ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Davinópolis e Mineiros registraram queda em casos de dengue, em Goiás
• Saúde anuncia contratação de 16 médicos para Maternindade Dona Iris, em Goiânia
• Garota que luta para retirar tumor na garganta passa por consulta em GO
• Mãe obtém visto para que bebê com doença rara faça terapia nos Estados Unidos
• Casos em alta, recursos em queda
• “Poder público está matando os hospitais”
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Davinópolis e Mineiros registraram queda em casos de dengue, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/davinopolis-e-mineiros-registraram-queda-em-casos-de-dengue-em-goias/4869483/
………………………………….
Saúde anuncia contratação de 16 médicos para Maternindade Dona Iris, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/goiania/v/saude-anuncia-contratacao-de-16-medicos-para-maternindade-dona-iris-em-goiania/4866687/
……………………………………
Garota que luta para retirar tumor na garganta passa por consulta em GO
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/garota-que-luta-para-retirar-tumor-na-garganta-passa-por-consulta-em-go/4868717/
………………………………………..
Mãe obtém visto para que bebê com doença rara faça terapia nos Estados Unidos
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/mae-obtem-visto-para-que-bebe-com-doenca-rara-faca-terapia-nos-estados-unidos/4867940/
………………………………………
O POPULAR
Casos em alta, recursos em queda
Repasse do governo federal para Goiás foi um dos menores de 2015, justamente quando registrou a maior incidência de casos do País
Pedro Nunes
Em 2015, quando Goiás viveu a pior epidemia de dengue de sua história e a maior incidência de casos para cada mil habitantes (24,67) do País, o Estado foi um dos menos beneficiados pelos repasses do governo federal para o combate à doença. O recurso disponibilizado pelo Ministério da Saúde para o ano passado foi de R$ 8,4 milhões, o equivalente a uma renda de R$ 1,27 por habitante.
Os dados são da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que faz uma comparação entre o montante distribuído pelo governo para os Estados e o número de notificações. No estudo a identificação de Goiás é considerada como um caso extremo. “Foi algo que nos chamou atenção durante o levantamento e merece reflexão sobre o caso. O Ministério da Saúde afirma que vários critérios são analisados para a distribuição do recurso além da incidência de dengue e nós iremos nos debruçar ainda mais sob esses aspectos que merecem esclarecimento”, relata o pesquisador da Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP), Wagner Oliveira.
Completam a lista dos três Estados com maior taxa de incidência São Paulo (com 16,52 casos por mil habitantes e que recebeu R$ 0,98 por morador) e Pernambuco (10,99 por mil e repasses federais per capita de R$ 2,32).
Na outra ponta se destaca o Distrito Federal que registrou 3,31 casos a cada mil habitantes e foi contemplado com recurso de R$ 4,98 por pessoa. Um dos menores índices e o maior montante per capita destinado a uma unidade federativa no ano passado. A incidência de dengue é oito vezes menor que o registrado em Goiás.
Wagner Oliveira afirma que um dos objetivos do estudo é tornar os repasses mais claros e acessíveis à população. Ele cita como exemplo a execução orçamentária do Plano de Combate à Dengue que, segundo a pesquisa, está em queda de 2013. O pesquisador explica que o valor autorizado pelo Ministério da Saúde se manteve entre R$ 12 bilhões, R$ 13,98 bilhões e novamente para cerca de R$ 12 bilhões. No entanto, a execução passou de 66% em 2013 para 46% em 2014, com uma queda ainda mais acentuada em 2015 de 27%.
Isso quer dizer, por exemplo, que do valor total de R$ 12,2 bilhões aprovado para o ano passado foi pago R$ 3,3 bilhões. “Do que já foi autorizado, o restante a liquidar aumentou. Ou seja, nem tudo é pago naquele ano e só deve ser pago no ano seguinte”, detalha Wagner. “Só que esses valores não representam a totalidade dos gastos do governo federal no combate à dengue, mas sim para a execução do plano orçamentário. Queremos provocar essa reflexão sobre a transparência porque os recursos e critérios estão determinados em várias portarias. Não está disposto em uma forma que todos podem acessar”, detalha Wagner.
Outra parte
Além de traçar uma série epidemiológica da dengue no País, outra parte do estudo desenvolvido pela FGV/DAPP é realizar a comparação entre os Estados para identificar as peculiaridades e aprofundar o levantamento para dentro dos municípios. A finalidade é mapear as zonas mais preocupantes de cada cidade. “Queremos identificar, nas cidades, os bairros onde a incidência é maior e evidenciar as dificuldades, como questões relacionadas ao saneamento básico, que são importantes para a avaliação. Faremos esse monitoramento durante um ano para entender o comportamento da dengue em cada região”, observa o pesquisador da DAPP Wagner Oliveira. “A partir da consolidação dos dados poderemos orientar e qualificar as políticas públicas para as zonas que chamarem a atenção” completa. As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo já estão em fase avançada de pesquisa.
Ministério diz que transferência foi maior
O Ministério da Saúde afirma, por meio de nota, que foram repassados a Goiás R$ 41,7 milhões referentes à transferência ao Piso Fixo de Vigilância em Saúde durante o ano de 2015. “Além disso, R$ 275,3 mil foram para incentivo financeiro voltado ao fortalecimento de políticas afetas à atuação de Agentes de Combate às Endemias no estado. O ministério repassou ainda 5,2 milhões referentes à Assistência Financeira Complementar da União”, reitera em nota enviada ao POPULAR.
Quanto à definição dos valores previstos nas ações financiadas pela pasta, O ministério relata que, conforme as “com legislações pactuadas com estados e municípios”, os repasses seguem critérios populacionais, epidemiológicos e adesão a programas, além de estarem, em boa parte, condicionados à existência e prestação de serviços no território municipal.
“O Piso Fixo de Vigilância em Saúde compõe-se de um valor per capita, estabelecido com base na estratificação das unidades federais em função da situação epidemiológica e grau de dificuldade operacional para a execução das ações de vigilância em saúde. Os recursos são destinados à execução de ações de vigilância em saúde, compreendendo a vigilância”, diz na nota.
crescimento
O órgão informa ainda que os recursos empregados na batalha contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika vírus e chikungunya, cresceram na ordem de 39%. “O Ministério da Saúde tem assegurado recurso crescente para o combate ao vetor. Entre 2010 e 2015, os recursos cresceram 39% (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão neste ano”.
A previsão, segundo a nota do ministério, é que se tenha uma elevação também para este ano. “Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Além disso, o Plano Nacional de Combate ao Aedes e à microcefalia conta com um adicional de R$ 500 milhões”.
Municípios
O pesquisador da Diretoria de Análises de Políticas Públicas do ministério, Wagner Oliveira, rebate a informação ao chamar a atenção para o fato de que o estudo desenvolvido em parceria com a FGV se atenta aos recursos destinados apenas para o combate à dengue e também enviados aos Estados, já que parte do envio é feito diretamente para os municípios.
No levantamento os pesquisadores destacam que os municípios têm direito aos recursos, com um piso calculado com base na população. Para que angariem mais recursos, tanto os governos municipais quanto os estaduais devem implantar programas de incentivo a ações e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde e ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a aids, e hepatites virais ou um “programa de qualificação das ações de vigilância em saúde”, segundo o disposto na portaria 1.378, de julho de 2013, que regulamenta os repasses do Ministério da Saúde.
Ministro avalia ciclo de visitas a domicílios
A avaliação do segundo ciclo de visitas a domicílios da força-tarefa Goiás Contra o Aedes, hoje em Goiânia, contará com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Castro. Os 246 municípios goianos devem ser representados pelos prefeitos ou secretários municipais de saúde para análise das ações.
A meta do governo estadual é vistoriar por seis vezes todos os imóveis goianos ainda no primeiro semestre do ano. As visitas são realizadas pelos municípios em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde e apoio do Corpo de Bombeiros. O primeiro ciclo ocorreu em janeiro e o segundo em fevereiro.
Durante o evento, o governador Marconi Perillo (PSDB) assinará um decreto que estabelecerá os critérios para certificação de municípios livres do Ades aegypti e os parâmetros para definição de Índices de Infestação Predial (IIP) no Estado.
O certificado terá prazo de seis meses. A inspeção para sua emissão será feita por técnicos das Regionais de Saúde ou Nível Central da Secretaria.
Projeto
No evento a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) apresentará o projeto Goiás na Ponta do Lápis, que promoverá um concurso de redação, desenho e vídeo para os 1,8 milhões estudantes da rede estadual e os alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas municipais e particulares do Estado.
…………………………….
DIÁRIO DA MANHÃ
“Poder público está matando os hospitais”
Diretor do Hospital São Francisco afirma que Prefeitura de Goiânia não está repassando
POR RAFAEL FREITAS
Os médicos que atendem aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) estão revoltados com o descaso do poder público com classe médica em Goiânia. A categoria reivindica a quitação dos vencimentos atrasados (25% que ainda faltam da parcela do mês de novembro do ano passado) e a regularização dos pagamentos após o repasse da verba pelo Ministério da Saúde ao Fundo Municipal de Saúde. Dentre às irregularidades relatadas pelos profissionais, estão: a retenção dos honorários médicos, os constantes atrasos no pagamento e a falta de correção monetária (juros e multas) no montante pago com atraso.
O secretário de saúde de Goiânia, Fernando Machado, explica que ficaram sem receber os médicos que tinham pendências tributárias com a prefeitura. Segundo ele, a saúde pública da capital tem 1.800 médicos concursados e credenciados. “Os concursados recebem de acordo com o cronograma da prefeitura. Para os credenciados, que trabalham nos Cais e postos de saúde, o pagamento ocorrem em torno do dia 20 de todo mês e estão em dias”, garante. E ainda acrescentou sobre a situação financeira do Fundo Municipal de Saúde: “Precisamos de mais recursos. Se tivéssemos dinheiro para movimentar outras ações seria interessante para a saúde”, enfatiza. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia vincula o atraso a possíveis pendências não repassadas pelo governo federal.
Atrasos
O diretor do Hospital São Francisco de Assis, Hugo Frota, relatou ao Diário da Manhã que além do governo federal não repassar o pagamento na data correta, a Prefeitura de Goiânia retém a verba para outras prioridades da cidade e culpa o Ministério da Saúde pelo atraso do mês de novembro. “Não pagou o restante da parcela de novembro do ano passado aos hospitais, laboratórios e médicos. “A prefeitura de Goiânia tem o hábito de não pagar pelos serviços prestados”.
Segundo ele, a Prefeitura pagou o mês de dezembro, mas não quitou os 25% que ficou faltando do mês anterior. “Essa forma de administração é maléfica. A prefeitura não pode transferir a responsabilidade dela para o governo federal. Ao meu ver, isso é uma grande provocação. É por isso que o poder público está matando os hospitais”, critica.
De acordo com o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), Robson Azevedo, esse atraso vem acontecendo depois que a Secretaria de Finanças implantou medidas restritivas nas demandas da prefeitura. “No final do ano passado, começou a atrasar algumas coisas. Esse repasse ficou atrasado pela Prefeitura. O governo federal repassou esse dinheiro ao município e a Secretaria de Saúde de Goiânia não efetuou esse pagamento”, conta.
Segundo ele, casos recentes demonstram o descaso do poder público com a saúde da capital. “A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, por exemplo, passou por uma dificuldade muito grande e o Hospital Araújo Jorge também; tanto que semana passada, os médicos de lá cogitaram paralisar o atendimento”. O secretário ressalta ainda que não sabe por que a saúde pública da capital não repassou essas verbas para os hospitais, laboratórios e médicos, e afirmou que o não apagamento tem afetado a saúde pública da cidade. “Por conta disso, gerou insatisfação, falta de medicamentos, reformas paradas e Cais em condições prejudicadas”, afirma. E acrescentou: “médicos estão desestimulados a trabalhar para o município de Goiânia”.
O presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Fernando Antônio Honorato da Silva e Souza, disse que os hospitais estão enfrentando problemas por conta do não pagamento. “Temos procurado a Secretaria de Saúde, mas o órgão culpa o governo federal. O repasse não está em dias, são mais de 90 dias de atraso. A conversa de que o recurso está chegando é sempre a mesma. Por conta disso, os hospitais estão tendo dificuldade em manter os atendimentos”, pontua.
…………………………………..
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação