CLIPPING SINDHOESG 08/08/17

8 de agosto de 2017

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Promotor diz que um idoso morre por semana em Aparecida de Goiânia por falta de UTI
MP-GO afirma que alguns leitos de UTI não estão sendo disponibilizados em Goiás
Menino consegue vaga de UTI após quatro dias de espera, em Goiás
Pacientes reclamam de não conseguir marcar consultas na Central de Regulação de Goiânia
Homem morre após ter atendimento negado pelo Samu em GO
Obstáculos para receber atendimento
Sem UTI, um idoso morre por semana
Garoto trans barra a puberdade na Justiça mineira

TV ANHANGUERA/GOIÁS
Promotor diz que um idoso morre por semana em Aparecida de Goiânia por falta de UTI
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/promotor-diz-que-um-idoso-morre-por-semana-em-aparecida-de-goiania-por-falta-de-uti/6063051/

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MP-GO afirma que alguns leitos de UTI não estão sendo disponibilizados em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/mp-go-afirma-que-alguns-leitos-de-uti-nao-estao-sendo-disponibilizados-em-goias/6062324/

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Menino consegue vaga de UTI após quatro dias de espera, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/menino-consegue-vaga-de-uti-apos-quatro-dias-de-espera-em-goias/6063172/

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Pacientes reclamam de não conseguir marcar consultas na Central de Regulação de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-reclamam-de-nao-conseguir-marcar-consultas-na-central-de-regulacao-de-goiania/6062300/

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GLOBONEWS
Homem morre após ter atendimento negado pelo Samu em GO
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/homem-morre-apos-ter-atendimento-negado-pelo-samu-em-go/6063294/

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O POPULAR

Obstáculos para receber atendimento

SEM ATENÇÃO BÁSICA Família de pedreiro morto em Goiânia denuncia que ele teve socorro negado pelo Samu, além de demora para conseguir vaga m UTI e espera em local inapropriado

O pedreiro Lindomar Alves dos Santos, de 36 anos, morreu na quinta-feira, no Hospital Gastro Salustiano, no Setor Aeroporto, depois de passar por uma série de dificuldades em seu atendimento médico. Parentes denunciam que houve omissão de socorro do Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Além disso, o paciente enfrentou, de forma improvisada, dias para conseguir um leito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), problemas cotidianos do Sistema Único de Saúde (SUS).
No início da noite do dia 30 de junho, conversava com amigos na Borracharia do Gordim, na Avenida Central, no Jardim Nova Esperança, quando desmaiou. Amigos ligaram para o Samu chamando uma ambulância e foram orientados a ficar massageando o peito do homem até a chegada da equipe.
Ele era diabético desde os 13 anos e já havia passado mal outras vezes. Sua taxa de glicemia chegava a 400, segundo familiares, sendo que o limite aceito em jejum de uma pessoa saudável é 100.
Cerca de 40 minutos depois do chamado, uma equipe chegou e diante das reclamações de demora, nem avaliaram o paciente. O socorrista que desceu da ambulância retornou ao veículo, que saiu do local sem assistir Lindomar, como demonstrado em um vídeo feito por familiares. Populares o colocaram em um carro particular e o levaram para o Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Cândida de Morais, onde não havia vaga para internação. Lindomar foi entubado e transferido às 3 horas para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Maria Peres Perillo, no Jardim Curitiba 2, também conhecida como UPA Noroeste, onde ficou aguardando leito em UTI até quinta.
Enquanto esperava essa vaga, Lindomar deveria aguardar em salas de estabilização, que é uma espécie de pré-UTI. No entanto, nem todas as unidades básicas de Saúde da capital possuem essa estrutura.
Sem isso, as unidades acabam colocando esses pacientes em leitos da Reanimação, também chamados de "boxes", onde eles chegam a aguardar 10 dias por uma vaga de UTI.
No caso do Cais Cândida de Moraes, primeiro lugar em que Lindomar foi atendido por médicos, existe apenas uma maca na Reanimação, que era a que estava ocupada. Já na UPA Noroeste há quatro "boxes". O pedreiro ficou internado em um desses durante três dias. Ele morreu horas depois de sair da UPA e chegar ao hospital.
Espera
Assim como Lindomar na semana passada, 38 pacientes de todo o Estado aguardavam na fila por um leito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Goiânia no início da noite de hoje. A capital possui atualmente 304 vagas em UTIs. O número é insuficiente para atender a atual demanda, segundo a própria superintendência de Regulação e Políticas para a Saúde, que é ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
"Nós temos dificuldade de conseguir vagas em UTIs, uma vez que Goiânia atende praticamente todo o Estado de Goiás", explica o superintendente de Regulação, Glaydson Jerônimo.
A regulação é responsável por organizar as demandas de internação, cirurgias e exames especializados que chegam até o Sistema Único de Saúde (SUS). A ordem de atendimento não é a de chegada e atende critérios do Ministério da Saúde que prioriza pacientes mais graves. No caso da UTI, ainda há um protocolo de priorização de leitos com regras específicas.

SMS vai abrir sindicância para investigar denúncia
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou ao POPULAR, por meio de nota, que depois de avaliar as imagens divulgadas pela TV Anhanguera vai abrir uma sindicância para investigar a denúncia de omissão de socorro por parte de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao pedreiro Lindomar Alves dos Santos, de 36 anos, que morreu na quinta-feira depois de complicações decorrentes de diabetes.
A família acredita que se Lindomar tivesse recebido socorro adequado ao ter passado mal no início da noite do dia 30, ele ainda estaria vivo. As imagens divulgadas pela TV Anhanguera mostram que cerca de uma hora depois de Lindomar desmaiar, uma ambulância do Samu chegou na Borracharia do Gordim, na Avenida Central, no Jardim Nova Esperança, onde o paciente estava. Por causa das reclamações de demora, o socorrista que já havia descido do veículo, volta para a ambulância e a equipe vai embora sem assistir Lindomar.
Segundo nota da SMS ao POPULAR, a equipe teria se retirado do local porque "foi recebida com agressividade pelos cidadãos que acompanhavam o paciente". A central teria sido informada e feito solicitação de auxílio da Polícia Militar para o retorno da equipe ao local. "No entanto, ao entrar em contato com os acompanhantes, a base do Samu foi informada que Lindomar havia sido levado do local por meios próprios à unidade de saúde. Todo o caso consta relatado no Boletim de Intercorrência em Serviço (BIS)".
A irmã de Lindomar, a funcionária pública Ivani Alves dos Santos, de 46, não soube que a equipe voltou ao local. "Estamos revoltados porque deixaram ele se acabar aos poucos", lamentou.

Polícia Civil deverá analisar omissão de socorro
A denúncia da família do pedreiro Lindomar Alves dos Santos, de 36 anos, será avaliada somente hoje pelo delegado Jacó Machado das Chagas, titular do 16º Distrito Policial, no Jardim Novo Mundo. A família registrou ocorrência denunciando uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de omissão de socorro, na noite do dia 30, quando ele desmaiou por causa de uma alta na taxa de glicemia. Além de ter ficado cerca de 1 hora em crise sem atendimento adequado, o paciente, que morreu na quinta-feira passada, aguardava leito de unidade de terapia intensiva.
"Fiquei sabendo da denúncia da família hoje, mas estou respondendo também pelo 18º Distrito Policial (Conjunto Vera Cruz), então vou avaliar o caso amanhã. Omissão de socorro é TCO. Vamos ver a versão de quem estava lá na hora e a dos socorristas", explicou o delegado. O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) deve ser registrado apenas amanhã, conforme o delegado.
Lindomar foi sepultado na quinta-feira no Cemitério Jardim da Saudade, na saída para Trindade. Ele era solteiro, sofria de diabetes desde os 13 anos, insulinodependente e morava com a mãe, Hilda dos Santos.

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O HOJE

Sem UTI, um idoso morre por semana

Em Aparecida, o Ministério Público recebe diariamente 40 pessoas, em busca por vaga em UTI e apoio da Justiça. Deste número, cerca de 15 são idosos

O Ministério Público aponta descaso como principal causa das mortes pela falta de Unidades de Terapia Intensiva, em Aparecida de Goiânia, somado a outros problemas na área. De acordo com o promotor Érico de Pina Cabral, os idosos esperam entre 15 a 20 dias por leitos de UTI. Com isso, um idoso morre por semana no município por conta do descaso. >> P 9
O Ministério Publico de Goiás (MP/GO) aponta descaso como causa das mortes, pela falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), em Aparecida de Goiânia, somado a outros problemas na área da saúde, que são motivos pelos quais os pacientes ficam sem respaldo médico. De acordo com o promotor de Aparecida de Goiânia Érico de Pina Cabral, os idosos esperam entre 15 a 20 dias por leitos de UTI. Em Aparecida, o MP recebe diariamente 40 pessoas, em busca por UTI e apoio da Justiça. Deste número, cerca de 15 são idosos.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que, a responsabilidade da atenção hospitalar, incluindo UTIs é uma atribuição estadual e federal. Cabendo ao município, a atenção primária e de média complexidade, como Unidades de Pronto Atendimento."O déficit de leitos de UTI não é exclusividade de Aparecida de Goiânia, que atende além da população da cidade, outros 25 municípios da regional Cen-tro-Sul", ressaltou a nota.
Medidas
Apesar disso, o promotor Érico Cabral, ressaltou que o MP deve criar uma agenda entre a secretaria estadual, a regulação de Goiânia, Aparecida e Anápolis; onde estão com os mesmos problemas."Queremos ver a saída, e resolver o problema. E não é favor, isso é obrigação de Goiânia, pelo porte como o da capital, e a responsabilidade como reguladora do Estado", afirmou.
"Não teremos uma ação, por parte do MP, porque não re-solveria de imediato, mesmo com uma ordem judicial favorável. São medidas que devem ser tomadas, pela regulação estadual e municipal de Goiânia", explicou o promotor. "Goiânia é bem compactuada, e na transferência no teto de média e alta complexidade, a cidade tem a obrigação, em sua rede, de regulamentar a demanda. A cidade recebe esse dinheiro dos municípios para pagar os hospitais, garantindo a vaga de UTI", concluiu.
Altair Borges da Silva é aposentado, e conta que a situação da saúde, em Aparecida de Goiânia está preocupante."Eu precisei pagar recentemente R$ 380para retirar um caroço atrás do ouvido. Precisei de atendimento de urgência, mas ligamos no número que eles deram e não atendem. A regulação que existe é o dinheiro para pagar no particular", disse o aposentado.
Após ter realizado a cirurgia em hospital particular, Altair precisou de atendimento público, dessa vez para a esposa. "Não tem médico noVei-ga Jardim, minha esposa ta com a garganta inflamada, e com febre. Tivemos que vir para o Cais Nova Era. No Veiga o médico só poderia atender na quarta que vem", afirmou Altair que buscava atendimento de urgência.
Já o pintor Felipe Ribeiro, contou que a cidade de Aparecida tem perdido varias pessoas por conta da falta de UTI. "Minha avó quase morreu, com problemas no coração. Tivemos que optar pela internação em hospital particular. Mesmo assim ela está agora com trombose, e não temos atendimento pelo SUS, se depender do sistema ela já tinha falecido", concluiu indignado.
Goiânia
Já a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) esclareceu que a Central de Regulação atende pacientes que necessitam de vagas em leito de UTI de todo o estado de Goiás, com algumas exceções que não são pactuadas com a capital. "Em 2016, por exemplo, 60% das vagas liberadas em leitos de UTI foram para pacientes de outras cidades e não de Goiânia. Os critérios para o atendimento de uma solicitação de leito de UTI seguem as portarias do Conselho Federal de Medicina. A idade de um paciente não é critério de priorização utilizado pela SMS", explicou a nota da pasta. "A Central de Regulação busca atender as solicitações de Aparecida de Goiânia conforme a disponibilidade de vagas e baseia-se nos critérios que priorizam os casos de maior gravidade", justificou.
De acordo com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, para tentar diminuir esse déficit, da falta de leitos de UTI, o ex-prefeito Maguito Vilela buscou recursos de R$ 64 milhões para a construção do Hospital Municipal. A obra física está pronta e o atual prefeito Gustavo Mendanha conseguiu, recentemente, mais R$ 18 milhões para compra dos equipamentos referentes à primeira etapa do Hospital. O Hospital Municipal terá 30 leitos de UTI, sendo 20 adultos e 10 pediátricos.
Conforme a SMS de Aparecida, a inauguração da primeira etapa prevê 60 leitos clínicos e 20 leitos de UTI, que devem ser entregue até dezembro desde ano, levando em conta um prazo de aproximadamente três meses para licitar os equipamentos.
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AGÊNCIA ESTADO

Garoto trans barra a puberdade na Justiça mineira

Um garoto transgênero de 12 anos conseguiu na Justiça o direito de interromper a puberdade em Uberlândia (MG). Após ser pressionado pelo pai, em razão da orientação sexual, com a ajuda da mãe ele acionou o Ministério Público, que ingressou na Justiça e obteve decisão favorável da Vara da Infância e da Juventude. Além disso, está em discussão no Conselho Federal de Medicina (CFM) a criação de norma à classe médica que pode alterar o limite de idade da terapia hormonal a adolescentes transexuais e travestis – hoje em 18 anos – e a autorização de bloqueio da puberdade na pré-adolescência desses pacientes.
O juiz de Minas autorizou o adolescente a fazer um tratamento que impede o desenvolvimento de suas características sexuais. Isso após profissionais emitirem um laudo apontando que, apesar de geneticamente ser homem, o garoto comporta-se e age como se fosse do gênero feminino.
O promotor de Justiça de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Jadir Cirqueira de Souza, diz que em julho – usando trajes femininos e acompanhado da mãe, o garoto foi até a promotoria. Também o acompanhavam membros de uma equipe multidisciplinar da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). "Inicialmente achei que fosse uma menina e descobri que era um garoto somente quando ele narrou sua história", disse. A mãe contou ter buscado ajuda após o filho ser impedido de frequentar o ambulatório de processo transexualizador do Hospital de Clínicas.
É o primeiro caso de que se tem conhecimento no Estado e o juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro argumenta que sua decisão, do fim de julho, está ancorada "em moderna doutrina, jurisprudência e no princípio da proteção integral". "Não se pode conceber que o pai, de forma discriminatória, impeça ou prejudique os tratamentos e os acompanhamentos psicossociais indicados, com clara violação da dignidade humana e do livre desenvolvimento da saúde mental do adolescente."
O casal envolvido é de origem simples, tem na faixa dos 30 anos de idade e está separado há cerca de cinco anos. A pedido da Justiça, nomes e detalhes não serão divulgados, mas a relação com o filho estaria entre os motivos de desavenças e da separação. A mãe conta que muito cedo já era possível identificar os sinais femininos. "Desde os 2 anos de idade ou menos." Neste ano, ela procurou ajuda no ambulatório inaugurado em janeiro para atendimento a pessoas trans.
Mudança no País
Segundo portaria do Ministério da Saúde, "transexuais são pessoas cuja identidade de gênero é oposta ao sexo biológico". O procedimento transexualizador é voltado a "pessoas que sofrem com a incompatibilidade de gênero". Um levantamento feito pelo próprio ministério aponta que no País, entre os anos de 2008 e 2016, foram realizados 13.863 procedimentos ambulatoriais relacionados ao processo transexualizador.
Não há hoje no Brasil uma normativa que padronize o comportamento médico em casos de transexualidade. Embora um parecer do CFM, de 2013, trate sobre terapia hormonal para adolescentes transexuais e travestis a partir dos 16 anos, sob confirmação clínica do transtorno de identidade de gênero, o documento funciona só como orientação aos médicos.
Busca-se agora uma diretiva maior que, em caso de descumprimento, o médico possa ser alvo de sindicância e sanção.
Membro da comissão que analisa as mudanças, o psiquiatra Alexandre Saadeh diz que o tema é "difícil e complexo" e, portanto, "vai levar o tempo que tiver de levar, para ser a melhor decisão". "Há uma série de discussões hoje na comissão. Hormônio antes dos 18 anos, bloqueio (da puberdade), acompanhamento de travestis e outras expressões de gênero. Ainda não se fechou uma definição", explica o coordenador do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual, do Hospital das Clínicas em São Paulo.
Segundo o psiquiatra, é importante que o bloqueio da puberdade seja feito quando a criança está entrando na adolescência. "Assim, você impede o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (como pelos no corpo, voz grave e pomo de Adão no caso do desenvolvimento biológico masculino)."
Sem judicialização
Semelhante ao episódio do garoto transgênero de 12 anos, duas famílias em conflito sobre a transexualidade do filho já procuraram o Ambulatório em São Paulo. O pai ou a mãe discordava sobre o início do tratamento da criança ou do adolescente.
A equipe de profissionais do espaço conseguiu evitar a judicialização do caso. Saadeh reforça que, quando o pai ou a mãe nega a autorização de tratamentos – como aconteceu com o garoto de 12 anos -, a consequência é o sofrimento mental do paciente. "É um sofrimento profundo que pode ser extremamente pesado e gerar consequências para a vida toda."
Outro caso
Outro caso que serve como exemplo é o de Bárbara (nome fictício), criança transgênera que mora em Salvador e é tratada no Ambulatório do HC. Ela conseguiu que a escola a tratasse pelo gênero feminino e a mãe, Raquel (nome fictício) já percebeu melhoras – até mesmo físicas. "Ela chorava muito, adoecia muito, era uma criança tímida. Agora, é o extremo oposto. Ligada no 220."
Mãe e filha são acompanhadas por uma equipe de médicos. Mas Raquel já acompanha o crescimento do órgão sexual masculino e dos pelos de Bárbara. "Tem de ficar atento aos sinais da puberdade porque o bloqueador precisa ser inserido exatamente quando a puberdade se inicia. Não pode ser antes. Quando ela tiver idade, com certeza vai tomar o bloqueador de puberdade, sim", afirma.
Decisões como a de Minas devem reverberar ainda pelo País afora, na opinião do defensor público Erik Saddi Arnesen, coordenador do Núcleo Especializado de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial de São Paulo. "Quanto mais essas questões virarem demandas sociais, passando a ser uma situação mais presente em nosso meio, mais vão aumentar as demandas judiciais."
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação