xavier PROFESSOR DA UNIFESP
"Existem parâmetros técnicos bem definidos." Quirino Cordeiro COORDENADOR DO MINISTÉRIO
……………………….

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação