Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08 A 10/01/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Quase 60% das crianças mortas por Covid-19 tinham comorbidade

Barra Torres rebate declarações de presidente sobre vacinação infantil

Idosa acorda após ter sido dada como morta e surpreende família em organização de velório; entenda

Covid-19: Goiás registra 159 casos e duas mortes nas últimas 24 horas

UTIs e enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede de Goiás

Hospitais privados registram aumento de 655% nos casos de Covid-19

CORREIO DO POVO

Quase 60% das crianças mortas por Covid-19 tinham comorbidade

Crianças saudáveis também são vítimas do vírus, que matou na infância mais do que qualquer outra doença prevenível com vacina

Crianças com algum fator de risco são as que mais morrem por Covid-19 no Brasil. Considerando o público de 0 a 17 anos, foram 1.272 óbitos durante a pandemia, o que representa 58,4% das 2.178 perdas neste público. Mesmo sem nenhuma enfermidade crônica ou comprometimento imunológico, 906 crianças e adolescentes também entraram para a estatística. As manifestações de autoridades públicas minimizando o impacto da Covid na faixa etária têm provocado a indignação das sociedades médicas, que alertam que a doença mata mais do que qualquer outra prevenível com vacina.

Quando se fala em comorbidade entre as crianças, no caso específico da faixa etária de 5 a 11 anos, que começará a ser vacinada no Brasil, 69% das 308 mortes durante a pandemia foram em crianças com comorbidade. Ainda que sejam elevados os números de meninos e meninas com agravamento e óbito pela doença em razão de fatores de risco, há o debate entre representantes das sociedades médicas sobre seguir ou não a instrução do Ministério da Saúde de vacinar esse público mais vulnerável primeiro.

Ainda que a vulnerabilidade seja reconhecida pelos especialistas, de maneira geral, a questão logística faz com que haja divergência sobre a forma como o governo irá proceder, ao vacinar primeiro a população pediátrica com algum fator de risco e, depois, iniciar a imunização por idade. O pediatra Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, defende que a forma apropriada é vacinar primeiro aquelas com comorbidade, assim como ocorreu com a vacinação de adultos.

“Faz todo o sentido (vacinar primeiro crianças de comorbidade). Numa situação de disponibilidade limitada de doses, que é o que vai acontecer, a gente tem que fazer com as crianças a mesma coisa que a gente fez com os adultos. Primeiro as crianças dos grupos de risco e depois a vacinação por faixa etária”, afirmou. O pediatra ressaltou que os dados mostram que ter alguma comorbidade agrega risco no sentido de hospitalização e morte. De acordo com ele, os fatores de risco nas crianças não são exatamente os mesmos dos adultos mas, no geral, se repetem.

Na avaliação do pediatra e infectologista Renato Kfouri, consultor do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), no entanto, a falta de levantamentos sobre quem são e onde estão essas crianças com comorbidade pode atrasar ainda mais as aplicações da vacina, motivo pelo qual acredita que realizar a campanha por faixa etária possa ser mais eficiente.

“Dessa maneira nós também vamos incorporando aqueles que têm comorbidade e, em um curto espaço de tempo, todos estarão vacinados, com ou sem essas doenças crônicas. Logisticamente falando, fica muito difícil implantar (a vacinação por comorbidade) porque nós nem conhecemos quais são esses denominadores, quantas crianças de cinco a onze anos em cada município têm cada doença crônica. Infelizmente, esses dados não existem no país”, pondera Kfouri.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, concorda, lembrando que o país já trabalhou com a priorização de pessoas com comorbidade e que houve atraso em razão disso, mas que, na época, a escassez e dúvida em relação às entregas era um ponto que não possibilitou outra estratégia. “É mais prático fazer por faixa etária, ainda que a comorbidade seja um fator importante. No universo de 20 milhões de crianças, a minha opinião pessoal é que isso seria mais uma barreira, em tempos em que já há disponibilidade da vacina.”

A previsão do Ministério da Saúde é de entrega de 3,74 milhões de doses ainda em janeiro e 20 milhões, no total, até março. A pasta prevê a necessidade de dobrar a demanda, já que a Pfizer – vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso pediátrico – demanda duas doses. Já há, no entanto, previsão em contrato para requisitar mais doses, bastando o governo sinalizar a compra.

Doenças preveníveis por vacina

Em audiência pública para discutir a vacinação infantil, na última terça-feira, especialistas ressaltaram que diferentemente do que se falava no início da pandemia, o potencial da Covid-19 nas crianças não pode ser comparado com o que o coronavírus faz com os adultos, mas sim com o que outras doenças preveníveis com vacina já fizeram com as crianças.

Na ocasião, Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, explicou que esse é o ponto chave da questão. “Creio que houve algum equívoco por parte de muitos de nós de nos distrairmos com uma característica intrigante da Covid, que é a desproporcionalidade de impacto da doença nos adultos em relação às crianças. Há um impacto muito maior nos adultos do que nas crianças, isso é um dado inquestionável. Mas isso nos tirou a atenção da relevância que a doença tem para a população pediátrica”, pontuou.

Ao R7, o médico frisou que é um dado inequívoco que a Covid-19 matou mais crianças do que todas as outras doenças preveníveis por vacina. “As doenças imunopreveníveis têm hoje um impacto dramaticamente menor do que o da Covid”, ressaltou.

O entendimento é geral entre especialistas, como completa Kfouri. “Não há nenhuma doença prevenível por vacina, hoje, que mais traga hospitalizações e mortes como a Covid. Mesmo na era pré-vacinal – quando nós introduzimos vacina de gripe, sarampo, catapora, febre amarela, caxumba, rubéola, meningite – a mortalidade por essas doenças era infinitamente menor do que a por Covid-19”, alerta.

Sáfadi citou como exemplo mortes por Influenza em 2009, ano de pandemia da H1N1, e meningite meningocócica em 2010, antes da inserção da vacina contra a doença no calendário vacinal. “Mesmo o ano que mais matou crianças por essas doenças imunopreveníveis, nenhuma delas vitimou tanto as crianças como a Covid-19”, explicou.

O pediatra ressaltou, ainda, que ao se falar de vacinação, não devemos pensar apenas na prevenção de óbitos. “Tem que lembrar também que o que norteia a recomendação de uma vacina não é só a prevenção da morte, é a prevenção da hospitalização, da sequela, da sobrecarga das unidades de saúde. Envolve também critérios econômicos, de qualidade de vida, tudo isso é levado em conta ao se produzir uma vacina. E esses aspectos todos da covid são também dramáticos. São 34 mil hospitalizações de crianças adolescentes desde que começou a pandemia. A gente tem uma série de elementos que corroboram para o ônus dessa doença no público pediátrico”, pontuou.

Campanha antivacina

Kfouri, que também é presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, ressalta que, diferente das dúvidas levantadas por autoridades federais quanto aos benefícios da vacinação, há “razões de sobra para vacinar as crianças”, sejam elas éticas, sanitárias, epidemiológicas e protecionistas, tanto para a saúde individual quanto coletiva. “As vacinas são seguras, estão licenciadas no país e sendo utilizadas (em crianças) em mais de uma dúzia de países pelo mundo.”

Kfouri lamenta a falta de incentivo à medida preventiva da doença e critica a postura dos líderes de governo. Ainda que, de março de 2020 a novembro de 2021, 308 crianças de 5 a 11 anos tenham morrido por Covid-19, segundo dados do próprio governo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, logo após a inclusão do grupo, não ter conhecimento de nenhuma morte nesta faixa etária pela doença e ainda questionou os interesses por trás da aprovação.

O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não fez recomendação explícita à vacinação. Ao contrário, incentivou a população a procurar um médico antes de levar os filhos às salas de imunização, ainda que a prescrição médica não seja cobrada. “Lamentável que o lançamento de uma vacina seja quase que um pedido de desculpas, feita de maneira contrariada, constrangida pelo ministro da Saúde, que deveria ser o primeiro a incentivar a vacinação”, critica Kfouri, ainda que acredite que, à despeito dos comunicados, a população brasileira confia nas vacinas.

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AGÊNCIA BRASIL

Barra Torres rebate declarações de presidente sobre vacinação infantil

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, divulgou nota em que nega a existência de interesses ocultos por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra covid-19. No texto, ele pede retratação ao presidente Jair Bolsonaro sobre fala relacionada ao assunto.

Em entrevista a uma rádio na semana passada, Bolsonaro questionou o interesse da Anvisa com a aprovação da vacina da Pfizer contra covid-19 para crianças nessa faixa etária. ‘Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”, perguntou.

Na nota, divulgada nesse sábado à noite, Barra Torres diz que se o presidente tiver informações que indiquem corrupção deveria determinar investigação policial. ‘Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente. Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário’, finaliza Barra Torres.

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O HOJE

Idosa acorda após ter sido dada como morta e surpreende família em organização de velório; entenda

Uma idosa de 78 anos, chamada Clotilde Rieck, acordou após ser dada como morta durante a preparação do velório, em Cidreira, no litoral do Rio Grande do Sul. Um dos funcionários da funerária, que preparava o corpo de Clotilde, fez uma ligação para a família dizendo que a idosa estava viva.

Ao G1, Bianca Schneider, sobrinha-neta da idosa, contou que a família estava em casa organizando o velório quando o funcionário da funerária ligou dando a notícia. A família explicou também que a morte de Clotilde havia sido confirmada após a idosa sofrer duas paradas cardíacas.

Segundo Bianca, na funerária, o funcionário percebeu que Clotilde estava viva quando foi retirar o corpo do necrotério. “Quando ele descobriu o corpo para fazer a remoção dela, ela estava viva, com o braço erguido, o olho aberto e pedindo ajuda”, explicou.

Além disso, o funcionário pediu ajuda no posto de saúde, uma vez que a paciente estava com o coração batendo e ofegante. De acordo com Bianca, a idosa quase foi enterrada viva, mas devido a um problema com o tamanho do caixão escolhido, o processo demorou mais que o normal. “Se tivesse o caixão do tamanho dela certinho, nós teríamos enterrado ela viva. Graças a Deus, teve esse tempo”, relatou aliviada.

De acordo com o portal do Hugo Gloss, a prefeitura da cidade emitiu uma nota confirmando a investigação do caso e responsabilidade dos profissionais de saúde envolvidos. “Foi registrado também um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Cidreira e exigido que a empresa contratada afaste a profissional dos serviços prestados em nosso município”, diz o comunicado.

A coordenadora do postinho, Irene Mendes, confirmou a nota da prefeitura e que é uma coisa inédita no município. “Realmente, é uma coisa inédita aqui para o nosso município. Nunca passamos por uma situação como essa. Nós estamos tomando providências, vamos abrir um processo administrativo e solicitamos o afastamento imediato da médica”.

Conforma defesa da médica, a profissional utilizou “todos os meios de tratamento e todas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar disponíveis no Posto de Saúde 24 horas Eva Dias de Melo, na cidade de Cidreira/RS, especialmente no dia 31/12/2021” para reanimar a paciente.

Em nota ao G1, os advogados afirmaram que a médica não recebeu contato da prefeitura para esclarecimentos sobre o caso e não foi comunicada sobre o afastamento. “Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para os devidos esclarecimentos dos fatos e demonstração da boa conduta médica adotada”.

Dona Clotilde foi informada do ocorrido na última sexta-feira (8/1) e, segundo Bianca, ela ficou “perplexa”. Desde o último dia 31, a idosa está internada na Santa Casa de Porto Alegre e, de acordo com a sobrinha-neta, está em um quarto, respirando normalmente e evoluindo bem aos tratamentos.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 159 casos e duas mortes nas últimas 24 horas

Goiás registrou 159 novos casos de covid-19 e duas mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados foram confirmados na tarde deste domingo (9/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, o Estado contabiliza 24.726 infecções e 24.726 óbitos pela doença desde o início da pandemia. 

A pasta afirma que há 919.896  pessoas recuperadas da covid-19 em Goiás. Além disso, a SES-GO investiga  618523 casos e 386 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,6%.

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UTIs e enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede de Goiás

Théo Mariano

Goiânia – Os leitos pediátricos para tratamento de pacientes com covid-19, tanto em unidades de terapia intensiva (UTIs) quanto em enfermarias, estão lotados na rede estadual de Goiás. A alta recente foi notificada pelo sistema de monitoramento utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).


Ao todo, o Governo de Goiás disponibiliza, às crianças, 11 vagas em unidades de terapia intensiva e 30 em enfermarias em hospitais estaduais. Todas estão ocupadas. Ainda assim, em entrevista ao jornal A Redação nesta sexta-feira (7/1), o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, avalia que o aumento é “dinâmico” e a abertura de novos leitos “depende da necessidade”.

A princípio, reforçou o chefe da pasta estadual, não há qualquer plano para alterar a estratégia de cuidado com as crianças. O número de vagas deve permanecer. Na manhã de hoje, a SES-GO registrou três pedidos de internação em unidades pediátricas de terapia intensiva para tratamento da covid-19.

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JORNAL OPÇÃO

Hospitais privados registram aumento de 655% nos casos de Covid-19

Por Acaray Martins

Dos 33 hospitais pesquisados, 88% registraram aumento de casos positivos de Covid-19 e Influenza. Só o número de casos de Influenza teve elevação de 270%

Os casos de Covid-19 cresceram 655% desde o mês de dezembro, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que realizou pesquisa em 11 estados, incluindo Goiás. Dos 33 hospitais pesquisados, 88% registraram aumento de casos positivos de Covid-19 e Influenza. Além da alta nos registros de Coronavírus, o número de casos de Influenza teve elevação de 270%. A pesquisa teve como intuito entender o aumento entre os associados.

As instituições respondentes registraram neste período 13.040 casos positivos para Covid-19, o que representa um percentual de positividade de 21% sobre o total de testes realizados. Ainda, de acordo com a pesquisa, desde dezembro, 32% desses casos resultaram em internação. Ao analisar apenas os dados de Influenza, foram registrados 7.943 casos confirmados, o que representa um percentual de positividade de 42% sobre o total de testes realizados. Os dados da pesquisa mostram ainda que 22% dos casos confirmados desde dezembro resultaram em internação.

A Anahp recomenda que a busca pelo atendimento no pronto-socorro dos hospitais deve acontecer em casos específicos como pacientes com sintomas persistentes ou sinais de acometimento mais grave. Aqueles que estiverem com sintomas leves ou assintomáticos devem priorizar a busca por atendimentos ambulatoriais como consultas médicas via telemedicina.

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Assessoria de Comunicação