Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08/07/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


• Plano de saúde 'popular' pode ampliar judicialização, avalia o setor
• Faltam vagas em leitos de UTI
• Presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia tira dúvidas dos telespectadores do BDG
• Editorial – O carro dos pobres
• Na capital, motos ainda matam mais
• Onde tem fumaça…

 

VALOR ECONÔMICO
 

Plano de saúde 'popular' pode ampliar judicialização, avalia o setor
Beth Koike
SÃO PAULO – A criação de um plano de saúde popular, ideia defendida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na quarta-feira no Congresso, abre espaço para discussões sobre a judicialização, avaliam representantes do setor. Na avaliação deles, para operar com custos menores, a cobertura de atendimento desses convênios médicos provavelmente será inferior à dos atuais, assim como propôs o ministro.
Por isso, há entre os representantes do setor o receio de que os usuários dos planos de saúde populares entrem com ações judiciais, exigindo cobertura equivalente à dos atualmente comercializados, tendo em vista que existe uma legislação determinando um roll de procedimentos mínimos obrigatórios às empresas atuantes no setor.
Na fala do ministro, não ficou claro se haveria uma regra especial para o plano de saúde popular que os isentasse de cumprir essa obrigatoriedade.
As entidades que representam as operadoras e seguradoras de planos de saúde, Abramge e Fenasaúde, respectivamente, acreditam que ao tratar do assunto o ministro dá uma sinalização de que o governo está aberto ao diálogo para criação de mecanismos que possam reduzir os custos da saúde, seja pública ou privada. “É preciso levar à sociedade a discussão de que a saúde suplementar não tem como atender tudo e todos”, disse Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da Fenasaúde.
O presidente da Abramge, Pedro Ramos, também disse que o governo parece estar mais sensível aos elevados custos da saúde e criticou duramente a judicialização. “Não dá para deixar de discutir uma flexibilização das regras do setor com medo da judicialização. É preciso tomar um primeiro passo”, disse Ramos.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Faltam vagas em leitos de UTIs
https://impresso.dm.com.br/edicao/20160708/pagina/2/conteudo/cotidiano/2016/07/faltam-vagas-em-leitos-de-utis.html
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TV ANHANGUERA/ GOIÁS

Presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia tira dúvidas dos telespectadores do BDG
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/presidente-da-sociedade-goiana-de-oftalmologia-tira-duvidas-dos-telespectadores-do-bdg/5149802/

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O POPULAR
Editorial – O carro dos pobres
Não é de hoje que os condutores de motos são as maiores vítimas de acidentes de trânsito no país. Das 117 pessoas que em 2016 perderam a vida em acidentes de trânsito em Goiânia, 75 pilotavam ou seguiam na garupa de uma moto. Trata-se de um efeito colateral nefasto da crise econômica que assola o País. Com menos dinheiro para bancar os gastos de um carro particular, mas sem contudo se submeter ao sacrifício exigido pelo transporte coletivo, a população adere ao transporte motorizado em duas rodas. Somada à imprudência, temos aí um coquetel de riscos. Esta não é, todavia, uma condição exclusiva de Goiás.
De 1996 a 2011, levantamento estatístico com base em registros de óbito do Ministério da Saúde aponta que o número de motociclistas mortos em acidentes no Brasil subira 932,1%. Em 1996, primeiro ano em que o Sistema de Informação sobre Mortalidade especificou os registros de óbitos de motociclistas, morreram 1.421 usuários de moto. Esse número subiu para 5,4 mil em 2000, até alcançar 11.839 em 2009, quando motociclistas passaram a ser o grupo com mais vítimas. “A motocicleta virou o carro dos pobres”, diz o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, autor do Mapa da Violência. Precisamos, pois, prestar atenção nesta carnificina.
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Na capital, motos ainda matam mais
Das 117 mortes registradas em Goiânia, 75 eram de motociclistas ou caronas que seguiam na garupa. Aumento da frota, imprudência e desrespeito entre motoristas são causas
Cristiane Lima e Pedro Nunes
Das 117 pessoas que morreram em acidentes de trânsito de janeiro até o início de julho deste ano na capital, 75 pilotavam ou seguiam na garupa de uma moto. O veículo que consegue mais adeptos todos os dias por ser econômico, barato e ágil, ainda é o que mais faz vítimas fatais em acidentes. Especialistas destacam que a imprudência é a maior causa desses acidentes, mas o desrespeito entre motoristas e a falta de experiência de alguns condutores também colaboram para as tragédias.
Titular da Delegacia Especializada em Investigação de Acidentes de Trânsito (Dict), Nilda Limas de Andrade explica que em alguns casos são constatados excesso de velocidade e manobras bruscas, arriscadas, por parte dos motociclistas. Nestas circunstâncias, se o acidente ocorre com um motociclista, a consequência geralmente é grave ou fatal.Nilda acrescenta que, em alguns casos, o motociclista é vítima do condutor de carro, que desrespeita as regras, como ocorreu no dia 16 de abril. Jéssica Correia de Queiroz, de 25 anos, trafegava em uma motocicleta na Avenida 85, no Setor Bela Vista, em Goiânia. Um motorista embriagado em alta velocidade atingiu a gerente de bar quando ela iniciava a parada em um semáforo.
Quase três meses depois do caso, a família de Jéssica aguarda o julgamento do motorista que causou o acidente, Hélio Ferreira da Silva, de 44 anos. “O tempo passa, mas a dor ainda está aqui. É uma ferida que não cicatriza. Vamos buscar justiça até o fim pela filha da Jéssica”, diz Marília Queiroz, irmã da vítima. Ela e a outra irmã, Renata Queiroz, mantém uma página no Facebook chamada “Não acabou, Jéssica” e cobram punição para o caso. “Temos recebido apoio de outros familiares de vítimas, não podemos deixar ser esquecido”, afirma Renata.
Números absolutos de acidentes fatais caem
Apesar de os números de mortes de motociclistas e passageiros de motos se manterem altos, os dados da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) mostram que os números absolutos de mortes no trânsito de Goiânia caíram nos últimos quatro anos (veja quadro na próxima página). Presidente do Conselho Estadual de Trânsito de Goiás (Cetran) e do Fórum Nacional de Conselhos de Trânsito, Horácio Mello entende que, diferente do automóvel, que tem a carcaça metálica e airbags, a motocicleta não oferece qualquer proteção a seus ocupantes. “Temos ainda o aumento da frota de motocicletas, o que é algo assustador.”
Para Mello, também é necessário melhorar o processo de formação dos condutores. “Enviamos uma proposta para União para melhorar as aulas e a prova para obter a licença para dirigir motocicletas. Não tem como inovar sem essa autorização.” O que o Cetran propõe é incluir situações que incluam rampas, areia, óleo, água e brita na pista durante as provas. Além disso, o conselho quer discutir a implantação de simuladores para aulas de motos, como ocorre hoje para quem vai tirar a carteira para dirigir carro.
Outra proposta do conselho é criar uma avaliação dos examinadores. “Isso serviria para ter um diagnóstico de como as avaliações têm sido feitas, para depois encontrar um padrão ideal.”
Professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) e especialista em trânsito, Marcos Rothen critica o fato de que muitos motociclistas, junto das manobras perigosas, abusam da velocidade excessiva, o que aumenta a severidade do acidente e ocasiona mais mortes. Ele percebe que, aliado a isso, nem todos os motociclistas têm o cuidado com os equipamentos de segurança. Boa parte já utiliza o capacete, mas nem todos utilizam da maneira correta, que é com a viseira fechada.
Rothen também critica a falta de fiscalização. “Passam até em cima da calçada. Nem o pedestre se livra. Com mais fiscalização e autuações, o motociclista irá repensar esse tipo de atitude. Vai demorar um bom tempo ainda para mudar esse hábito.” Para o especialista, apenas com fiscalização e conscientização será possível reverter o quadro. “Temos hoje algo parecido com o que o foi o cigarro, por exemplo. Temos menos fumantes hoje porque eles entenderam os riscos.”
Opinião – É necessário ter políticas sérias
Horácio Ferreira – Diretor de Educação para o Trânsito da SMT
Para reverter o quadro alarmante de acidentes envolvendo motociclistas em Goiânia, precisamos de apoio e envolvimento de todos os agentes envolvidos. E precisamos de uma política de Estado, não de governo. Entendo que esse é um problema que deve ser enfrentado pela União, Estados e municípios de maneira conjunta. E não adianta apenas colocar campanhas nos meios de comunicação. Precisamos de mais rigor na fiscalização e de mudança nas leis que ainda dão a sensação de impunidade a quem pratica crimes nas ruas, usando seus carros, motos ou caminhões. Goiânia vai continuar a crescer, assim como a frota de veículos. Se nada for feito nesse sentido, em breve teremos muito mais problemas do que já vemos hoje.
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Onde tem fumaça…
Hábito do Oriente, narguilé ganha casas especializadas. Médicos, porém, alertam sobre danos à saúde
Rodrigo Alves
Glamouroso e cultural, mas controverso, o narguilé – espécie de cachimbo de água de origem oriental, usado para fumar tabaco aromatizado – tem ganhado espaço em Goiânia. Embora a onda tenha conseguido adeptos há anos no Brasil, o que quer dizer que não se trata de novidade, no último ano o número de casas especializadas no ritual de fumo se multiplicou com velocidade na capital.
Ainda que não haja uma associação ou entidade de classe que acompanhe o número, estima-se que já haja mais de dez locais distintos na cidade que oferecem narguilé como chamariz, novas versões das rareadas tabacarias. “Fomos pioneiros. Hoje já são doze locais”, contabiliza a empresária Luana Mateus, 27 anos, que há um ano abriu com o amigo Adriano Andrade, 26, um dos estabelecimentos, no Jardim América.
A ideia dos dois ao abrir o negócio, que funciona ainda como bar e lava jato, era dar espaço a quem se interessa pela prática cultural e oferecer acesso de adeptos a aparelhos, que podem custar entre R$ 600 e R$ 3 mil. “No início tínhamos 9 aparelhos, hoje já são 57”, diz ela, afiançando que a procura aumenta a cada dia, em especial devido à curiosidade.
Controvérsia
Apontado como tão ou mais nocivo que o cigarro, o narguilé angaria controvérsias, em parte por ser de difícil regulação pelo poder público, como é feito hoje com a comercialização do cigarro. Assim como aumentou a prática entre brasileiros, aumentaram também ocorrências de mercadorias irregulares e relatos de narguilés “batizados”, isto é, quando são acrescentadas às essências tradicionais drogas ilícitas, como maconha e crack, ou lícitas, como bebidas alcoólicas.
A empresária Luana Mateus argumenta que sua casa se preocupa com a procedência da mercadoria, proíbe qualquer tipo de adulteração e garante que a quantidade de substâncias nocivas à saúde são pequenas quando respeitadas características originais das essências. “Temos todas as autorizações da Anvisa”, informa. De acordo com ela, o estabelecimento também oferece piteiras descartáveis, para evitar transmissão de doenças por via oral, e retira o serviço quando há qualquer má intenção.
“Uma caixa de essência para três narguilés, que pode ser consumida cada uma por cinco pessoas durante uma hora, tem 0,05% de nicotina, enquanto há 5,5% em um cigarro”, alega. Para ela, existe preconceito. “Muitas pessoas não conhecem e discriminam. Mas por trás tem toda uma cultura”, diz, lembrando a origem oriental do narguilé, que remonta aos persas e hoje tem prática espalhada pelo Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia.
Com apelo à sofisticação
Depois de ter morado em Dubai, a empresária Taynara Santos resolveu abrir uma casa especializada na capital
Após seis anos morando em Dubai, quando era comissária de bordo, a empresária Taynara Santos, 28 anos, resolveu, junto com o noivo Jadir Camilo, 30, e um casal de amigos, abrir uma casa em Goiânia que desse espaço à tradição do narguilé. Objetivo era oferecer um lugar nos mesmos moldes que ela conheceu no emirado árabe. “Pesquisamos e trabalhamos por uma opção com requinte, mais sofisticada”, relata.
Embora a inauguração da casa, no Setor Marista, ainda seja recente (há duas semanas), Taynara observa uma clientela de perfil eclético. “Há desde jovens até pessoas mais velhas e quem já é adepto ou quem chega instigado pela curiosidade”, aponta. Além do narguilé, o estabelecimento oferece comidinhas e opções de bebidas como vinho e música com DJ, no estilo lounge.
Uma das preocupações ao investir na ideia do espaço entre os quatro sócios, segundo a jovem, foi a controvérsia em torno da saúde. “Estávamos, sim, cientes da polêmica. Mas realmente investimos na ideia de uma prática cultural”, ressalta. Ela alega, que como qualquer outro tipo de prática que pode ser nociva, “é uma questão de quantidade”. “É como o álcool, que é legal. Se formos comparar, o narguilé no Oriente é como a cerveja é para o brasileiro”, equipara.
“É nocivo”, diz pesquisador da UFG
A polêmica em torno do narguilé se acirrou há dez anos, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir relatório afirmando que uma sessão de 80 minutos de narguilé representa a mesma exposição a componentes tóxicos presentes na fumaça de cem cigarros. Pesquisador da UFG, o médico pneumologista Marcelo Rabahi estuda efeitos de substâncias cancerígenas e garante: o narguilé não é inofensivo. “É muito nocivo”, afirma o estudioso, que nesta semana participa de um congresso no Chile, onde justamente apresenta um estudo sobre o uso prejudicial do narguilé entre jovens. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estudos associam o uso de narguilé ao câncer de pulmão, a doenças respiratórias e periodontais (gengivas) e, ainda, com o baixo peso em bebês filhos de fumantes. Ainda expõe usuários à dependência de nicotina. Também segundo o instituto, uma sessão de 45 minutos já é o suficiente para aumentar batimentos cardíacos e a concentração de monóxido de carbono expirado, a mesma substância que sai do escapamento dos carros. E um alerta: ainda há riscos de doenças infectocontagiosas como herpes, hepatite C e tuberculose, quando a piteira é compartilhada.
Como funciona
1. No topo do narguilé está o fornilho, onde é colocado o fumo aromatizado. Sobre ele vai uma folha de papel-alumínio furado e carvão em brasa
2. O fumante puxa o ar pela mangueira, fazendo com que a fumaça da queima do fumo desça. O ritual é coletivo e rotativo
3. A fumaça cria bolhas, atravessa a água, onde deixa parte das cinzas, e segue pela mangueira até a piteira. A água do cachimbo não purifica as substâncias perigosas do tabaco
O que diz a lei?
Segundo a legislação brasileira (Lei 12.546/2011, regulamentada em 2014), é proibido fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados. Mas é permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, áreas abertas de estádios de futebol, vias públicas e tabacarias ou casas que sejam voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções estão também cultos religiosos, caso fumar faça parte do ritual.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação