CLIPPING SINDHOESG 08 A 10/04/17

10 de abril de 2017

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ambulância capota e mata paciente que estava sendo transportada, em Goiás
Família luta para conseguir vaga na UTI para uma idosa que está em estado grave em Goiás
MP acompanha suspensão de serviços na Maternidade Dona Iris, em Goiânia
Deputada quer redução da jornada de trabalho na Saúde
Mais de 2/3 dos óculos vendidos são piratas
Goiás é autorizado a fazer cirurgia
"Exames com resultado normal são um desperdício para o SUS"
Gestão Iris não consegue resolver problemas fundamentais da cidade
Carta do Leitor – Atendimento à Saúde
Entidades lançam manifesto contra planos populares
Artigo – A Saúde é de todos


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Ambulância capota e mata paciente que estava sendo transportada, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/ambulancia-capota-e-mata-paciente-que-estava-sendo-transportada-em-goias/5789572/

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Família luta para conseguir vaga na UTI para uma idosa que está em estado grave em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/familia-luta-para-conseguir-vaga-na-uti-para-uma-idosa-que-esta-em-estado-grave-em-goias/5789452/

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MP acompanha suspensão de serviços na Maternidade Dona Iris, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/mp-acompanha-suspensao-de-servicos-na-maternidade-dona-iris-em-goiania/5780434/

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O HOJE

Deputada quer redução da jornada de trabalho na Saúde
Adriana Accorsi afirma que em alguns casos a jornada é de até 44 horas semanais. Proposta tramita na Assembleia Legislativa

A deputada Adriana Accorsi (PT) apresentou projeto de lei que altera a Lei n° 18.464, de 13 de maio de 2014, que trata do plano de cargos e remuneração dos servidores efetivos da secretaria de estado da saúde.
Pela proposta, que tramita na Assembleia Legislativa, os ocupantes dos cargos de que trata esta Lei estão sujeitos à prestação de serviços de 30 horas semanais, ressalvados aqueles amparados em legislação específica, computando-se como jornada de trabalho os dias úteis, sábados, domingos e/ou feriados em períodos diurnos e noturnos. A propositura deve vigorar para os servidores efetivos da Secretaria de Estado da Saúde, lotados em quaisquer municípios do Estado de Goiás.
Adriana diz que os profissionais da saúde, em específico os profissionais da enfermagem, trabalham em turnos em que a jornada de 44 horas semanais torna-se impossível para que haja o intervalo legal de 11 horas entre turnos, tal como segue na Consolidação das Leis do Trabalho.
Argumenta ainda que outras categorias da saúde já obtiveram conquistas semelhantes em relação à jornada como: médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Por esses e outros motivos, “a proposição busca assegurar que estado e municípios goianos que atuam na área da saúde pública, adotem a jornada de 30 horas semanais para os profissionais da saúde, servidores efetivos da Secretaria de Estado da Saúde”, conclui.
No texto do projeto, a deputado ressalta que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que a jornada de 30 horas é a mais adequada para profissionais de saúde e usuários dos serviços, o que foi ratificado pela Internacional de Serviços Públicos – ISP, Sub-regional Brasil, entidade sindical que representa oficialmente os(as) trabalhadores(as) do setor público na OIT, em nota de apoio às 30 horas para enfermagem.
“Portanto”, pondera Adriana Accorsi, “a proposição em tela busca assegurar que estado e municípios goianos que atuam na área da saúde pública, adotem a jornada de 30 (trinta) horas semanais para os profissionais da saúde, servidores efetivos da Secretaria de Estado da Saúde”.
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Mais de 2/3 dos óculos vendidos são piratas
Médicos alertam para os riscos causados pelo mal uso de óculos piratas
WILTON MORAIS

A pirataria de óculos é comum nas ruas das grandes Capitais do Brasil, o comércio além de ilegal, oferece riscos que atingem diretamente a qualidade da visão.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Joias, Relógios, Cine- Foto e Bijuterias de Goiás (Sindióptica), 72% dos óculos de sol comercializados, em Goiânia, são vendidos em estabelecimentos ilegais.
Na Capital, basta uma pequena volta pelas ruas dos setores Central e Campinas para identificar a venda pirata.
Na Avenida 24 de Outubro, em apenas duas quadras foram encontrados pela reportagem dois rapazes que vendiam o produto. Já no Camelódromo de Campinas, a situação se repete em uma das lojas, a funcionaria se recusa a permitir que a reportagem fotografe alguns óculos.
"São replicas, se tirar fotos é perigoso às óticas acharem ruim", afirmou a mulher.
Em outra loja, o corretor Gustavo Fagundes escolhe o modelo mais atrativo. "Fora de lojas conhecidas só compro aqui. Costumo dar preferência para a primeira linha", diz Fagundes.
"Noto a diferença na qualidade da lente", complementa.
A vendedora do estabelecimento, confirma e diz que a diferença do produto pode chegar a mais de 25% no valor. Para o presidente do Sindióptica e optometrista, Leandro Fleury Rosa, aproximadamente "50% das armações e lentes [vendidas na cidade] são piratas". O dado inclui lentes de contato.
perigo Para o médico oftalmologista e presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, o uso de lentes de origem duvidosa e sem qualidade oferece graves danos aos olhos e até cegueira.
Entre os exemplos citados pelo especialista, os riscos podem variar desde a aparição de pterígio – formação carnosa que avança sobre a córnea – até o surgimento de cataratas.
Os efeitos da prática do uso inadequado também é afetado pela luz solar por meio dos raios ultravioletas. Além disso, o uso inadequado colabora para a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), causadora de uma mancha que pode tornar em cegueira. "Ao portar lentes de origem duvidosa e sem qualidade, o paciente pode trazer danos aos olhos, como aumento de radiação", explica o médico. Leonardo Reis também sugere que o material da lente deve ser considerado para o uso de criança e esportistas, pelos riscos que oferecem. "Policarbonato e trivex são mais seguros, em caso de quebra, do que lentes de cristal", exemplifica.
Além das doenças, o risco de câncer
Além das doenças que podem ser causadas pelo uso dos óculos piratas, o risco pode ser agravado com composições cancerígenas, como o níquel.
"Em algumas bancas e camelódromos já foram encontradas armações e óculos de metal provenientes de material reciclado de baterias de celulares, o que é proibido por lei", exemplifica o optometrista e presidente do Sindióptica. O presidente do Cremego e oftalmologista reforça a necessidade de analisar a procedência na hora da compra. "Os óculos devem ser adquiridos, em local adequado, com procedência conhecida. O médico oftalmologista pode ajudar na medição do grau e conferência das lentes", sugere Leonardo Reis.
O uso de materiais de "baixa qualidade" também é responsável por queimar a pele do consumidor e até deformar o rosto do usuário. De acordo com Leandro Rosa, a queimadura pode acontecer em temperatura de 40ºC. "Os óculos podem se deformar, pois os materiais não atendem a critérios legais e técnicos". Os critérios de conformidade são estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) que exige que os produtos sejam certificados conforme as normas do INMETRO e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O Sindióptica alerta que a revenda de armações e óculos, assim como as lentes de contato deve ser supervisionada por um Responsável Técnico (RT). "Nem todo comerciante pode revender óculos", explica Leandro Rosa.
O Sindicato reforça que é essencial que o consumidor exija a nota fiscal, a oferta de garantia e a autenticidade dos produtos. "Dessa forma, os estabelecimentos ilegais e que descumprem as normas podem ser fiscalizados e punidos pelas autoridades competentes", sugere Rosa.
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Goiás é autorizado a fazer cirurgia

Goiás, ao lado dos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, Pernambuco e do Rio Grande do Sul, estão autorizados a fazer cirurgias de redesignação sexual, em hospitais universitários.

Além destes, mais quatro unidades podem dar início ao processo de transexualização que inclui a terapia hormonal e o acompanhamento multidisciplinar e já estão habilitados pelo Ministério da Saúde: o Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG); Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro; Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de São Paulo e o CRE Metropolitano, de Curitiba.
O Ministério da Saúde informou, em nota, que hospitais nos estados do Espírito Santo, da Bahia e da Paraíba estão em fase de habilitação para oferecer o procedimento de transexualização, mas não mencionou se a cirurgia será oferecida.
No ambulatório do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), por exemplo, o serviço aguarda a habilitação do Ministério da Saúde para funcionar, mas, segundo a assessoria de comunicação da unidade, os procedimentos cirúrgicos não estão entre os serviços a serem disponibilizados.
Embora exista grande procura pelo procedimento de mudança de sexo, as transformações estéticas começam pela terapia hormonal.
O ginecologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) José Carlos de Lima destaca que boa parte das pessoas trans atendidas por ele começam esse processo por conta própria, sem orientação médica adequada.
"Tem muitos pacientes que nos chega já em uso de hormônio há muitos anos. Temos paciente de 50 anos que já faz uso há 30. E muitas vezes indevido, excessivo, porque precisam do imediatismo do resultado, com uso sem nenhuma informação médica.
E uso de silicone inadequado, industrial, com procedimentos arriscados.
Existia uma omissão por parte do Estado e essas coisas aconteciam de forma paralela. Óbitos ocorreram, sequelas ocorreram, até que essa resposta começasse a ser dada.
Hoje estamos de portas abertas", conta.
A falta de acolhimento no serviço de saúde, tanto público como privado, contribui para isso. A cabeleireira Luclécia Amorim, de 29 anos é atendida há um ano e meio no Espaço Trans. Proveniente de uma família de classe média, a jovem tem plano de saúde e conta que, primeiramente, procurou endocrinologistas que atendessem o convênio para dar início à hormonoterapia.
"Os médicos não tinham esse conhecimento nem tinham interesse de procurar saber. Passei por três profissionais e fui negada. Na terceira também fui, mas ela me deu essa luz do Espaço Trans", conta.
José Carlos Lima, que é um dos cirurgiões do Espaço Trans, em Pernambuco, orienta que os procedimentos devem ser feitos em locais que observem as condições legais ou científicas necessárias. "É importante ter serviço que trate do assunto com a seriedade que ele exige. Nós estamos observando a proliferação de serviços que visam apenas o lucro, sem nenhum tipo de critério e trazendo grande consequência para a vida dessas pessoas". (ABr)
Serviço ambulatorial
Há ainda iniciativas que não são habilitadas pelo Ministério da Saúde, ou seja, não recebem recursos específicos do Sistema Único do Saúde (SUS) para esse tipo de procedimento, mas tratam de casos de transexualização: o Ambulatório AMTIGOS do Hospital das Clínicas de São Paulo; o Ambulatório para Travestis e Transexuais do Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa (PB); o Ambulatório Transexualizador da Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), de Belém (PA); e o Ambulatório Portas Abertas, do Hospital Universitário de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe, no município de Lagarto (SE).
O mais antigo deles é o de João Pessoa que já funciona há 3 anos e meio.
O gerente do ambulatório, Sérgio Araújo, afirma que já foi feito estudo de impacto financeiro para começar as cirurgias e aguarda a habilitação do Ministério da Saúde.
Em Belém, o serviço foi inaugurado em outubro de 2016 e já atende 118 pessoas com acesso aos exames necessários para a introdução e acompanhamento da reposição hormonal.
Não há previsão para a realização de procedimentos cirúrgicos.
O ambulatório de Lagarto é o único do Brasil localizado em uma cidade de interior, e não em capital.
O espaço funciona há um ano e meio com atendimento especializado, hormonioterapia e atendimento psicológico, destaca o coordenador do local, o fonoaudiólogo Rodrigo Dornelas.
De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o Brasil, foram realizados, entre 2008 e 2016, 349 procedimentos hospitalares (incluindo todas as cirurgias, como redesignação sexual, prótese mamária, retirada de ovários e mudança de voz) e 13.863 procedimentos ambulatoriais relacionados ao processo de transexualização, incluindo hormonioterapia, atendimento ambulatorial e acompanhamentos pré e pós-internação.
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DIÁRIO DO ESTADO

"Exames com resultado normal são um desperdício para o SUS"
O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou neste sábado que "80% dos exames de imagem no SUS [Sistema Único de Saúde] têm resultado normal", o que, de acordo com ele, representa um "desperdício" que precisa ser controlado.
A declaração foi feita durante evento da Brazil Conference da Universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos. Posteriormente, o ministro defendeu o posicionamento em entrevista à BBC Brasil.
"Temos que ter controle da demanda que os médicos fazem destes exames e passar a avaliar como utilizam sua capacidade de demandar do SUS. Se o médico solicita muitos exames que dão resultado normal, ele não está agindo de forma correta com o sistema", declarou.
Barros afirmou ainda que não quer interferir na capacidade de tomada de decisã dos médicos, "mas os médicos não podem pedir exame como forma de tranferir sua responsabilidade de emitir diagnósticos", disse. "Os exames só devem ser usados quando há necessidade, não como rotina para diminuir a responsabilidade que o médico tem de fazer um diagnóstico a partir dos elementos clínicos", reiterou.
Além disso, o Barros avalia que a ideia de integralidade do SUS, ou seja, oferta irrestrita de exames e tratamentos, atrapalha a universalidade ou o atendimento a todos os brasileiros. Para ele, os médicos não estão atentos aos custos dos procedimentos que solicitam.
"Temos muitos problemas em ajustar o médico como uma peça do sistema, e não como o centro do sistema.
O médico tem uma visão de que é fruto do compromisso que faz quando se forma, que é estar acima da questão pragmática dos recursos", completou o ministro.
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JORNAL OPÇÃO

Gestão Iris não consegue resolver problemas fundamentais da cidade
Por Augusto Diniz 

Muitas foram as promessas, poucas são as ações. Essa é a visão de grande parte dos políticos e presidentes de sindicatos ouvidos pelo Jornal Opção ao falar sobre o começo dos trabalhos do peemedebista à frente da Prefeitura
Eleito para mudar a realidade da cidade, Iris Rezende recebe críticas de diferentes setores sobre início de sua gestão | Foto: Paulo José
"Eu quero fazer a melhor administração da minha vida." Essa frase foi repetida em diversas oportunidades durante a campanha eleitoral em 2016 pelo agora prefeito Iris Rezende (PMDB). A apresentação de soluções rápidas para a capital goiana, como colocar os Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais) em funcionamento 24 horas por dia com médicos à serviço da população goianiense, também foi bastante martelada em toda a propaganda de rádio e TV do peemedebista.
Suprir a demanda reprimida por vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), colocar mais 1,2 mil ônibus em circulação nas principais linhas do transporte coletivo e criar as subprefeituras foram incluídas nas promessas de campanha de Iris, que foi eleito no segundo turno, vencendo Vanderlan Cardoso (PSB) por 379.318 votos a 278.074 recebidos pelo pessebista. E, após ser eleito, o peemedebista ainda reformou em muitas entrevistas os compromissos de resolver os problemas da capital em tempo recorde em setores como a coleta de lixo, operações tapa-buraco e atendimento à saúde.
Porém, ao completar cem dias à frente da Prefeitura de Goiânia nesta segunda-feira, 10, o prefeito Iris Rezende tem recebido muitas críticas de diversos políticos e líderes sindicais por não conseguir, até o momento, fazer a máquina funcionar como foi propagado em seu discurso eleitoral.
Patinando
Da oposição à gestão municipal na Câmara de Goiânia, o vereador Elias Vaz (PSB) avalia que os primeiros cem dias da administração de Iris Rezende mostraram que a Prefeitura "continua patinando". "Não conseguiram resolver problemas fundamentais da cidade. Iris não tem apresentado o mesmo pique que demonstrava em 2005", declara o parlamentar. Para Elias, há pontos da administração da cidade que se agravaram desde o início de janeiro. "O que parecia um problema solucionado era a coleta de lixo, mas nós voltamos a ter registro de problemas no serviço na capital."
O vereador do PSB afirma que nada justifica uma gestão igual ou pior à do ex-prefeito Paulo Garcia (PT). "Tem coisas que você não pode esperar para agir, como deixar faltar insulina para os pacientes com diabetes. A Prefeitura não pode deixar que filas de mais de 50 pessoas a espera de UTI aconteçam." Outro ponto criticado por Elias é a queda da qualidade da merenda escolar oferecida nas escolas da rede municipal. "Há problemas que têm consequências irreversíveis", observa.
De acordo com o parlamentar, o dinheiro que a Prefeitura tem disponível não é o suficiente para fazer tudo que é preciso para melhorar a situação do município em todas as áreas. "Mas é preciso que a administração saiba o que tem de ser feito e que precisa ser tratado como prioridade." Elias relata que não é possível aceitar que ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por exemplo, fiquem paradas por falta de manutenção.
Outros pontos elencados pelo vereador são, entre eles, o contrato da iluminação pública da capital, que "é muito oneroso às contas públicas e precisa ser revisto e também a questão dos supersalários na Comurg [Companhia de Urbanização de Goiânia], que precisa ser enfrentado e até agora a Prefeitura nada fez", critica.
Tragédia anunciada?
Para o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, Iris Rezende é "um prefeito que não dá conta de resolver sequer um problema". "Isso era uma tragédia anunciada, esse desastre da gestão de Iris. Quem parasse para pensar um pouquinho veria que ele não poderia ser o prefeito. Realmente, foi uma pena."
Para o presidente da Agetop, a dívida divulgada por Iris, que diz ter herdado de Paulo Garcia cerca de R$ 600 milhões de rombo, seria uma informação falsa. "Essa história de herança maldita é para quem não está dando conta de resolver os problemas. E não foi tão maldita assim. Se foi, por que ele não mostra? É simples. Só pegar e mostrar ponto por ponto como estava", critica.
Candidato a prefeito de Goiânia em 2016, Vanderlan Cardoso, presidente metropolitano do PSB, vê a gestão Iris sem ação. "Para quem, no primeiro dia, faria as máquinas roncarem, até agora nós só vimos acordos políticos. É uma administração ultrapassada."
Para Vanderlan, falta pulso a Iris para colocar a casa em ordem. "A gente tem visto que Goiânia está sem rumo. E não é por falta de dinheiro. Goiânia já está com um caixa bom e era para estarmos com mais ações da gestão municipal em prol da população. E isso foi debatido na campanha de 2016."
Vanderlan afirma que o reflexo da reprovação de 22,4% (13,2% péssimo e 9,2% ruim), de acordo com a pesquisa Serpes/O Popular divulgada no dia 2 de abril, é resultado da falta de ação da gestão Iris.
Secretariado político
A composição do secretariado do peemedebista é vista como pouco técnica e muito política. Além disso, o fato de ser baseada em acordos eleitorais firmados em 2016 é, na visão de muitos, um dos principais motivos do travamento das ações da Prefeitura. "Em 2005 nós tínhamos nas secretarias um time bastante qualificado, praticamente um grupo de notáveis. Agora houve muita interferência na equipe, Iris ficou refém dos setores religiosos, de outros partidos e até de outros poderes", afirma o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis.
De acordo com Maria Ester de Souza, vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO), os cargos do primeiro escalão na Prefeitura demonstram que o interesse político está acima do interesse público na gestão de Iris. "Eu não espero nada de novo da administração do PMDB à frente de Goiânia."
Depois da reclamação de médicos, vem greve na Educação
Logo depois de realizar mudanças no edital de convênio para médicos na Rede Municipal de Saúde, a Prefeitura terá de encarar a greve dos servidores da Educação, que param suas atividades na terça-feira, 11. Bia de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), entidade que não faz parte do movimento grevista, afirma que a situação vivida pela educação municipal é de "extrema preocupação".
Os problemas relatados por Bia começam na mesma reclamação que levou o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) a decidir pela paralisação geral: o não pagamento do reajuste do piso salarial da categoria. A gestão de Iris aumentou em 0,34% os salários dos professores, quando o valor aprovado para 2017 no Brasil é de 7,64%. Com isso, os vencimentos dos educadores deveriam subir de R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80, o que ainda não aconteceu em Goiânia.
"A Prefeitura engoliu o percentual acima do piso, não pagou o que é lei. A promessa da Secretaria Municipal de Educação é que começará a ser pago em maio, mas já deveria valer desde janeiro, mês da data-base", diz. Segundo a presidente do Sintego, a gestão Iris fez outra promessa, que é a de convocar mais 1,3 mil aprovados no concurso da Educação. "A gente espera, se for cumprida essa promessa, que a situação possa melhorar", afirma.
Bia relata que o funcionamento de algumas unidades de CMEIs está prejudicado pela falta de servidores. "Outro ponto em negociação e que houve um avanço é a decisão de descentralizar a merenda escolar, com o dinheiro passando a ser encaminhado para o Conselho Escolar, que poderá fazer a compra direta aos fornecedores."
Bia ainda critica o desvio de função ocorrido na Guarda Civil Metropolitana (GCM), que para ela deixou de cumprir seu papel de proteger os prédios públicos, como escolas, e quer atuar como Polícia Militar. "Queremos solução para a questão da segurança, que tem se tornado cada vez mais preocupante nas escolas", diz.
A presidente do Sintego, porém, é otimista e afirma que é possível buscar avanços e soluções mais firmes na Educação da capital, mesmo que sejam muitos os problemas. "Mas não aceitamos que se corte gastos justamente em cima do servidor."
Críticas pontuais
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia), vereador Romário Policarpo (PTC), vê que há pontos preocupantes e outros em que a população precisará ter paciência com Iris Rezende. "Não se pode sempre penalizar o servidor primeiro, como temos visto, mas vimos que, para algumas coisas, só agora está entrando dinheiro, então a gente espera que volte a pagar o salário dos funcionários do município dentro do mês trabalhado."
Policarpo declara que a Prefeitura cometeu um erro ao não aplicar o reajuste do piso salarial da educação. "O diálogo está acontecendo, mas não dá para saber se o problema será resolvido." Ao mesmo tempo, o vereador defende o prefeito. Ele afirma que é difícil criticar uma gestão que não tem dinheiro para fazer o que é preciso. "Iris está pagando o que é dele de dívida e o que ficou para trás, deixado pela gestão anterior", observa.
Ao falar sobre os problemas enfrentados na área da Saúde, como o corte de serviços na Maternidade Dona Íris e a dificuldade em se chegar a um acordo com os médicos sobre os termos do novo edital de convênio para contratação de profissionais da saúde, Policarpo é paciente e defende que toda mudança gera colapso. "Eu não tomaria as medidas que a secretária (Fátima Mrue) está tomando, mas a gente não sabe no que vai dar. A Saúde está sucateada, o que não vem de hoje."
O parlamentar ainda fala sobre a quantidade de cartões SUS existentes na capital, cerca de 4 milhões, quando a população é de aproximadamente 1,4 milhão. "Iris continua com a mesma garra e firmeza de sempre. Como uma pessoa que trabalha das 7h às 22h perdeu o pique?", responde.
Na crença de que ainda é cedo para decretar atestado de falha ou sucesso na gestão, o vereador Jorge Kajuru (PRP) não consegue ver diferença nos três primeiros meses da gestão de Iris para o que foi o início da administração chefiada por Paulo Garcia. "Vejo problemas na escolha dos secretários iristas. A partir deste mês não dá mais para esperar para se ter ações mais firmes à frente da Prefeitura."
Kajuru diz que falta coragem do homem público para encarar os escândalos de corrupção e supersalários na Comurg. "É criminoso diante de quem ganha miséria e trabalha na mesma companhia." O parlamentar do PRP vê um problema grave que é o aumento do valor da folha de pagamento da gestão Iris em comparação com a petista. "A reforma administrativa já deveria ter sido apresentada, não precisa esperar 90 dias para fazer isso", afirma.
Como cidadão e vereador, Kajuru diz que espera que Iris cumpra as promessas que fez durante a campanha e que o ajudaram a se eleger novamente prefeito de Goiânia. "Na segunda-feira vamos ouvir os secretários de Finanças de Iris e de Paulo Garcia para saber de fato o tamanho da herança maldita encontrada hoje na Prefeitura."
Falhas existem
Da oposição, a vereadora Cristina Lopes (PSDB) avalia que a população tem visto melhoras nas áreas de iluminação pública e infraestrutura, com a volta da coleta de lixo e da operação tapa-buracos, mas afirma que, como se trata de um homem experiente em cargos eletivos, esperava-se um "choque de gestão". "Vejo uma administração sem pulso, que demorou a formar o seu secretariado e que não tem projetos em tramitação na Câmara."
Para a tucana, uma das provas da falta de rumo da gestão Iris é a não nomeação, cem dias depois de iniciada a administração do PMDB em Goiânia, de um líder do governo municipal no Legislativo. "Tanto que houve espaço para a criação de três Comissões Especiais de Inquérito (CEIs). Isso é falta de pulso e comando na Câmara", observa. Cristina afirma que a base de Iris está muito diluída no Legislativo. "Isso pode dificultar a gestão."
A tucana vê a Saúde como um ponto vital da administração municipal, que vive uma situação temerosa. "Concordo com a SMS de que é preciso renovar os contratos com os médicos, mas isso de romper em um dia e depois revalidar o convênio atrapalha a gestão do setor."
Cristina diz acreditar que parte dos problemas com os médicos pode ser superada com diálogo. "Não se pode punir a todos os profissionais por falhas de conduta de uma minoria. Cabe à Secretaria uma fiscalização maior do serviço desses médicos. Essa atitude gerou uma resistência muito grande às mudanças apresentadas", afirma.
A tucana quer que Iris cumpra um dos compromissos firmados na campanha de 2016: "Que ele não abandone a Prefeitura para ser candidato a governador". Cristina sugere que o peemedebista aproveite que é do mesmo partido do presidente Michel Temer e busque o governo federal para ajudar Goiânia no que for preciso.
Gestão ausente
Flávio Sofiati, ex-candidato a prefeito pelo PSOL, é mais pessimista ao avaliar a gestão Iris. "Vejo da mesma forma que foi a campanha dele. Parece que está ausente, que não começou." Sofiati critica a Prefeitura por permitir que se discuta aumento da passagem do transporte coletivo na capital de R$ 3,70 para R$ 4 sem apresentar melhoras na prestação do serviço à população. "O tema da mobilidade me deixa muito atento. E ele não assumiu esse compromisso de melhorar o transporte", aponta.
Sobre a proposta de colocar 1,2 mil ônibus novos em circulação em Goiânia feita por Iris na campanha, Sofiati compara com o pedido do Ministério Público. "O MP quer que, para aumentar o preço da passagem, se coloque cinco ônibus a mais nas linhas mais problemáticas, o que não chega nem perto dessa proposta de Iris, que não foi cumprida."
Sofiati vê um futuro ruim para a capital com Iris no cargo de prefeito. "Serão mais quatro anos sofrendo nas mãos de quem não tem compromisso com a população. Tenho pouca esperança no Legislativo, mas que nossos vereadores cobrem mais da Prefeitura, porque eles têm esse poder e não têm cumprido seu papel fiscalizador", declara.
Torcida favorável
A deputada estadual Adriana Accorsi (PT) diz que torce muito para que a gestão Iris dê certo porque "o povo de Goiânia precisa da Prefeitura", principalmente as pessoas mais humildes penalizadas com CMEIs sem funcionar e hospitais. "Como deputada, quero ajudar Goiânia. Inclusive destinei emendas parlamentares, que devem ser pagas neste ano, para a capital."
Independente de não ter sido eleita prefeita, Adriana afirma que, como moradora da cidade, quer o melhor para Goiânia. "Mas infelizmente o que a gente está vendo é uma administração que se preocupa em criticar a administração passada, colocando a culpa na gestão que já acabou, e que não está conseguindo resolver os problemas ou dar o encaminhamento necessário para que as coisas continuem a funcionar."
Bons olhos
Andrey Azeredo (PMDB), presidente da Câmara de Goiânia, entende que Iris Rezende e sua equipe têm trabalhado para se aprofundar na real situação da Prefeitura e apontar as soluções imediatas que são possíveis de ser executadas. "Nos primeiros dias a operação tapa-buracos foi retomada e a crise do lixo foi solucionada." Para o peemedebista, o novo modelo de contratação de médicos é o mais republicano, com a proximidade do convênio a ser firmado com 400 profissionais de saúde.
A Prefeitura tem discutido a situação da Educação, inclusive acompanha o movimento grevista que se aproxima, de acordo com Andrey. "Em breve deveremos analisar um projeto de lei para que a gestão possa arrecadar mais com o Refis e cobrar créditos vencidos. O prefeito tem se doado muito à cidade. E as soluções virão do fruto de muito trabalho", afirma Andrey. O presidente da Câmara diz que a realidade financeira de Goiânia é muito grave, e que uma coisa era administrar o município em 2005 e outra é no quadro péssimo de hoje.
"A visão criada pela pesquisa divulgada recentemente de rejeição ao prefeito Iris é uma informação que se assemelha muito com a avaliação que a população tinha da gestão dele nos primeiros cem dias de 2005." Segundo Andrey, a folha de pagamento naquele ano não ultrapassava 50% da receita corrente líquida da Prefeitura. "Hoje isso está no limite de 54%, mas se colocarmos a Comurg na conta provavelmente teremos uma folha que pode chegar a 70%, o que reduz a margem de recursos que podem ser utilizados para aplicar em outras áreas", alerta.
O presidente da Câmara explica que há uma dificuldade em lidar com uma realidade de déficit mensal de cerca de R$ 30 milhões na administração municipal. "Infelizmente a cidade trabalha para sustentar uma máquina inchada. Nós temos que ter uma clareza maior desse déficit para poder explicar para a sociedade qual é o tamanho dessa dívida existente hoje na Prefeitura."
Escolha do líder
As críticas recebidas pela Prefeitura por não ter até hoje um líder na Câmara são encaradas como naturais. Andrey Azeredo defende que, como há, inclusive com ele, 22 novos vereadores na Casa, é preciso que Iris conheça melhor o perfil de cada parlamentar até decidir quem falará pelo Paço no Legislativo. "Neste momento, o diálogo necessário é aquele que se dá de um por vez. E não há dificuldade no diálogo da parte do prefeito com os vereadores. Iris tem dado a atenção que é peculiar a cada membro da Casa", avalia.
O fato de ter Dona Íris no Paço ao lado do prefeito é tido por Andrey como uma demonstração da confiança que a família do gestor tem na liderança que o chefe do Executivo passa à sua equipe. "Vejo com bons olhos essa presença da esposa do Iris na Prefeitura. São mais de 40 anos de convivência recíproca."
Maternidade Dona Iris
Os problemas de atendimento enfrentados com serviços cortados na Maternidade Dona Íris são tratados como questão de adequação de finalidade por Andrey. O presidente do Legislativo diz que a Prefeitura não tem como mais arcar com procedimentos adicionais aos que são função essencial da unidade que chegam a aproximadamente R$ 4,5 milhões. "De R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões seria hoje o suficiente para se manter a Maternidade Dona Íris funcionando com o perfil que ela deve ter de atendimento. Em um outro momento, quando a prefeitura tiver uma condição financeira melhor, outros serviços podem voltar a ser oferecidos", explica.
Sobre a discussão sobre a herança maldita, Andrey afirma que no dia 15 de abril, quando será feita a prestação de contas de 2016, a cidade passará a conhecer o real tamanho do déficit da prefeitura. "Com a arrecadação de IPTU e ITU do início do ano, agora é o momento de ter prudência e se planejar onde esse recurso será aplicado para não acontecer o que vimos na gestão passada, em que se gastou muito no início do ano e no final já não havia mais dinheiro em caixa para arcar com os compromissos", diz.
Defesa
Além de Andrey, o deputado estadual Lívio Luciano (PMDB) também defendeu a gestão Iris Rezende. Para Lívio, a Prefeitura hoje vive algo bem parecido com o que aconteceu há 12 anos. "Ele tem tido grande sensibilidade na hora de assinar qualquer ato e vai conseguir resgatar os compromissos, pagar as dívidas vencidas herdadas e equilibrar as finanças do município."
O deputado pede mais paciência à população de Goiânia. "O prefeito precisa que a sociedade dê uma trégua de seis meses à nova gestão para que Iris possa enfrentar essa situação difícil que era conhecida por todos desde a eleição do ano passado", declara. Lívio enxerga no chefe do Executivo um homem seguro de suas decisões, que ainda não escolheu um líder na Câmara para não ter de queimar ficha sem ter a confiança para indicar o parlamentar a exercer esse papel. "O prefeito não pode entrar na onda da oposição, que tem na sua essência fazer críticas até alguma pegar na imagem do gestor. Iris já tem mostrado que as coisas começam a melhorar com trabalho. Ele tem maturidade, compromisso e competência para fazer aquilo que se propôs a fazer", conclui.
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O POPULAR

Carta do Leitor – Atendimento à Saúde
Diante das dificuldades relativas ao atendimento à saúde nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal) e frente ao relatório analítico publicado recentemente em O POPULAR, adequado seria a criação do Serviço Social Médico Familiar a ser exercido por estagiários de medicina sob as supervisões do Conselho Regional de Medicina (CRM), mestres e doutores de universidades e faculdades, suprindo de um lado a necessária prática acadêmica, e, de outro, a grande demanda da população, reduzindo-se os congestionamentos dos Cais e hospitais públicos e conveniados. Com consultas, previamente marcadas em uma central de recepção, regulação e distribuição, a qual filtraria os casos mais corriqueiros dos graves, encaminhando-os para as devidas unidades de saúde, agilizando o processo de espera e tomada de decisões.
Carlos Portella – Centro – Goiânia
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Entidades lançam manifesto contra planos populares

Entidades médicas e de defesa do consumidor lançaram ontem um manifesto contra a proposta de planos de saúde populares. Um grupo de trabalho (GT) criado pelo Ministério da Saúde elaborou uma série de propostas de coberturas de baixo custo que foram enviadas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo o ministério, o objetivo é dar uma alternativa aos cerca de 2 milhões de pessoas que perderam os planos ao ficarem desempregados nos últimos anos. Foram ouvidas, de acordo com a pasta, mais de 20 instituições ligadas ao setor. As propostas apresentadas trazem a possibilidade de uma cobertura focada no atendimento básico, participação do segurado em procedimentos de maior custo e rede de atendimento regional.
A ideia é oferecer planos de saúde com menos serviços ofertados do que o que foi definido pela ANS como cobertura mínima obrigatória e, assim, baratear os custos.
Uma das principais reclamações das organizações que assinaram o documento, divulgado ontem na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), é a falta de transparência no processo de elaboração das propostas. "Não existe transparência no que está sendo discutido intemamente", destacou a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste), Maria Inês Dolci. O texto diz que o grupo de trabalho encerrou as atividades sem encaminhar para os próprios membros do GT os resultados das discussões.
O modelo encaminhado à ANS não atende, na visão das entidades, as necessidades dos segurados. "Existem algumas questões que vão dificultar o entendimento do consumidor, que vai pagar um plano e não vai ter o atendimento. "
A rede regionalizada também é uma preocupação da ProTeste. "Não adianta aceitar que as empresas vão oferecer os planos, se não vão ter redes de atendimento. Além disso, as exclusões (de cobertura de procedimentos) são enormes"', enumerou Maria Inês.
O presidente do Cremesp, Mauro Aranha de Lima, destacou que o modelo proposto concentra aparte mais cara do atendimento em saúde no sistema público e deixa as operadoras com a parte menos custosa, a atenção básica. Na opinião dele, o problema fica ainda maior devido à emenda à Constituição que limita as despesas do governo federal aprovada no ano passado.
O Ministério da Saúde afirma que "nenhuma das propostas interfere no direito de qualquer cidadão acessar a rede pública de saúde". Além disso, o órgão destaca que os contratantes de planos estão protegidos pelos mecanismos de defesa do consumidor.
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Artigo – A Saúde é de todos

Enquanto governos se desdobram com os custos cada vez maiores da saúde e o aumento da demanda numa população que vive mais tempo, há um desafio que ultrapassa as políticas públicas de saúde: o papel do ser humano como promotor de saúde a si e aos outros. É na atitude de cada um de nós que reside o maior gerador de equilíbrio para o delicado complexo do organismo humano.
Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu a depressão como tema do Dia Mundial da Saúde 2017, celebrado em 7 de abril, tendo como lema faDepressão: vamos falar abertamente?". É na parceria humana, para além do ato médico, que se desenha o melhor cuidado: o diálogo, os laços familiares, as atividades de lazer e religiosas.
Goiás apresenta bons exemplos neste caminho. O mais bem-sucedido, o Programa de Atenção ao Louco Infrator (Palli) completa 10 anos como referência no respeito aos direitos humanos, fato que o levou a ser citado na ONU.
O Capsi – Unidade Referência para a Infância -tem atuado com êxito nos transtornos psicológicos das nossas crianças. Já o Credeq Aparecida enfoca a dependência química propondo um atendimento integral.
A Rede de Saúde Mental em Goiás precisa crescer e esse tem sido uma meta para a Secretaria de Estado da Saúde. Os 77 Caps e as Unidades Básicas de Saúde são capacitados para atender as demandas de sofrimento e transtorno mental e as necessidades decorrentes do uso de drogas, oferecendo orientação e encaminhamento.
Mas uma constatação é de que a restauração e manutenção dos vínculos de família, amizade e trabalho é o principal desafio para o alívio do sofrimento mental do depressivo.
Leonardo Vilela – Secretário de Estado da Saúde de Goiás
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação