Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09/03/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Sem recursos, Maternidade Dona Íris suspende atendimento e pode fechar as portas
Goiás tem apenas um curso citado em ranking das melhores universidades do mundo
Rombo na Saúde
Entidades médicas e de advogados divulgam notas contraproposta de plano de saúde
Médicos do HMI discutem problemas da unidade


JORNAL OPÇÃO
Sem recursos, Maternidade Dona Íris suspende atendimento e pode fechar as portas

Por Alexandre Parrode
Fundação que gere unidade denuncia falta de pagamento da gestão Iris Rezende. A partir de segunda-feira (13/3), só a emergência funcionará
A partir de segunda-feira (13/3), o Hospital da Mulher e Maternidade Dona Íris (HMDI) suspenderá consultas, exames e atendimento ao público em geral e só atenderá urgências. Mergulhada em uma crise financeira e sem respaldo da prefeitura de Goiânia, a unidade não tem recursos para seguir funcionando e pode, em breve, fechar as portas completamente.
A denúncia foi feita pela vereadora Sabrina Garcêz (PMB) na manhã desta quinta-feira (9) e confirmada ao Jornal Opção pelo diretor-executivo da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) — que gere o HDMI –, José Antônio de Morais. Segundo ele, não há recursos nem para comprar insumos básicos, o que o levou a encaminhar ofício à Secretaria Municipal de Saúde sobre a paralisação no atendimento.
Relacionados
“Há quase um ano estamos tentando junto ao ex-secretário Fernando Machado (PMDB) e a atual, Fátima Mrué, resolver a falta de repasses. No entanto, pouco avançou e resolvi tomar uma decisão”, explicou.
A dívida total da Maternidade Dona Íris ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões. A maior parte (cerca de R$ 12 milhões) diz respeito a passivo trabalhista, acordos para demissão de funcionários, que se arrasta desde a gestão passada, do ex-prefeito Paulo Garcia (PT). Os outros R$ 8 milhões é que são o verdadeiro problema: fornecedores atrasados. “Não temos um centavo no caixa de reserva, fomos obrigados a usar tudo e, a partir de hoje [quinta-feira, 9], determinei que a fundação não comprará mais nada. Como a prefeitura não passa o dinheiro, a secretaria deve fazer as compras”, lamentou.
Não foram poucas as vezes que José Antônio de Morais e a Fundahc foram à Secretaria Municipal de Saúde solicitar que os repassas fossem regularizados. Apesar de, ao assumir e até na Câmara Municipal de Goiânia, o prefeito Iris Rezende (PMDB) dizer que tudo que fosse de sua responsabilidade a partir de 1º de janeiro de 2017 seria pago em dia, não é bem assim que acontece na Maternidade Dona Íris.
“Nos pediram até fevereiro para concluir um planejamento de quando pagariam as dívidas passadas, mas garantiram que pagariam em dia o que fosse desta gestão, mas não estão fazendo. Aliás, não pagaram nem metade do que deveriam”, argumentou.
Nos meses de janeiro e fevereiro, a gestão Iris deveria ter repassado R$ 8,7 milhões à unidade de saúde. No entanto, apenas R$ 4,35 milhões chegou à conta da fundação. O resultado: não há insumos, fornecedores se negam a entregar material, encargos sociais não quitados e o pior: o salário e benefícios dos 540 funcionários está atrasados. “Não temos dinheiro para pagar a folha de fevereiro”, completou.
Para que a Maternidade Dona Íris não deixe de fazer atendimentos básicos, como ultrassom, mamografias e cirurgias eletivas, a prefeitura de Goiânia precisa repassar, até esta sexta-feira (10), R$ 4,7 milhões.
Mais problemas
Além da Maternidade Dona Íris, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) gere a maternidade Nascer Cidadão. A situação por lá também não é nada animadora. Segundo José Antônio de Morais, a dívida supera os R$ 2 milhões, os empenhos da secretaria estão atrasados e a prefeitura precisa repassar pelo menos R$ 600 mil para que os salários dos 60 servidores contratados pela fundação sejam pagos e os insumos, comprados.
“Na Nascer Cidadão, é preciso haja uma reforma e melhoria das estruturas. A Vigilância Sanitária já nos notificou sobre problemas na unidade… Só que sem o dinheiro que a prefeitura deveria repassar não temos como fazer as adequações”, arrematou.
Resposta
O Jornal Opção encaminhou, por e-mail, solicitação de posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde e aguarda retorno.
…………………………………………..
Goiás tem apenas um curso citado em ranking das melhores universidades do mundo

Por Marcelo Gouveia
Medicina na Federal goiana aparece na posição 451º da lista elaborada pela  Quacquarelli Symonds
A Universidade Federal de Goiás (UFG) aparece uma única vez no ranking elaborado pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds. Conforme apurado pelo Jornal Opção, o curso de Medicina da instituição aparece na posição 451º da lista, junto com outras 15 universidades brasileiras.
Na elaboração do ranking, foram avaliadas mais de 1,1 mil instituições de ensino superior em 74 países. São levados em conta a avaliação das faculdades por integrantes do meio acadêmico, por empresas e a relevância da produção científica.
No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) é citada em quase todos as modalidades avaliadas, sendo destaque em nove cursos que foram classificados entre os 50 melhores.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também são destaques entre as instituições brasileiros no ranking internacional.
……………………………………………….
DIÁRIO DA MANHÃ

Rombo na Saúde

Fraudes e desperdícios consomem R$ 22,5 bilhões de despesas da saúde suplementar. Entre 2002 e 2015, foram detectadas irregularidades de desvio de dinheiro de aproximadamente R$ 5 bilhões, o equivalente a 27,3% do total de irregularidades em todas as áreas do governo

Estudo produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) estima que cerca de R$ 22,5 bilhões dos gastos de operadoras de planos de saúde no país com contas hospitalares e exames, em 2015, foram gerados indevidamente, decorrendo de fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários. O número representa 19% do total de despesas assistenciais feitas no periodo, que somaram R$ 117,24 bilhões.
No estudo Evidências de Práticas Fraudulentas em Sistemas de Saúde Internacionais e no Brasil, o IESS identificou que entre 12% e 18% das contas hospitalares apresentam itens indevidos e entre 25% e 40% dos exames laboratoriais não são necessários.
Os dados mostram ainda, com base em relatório da Controladoria-Geral da União, que o problema também assume grandes proporções no sistema público de saúde: entre 2002 e 2015, foram detectadas irregularidades de desvio de dinheiro de aproximadamente R$ 5 bilhões, o equivalente a 27,3% do total de irregularidades em todas as áreas do governo.
Na saúde privada, as principais formas de abuso se concentram em tratamentos excessivos e desnecessários ou na baixa qualidade no atendimento; na comercialização inadequada de medicamentos e de dispositivos médicos; e na sonegação de tributos. Segundo o relatório, tais práticas se originam e são mantidas sobretudo pela ausência de mecanismos de transparência para explicitar, por exemplo, as relações entre os agentes do setor de saúde (se um profissional da área recebeu um benefício ou uma comissão de um fornecedor de materiais e medicamentos).
"Legislações da Alemanha e dos Estados Unidos indicam que todos os pagamentos e benefícios entre agentes do setor de saúde devem ser tornados públicos. A União Europeia e os Estados Unidos também instituíram marcos regulatórios com punições severas para atos de corrupção", destacou o estudo.
"No Brasil, falta transparência nos sistemas de precificação de insumos, serviços de saúde e também no modelo de pagamento por serviços prestados na saúde, o que inviabiliza a comparação e o controle de custos nas distintas etapas que envolvem o atendimento ao paciente e abrem espaço para práticas inadequadas, como atos de corrupção", completou o IESS.
De acordo com a entidade, isso acontece principalmente por causa do modelo usado para pagamentos de serviços de saúde, a chamada conta aberta ou fee-for-service. Neste caso, a conta de serviços absorve todos os custos, insumos, procedimentos e usos dos equipamentos – mesmo quando há falhas e desperdícios ou, até mesmo, corrupção.
Um dos requisitos sugeridos pela pesquisa para combater tais práticas no setor é modernizar os sistemas de pagamento por meio da premiação à eficiência e ao melhor desfecho clínico ao paciente e punindo o desperdício e a contratação de exames desnecessários, assim como reinternações ou agravamento dos quadros clínicos causados por falhas assistenciais.
………………………………………….
O GLOBO

Entidades médicas e de advogados divulgam notas contra proposta de plano de saúde popular

CFM disse que planos não evitarão procura pela rede pública e OAB classificou medida como absurda e um retrocesso

RIO – O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) anunciaram nesta quarta-feira que são contrários à proposta de criação de um plano de saúde popular, divulgada na terça-feira pelo Ministério da Saúde , e encaminhada para análise da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O CFM reiterou sua posição, afirmando que a autorização de venda de "planos populares" apenas beneficiará os empresários da saúde suplementar e não solucionará os problemas do Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, a entidade ressaltou ainda que tais planos, limitados a consultas ambulatoriais e exames de menor complexidade, "não evitarão a procura pela rede pública".
O Conselho acrescentou que o tema já havia sido tratado em nota divulgada à sociedade, em agosto do ano passado, quando a autarquia advogou a adoção de medidas estruturantes, como o fim do subfinanciamento, o aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão, a criação de políticas de valorização dos profissionais, como uma carreira de Estado para os médicos, e o combate à corrupção.
"Somente a adoção de medidas dessa magnitude será capaz de devolver à rede pública condições de oferecer, de forma universal, o acesso à assistência segundo parâmetros previstos na Constituição de 1988 e com pleno respeito à dignidade humana", defendeu o CFM na ocasião, posição que foi reiterada nesta quarta-feira.
Já a OAB classificou como "preocupante" o fato de que a resposta do governo a um momento de "fragilidade do sistema" seja criação de planos de saúde com modalidades que não contemplam internação, urgência e nem exames de alta complexidade.
"O momento é de fortalecer o SUS para que ele possa atender com qualidade a demanda crescente. A OAB atuará para evitar que tal medida seja adotada. O direito de acesso à saúde é garantido pelo artigo 6º da Constituição Federal e não pode ser relativizado", defendeu a entidade, acrescentando ainda que é um "absurdo" que aqueles que necessitam de atendimento médico hospitalar possam ficar à mercê da sorte com esses planos de saúde.
"A OAB lutará contra retrocessos. Crise não é justificativa para retroceder", finalizou a Ordem.
……………………………………………

SIMEGO

Médicos do HMI discutem problemas da unidade

Representantes do corpo clínico do Hospital Materno Infantil (HMI) se reuniram com a diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), na noite de terça-feira (7), para discutir sobre os problemas que estão sendo enfrentados pela categoria na unidade de saúde.

A reunião ocorreu na sede do Conselho Regional de Medicina (Cremego) e contou com o presidente do órgão conselhal e secretário de Comunicação do SIMEGO, Leonardo Reis.

Entre os principais assuntos debatidos pelos profissionais podemos destacar a superlotação, recomposição do corpo clínico e reposição salarial.

Para o presidente do Simego, Rafael Cardoso Martinez, a falta de condições de trabalho é a prioridade e salientou que as entidades médicas estão trabalhando em conjunto para buscar soluções para as demandas dos profissionais. “Os médicos que atuam no HMI estão enfrentando uma situação caótica que começa com a superlotação da unidade e perpassa pela defasagem no número de profissionais para atender à população. As entidades médicas apresentarão aos gestores as reivindicações da categoria com sugestões para solucionar os problemas apontados pelos profissionais”, finalizou Martinez.

Uma nova reunião com representantes da Secretaria Estadual de Saúde, gestores do HMI, Simego e Cremego será realizada na próxima sexta-feira (10), às 14 horas, na sede do Conselho.
……………………………………

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação