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DESTAQUES
Hospitais vão recorrer de decisão que impede cobrança maior por quarto com ar e TV
Influenza é principal hipótese para morte de 7 pacientes no São Cottolengo, diz diretor
Servidores da Saúde de Goiânia fazem assembleia com indicativo de greve, na Alego
Doentes renais crônicos poderão fazer hemodiálise quando estiverem em trânsito
Gestação pode trazer alterações que favorecem o aparecimento de gengivite
Ministério investiga superfaturação em medicamentos comprados de Cuba
Centro especializado em autismo de Brasília abre unidade em Goiânia
Escolas terão vacinação contra HPV e Meningite C
Mais de 70% dos municípios goianos tiveram redução da taxa de gravidez na adolescência
Municípios têm fundo bloqueado por não prestarem contas sobre os gastos na saúde
Hospital acolhe novos residentes médicos e multiprofissionais
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Hospitais vão recorrer de decisão que impede cobrança maior por quarto com ar e TV
https://globoplay.globo.com/v/6561171/
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Influenza é principal hipótese para morte de 7 pacientes no São Cottolengo, diz diretor
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/influenza-e-principal-hipotese-para-morte-de-7-pacientes-no-sao-cottolengo-diz-diretor/6561054/
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O POPULAR
Servidores da Saúde de Goiânia fazem assembleia com indicativo de greve, na Alego
Servidores da Saúde de Goiânia protestam na manhã dessa quinta feira (8) contra as condições de trabalho e os baixos salários. Mobilizados pelos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), cerca de 200 pessoas se reúnem desde 8h30 da manhã na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para uma assembleia com indicativo de greve.
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Doentes renais crônicos poderão fazer hemodiálise quando estiverem em trânsito
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), alterações na forma de financiamento de procedimentos de terapia renal substitutiva (TRS) que permitirão a pacientes de hemodiálise de todo o país ter acesso ao tratamento mesmo quando estiverem fora de sua cidade.
A medida autoriza três sessões semanais de hemodiálise em adultos e em pacientes com HIV e quatro sessões semanais de hemodiálise pediátrica por até 30 dias. Para ter acesso ao serviço, os pacientes precisam informar ao estabelecimento de saúde de origem que precisam do tratamento dialítico em outra cidade, dizendo o período, município e estado onde pretende realizar as sessões.
Para isso, o Ministério da Saúde criou um novo código na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SUS) com o novo serviço, chamado “Identificação de paciente sob tratamento dialítico em trânsito”.
Segundo o ministro, a alteração na forma de financiamento para procedimentos de TRS é uma demanda antiga das secretarias municipais e estaduais de Saúde. Como não havia um código na Tabela SUS para identificar o tratamento dialítico de pacientes em trânsito, as secretarias de Saúde tinham dificuldade para monitorar, registrar e receber o pagamento pelos procedimentos. Com a mudança de regra, o valor vai passar a ser pago pela secretaria de Saúde da cidade de origem do paciente.
Há cerca de 100 mil doentes renais crônicos no país que precisam de tratamento de TRS, sendo 85% deles atendidos exclusivamente pelo SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, a portaria que estabelece a compensação do pagamento deve ser publicada no Diário Oficial da Uniãoainda nesta semana.
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O HOJE
Gestação pode trazer alterações que favorecem o aparecimento de gengivite
Muitos fatores alteram a saúde bucal da mulher durante o período de gravidez. Como este é um ponto essencial para a alimentação e, consequentemente, para a nutrição e desenvolvimento do feto, é importante que a mulher mantenha-se informada sobre o que deve ou não fazer nesta fase, orientando-se com seu dentista e com o ginecologista, os profissionais mais indicados para cuidar da situação.
A gestação pode trazer algumas alterações que, em geral, favorecem o aparecimento de problemas dentários na mulher, como cáries e gengivites. A gengivite, inflamação da gengiva, é o estágio inicial da doença da gengiva e a mais fácil de ser tratada. A causa direta da doença é o biofilme dental – uma película viscosa e incolor de bactérias que se adere nos dentes.
Assim, é preciso que a gestante tenha maiores cuidados com a higiene bucal, mantendo sempre a escovação após qualquer ingestão de alimentos, evitando comer muitos doces e com atenção redobrada à última escovação do dia, que é antes de dormir. "As mulheres grávidas têm um risco maior de sofrer de doença periodontal, isso porque os altos níveis de progesterona típicos da gravidez podem gerar uma resposta exagerada às bactérias desse biofilme dental", afirma o cirurgião dentista Leonardo Lara. Ele explica que a gengivite gravídica é mais comum entre o segundo e oitavo mês de gravidez, sobretudo no segundo trimestre da gestação.
Igualmente, uma dieta balanceada durante a gravidez ajudará tanto a mulher quanto o bebê a terem uma boa saúde bucal. Os dentes dos bebês começam a se desenvolver entre o terceiro e o sexto mês de gravidez; então, é importante a futura mamãe consumir em quantidades suficientes cálcio, vitamina D, vitamina C, vitamina A, fósforo e proteínas.
Mito
Leonardo explica que o fato de uma mulher perder apenas o cálcio dos dentes por não consumir o suficiente na sua dieta durante a gravidez é um mito. "Qualquer perda de cálcio por uma dieta inadequada acontecerá nos ossos da mulher também e não apenas em seus dentes. Por isso, se uma mulher inclui doses suficientes de cálcio na sua dieta durante a gravidez, seus dentes e ossos, e os do seu bebê, serão fortes e sadios", garante.
O dentista explica que mantendo os cuidados normais de higienização, os tratamentos mais complicados e invasivos podem esperar até o final da gravidez, evitando-se o uso de medicamentos que possam prejudicar o desenvolvimento do feto. "Fale para seu dentista que você está grávida, e assim ele poderá lhe recomendar limpezas dentais mais regulares, durante o segundo trimestre ou ao iniciar o terceiro trimestre de gravidez, para ajudar a combater os efeitos dos níveis elevados de progesterona e assim evitar a gengivite gravídica", aconselha.
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Ministério investiga superfaturação em medicamentos comprados de Cuba
Os produtos teriam sido compros durante os últimos 12 anos com preços superfaturados, de acordo com dados obtidos juntos à área técnica da própria pasta.
O caso foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) e tem como clímax da polêmica, entre as principais informações conflitantes, a transferência de tecnologia de Cuba para o Brasil em princípios dos anos 2000.
Em documentos obtidos pelo jornal Folha de São Paulo, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério do TCU afirma que não houve ainda confirmação de transferências tecnológicas durante o período, tendo sido encaminhados unicamente os medicamentos.
Em nota, o instituto afirmou que "A transferência de tecnologia já se completou. O que se aguarda neste momento é o término da validação das instalações da planta industrial, uma exigência regulatória da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para que a tecnologia de produção do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) possa ser implementada".
Já no governo Temer (MDB), o medicamento passou a ser compro no mercado privado, pelo dobro do valor. Estima-se que tenha saído por R$ 11,50. O valor referente na licitação pago ao preço unitário teria sido de R$ 23,86.
Entre os anos de 2005 a 2017, o Ministério da Saúde teria pago R$ 1,85 bilhão para adquirir R$ 102,1 milhões de frascos de alfapoetina. Caso tivesse pago os R$ 11,50 previstos na licitação, teria sido feita uma economia de R$ 680 mi a menos.
Questionado pela Folha, o instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz afirmou em nota que não é verdadeira a informação de que a transferência de tecnologia não ocorreu, e informou ainda datas diferentes das declaradas pelo Ministério da Saúde para o início da produção no Brasil.
“O contrato [com Cuba] foi assinado em 2005 e previa um acordo de quatro anos, renováveis por mais quatro [até 2013, portanto]. […] Vale ressaltar que no projeto original da transferência estava prevista a produção de 2 milhões de frascos/ano. Ao longo dos primeiros anos a demanda aumentou significativamente, passando para cerca de 12 milhões de frascos/ano, demandando um redimensionamento dos equipamentos e instalações de produção”, afirmou.
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JORNAL OPÇÃO
Centro especializado em autismo de Brasília abre unidade em Goiânia
Psicólogos especializados no tratamento do espectro de autismo, Gustavo Tozzi e Fabiana Andrade, cofundadores do Instituto Ninar de Brasília, inauguram, neste sábado (10/3), uma unidade na capital goiana, ao lado da psicóloga Nayane Talita Gobato.
Com o crescente aumento de diagnósticos do transtorno, antes se esperava um caso para 1 mil crianças nascidas, atualmente a expectativa é de um para 68, os profissionais decidiram trazer o espaço.
“Muitos dos nossos pacientes saíam de Goiânia para ir a Brasília Foi então que percebemos a oportunidade e, durante um ano, preparamos a equipe para esta responsabilidade imensa que é atender crianças, jovens e adultos dentro do espectro do autismo. É um sonho, do ponto de vista clínico e técnico, realizado”, explica Tozzi.
Fundado em 2014, o Instituto Ninar possui, além da clínica em Brasília, unidades em Águas Claras e Rio Verde.
Em Goiânia, serão oferecidas, de início, as especialidades de Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Neuropsicologia e Psicopedagogia, com a presença semanal de Gustavo e Fabiana, que atuarão como supervisores clínicos.
Os atendimentos poderão ser feitos em consultório, por meio de acompanhamento terapêutico, nos formatos individual e em grupo. Há ainda um grupo de apoio para pais.
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MAIS GOIÁS
Escolas terão vacinação contra HPV e Meningite C
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Gerência de Imunização e Rede de Frio, promove em março a vacinação dos adolescentes contra o HPV e contra a Meningite C nas escolas estaduais e municipais de todo o Estado. A ação, desenvolvida em parceria com as Secretarias de Educação do Estado e dos Municípios, e Secretarias Municipais de Saúde, será realizada durante todo o mês, como estratégia para intensificar a vacinação e, desta forma, proteger meninos e meninas contra essas duas graves doenças, preveníveis por meio da imunização.
A gerente de Imunização e Rede de Frio da SES-GO, Clécia Vecci, afirma que a vacinação ocorre como rotina em todas as 954 unidades básicas de saúde localizadas no Estado. A decisão de intensificar a imunização nas escolas foi definida para aumentar a cobertura vacinal. A estratégia tem a seguinte população alvo: 297.600 meninas de 9 a 14 anos e meninos 178.632 de 11 a 14 anos: para receber a vacina contra o HPV. E adolescentes de 11 a 14 anos (223.291) para receberem a vacina contra Meningite C.
A campanha de vacinação nas escolas tem finalidade de melhorar coberturas vacinais e proteger os adolescentes de doenças causada pelo HPV e Meningite C. Segundo Clécia, cada município definirá a estratégia da vacinação. A SES-GO, para esta campanha, enviou 42 mil doses dos dois tipos de vacinas às Secretarias Municipais de Saúde.
Clécia explica que a estratégia adotada para a realização da vacinação nas escolas públicas e privada possibilita excelentes coberturas vacinais, pois supera as muitas oportunidades perdidas para vacinar estes adolescentes nos tradicionais locais de atenção à saúde. Também amplia a oportunidade de conhecimento na prevenção desta doença, uma vez que as escolas colocam este tema em debate, fato que aumenta a adesão dos professores e dos pais das estudantes e consequentemente a taxa de consentimento para a vacinação de seus filhos”, afirma a gerente de Imunização.
Para adolescentes que tomarão a primeira dose nas Unidades Básicas de Saúde não há necessidade de autorização escrita ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. Para a vacinação em escolas, caso o pai ou responsável não autorize a vacinação da adolescente, orienta-se que assine e encaminhe à escola o “Termo de Recusa de Vacinação contra HPV”, distribuído pelas Escolas antes da vacinação. Necessário à apresentação do Cartão de Vacinação do adolescente.
Adolescentes que completaram 15 anos e estão com o esquema incompleto para HPV podem se vacinar, apresentando o cartão de vacinas. Ressalta-se que para os adolescentes que iniciarão a primeira dose da vacina HPV aos 14 anos, a segunda dose deverá ser administrada com um intervalo mínimo de 6 meses e máximo de até 12 meses.
Vacinas
A vacina HPV quadrivalente fornece proteção para quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacina. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Estima-se que entre 25% a 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV.
Para os meninos a importância da vacinação é proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes.
Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero, é o 2º tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A vacina esta disponibilizada para meninas de 9 anos a menores de 15 anos de idade e meninos de 11 anos a menores de 15 anos de idade. Encontra-se disponível também para pessoas de ambos os sexos de 9 a 26 anos vivendo com HIV/AIDS e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE para indivíduos imunodeprimidos (indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea ou pacientes com câncer).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) A OMS endossa o esquema vacinal de 2 doses com intervalo mínimo de 6 meses entre as doses. O esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses) é recomendado para indivíduos maiores de 15 anos e para aqueles que são infectados pelo HIV.
A vacina meningocócica C conjugada protege contra a doença invasiva causada pela Neisseria Meningitidis do sorogrupo C, este ano ela está disponibilizada para adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). Para este grupo, administrar 01 reforço ou dose única, conforme situação vacinal encontrada.
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Mais de 70% dos municípios goianos tiveram redução da taxa de gravidez na adolescência
Os números de caso de gravidez na adolescência caíram em 75,51% dos municípios goiano na série histórica que vai de 2008 a 2017. O índice é motivo para se comemorar neste 8 de março, Dia da Mulher, uma vez que, segundo a docente dos curso de graduação e mestrado em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Puc GO), Denise Neves, a redução significa mais investimentos em políticas públicas voltadas à elas.
Os dados cedidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), por meio do sistema de Sinasc/ConectaSUS, e analisados pelo Mais Goiás, mostram que, em 2017, 12.884 crianças vivas nasceram de mães adolescentes em faixa etária entre 10 e 19 anos. Nove anos antes, esse o número foi de 18.035.
Goiás seguiu a tendência nacional. No Brasil, entre 2004 e 2015, a gravidez de adolescentes caiu em 17%, segundo o Ministério da Saúde. Para levantar os números goianos, a SES considerou 245 das 246 cidades, uma vez que em um dos municípios não há realização de partos e as gestantes são encaminhadas para localidades próximas. Denise considera que as políticas públicas de conscientização e prevenção da gravidez influenciaram a queda.
Contudo, há outros fatores há serem levados em conta quando se fala na redução dos números de gravidez na adolescência. “A questão da escolaridade, do trabalho da família, o índice de emprego, o acesso ao sistema de saúde em geral, tudo isso impacta. É preciso levar em conta também que 98% das adolescentes grávidas tem conhecimento de métodos contraceptivos, mas não fazem uso“, explica Denise.
Uma das adolescentes que entrou para as estatísticas goianas foi Talita Pereira da Silva, estudante de 20 anos que foi mãe aos 16. A jovem conta que sua primeira reação ao descobrir a gestação foi negativa, uma vez que ainda cursava o ensino médio.
Denise explica que essa apreensão é comum. A docente conta que, em suas pesquisas para sua tese de mestrado sobre mães adolescentes, descobriu que as meninas que estudavam quando engravidaram ficaram mais preocupadas sobre o futuro. Esse medo era menor quando a jovem havia cursado apenas o ensino fundamental, por exemplo. Essa descoberta mostra que a escolaridade é fator importante de impacto na gravidez de 10 a 19 anos.
Talita cria seu filho com a ajuda do pai da criança que tinha 19 anos quando a moça engravidou. Já a situação de Joanice Gabriela Elias, cuidadora de idosos de 23 anos, também mãe aos 16, é diferente. O pai da filha nunca ajudou financeira e emocionalmente, e quem amparou a jovem gestante foi a mãe. “Para quem tem apoio da família já é difícil, imagino para quem não tem”, desabafa.
O que une as histórias de Talita e Joanice é o caráter inesperado da gestação. Elas fazem parte dos 95%, segundo Denise, das adolescentes grávidas que não planejaram ter filhos. Para a docente, os números obtidos na pesquisa para a tese de mestrado mostram que a ingenuidade das jovens também é fator significante nos números, uma vez que, pela inexperiência, as moças nunca imaginam que a gestão inesperada pode acontecer.
Denise acredita que a redução no número de gravidez na adolescência reflete também uma mudança na sociedade. E por isso, neste dia 8, há motivos para comemorar, apesar do número estar longe do ideal. A professora ressalta que o número de jovens gestantes reflete a sociedade patriarcal e machista em que ainda vivemos, mas que aos poucos as pessoas estão se tornando mais conscientes.
Interior
Apesar das razões para comemorar a redução, é preciso manter o alerta no que diz respeito às cidades do interior. Dos 45 municípios em que o número que adolescentes grávidas aumentou e nos 15 em que permaneceu igual entre 2008 e 2017, apenas oito no primeiro caso e um, no segundo, estão na região metropolitana de Goiânia.
A maioria das cidades que registrou elevação no número de gravidez dos 10 aos 19 anos está no interior. Denise acredita que esses locais, por estarem afastados da capital e dos grandes centros comerciais, podem estar deficitários no que diz respeito às políticas públicas voltadas para a mulher. Além disso, Denise lembra que o conservadorismo nas cidades do interior ainda é grande.
“Outro fator que pode estar relacionado é a presença de algum incentivo externo em relação à economia, por exemplo, o lugar que tem usinas atrai população masculina, que realiza o trabalho pesado. Quando essa população masculina vai para essa região, em geral, há maior índice de gravidez em geral e na adolescência. Nesses locais aumenta também o índice de prostituição“, argumenta a professora.
Saúde
A gravidez na adolescência precisa ser debatida também por estar relacionada à saúde. A ginecologista e obstetra do Hospital Materno Infantil (HMI), Maria Elaine Assis, explica que essas gestações são consideradas parte da política de saúde pública, no Brasil, uma vez que pode acarretar complicações obstétricas, com repercussões para a mãe e o recém-nascido, bem como problemas psico-sociais e econômicos.
Durante a gravidez, Tatiana precisou parar de estudar pois não aguentava os enjôos ao usar o transporte público para ir estudar. Além do problema enfrentado pela jovem, casos de anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção céfalo-pélvica e infecção urinária são mais comuns nas mães adolescentes, conforme explica Elaine.
A médica ressalta ainda outros problemas e enfermidades. “Prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto, lesões o canal de parto e hemorragias, e puerpério, endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar, entre outros. No entanto, alguns autores sustentam a ideia de que, a gravidez pode ser bem tolerada pelas adolescentes, desde que elas recebam assistência pré-natal adequada”, diz a ginecologista.
Quando as jovens não tem outra alternativa a não ser o sistema público de saúde, no entanto, a assistência fica comprometida. Joanice conta que fez seu pré-natal com um médico e o parto com outro, por causa da disponibilidade da unidade de saúde que frequenta. A cuidadora de idosos reclama que a equipe que trouxe o filho ao mundo não respeitou a orientação do ginecologista anterior que desaconselhou o parto normal.
A jovem explica que a insistência da equipe em induzir o parto normal foi fonte de sofrimento. “Eu senti dor até não conseguir mais e eles viram que teriam que fazer a cesárea. Isso me atrapalhou muito, por ser jovem eu não tinha experiência e o médico orientou minha mãe que deveríamos evitar o parto normal, mas no dia da neném nascer eles não respeitaram “, conclui.
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CBN ANHANGUERA
Municípios têm fundo bloqueado por não prestarem contas sobre os gastos na saúde
O prazo para alimentação e homologação dos dados no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde terminou na última sexta-feira (02). Sobre o assunto, Luiz Geraldo conversou com Aroldo Naves – presidente da FGM e prefeito de Campus Verdes – que explicou as dificuldades dos municípios. Ouça!
https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/munic%C3%ADpios-t%C3%AAm-fundo-bloqueado-por-n%C3%A3o-prestarem-contas-sobre-os-gastos-na-sa%C3%BAde-1.1475422
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GAZETA DO ESTADO
Hospital acolhe novos residentes médicos e multiprofissionais
O Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), da SES – Governo de Goiás, por meio da sua Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP), realizou de 28 de fevereiro a 6 de março ações de acolhimento aos novos residentes multiprofissionais e médicos da unidade. Ao todo, a unidade recebeu dezoito novos residentes: seis para especialidades da Residência Médica (Infectologia e Dermatologia) e doze para a Residência Multiprofissional (Psicologia, Biomedicina, Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia e Nutrição).
Durante a ação de acolhimento, os estudantes participaram de diversas palestras e atividades que tiveram o objetivo de explicar o funcionamento da unidade, como apresentação dos coordenadores e tutores, visita técnica, acolhimento pelos residentes da turma anterior -R2, apresentação ao setor de prática, entre outros. Para o residente em Biomedicina, Jefferson do Carmo Dietz, os dois anos que passará no hospital serão de muito aprendizado. ”Escolhi o HDT por ser referência em Infectologia e acredito que irei alcançar aperfeiçoamento tanto profissional quanto pessoal”.
De acordo com Lucélia Duarte, coordenadora da Residência Multiprofissional, é um privilégio receber a quarta turma de residentes. “Sinto que houve um avanço muito grande na Residência. Cada turma é um incentivo a mais para os profissionais e tutores”, salientou a coordenadora. O diretor de Ensino e Pesquisa, João Alves, também demonstrou alegria em recepcionar os novos residentes. “É uma grande satisfação acolher e incluir essa nova turma de residentes em nosso hospital, para cumprir mais uma etapa na formação profissional de cada um. Esperamos dar a eles todas as condições de que necessitam e desejamos que eles aproveitem esse período que estarão aqui no HDT para adquirirem muito conhecimento”, salientou o diretor. Metodologia O curso de Residência Multiprofissional em Saúde tem característica de pós-graduação lato sensu, na modalidade de treinamento em serviço em unidade hospitalar e nas redes conveniadas de saúde. Possui duração de dois anos. Por sua vez, o programa de Residência Médica, cumprido integralmente em uma especialidade, confere ao médico o título de especialista e amplia o conhecimento da sala de aula com a prática do hospital. A duração é de três anos. Referência – O HDT é referência em doenças infectocontagiosas, gerido, desde 2012, pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), Organização Social, referência no país na formação de profissionais de saúde.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação