ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Endocrinologista fala sobre diabetes infantil no quadro 'BDG Responde'
Mães comemoram 1º ano de vida de filhos que nasceram prematuros em GO
Justiça do DF proíbe biomédico de aplicar botox
Entidades lançam alerta para barrar sífilis
Um aniversário para 28 pequenos guerreiros
Editorial – Rosa para o ano inteiro
Outubro rosa: Mamógrafos estão mal distribuídos
Prefeitura terá de restabelecer acordo para doentes mentais
Justiça absolve acusados
Iris: “vou começar meu mandato colocando a saúde para funcionar”
Reconstrução mamária eleva autoestima
Médico diz que adaptação ao horário de verão leva até sete dias
Vereadores fraudam fila de espera para consultas no SUS, diz MP-GO
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Endocrinologista fala sobre diabetes infantil no quadro 'BDG Responde'
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/endocrinologista-fala-sobre-diabetes-infantil-no-quadro-bdg-responde/5364711/
Aumento no número de crianças com diabetes deixa pais atentos em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/aumento-no-numero-de-criancas-com-diabetes-deixa-pais-atentos-em-goias/5364973/
Endocrinologista infantil tira dúvidas de telespectadores sobre diabetes em crianças
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/endocrinologista-infantil-tira-duvidas-de-telespectadores-sobre-diabetes-em-criancas/5364744/
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Mães comemoram 1º ano de vida de filhos que nasceram prematuros em GO
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/maes-comemoram-1-ano-de-vida-de-filhos-que-nasceram-prematuros-em-go/5363929/
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O ESTADO DE SÃO PAULO
Justiça do DF proíbe biomédico de aplicar botox
BRASÍLIA
A Justiça do Distrito Federal proibiu biomédicos de fazerem em seus pacientes procedimentos estéticos que sejam considerados invasivos, como aplicação de botox, preenchimentos e laser com CO². Resposta a uma ação movida pelo Conselho Federal de Medicina, a decisão promete reacender a discussão sobre o que é atribuição exclusiva da categoria. A presidente da Associação Brasileira de Biomedicina Estética, Ana Carolina Puga, em nota, afirmou que vai recorrer e aconselhou profissionais a continuarem atuando até que a entidade seja formalmente comunicada. "Todos os biomédicos habilitados e estabelecimentos que possuem biomédicos estetas como responsáveis podem continuar trabalhando", diz a nota.
Para a dermatologista Denise Steiner, da Câmara Técnica de Dermatologia do CFM, a ação tem como objetivo maior preservar o paciente. "Não se trata de reserva de mercado. Mas cada categoria profissional deve atuar na área para a qual recebeu formação." Denise observa que procedimentos estéticos invasivos podem provocar infecções e granulomas, espécie de reação alérgica. "Nesses casos, o profissional, em primeiro lugar, precisa reconhecer o problema e tratá-lo. E para isso é preciso receitar antibióticos, corticoides, todas atribuições de médicos."
Ela afirma que o aumento da atuação de biomédicos na área de estética intensificou-se nos últimos dez anos, com o debate em torno do Ato Médico, a lei que estabelece quais as seriam as atribuições específicas do profissional de medicina. "Houve um período muito tumultuado, e foi nesta época que duas resoluções foram editadas permitindo que biomédicos passassem a atuar nesse campo". As resoluções são do Conselho Federal de Biomedicina.
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Entidades lançam alerta para barrar sífilis
CFM, Sociedade de Pediatria e federação de Ginecologia cobram medidas urgentes
O Conselho Federal de Medicina, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia lançaram ontem um alerta para tentar refrear o avanço de casos de sífilis congênita no País. No documento, endereçado para a população em geral, autoridades e médicos, as entidades recomendam a adoção de medidas urgentes para reduzir o avanço da doença.
Como revelou o Estado, a taxa de bebês com sífilis congênita em 2015 foi de 6,5 casos a cada 1 mil nascidos vivos – 13 vezes mais do que é tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e 170% a mais do que o registrado em 2010. Diante dessa situação, o Ministério da Saúde deverá lançar nas próximas semanas um plano para tentar conter a doença. "A situação da sífilis no Brasil está fora de controle", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia do Rio, Mauro Passos. "Os números são vergonhosos. É inadmissível o País ter uma taxa como essa de uma doença que pode ser prevenida", completou o médico.
"Vivemos numa situação de emergência epidemiológica. E algo precisa ser feito", completou Sidnei Ferreira, da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Gestante. E o crescimento de casos não ocorre apenas para sífilis congênita. Números obtidos pelo Estado mostram que a doença em gestantes passou de 3,7 para 11,2 casos a cada 1 mil nascidos vivos, um aumento de 202%. Para sífilis adquirida (denominação dada para sífilis na população em geral), a taxa é de 42,7 casos a cada 100 mil habitantes. "A doença avança por um misto de fatores. Ela é ainda alvo de preconceito. Nem médicos nem pacientes falam do problema", afirmou Passos.
Um dos pontos preponderantes para o aumento de casos foi a falta de medicamentos usados para tratar a infecção, causada por uma bactéria. O antibiótico, penicilina, esteve por pelo menos dois anos em falta. E Passos disse não ser possível ainda falar que a situação está regularizada. "Há relatos de falta de medicamentos." Ele observa, no entanto, que existem outros problemas, como a falta de integração de informações. "Para se ter uma ideia, o número de casos de bebês com sífilis é maior do que o de gestantes. Algo que comprova a falta de informação adequada."
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O POPULAR
Um aniversário para 28 pequenos guerreiros
A maioria das crianças é prematura e ficou em unidade de terapia intensiva até ganhar peso. Famílias criaram laços nesse período
Com os bebês nos braços, mães que se conheceram em UTI de maternidade se reuniram ontem para comemorar oprimeiro aniversário das crianças em academia do Setor Sul
Rosana Melo/rosana.melo@opopular.com.br
Laura, Manuela, Gael, João Pedro, Ana Clara, Ana Júlia, Lorenzo, Benjamin, Melissa, Elisa, Liz, Cauã, Marcelle e Luiza, João Miguel e Pedro Gabriel, Antônia, Luiza, Júlia, Enzo Gabriel, Ana Júlia, Heloísa, Lucas, Helena, Fernanda e os trigêmeos João Marcelo, Benjamin e Nicolas.
As 28 crianças nasceram há pouco mais de um ano e desde o primeiro sopro de vida lutaram para estar nos braços de seus pais. A maioria nasceu prematura e ficou internada na unidade de terapia intensiva (UTI) da Maternidade Ela, no Setor Aeroporto, até terem condição de ir para casa.
A história de luta das crianças e dos pais foi contata ontem ao POPULAR durante o aniversário coletivo que as famílias organizaram em uma academia para crianças na Avenida 87, no Setor Sul.
A nutricionista Adrieny Gonçalves Sousa Alves, de 33 anos, planejou a gravidez e tudo ia bem até a 28ª semana, quando um exame detectou que a qualquer momento a criança poderia não receber mais nutrientes. “Eu ia no hospital todo dia para fazer exame. Tomei remédios para ‘segurar’ o bebê e ele nasceu com 36 semanas, indo direto para a UTI”.
Foi Adrieny que deu título ao convite de aniversário das crianças postado no Youtube: O Limite Entre a Fé e o Sofrimento. Ontem, muito emocionada, contou que foi muito difícil não voltar para casa com o filho Cauã. “Tinha dia que as médicas falavam da gravidade do estado de saúde dele, mas dizia que ele estava melhor que o dia anterior. Eu sofria muito, mas a fé de vê-lo bem era mais forte”.
Foi na rotina da UTI que as mães, principalmente, ficaram amigas. Criaram um grupo no WhatsApp e passaram a dar notícias de altas médicas, consultas e de melhoras de cada criança, o que era comemorado.
“Em dezembro fizemos um encontro e agora estamos comemorando o primeiro ano dos nossos filhos”, contou a servidora pública Lorena Abdala de Faria, de 30. Enzo Gabriel, filho dela, nasceu na 33 ª semana de gestação e foi direto para a UTI por apresentar um quadro de hipoglicemia.
Lá, ele pegou uma infecção que atacou os pulmões e o coração. Enzo Gabriel recebeu alta somente quando tinha 32 dias de vida. “Eu já havia passado por isso quando meu filho mais velho, hoje com 3 anos, nasceu. Por causa disso, eu dava muita força para as outras mães”.
Adriana Neves de Souza, de 28, mãe em tempo integral da pequena Laura, chora ao contar a luta da filha pela vida. Na hora de nascer, por causa de um parto longo, faltou-lhe oxigenação no cérebro e ela nasceu com hidrocefalia.
A primeira filha foi planejada, não aconteceram problemas na gestação, mas da sala de parto, Laura foi direto para a UTI, ficando lá por 21 dias. “Eu ficava o dia todo no hospital, aguardando para tirar o leite para ela de 3 em 3 horas. Ia embora de noite. Foi muito difícil passar por tudo isso. Agora ela está horas. Ia embora de noite. Foi muito difícil passar por tudo isso. Agora ela está conosco e é nossa alegria”.
Homenagem à equipe médica
As famílias das 28 crianças que estiveram internadas na UTI da Maternidade Ela homenagearam as médicas Lívia Cunha e Renata Lorenzetti e a técnica em enfermagem Walbetani Vieira dos Santos, durante a festa realizada ontem em uma academia de ginástica para crianças no Setor Sul.
“Essas mães são guerreiras. As crianças também são guerreiras. Lutaram muito para chegar até aqui”, contou a neonatologista Renata Lorenzetti.
Segundo ela, a rotina de uma UTI é exaustiva para as famílias e para os pequenos pacientes. “A gente conversa muito com a família. Explica a gravidade de cada caso e ressalta o que tem sido feito para contornar essa situação. Cada sinal de melhora é comemorado pela equipe e pela família”.
Ontem a equipe de médicos e enfermeira abraçou as famílias e as crianças. “É um momento de grande alegria para a gente que tratou desses bebês. É bom ver que todos estão bem”. Walbetani lembra que dos 28 bebês que ganharam a festa ontem, a que esteve mais grave foi Laura. Ela chorou ao lembrar que a menina venceu uma “A Laura era a bebê que mais inspirava cuidados e hoje está aqui linda, graças a Deus”
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Editorial – Rosa para o ano inteiro
Num calendário colorido por causas tão nobres quanto urgentes, o Outubro Rosa se sobressai não apenas pela primazia nesta estratégia de tingir os meses para chamar nossa atenção para questões de saúde, mas como pela incidência do câncer de mama. Somente este ano, pelo menos 2 mil novos casos devem surgir entre a população feminina de Goiás. A este dado inquietante, soma-se a centralização dos mamógrafos, como atesta reportagem nesta edição.
A má distribuição do aparelho que permite o diagnóstico precoce, que está concentrado predominantemente na região metropolitana de Goiânia, contribui para que o número de exames fique abaixo da média mundial. Das 95 máquinas, 45 estão na capital e cidades vizinhas, impedindo a capilaridade de um procedimento capaz de antecipar tratamentos e, em última instância, salvar vidas.
Dos 246 municípios goianos, apenas 33 têm o equipamento à disposição. O acesso pelo SUS é simples, mas a demora de até 30 dias para a divulgação do resultado termina por desestimular as pacientes. É importante, pois, que o espírito de outubro nos norteie pelo ano todo, corrigindo estas distorções.
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Outubro rosa: Mamógrafos estão mal distribuídos
Apesar do número adequado de equipamentos para exames em Goiás, maioria está concentrada em Goiânia. Demora na liberação dos resultados também é crítica. Silvany Miguel Manso (E) e Maura Rodrigues da Silveira foram diagnosticadas com o câncer de mama graças a exames de mamografia
Gabriela Lima/gabriela.lima@opopular.com.br
No mês de alerta sobre o câncer de mama, diversas campanhas chamam a atenção para a importância da prevenção. No entanto, o equipamento mais importante para garantir o diagnóstico precoce da doença, o mamógrafo, encontra-se mal distribuído.
Goiás possui um total de 95 aparelhos que fazem exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número é adequado, segundo o que é determinado pelo Ministério da Saúde, mas a maioria está concentrada na região metropolitana de Goiânia.
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior, especialista com atuação em Goiânia e coordenador do programa de mastologia do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), alerta que, apesar de existirem mamógrafos em número suficiente em todo o País, o índice de mamografias no Brasil está bem abaixo da média mundial. Isso ocorre por diversos fatores, sendo que um dos principais é a concentração nas regiões metropolitanas e nas capitais.
“A má distribuição dos mamógrafos dificulta principalmente para as pacientes do interior. Muitas chegam a viajar 200 quilômetros dentro do Estado para fazer o exame”, diz Freitas Junior. Melhorar essa distribuição é uma das campanhas da Sociedade Brasileira de Mastologia.
O presidente da entidade cita a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, apontando que 40% das mulheres brasileiras, de 50 a 69 anos de idade (faixa etária prioritária), não fazem mamografia periodicamente.
O porcentual é bem inferior à recomendado mínima pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 70% das mulheres. Estimativa divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostra que em 2016 são esperados 57.960 novos casos de câncer de mama no Brasil, 2 mil deles em Goiás. Os dados reforçam a necessidade de alertar a população sobre a prevenção, pois a doença detectada em estágio inicial tem até 90% de chances de ser curada.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) diz que Goiás possui bem mais mamógrafos do que o exigido para o tamanho da população do Estado. Os 95 equipamentos em unidades do SUS correspondem a um para cada 70,5 mil habitantes. De acordo com a pasta, o número de mamógrafos preconizado pelo Ministério da Saúde é de um mamógrafo para cada 120 mil habitantes. Somando a oferta da rede privada, Goiás alcança 185 aparelhos para o exame.
Tanto rede pública quanto na particular, mais de 50% dos mamógrafos se concentram nas grandes cidades. Dos 246 municípios goianos, apenas 33 dispõem do equipamento. De acordo com a SES, municípios com baixa densidade demográfica e limitações de recursos têm enfrentado dificuldades para instalação e manutenção de serviços convencionais de realização de exames de mamografia. Mesmo nas grandes cidades, o exame preventivo encontra dificuldades no processo na rede pública.
“As pacientes enfrentam de três a quatro passos”, comenta Freitas Júnior. A presidente da Associação dos Portadores de Câncer de Mama do Hospital da Clínicas (Apcan), Maura Rodrigues da Silveira, de 62 anos, venceu o câncer de mama, mas precisa fazer o acompanhamento anual para se assegurar que a doença não voltou. Ela diz que o acesso ao exame é fácil. O que dificulta mesmo é tempo de espera pelo resultado, de 20 a 30 dias.
Tem de fazer o exame pelo menos 30 dias antes da consulta, para não perder o agendamento. Eu faço o exame de ano em ano, para assegurar que o câncer não voltou. Mas o resultado demora para ficar pronto. Às vezes, chega o dia da consulta e o resultado não saiu”, diz.
Maura descobriu a doença aos 47 anos, após sentir dores na mama durante a menstruação. Passou por vários exames até ser diagnosticada com o câncer, em uma mamografia. Hoje, 16 anos após o susto, ela lidera o grupo de apoio no HC.
Mês terá oferta de 850 exames
A presidente da Associação dos Portadores de Câncer de Mama do Hospital da Clínicas (Apcan), Maura Rodrigues da Silveira, busca motivar pacientes como Silvany Miguel Manso, de 64 anos, que descobriu o câncer de mama há um ano e sete meses, durante exames de revisão médica.
“Eu aconselho às mulheres a correrem atrás enquanto é cedo. O meu problema foi descoberto de forma bem prematura pela mamografia, não tinha nem meio centímetro. Fiz a cirurgia há três meses e estou me recuperando bem”, diz.
Durante a campanha Outubro Rosa 2016, a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) oferece 850 mamografias à população feminina acima de 35 anos. Quem quiser fazer o exame deve procurar o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) mais próximo de sua residência, solicitar a requisição para o médico ou enfermeira e procurar o Hospital Araújo Jorge, munidas de RG, CPF, comprovante de endereço com CEP e cartão do SUS.
As mulheres interessadas devem se apressar, pois apenas na primeira semana de campanha a ACCG registrou 300 pedidos de mamografia. De acordo com o hospital, as pacientes que apresentaram alterações nos exames serão encaminhadas para a regulação junto à Secretaria Municipal de Saúde e, posteriormente, será agendada consulta com um médico do Araújo Jorge.
Com o lema De Mãos Dadas pela Prevenção, o Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom) também busca estimular o diagnóstico precoce. Durante o mês de outubro, oferece a mamografia por 50 reais a mulheres acima de 40 anos. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também realiza uma programação intitulada A Vida em Cor de Rosa.
A campanha, iniciada ontem na Maternidade Nascer Cidadão, também contará com ações no Hospital e Maternidade Dona Íris, na Unimed Cerrado e no Parque Flamboyant. Nos eventos, o público receberá orientações sobre a doença e como realizar de forma adequada o autocuidado da mama. Também serão disponibilizados serviços de saúde como encaminhamento para o exame de mamografia, aferição da pressão arterial e teste de glicemia.
3 perguntas para Ruffo de Freitas Junior
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia e coordenador do programa de mastologia do Hospital das Clínicas da UFG fala sobre como se dá a prevenção do câncer de mama no País
1 – Por que a mulher brasileira não faz mamografia?
Por conta das dificuldades que ela enfrenta. Existem mamógrafos em números suficientes no País, mas eles são mal distribuídos. Estão concentrados nas regiões metropolitanas e nas capitais. Morando no interior o acesso é ainda mais difícil. Se não tem mamógrafo na cidade, elas chegam a andar 200 quilômetros para fazer o exame. Nas cidades onde existem mamógrafos, muitas vezes, o processo não é facilitado, pois as pacientes precisam ir e vir muitas vezes.
2 – Mas a porcentagem de exames também é baixa entre mulheres de maior poder aquisitivo. Por quê?
Isso está relacionado ao medo da doença em si, da detecção de um câncer. E também tem o medo da dor ou desconforto que a mamografia pode gerar.
3 – Pacientes dizem que o acesso ao exame pelo SUS é fácil, mas o difícil é o resultado que demora de 20 a 30 dias. Por que demora tanto para ficar pronto?
É um gargalo operacional no SUS. É um exame que dá para gastar menos tempo e precisa ser melhorado. Na clínica privada, leva em torno de dois dias para ficar pronto. Precisamos fazer a operacionalização para que seja reduzido esse tempo. Outro gargalo é o acesso à biópsia.
Mulheres, se movimentem !
por Antônio Eduardo Rezende de Carvalho Presidente da sociedade brasileira, mastologia e oncoplástico
A mamografia é indicada para mulheres a partir dos 40 anos, quando o exame deve ser feito anualmente. Apesar da faixa etária de 45 a 60 anos ser a mais preocupante, tenho notado no consultório o aumento de casos entre mulheres mais jovens, com casos de pacientes até de 28 anos. Também tenho operado mais idosas. Recentemente, tive uma paciente de 80 anos.
Isso mostra que não existe uma idade para parar de fazer mamografia. Não faltam mamógrafos em Goiás, o que falta é informação. A mulher precisa se preocupar mais e nosso lema, na Sociedade Brasileira de Mastologia em Goiânia, é chamar a atenção para ela se movimentar, se preocupar consigo mesma, se autoexaminar periodicamente.
O autoexame é muito importante pois muitos nódulos são palpáveis e detectados no simples toque das mamas. Se perceber um nódulo, precisa ir atrás do mastologista. Se sente dor na mama, precisa ir atrás. Pois, apesar do câncer de mama ser curável, se descoberto no início, estima-se que no Brasil ocorra morte em cerca de 20% dos casos. Mulheres, se movimentem !
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Prefeitura terá de restabelecer acordo para doentes mentais
Justiça determina retomada de convênio que abrangia 12 unidades de atendimento à saúde mental, firmado com a Sociedade São Vicente de Paulo Centro de Convivência Cuca Fresca está fechado ao público
Pedro Nunes/pedro.nunes@opopular.com.br
A Prefeitura de Goiânia terá de retomar os serviços estabelecidos pelo convênio voltado para o atendimento à saúde mental firmado junto ao Conselho Central de Goiânia da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP). A decisão é do 2º juiz de direito da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, José Proto de Oliveira, em sentença dada na quinta-feira.
O acordo com a Prefeitura de Goiânia teria sido finalizado sem uma justificativa prévia. Ele abrangia 12 unidades, a maioria das 21 na capital, que, em média, realizava 2 mil atendimentos por mês. Com o fim do convênio foram perdidos 118 funcionários mantidos pela SSVP, por meio do recurso municipal.
O presidente do Conselho Central de Goiânia da SSVP, Alair Pereira, se disse surpreso quando foi informado da exclusão do acordo. “Não tivemos aviso algum anterior. Ainda não temos uma explicação clara para a exclusão do convênio”, acentua.
As famílias dos usuários procuraram a Defensoria Pública do Estado de Goiás que propôs uma ação civil pública com pedido de tutela com urgência, por meio dos defensores públicos Victor Ulhoa e Michele Bittar.
“Nós fomos averiguar e identificamos uma rescisão unilateral e ainda atraso no pagamento mensal para a entidade e também para os trabalhadores que já estavam em greve há mais de 20 dias. Acreditamos que os usuários estão sendo prejudicados”, afirma Ulhoa.
A SSVP informou que desde agosto os trabalhadores não recebem os salários, que totalizam R$ 600 mil mensais, pagamento oriundo de recursos da Prefeitura. Além disso, ainda conforme informação da entidade, o último repasse do governo municipal para manter a estrutura das unidades foi do mês de maio, pago no início de setembro num montante de aproximadamente R$ 500 mil mensais. Duas audiências públicas estão marcadas para a próxima semana e vão debater a retomada do convênio e o pagamento dos valores atrasados.
A troca de funcionários de uma hora para a outra pode influenciar de maneira negativa no tratamento das pessoas assistidas pelo município, apontou a psicóloga Larissa Carneiro, do Fórum Goiano de Saúde Mental (FGSM).
“Acreditamos que o vínculo estabelecido com o paciente é terapêutico. Quando ele é quebrado repentinamente, por questões administrativas, por exemplo, é algo ruim e há prejuízo. O usuário fica perdido”, assevera. “Já temos uma rede fragilizada. Sou favorável a uma gestão plena e precisamos pensar nisso em longo prazo. No momento, porém, não é possível já que não se tem condições de qualificar e ampliar o sistema. Então esse convênio vem num momento importante para fugir desse sucateamento que temos nos deparado”, complementa.
Suspeita de irregularidades seria o motivo da rescisão
Por meio de nota a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) diz que ainda não foi notificada da decisão judicial e, mesmo assim, esclarece que houve “a necessidade de se fazer a rescisão do Convênio com a SSVP, devido a suspeita de irregularidades na aplicação de recursos”, diz a nota.
Segundo o documento, “nenhum usuário da rede de Saúde Mental do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia está sem atendimento”, diz. “O convênio com a SSVP abrangia também alguns funcionários que auxiliavam em outros serviços (Residências Terapêuticas, Consultório na Rua, Unidade de Acolhimento Transitório e Gerarte), os quais estão mantidos normalmente”, complementa a nota.
As unidades municipais, portanto, conforme a nota, estão em funcionamento, com funcionários diretos da Prefeitura, com exceção do Centro de Convivência Cuca Fresca. “O Centro de Convivência Cuca Fresca não faz parte do fluxo de atendimento da Rede de Atenção Psicossocial e foi fechado temporariamente para reorganização e contratação de funcionários pela Prefeitura, processo que já está em andamento”. Os móveis, inclusive, já foram retirados do espaço. Sem verba, Cuca Fresca está fechado
É justamente o Centro de Convivência Cuca Fresca, no Jardim América, o mais afetado no processo de exclusão do convênio. Como mostrado pelo POPULAR em setembro, o local, que chegou a atender cerca de 300 pessoas com transtorno mental, hoje conta apenas com três funcionários públicos que orientam os usuários de que o local não está funcionando. Antes o lugar oferecia atividades de educação, assistência social, cultura, esporte e lazer.
“Estes serviços são resultado de uma luta de mais de 20 anos. Tirar esses serviços é um retrocesso. É como retornar para os manicômios que é algo desumano e que se lutou tanto para mudar”, acredita o produtor cultural Aleones de Castro que trabalhava no local.
O filho da aposentada Terezinha Neves, de 67 anos, Welington Neves Ferreira, de 37 anos, era uma das pessoas assistidas pela unidade. A mãe conta que é perceptível a falta que as atividades que eram oferecidas fazem na vida do filho diagnosticado com esquizofrenia. “Era um paraíso para ele que, quando chegava lá, além do acompanhamento, podia usufruir da música, dos jogos, de artesanato, de passeios e até de circo. É visível que ele sente falta. Hoje, como não temos muita condição, ele só tem ficado em casa o dia inteiro”, relata. “Tinha sete anos que ele não internava mais. Tenho medo que ela tenha de ser internado mais uma vez. Só quem cuida, sabe a dificuldade que é”, diz aflita.
3 perguntas para Alair Pereira dos Santos
O presidente do Conselho Central de Goiânia da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) relata os possíveis transtornos que os pacientes podem ser submetidos com o fim do convênio.
1 – Qual a consequência do fim desse convênio?
Isso traz uma consequência danosa porque são 2 mil pessoas que nós assistimos aqui e essa atitude tem trazido danos também para as famílias. Sem os funcionários que já estavam não é possível ter 100% de regularidade no atendimento.
2 – A Prefeitura tem dito que há suspeitas de irregularidades nas contas apresentadas. O que você tem a dizer sobre isso?
Eles não disseram o que é. Porque aqui é feito o que é determinado e sem nenhuma mudança. Não temos nenhum problema. Eles não informaram quais são as suspeitas e nós já levamos todos os documentos para comprovar que não há nada errado. Não sabemos porque simplesmente finalizaram o convênio.
3 – Existem atrasos no pagamento?
Sim, inclusive dos funcionários. A Sociedade não tem recurso para efetuar o pagamento. É uma entidade caritativa. O recurso é vindo da Prefeitura. Tenho certeza que com o judiciário envolvido também teremos andamento nessa retomada.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Justiça absolve acusados
Justiça absolve acusados Médicos e peritos do INSS foram inocentados das acusações de obter vantagem indevida em prejuízo do INSS. Investigação ocorreu em 2010 e visava apurar denúncias de fraudes em perícias para benefícios previdenciários
O juiz federal Alderico Koclia Santos, da 5a vara da justiça Federal, proferiu sentença na ação penal que resultou da Operação Guia, deflagrada pela Fblíria Federal em 2010 eque investigava denúncias de atuação de um grupo que fraudava benefícios do INSS. A principal acusação, de estelionato, foi suma ria mente rejeitada pelo magistrado porque não houve confirmação comprovada nos autos peio Ministério Público FederaL "Não houve confirmação inequívoca comprovada de fraudes na concessão de benefícios".
As investigações da PF narraram que um grupo de funcionários do INSS em Goiânia era suspeito de fraudar concessões de benefícios como aposentadoria e invalidez e com atuação em serviços fundamentais como perícias médicas. O acusado de ser o líder do grupo, Luiz Augusto Netto Cosac, "atuaria aliciando servidores do INSS para burlar o agenda mento aleatório de perícias médicas e também influenciando nos seus resultados", narrou o MPF na denúncia Adiante a procuradoria alegou que alguns servidores do INSS direcionavam os "clientes" para os médicos peritos já combinados e que esses possibilitariam "a concessão indevida de benefícios previdenciários de auxílio doença e aposentadoria por invalidez". Haviam ainda acusações de que os agentes do INSS poderiam ter prestado "informações privilegiadas aos demais membros do grupo", além de dar "preferência na concessão de benefícios" de interesses dos protegidos pelo grupo.
As escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça comprovou que havia uma combi- naçâo de alguns membros do grupo acusado, mas não conseguiu estabelecer qualquer nexo de servidores do INSS como os médicos peritos Paulo Afonso Figueiredo e Euler Barbosa, nem do chefe de seção do INSS Hind Elkadi ou do servidor do INSS, Lourimarde Freitas Sarmento.
ABSOLVIÇÃO O juiz absolveu sumariamente os médicos Euler Barbosa e Paulo Afonso Figueiredo e outros servidores, além de constar que não houve qualquer comprovação de formação de organização criminosa, recebimento ou oferecimento de vantagem indevida.
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Iris: “vou começar meu mandato colocando a saúde para funcionar”
Cais atenderão 24 horas e idosos e pacientes crônicos receberão remédios em casa
A atenção à saúde será uma das prioridades do candidato a prefeito de Goiânia pela Coligação Experiência e Confiança, Iris Rezende (PMDB), se eleito. Em entrevista à Rádio Sucesso-FM, ontem, o peemedebista garantiu que vai se dedicar dia e noite para fazer com que a área funcione em Goiânia.
“Vou começar meu mandato colocando a Saúde para funcionar. Não descansarei enquanto o cidadão não estiver recebendo o atendimento digno em nossas unidades”, declarou.
A proposta do peemedebista é colocar todos os Cais para funcionarem 24 horas e garantir a entrega de medicamentos para os idosos e pacientes crônicos em suas casas. “Já fiz e posso fazer muito mais. Em minha última administração, mostrei que era possível, aumentei em mais de 300% as equipes de saúde bucal e mais que dobrei as equipes de saúde da família. Priorizei a área e fiz funcionar”, ressaltou.
A estratégia de Iris para garantir o bom atendimento é a valorização do servidor. “Vamos contratar servidores de todas as especialidades para a área e valorizá-los para que o trabalho seja prestado com eficiência. Um gestor que não se preocupa com o funcionalismo jamais conseguirá sucesso. Por isso pretendo dedicar a cada trabalhador da prefeitura meu respeito e atenção para que eu tenha credibilidade também para cobrar um bom desempenho”, explicou.
O próximo passo, segundo Iris, será cuidar da mobilidade. “Diante da situação de abandono da nossa cidade, precisamos agir rápido em todas as áreas. O trânsito e o transporte público, no entanto, merecem uma atenção rápida. Precisamos garantir a fluidez por meio de intervenções estratégicas e melhorar significativamente o transporte coletivo para que o usuário dos nossos ônibus desfrute de um serviço com qualidade”, afirmou.
De forma detalhada, o prefeitável lembrou que irá renovar toda a frota de ônibus, ampliar o número de linhas entre os bairros, abrir novas avenidas e concluir a Goiás e Leste Oeste. “Aliado a tudo isso, faremos um projeto em parceria com as entidades para realizar um escalonamento de horários e evitar os congestionamentos. É uma tendência das grandes cidades que precisamos acompanhar”, enumerou.
Educação
“Não vou descuidar nenhum segundo da educação. Entendo que é a base para solucionar todos os problemas sociais, da violência à desigualdade. Por isso vamos zerar o déficit de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e vamos construir 20 escolas de tempo integral no ensino fundamental”, destacou.
O candidato complementou dizendo que não pretende somente zerar as vagas, como também proporcionar um ensino de qualidade: “O professor da rede municipal será valorizado em minha administração. Eles são os verdadeiros agentes do futuro. Precisamos de educadores preparados e felizes com seus trabalhos para que possamos ir ainda mais longe”, enfatizou.
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O HOJE
Reconstrução mamária eleva autoestima
Depressão é um dos problemas mais difícies enfrentados pelas mulheres que são dignosticadas com a doença
WILTON MORAIS
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 250 novos casos de câncer de mama em Goiânia neste ano. O número equivale a 7,6 casos para cada 100 mulheres.
No âmbito estadual, são estimados 1.680 novos casos, todos para este ano. O número em Goiás equivale a cinco casos para cada 100 mulheres.
A Campanha Outubro Rosa possui papel fundamental na conscientização pela prevenção ao tumor maligno que se desenvolve em consequência de alterações em conjuntos de células da mama. O mais importante: quando diagnosticado no início, pesquisas apontam que 95% das mulheres possuem a chance de cura.
A costureira Maria das Dores Lima dos Santos, 54, fez cirurgia para a retirada da mama há pouco mais de três meses e será submetida ao procedimento de reconstrução no II Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária.
Maria das Dores passou pela cirurgia de retirado do tumor da mama direita dois meses após receber o diagnóstico. "Tinha muito vontade de eliminar o nódulo, pedi a Deus que tudo desse certo. Apesar de ser um pouco pequeno, falei que venceria o câncer e venci. Foi um alivio para mim, poder tirar tudo aquilo", conta emocionada.
Do drama à saída
Descobrir que seria uma vítima da vida, abalou e surpreendeu quem nunca imaginou passar por tamanha dificuldade, "pensei que o mundo tinha acabado", diz.
A costureira revela que, para enfrentar o drama do câncer mamário, foi preciso se fazer forte. "Parei, analisei a circunstância e agi com a maior naturalidade.
Coloquei em minha mente: 'Não posso parar e abaixar a cabeça'. Foi assim que venci esse mal", afirma. Prestes a realizar a cirurgia para reconstrução da mama, Maria, que é mãe de um casal de filhos, faz um alerta em relação a depressão que, segundo ela, pode ser devastadora para quem recebe a notícia de um câncer.
"Graças a Deus, hoje eu estou bem. Procuro me ocupar com trabalho para pensar. Espero que as pessoas que passam pela mesma circunstância que passei, recebam um resultado como esse e sejam fortes", diz a costureira.
O câncer
O médico Luiz Humberto Garcia de Souza, cirurgião plástico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica na regional Goiás (SBCP-GO), explica que uma mulher que perde a mama, em geral, enfrenta problemas de efeito psicológico.
"Esse é o principal motivo que levam às mulheres a fazerem a cirurgia de reconstrução mamaria. O fator é tão importante que em grandes hospitais, de Goiânia e os principais do País, o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre a operação", conta o médico.
Para Souza, a não realização de exames e a falta de cultura na prática de se autoexaminar, principalmente com idades a partir de 30 anos, são os principais problemas de quem se depara com o câncer de mama.
"Quando o paciente procura o atendimento médico, caso diagnosticarmos o câncer benigno tiramos o tumor e acabou", explica. Com pacientes em que o neoplasma maligno é identificado, os profissionais médicos além da cirurgia, realizam a reconstrução da mamária.
"Utilizamos para isso prótese ou material da própria pessoa, em cada caso realizamos uma reconstrução diferente", conclui.
Fique por dentro:
– O Mutirão irá acontecer pela primeira vez em Goiânia entre os dias 24 e 29 de outubro. De acordo com o médico cirurgião plástico e coordenador do mutirão em Goiás, Aloísio Garcia, o mutirão possui um intuito de aliviar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) e proporcionar a queda na sequela da masectomia que é a responsável pela retirada da mama.
– "No Brasil são 60 novos casos por ano de pessoas que necessitam da cirurgia de reconstrução mamaria. É um número muito grande de pessoas sequeladas, tanto imparcial quanto parcial", avalia o médico. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o mutirão é voltado exclusivamente para mulheres que necessitam de cirurgias reconstrutivas pós-câncer de mama.
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Médico diz que adaptação ao horário de verão leva até sete dias
Neste ano, o horário de verão vai vigorar do dia 16 de outubro a 19 de fevereiro de 2017
Daqui a uma semana começa o horário de verão, quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Quem costuma sentir os efeitos da mudança de horário no organismo deve começar a se preparar desde já, adiantando gradualmente a hora de dormir. Segundo o médico Marcos Pontes, a adaptação pode ser feita em um período de cinco a sete dias.
“Orientamos as pessoas a tentarem acostumar o organismo a dormir uma hora antes, porque o período de adaptação vai de cinco a sete dias. Aí quando chegar o horário de verão, você já se acostumou a dormir mais cedo e acordar mais cedo”, diz o clínico geral do Hospital Santa Lúcia.
Segundo ele, a mudança de horário altera a ordem temporal interna do nosso corpo, que regula os ritmos de sono e temperatura. “Com o horário de verão, tendo um desajuste, entra em uma fase de desordem temporal interna. Então, as pessoas acabam tendo que gerar uma nova sincronização porque esses ritmos têm fases diferentes.”
As consequências da mudança de horário no organismo podem ir desde mal estar, dificuldades para dormir, sonolência diurna e até alterações de apetite. Segundo Pontes, é preciso tomar alguns cuidados nos dias seguintes à mudança de horário, como evitar dirigir distâncias longas. “É a mesma coisa de fazer uma viagem de um fuso horário para outro, tem um período para o organismo se adaptar àquele novo horário”, diz o médico.
Os idosos e as crianças, por terem uma necessidade maior de sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos da mudança de horário. “Principalmente as crianças que vão para a escola de manhã, vão ter que levantar uma hora mais cedo, podem ter uma sonolência maior pela manhã. Mas isso é uma coisa de hábito mesmo, é só manter aquele ritmo que o organismo vai se habituar”, afirma Pontes. Uma dica para melhorar a adaptação é dormir com a janela aberta, para que a luminosidade natural ajude a despertar mais cedo.
Neste ano, o horário de verão vai vigorar do dia 16 de outubro a 19 de fevereiro de 2017. O objetivo da medida, adotada no Brasil desde 1931, é proporcionar uma economia de energia para o país, com menor consumo no horário de pico (das 18h às 21h), pelo aproveitamento maior da luminosidade natural. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.
No ano passado, a adoção do horário de verão possibilitou uma economia de R$ 162 milhões, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A economia foi possível porque não foi preciso adicionar mais energia de usinas termelétricas para garantir o abastecimento do país nos horários de pico. Para este ano, a previsão de economia é de R$ 147,5 milhões.
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PORTAL G1/GOIÁS
Vereadores fraudam fila de espera para consultas no SUS, diz MP-GO
Planilha mostra que foram feitos mais de 2 mil encaminhamentos irregulares. Promotor diz que políticos criaram regulação paralela em Caldas Novas.
Uma denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) aponta que vereadores de Caldas Novas, no sul do estado, fraudavam a fila de espera para consultas e exames no Sistema Único de Saúde (SUS). Uma planilha apreendida pelo órgão mostra que alguns políticos eram responsáveis por mais de 200 encaminhamentos.
Segundo o MP-GO, participaram do esquema 14 dos 15 vereadores da cidade, além do ex-vice-prefeito e atual deputado estadual, Marquinho do Privê (PSDB). Ao todo, eles são suspeitos de fraudar 2.442 encaminhamentos na rede pública de saúde entre 2013 e 2015. Dois políticos chegaram a ser responsáveis por 215 encaminhamentos, cada um, segundo uma planilha recolhida durante as investigações.
"Eles constituíram uma central de regulação paralela em que um servidor público era destacado, atendia esses pacientes indicados pelos políticos e fazia o agendamento de consultas, cirurgias e exames eletivos para atender os fins políticos eleitoreiros. Os procedimentos que demorariam meses pela via convencional do SUS, com filas, senhas, via essa regulação paralela era conseguida em um ou mais dias", disse o promotor de Justiça Pedro Benatti.
De acordo com uma reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, a central de regulação paralela funcionava em uma sala da Secretaria de Saúde de Caldas Novas e era bem organizada, pois continha até pastas com os nomes dos vereadores, onde eram guardados os documentos dos pacientes indicados (veja no vídeo abaixo). Dentro dessas pastas tinham receituários, encaminhamentos médicos e também relatórios de controle dos pacientes indicados pelos políticos da cidade , relatou o promotor.
As fraudes foram denunciadas ao MP-GO pelo técnico em radiologia Eduardo Gonçalves Neiva, que trabalha na prefeitura da cidade. Sobravam apenas 30% a 40% das vagas do SUS para a população, pois o restante já estava comprometida [com os pacientes indicados por políticos]. Aí o pessoal dormia na fila e, quando chegava na hora, não tinha mais vaga , relatou.
Os vereadores Marinho Câmara (SD) e Saulo Inácio (PSDB) lideram o número de encaminhamentos irregulares de pacientes, segundo o MP-GO.
Uma equipe da TV Anhanguera foi até a Câmara Municipal de Caldas Novas para tentar falar com os políticos, mas eles saíram da Casa sem dar nenhuma declaraçãoe não foram localizados para comentar o caso.
Já o deputado estadual Marquinhos do Privê disse, em nota, que as acusações são falsas e que não existem provas de sua participação no esquema. Ele afirmou, ainda, que como vice-prefeito jamais exerceu tráfico de influência dentro da Secretaria de Saúde de Caldas Novas.
A denúncia do MP-GO foi encaminhada ao Poder Judiciário e aguarda uma decisão.
Problema antigo
Em julho de 2015, o Ministério Público já tinha apresentado uma denúncia sobre o caso. Na época, o prefeito Evandro Magal (PP) assinou um termo de ajuste de conduta, reconhecendo que "políticos do município de Caldas Novas estavam interferindo no sistema de regulação da Secretaria de Saúde para conseguir atendimento prioritário a consultas, exames e cirurgias a pessoas por ele indicadas".
Ainda no documento, o administrador da cidade se comprometeu a apresentar melhorias na área da saúde.
"Ele pediu desculpas para a população publicando uma nota no site da prefeitura e se comprometeu a reformular a central de regulação para que esse tipo de conduta parasse de acontecer", relatou Pedro Benatti.
Procurada pela TV Anhanguera após as novas denúncias, a Prefeitura de Caldas Novas informou que implantou mudanças na central de regulação, conforme foi acertado com o Ministério Público no ano passado, e explicou que, desde então, houve um aumento de 40% no atendimento para crianças, adultos e idosos.Longa espera
Enquanto não há uma solução para as fraudes, quem precisa de atendimento na cidade fica indignado com a situação. O aposentado Júlio Rodrigues vai ter que esperar um mês para fazer um eletrocardiograma.
"Preciso recorrer ao particular várias vezes. Fica na base de R$ 300. Quem não tem esse dinheiro tem que aguardar. As pessoas que têm certos privilégios em certas funções passam na frente de um trabalhador que paga 20, 30 anos para o governo", disse.
A também aposentada Maria Alves da Consolação tem problemas nos ligamentos e precisa de acompanhamento constante. "Ortopedista e reumatologista é demorado. Vai fazer um ano no fim do ano que eu passei por eles e só agora vou retornar", lamentou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação