Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08/10/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pazuello diz que não sabia o que era o SUS até 'este momento da vida'
Brasil bate a marca de 5 milhões de infectados
Valor gasto pelo poder público com saúde não chega a um dólar por dia por habitante, mostra estudo do CFM
Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 5 mil mortes
Hospital Municipal de Itaberaí era usado como fachada para esquema, diz MP

FOLHA DE S.PAULO

Pazuello diz que não sabia o que era o SUS até 'este momento da vida'

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, principal responsável pela gestão da saúde no Brasil e pelas ações de combate ao novo coronavírus, afirmou nesta quarta-feira (7) que nào sabia o que era o SUS (Sistema Único de Saúde) até "este momento da vida".
As declarações foram dadas durante cerimônia de lançamento da campanha Outubro Rosa, do Ministério da Saúde, para a detecção precoce do câncer de mama.
"Eu não sabia nem o que era o SUS, porque eu passei a minha vida sendo tratado também em instituições públicas, mas específicas do Exército", disse o ministro. "Vim conhecer o SUS a partir desse momento da vida e compreendi a magnitude dessa ferramenta que o Brasil nos brindou. Essa ferramenta nos deu a capacidade de enfrentar a pandemia da Covid-19", completou.
Pazuello assumiu o ministério interinamente em plena pandemia, após dois ministros demissionários em sequência: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teisch. No dia 16 de setembro, o ministro foi efetivado em cerimônia no Palácio do Planalto.
O ministro minimizou a possibilidade de uma segunda onda do novo coronavírus e disse que o verdadeiro desafio do sistema de saúde brasileiro será lidar com a demanda represada por atendimento.
"Sobre pandemia, ficou claro que aconteceu uma diminuição do atendimento, mas náo é só do câncer. É de todas as doenças. E quando há esse represamento desses atendimentos, ele vai se juntar com as demandasnormaisde'2021 que estão pela frente", disse o ministro. "A segunda onda é exatamente as doenças e os tratamentos que foram interrompidos ou que não foram começados", completou.
Também participaram da cerimônia a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).
Damares, que no passado já havia declarado que meninos devem vestir azul e meninas, rosa, encampou a campanha contra o câncer de mama afirmando que o "governo Bolsonaro é rosa". A ministra pediu que o tema da prevenção precoce da doença seja tratado nas campanhas eleitorais para as prefeituras neste ano.
Durante apresentação da campanha, foram apresentados números que mostram queda na quantidade de mamografias realizadas de janeiro a julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. O SUS realizou um total de 1,1 milhão de exames nos primeiros sete meses de 2020, contra 2,1 milhões no período equivalente do ano passado.
O secretário de Atenção Especializada à Saúde da pasta, Luiz Otávio Franco Duarte, atribuiu a queda à pandemia do novo coronavírus e criticou a política de isolamento social, defendida por Mandetta.
Por outro lado, o Ministério da Saúde informou que 75,5% dos atendimentos realizados neste ano tiveram intervalo de até 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento em todos os estágios do câncer de mama no sistema público, como determina a legislação. No ano passado, o índice ficou em 57,32%.
Os técnicos da pasta também apontaram a obesidade e o consumo de álcool como fatores de risco para o agravamento do câncer de mama.
O ministério acrescenta que mulheres sem sintomas ou sinais da doença, com idade entre 50 e 69, façam o exame a cada dois anos.
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CORREIO BRAZILIENSE

Brasil bate a marca de 5 milhões de infectados


MARIA EDUARDA CARDIM
Com mais 31.553 casos do novo coronavírus registrados, ontem, pelo Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou a marca de 5 milhões de infectados. Ao todo, 5.000.694 de testes positivo foram confirmados desde o início da pandemia no país, em março. O balanço oficial também confirmou mais 734 mortes pela covid-19, que já tirou a vida de 148.228 brasileiros. Para barrar a doença, a busca por uma vacina continua. Também ontem, o governo começou a pagar a primeira parcela, de R$ 803 milhões, de adesão ao mecanismo Covax Facility, que tem como objetivo acelerar a fabricação de um imunizante e garantir acesso igualitário entre os colaboradores.
Em audiência pública da comissão externa que acompanha as ações de combate ao novo coronavírus, o secretário-executivo da Saúde, Élcio Franco, afirmou que "a primeira parcela é referente ao pagamento antecipado e é uma garantia financeira para essa adesão ao programa. Estamos considerando o dólar com cotação de R$ 5,40", afirmou, em entrevista. O pagamento deve ser concluído até amanhã. Segundo o secretário, uma segunda parcela será feita para a aquisição das doses da vacina.
Vale destacar que dos R$ 803 milhões, R$ 711,7 milhões não são reembolsáveis. "Caso decidamos não comprar nada, o que é, da parcela que estamos pagando hoje, reembolsável? São R$ 91,8 milhões. Os R$ 711,7 milhões que estamos pagando, hoje, são o aporte do Brasil a esse fundo, para aumentar a capacidade de produção. Mesmo que não compremos, estamos, ainda assim, contribuindo para que eventualmente as farmacêuticas aumentem a sua capacidade de produção e acelerem a sua pesquisa e o seu desenvolvimento", indicou o assessor internacional do Ministério da Saúde, Flávio Werneck.
O secretário-executivo da pasta explicou que o Covax Facility prevê a possibilidade de que cada participante opte por uma cobertura vacinal de 10% a 50% da própria população. "A nossa adesão prevê um total de 42.511.800 de doses, de modo a assegurar uma cobertura de 10% da população brasileira. Raciocina-se com duas doses nessa possibilidade", declarou Franco.
Segundo ele, o governo optou por adquirir apenas 42 milhões de doses por causa do valor elevado do contrato e, também, em razão da opção de compra de outras vacinas candidatas.
Números
Enquanto as negociações para compra de uma vacina em potencial avançam, o Brasil demonstra dificuldade para controlar a covid-19. O país é o terceiro no mundo a atingir a marca de 5 milhões de casos confirmados, ficando atrás somente da Índia e dos Estados Unidos no ranking, segundo a Universidade Johns Hopkins. Já em relação ao número de mortes, ocupa o segundo lugar, com 148.228, sendo superado apenas pelo EUA, que têm 211.532.
A previsão do Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), indica que no próximo sábado o Brasil deve ultrapassar a marca de 150 mil vidas perdidas.
Ontem, durante o lançamento da campanha Outubro Rosa 2020, para a prevenção do câncer de mama, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aproveitou para ressaltar a tendência de queda nos números da covid-19. "O desafio da pandemia continua, já com a tendência de queda observada e divulgada pelos meios de comunicação", afirmou.
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O GLOBO

Valor gasto pelo poder público com saúde não chega a um dólar por dia por habitante, mostra estudo do CFM

BRASÍLIA União, estados e municípios gastam, juntos, uma média de R$ 3,83 por dia com a saúde de cada habitante do país (menos de US$ 1, que vale hoje cerca de R$ 5,60). O valor se refere às despesas públicas feitas em 2019. A cifra cresceu 27,7% desde 2008, quando era de R$ 3, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) feita em parceria com a ONG Contas Abertas. O CFM defende que é preciso elevar o financiamento.
No total, o investimento público em Saúde no país saltou de R$ 206,7 bilhões para R$ 292,5 bilhões entre 2008 e 2019, alta de 41%. A média por habitante ao ano, no mesmo período, cresceu de R$ 1.094,87 a R$ 1.398,53. O levantamento considera dados, atualizados pela inflação, do Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), que abrangem os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde o investimento em infraestrutura, insumos até o pagamento de funcionários ativos, diz o CFM.
CFM defende elevação de gastos públicos em Saúde para 70%
Para a entidade médica, apesar do incremento R$ 85 bilhões a mais, em valores corrigidos, no período analisado, o gasto público com Saúde no Brasil ainda é baixo. O conselho evitou, porém, sugerir um valor que considera adequado e afirmou que o "subfinanciamento" do SUS é decorrente de uma "política governamental" dos últimos 30 anos no país.
Acho difícil responder com precisão (qual seria o valor de financiamento adequado) porque o que se pretende de qualquer sistema de saúde são parâmetros de eficiência. Um dos itens para atingir eficiência é o financiamento. Não é só isso que vai resolver, então tem que considerar que é preciso ter uma sistema integrado, organizado, com carreiras públicas para profissionais de saúde, com o estímulo e com financiamento correspondente disse Donizeti Hideraldo Cabeça, primeiro-secretário do CFM, ao apresentar os dados.
Entrevista:
O médico defende que o Brasil eleve os gastos públicos em Saúde a um patamar de 70%, a exemplo de outros países que trabalham com a lógica de acesso universal, como Reino Unido (79,4%), França (77,1%), Argentina (72,4%), Canadá (73,7%) e Espanha (70,6%), segundo dados apresentados pelo CFM atribuídos à Organização Mundial da Saúde. O governo brasileiro, em todas as esferas, responde apenas por 41,9% das despesas na área. O restante (58,1%) são despesas das famílias com serviço de saúde privado e compra de medicamentos.
O que podemos dizer, de uma forma comparativa, é que deveríamos gastar 70%, do total de 9% do nosso PIB (que é gasto com Saúde), com recursos públicos, como a Argentina faz. Agora transportar isso para per capita, para cada cidade, cada região, fica difícil afirmou o conselheiro do CFM.
Somente três estados superam o gasto médio nacional (R$ 1.398,53 habitante ao ano): Roraima (R$ 1.770, 29), Tocantins (R$ 1.601,18) e Mato Grosso do Sul (R$ 1.514,14). O Rio de Janeiro fica na 12º posição, tendo aplicado R$ 1.207,73.
Na lanterna, com os menores montantes, vêm Pará (R$ 787,07), Maranhão (R$ 832,81) e Bahia (R$ 924,33). O volume de recursos não é garantia de um serviço de qualidade, explicou Donizeti Cabeça. Ele afirmou que "o valor isolado não é significativo", uma vez que outras variáveis precisam ser consideradas, como indicadores de eficiência e de mortalidade.
Municípios vêm aumentando sua participação
Do total aplicado pelos cofres públicos, 42,4% vêm da União, 31,3% dos estados e 26,3% dos municípios. Com pequenas oscilações, a União e os estados vêm diminuindo sua participação no gastos com saúde, enquanto os municípios seguem aumentando. As prefeituras respondiam por 29% das despesas públicas em 2008, passando para 31,3% de R$ 58,8 bilhões para R$ 91,5 bilhões em valores absolutos no período.
Considerando apenas os gastos feitos por municípios com recursos próprios, cerca de 2.200 prefeituras aplicaram menos de R$ 365 na saúde de cada habitante durante todo o ano de 2019, o que corresponde a menos R$ 1 por dia. Os dados mostram que quanto menor é a cidade, maior tende a ser o desembolso municipal, proporcionalmente à população.
Com menos de 840 habitantes, Borá, em São Paulo, está no topo do ranking de gastos municipais em Saúde per capita ao ano: R$ 4.350,79. Depois vem Serra da Saudade, em Minas Gerais, cujas despesas da prefeitura chegaram a R$ 3.262,41 por morador. No outro extremo, com as menores cifras de desembolsos municipais, estão duas cidades do Pará: Cametá (R$ 69,72) e Muaná (R$ 77,44).
Um recorte das capitais, ainda considerando apenas as despesas feitas pelas prefeituras em Saúde, aponta Teresina no topo, com R$ 703,76 per capita ao ano. Depois vêm São Paulo (R$ 673,71), Vitória (R$ 667,70) e Campo Grande (R$ 615,94). Os piores desempenhos foram registrados em Macapá (R$ 173,74), Rio Branco (R$ 255,76), Salvador (R$ 275,56) e Belém (R$ 301,72). O Distrito Federal não entra no rankings, pois tem financiamento diferenciado, o que não permite comparação. O mesmo se aplica a Brasília.
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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 5 mil mortes
Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 2.830 novos casos da covid-19 e 75 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quarta-feira (7/10). Com as atualizações, o Estado chega a 224.181 casos e 5.020 óbitos confirmados.

Goiás registra, segundo a SES-GO, 213.188 pessoas recuperadas. Há atualmente 226.535 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 164.093 casos.

Além dos 5.020 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,24%, há 260 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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JORNAL OPÇÃO

Hospital Municipal de Itaberaí era usado como fachada para esquema, diz MP

Por Eduardo Pinheiro

Grupo seria responsável pela indevida postergação e não conclusão das obras de reforma e ampliação do Hospital Municipal Dr. Gilberto da Silva Caldas

Pacientes internados no Hospital Municipal Dr. Gilberto da Silva Caldas, em Itaberaí, não contavam com estrutura básica para atendimento, o que pode ter levado até a mortes. As obras da unidade de saúde são alvo de investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) como parte de um esquema de desvio de recursos por administradores municipais.
Segundo apontou o promotor de Justiça Juan Borges de Abreu, o suposto esquema criminoso mantinha o hospital em funcionamento para que recursos de Saúde continuassem enviados ao município. No entanto, como a unidade estava em reforma e não tinha estrutura para funcionar, pacientes chegavam a aguardar em bombas manuais de oxigenação.
“O hospital, mesmo depois de iniciado as obras, continuou sem estrutura nenhuma. Não havia nem internação. Um paciente grave, que era internado, regulado a partir do Sistema Único de Saúde (SUS), era visualizado pelo sistema como se estivesse em um hospital, mas não tinha nem mesmo oxigenação. Imagina isso em época de coronavírus”, disse.
“Enquanto aguardava uma vaga de UTI, em tese em um hospital, na verdade não estava. Ficava em bomba manual de oxigenação com enfermeiras revezando”, continuou o promotor, durante entrevista coletiva.
Além disso, conforme apurado pelo Ministério Público, os secretários de saúde do município eram subalternos a um dos alvos da investigação, que coordenava o esquema.
O esquema
O Jornal Opção apurou que foram cumpridos mandados na casa do prefeito da cidade, Roberto Silva (PP) e também na sede da prefeitura. Ainda são alvos da operação o vice-prefeito, Adilson Cardoso (PSDB), o secretário de Saúde, Zanderlan Moreira, e uma clínica de raio-x.
A clínica investigada foi inaugurada no mesmo ano do hospital justamente para servir ao esquema. Inclusive com contratação, por parte do município, de quatro técnicos de enfermagem para fazer trabalhos na clínica, ou seja, eles eram funcionários da clínica pagos pelo município, no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2018.
A prefeitura teria efetuado pagamento de R$ 1,8 milhão por exames de raio X, ultrassonografia e mamografia para a clínica, além de R$ 453 mil referente à mão de obra dos técnicos contratados. Os valores são superiores ao da própria obra, orçada inicialmente em R$ 2.187.970,00.
O promotor ainda é reticente em afirmar que o prefeito estava ciente do esquema. Quando perguntado, Juan Borges de Abreu disse que as investigações ainda estão em curso.
Durante a operação realizada na manhã desta quinta-feira, 7, a polícia prendeu um agente municipal e um empreiteiro.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação